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ALTERAÇÕES RADIOGRAFICAS DO PERIAPICE

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Mariana Barbosa 
ALTERAÇÕES DO PERIAPICE
Os tecidos pulpares reagem a infecção bacteriana ou a outros estímulos (físicos, químicos ou térmicos) com resposta inflamatória. A polpa é muito vascularizada e está confinada entre paredes rígidas, calcificadas, o que impede tumefação nas fases de hiperemia e edema da inflamação, como ocorre em outras partes do corpo. 
Uma infecção leva, invariavelmente, a sua necrose completa e a tendência é de expansão para a região do periápice, a única possível. É importante compreender que lesões periapicais não representam entidades individuais e distintas mas, na sua maior parte, evidenciam transformação. 
Os diferentes tipos de reação tecidual no periápice dental se devem principalmente a: capacidade pessoal de defesa orgânica e ao grau de virulência do agente agressor. 
Muito importante lembrar que não existirá lesão de periápice sem necrose pulpar (qualquer que seja a causa).
Característica radiográficas principais de uma lesão: 
Espessamento/interrupção da imagem do ligamento periodontal 
Alteração na espessura da imagem da lâmina dura em densidade e continuidade (podendo até desaparecer) 
Perda da densidade normal do tecido ósseo por alterações na forma das trabéculas do osso alveolar. 
Fatores a serem considerados na hora DESCREVER uma lesão:
Lado da lesão 
Uni ou multilocular
Limites
Extensão da lesão
Tamanho
Espessura
Regiões envolvidas
Tecido esclerótico
Forma
Abaixo estão algumas considerações a respeito de alterações de imagem radiográfica dos tecidos periapicais: Pericementite, abscesso dentoalveolar agudo, abscesso dentoalveolar crônico, granuloma periapical, cisto radicular apical (ou cisto periapical) e osteíte condensante:
Pericementite: É o espessamento anormal do ligamento periodontal devido a necrose e infecção pulpar com invasão dos tecidos periapicais.
Abscesso dentoalveolar agudo:
Processo supurativo
 Originado sempre de necrose. 
Intensa inflamação
Espessamento do ligamento periodontal na região apical
Mudança na forma das trabéculas
Área osteolitica de limites indefinidos
Trabéculas sem densidade
Perda da continuidade da lamina dura semelhante a lesões malignas
SEM HIPERCEMENTOSE OU REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA
Abscesso dentoalveolar crônico:
Área radiolúcida de tamanho variado (raramente mais de 1 cm)
 Com forma quase arredondada, circunscrita (exatamente o contrário do aspecto difuso da lesão aguda), bordos regulares ou não.
Limites definidos ou não por área de condensação óssea acentuada/espessa em torno do periápice, evidenciando ou sua lenta evolução ou a tentativa do organismo de circunscrever a lesão à região apical
Reabsorção radicular externa e/ou hipercementose são achados muito comuns.
Granuloma periapical:
Crônica e localizada, ocorre após uma pericementite crônica ou abscesso agudo que se torna crônico; 
Identificada como uma proliferação de tecido de granulação e osteólise na área do periápice
Tem evolução lenta (meses/anos)
Geralmente assintomático, não provoca perfuração das corticais ósseas ou da mucosa, nem formação de fístulas.
Aspecto radiográfico:
Área radiolúcida, arredondada, tamanho pequeno (raramente com mais de 1 cm no maior diâmetro, por seu limitado potencial de crescimento), ligado ao ápice de dente desvitalizado.
 Bem circunscrita, clara e nitidamente demarcada do osso adjacente normal, com radiolucência homogênea (pelo seu conteúdo). 
Pode-se, algumas vezes, observar uma linha ou faixa transparente (de espessura variável) de osso esclerótico.
Não é comum as margens da lesão apresentarem-se indefinidas. 
Reabsorção radicular externa e hipercementose na região periapical são achados radiográficos frequentes.
Cisto radicular apical: 
Sequela comum, porém não inevitável, do granuloma periapical. É cisto verdadeiro (cavidade patológica forrada por epitélio e preenchida por conteúdo líquido ou semi-sólido), associado ao ápice de dente desvitalizado. Embora seu desenvolvimento seja consequência do estímulo inflamatório de granuloma preexistente, não se sabe exatamente porque nem todos os granulomas se transformam em cistos.
Tamanho e extensão são imprevisíveis.
Sua imagem pode ser muito semelhante ao do granuloma de mesmo tamanho (não definir diagnóstico somente pelo exame radiográfico). 
Apresenta forma arredondada 
Pode apresentar linha transparente de osso esclerótico . 
Osteíte condensante: 
Na presença de inflamação no periápice, a ocorrência de uma rarefação óssea é mais comum; no entanto o oposto também pode acontecer, ou seja, a formação de uma esclerose óssea como resultado da reação aos mesmos organismos que produzem rarefação. A rarefação e a esclerose frequentemente ocorrem juntas e são consideradas reações diferentes do mesmo estímulo (não se sabe porque a esclerose ocorre em um lugar e a rarefação em outro). Ela é produzida pela deposição de novo osso em torno o das trabéculas já existentes.

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