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HM São alterações que envolvem a região periapical. Isso acontece quando uma lesão no dente leva a uma necrose pulpar. As periapicoatias de origem inflamatória para acontecer, elas precisam ter uma alteração pulpar, seja uma inflamação reversível ou uma inflamação irreversível. Quando a polpa está em uma inflamação irreversível, ou seja, se eu tirar a causa essa polpa não é capaz de voltar ao normal, pois as alterações inflamatórias já comprometeram tanta a polpa, significa que mesmo assim ela irá evoluir para uma necrose pulpar -> formação de pus, edema e dentro da polpa -> não consegue se expandir e essa inflamação acompanhada por seus componentes vão sair pelo forame apical, quando isso acontece começa a alterar os tecidos ao redor do ápice, o primeiro tecido vai ser o ligamento periodontal, crista óssea, osso alveolar, tecido ósseo alveolar. PERICEMENTITE Consiste em uma resposta inflamatória do periodonto apical (cemento, ligamento periodontal e osso alveolar) provocada por estímulos agressivos. Podem ser decorrentes de estímulos físicos (traumatismos dentais, calor excessivo durante os procedimentos operatórios, trauma oclusal, etc.) químicos (produtos tóxicos da necrose pulpar e ação irritante de materiais dentários) e microbianos (decorrentes de agentes infecciosos que atingem a região periapical ou sua vizinhança, normalmente consequência da contaminação dos canais radiculares). Tal lesão periapical é vista radiograficamente como um aumento do espaço periodontal, podendo haver desintegração de parte da lâmina dura adjacentes à lesão. Periapicopatias É observado uma área da região apical, onde tem uma pequena expansão do ligamento periodontal. Se a pericementite evolui um pouco, começa a ter uma reabsorção da lâmina dura significa que tem um espessamento do ligamento periodontal, podendo ter ou não uma interrupção na lâmina dura (eu vejo a lâmina dura em algumas regiões e em outras não). Pode ocorrer a expansão do ligamento periodontal mesmo ocorrendo necrose? Pode, algumas vezes, por exemplo a pericementite clinicamente o paciente sente uma dor de um dente crescido (um dente maior que o outro), as vezes tem pericementite em pulpites reversíveis, mas elas são bem transitórias. HM ABSCESSO PERIAPICAL Caracterizado por um processo inflamatório que, geralmente, evolui de uma pericementite, sendo seu principal fator etiológico a necrose pulpar associada a cárie dentária. Este pode ser agudo, normalmente resultante de necrose e supuração (pus) de uma pericementite periapical aguda ou assumir um curso crônico, que, na maioria das vezes, irá levar à formação de granuloma ou cisto. Assim, o abscesso agudo apresenta-se, desde um espessamento do espaço periodontal, como nas pericementites, além uma área radiolúcida ao redor do periápice, podendo ser observada alguma perda óssea ou comprometimento da lâmina dura, dependendo da duração do processo. Quando este se encontra na sua fase crônica, processo que já durou dias ou semanas, normalmente se observa uma zona radiolúcida de reabsorção óssea na região apical, de forma grosseiramente circular e com bordas mal definidas, sendo caracterizado como uma rarefação óssea difusa. Tal aspecto radiográfico do abscesso crônico é normalmente acompanhado clinicamente de abertura de fístula intra ou extra oral, relativo ao dente/dentes acometido(s). Na necrose pulpar que antes era uma pericementite aguda e evoluiu para um abscesso agudo, mas também pode ter a mesma necrose pulpar em outro paciente que ao invés de evoluir para um abscesso agudo evoluiu para uma lesão crônica e essa lesão pode ser um granuloma ou um cisto. Algumas cáries comprometem a polpa levam a necrose, mas influencia a bactéria a capacidade destruidora da bactéria. Tem casos que vai ter uma necrose pulpar e ao invés de evoluir para uma lesão aguda vai direto para uma lesão crônica. O abcesso tem o diagnóstico clinico e o que acontece no periapice, a polpa está formando pus e outras substancias e ela está expulsando isso pelo forame apical, sendo que na região de forame apical não tem como expandir, passa pelo ligamento (bem fino), passa pela cortical óssea (não expande) a pressão dessas substancias que estão indo para o periapice vai causar uma reabsorção dessa lâmina dura e vem com a dor. Esse pus que está sendo formando, a primeira coisa que ele faz é chegar no ligamento periodontal, inflamar o ligamento periodontal, expandir e depois vai causar reabsorção na lâmina dura. São abscessos que vão formar radiograficamente na maioria das vezes, não formam nenhuma imagem radiográfica ou eles formam apenas uma imagem do espaçamento do ligamento periodontal e/ou interrupção da lâmina dura. Vou dar o diagnóstico com as características da dor do paciente (dor de dente crescido). Quando o abcesso continua evoluindo, passa a ver que rarefação óssea difusa que é uma área radiolucida ao redor da região apical com as margens difusas, não consegue ver onde começa e termina a lesão. O pus é irregular. HM GRANULOMA APICAL Lesão periapical normalmente descoberta em exames radiográficos de rotina, devido a sua característica assintomática. São decorrentes, na maioria das vezes, de um abscesso crônico. Aparece radiograficamente como uma área radiolúcida, normalmente circular, bem limitada, de pequeno diâmetro, havendo solução de continuidade da lâmina dura e associada ao ápice dental. É bem caracterizado como uma rarefação periapical circunscrita. Os granulomas são mais frequentes que os cistos. CISTO PERIAPICAL INFLAMÁTORIO O cisto é decorrente da estimulação patológica dos restos epiteliais de Malassez (ficam na região de ligamento periodontal), os quais proliferam e terminam por sofrer degeneração cística. Assim, sua imagem radiolúcida exibe uma área radiolúcida bem delimitada, de contorno arredondado e linear, circunscrita por um halo radiopaco continuo (tecido compacto, uma remodelação óssea que passa o osso compacto ao redor daquele epitélio), (área de condensação óssea), indicativa de reação óssea. Desta forma, o cisto diferencia-se do granuloma por apresentar esta área de condensação óssea ou halo radiopaco, a qual nem sempre está presente nas radiografias. Outra diferença entre os dois é que, na maioria dos casos, os cistos atingem proporções maiores que os granulomas, porém isto nem sempre é verdade. Portanto, não é possível que se faça uma distinção radiográfica entre o cisto e granuloma, sendo mais conveniente descrever o cisto periapical como uma rarefação óssea periapical circunscrita por um halo radiopaco contínuo. O granuloma apical é um conjunto de tecidos de granulação que está associado a região apical. É uma lesão radiolúcida circunscrita, conseguir ver onde termina. Se o paciente tem o granuloma, significa que a polpa está necrosada. O granuloma apical é uma lesão crônica, nem sempre o paciente vai necessariamente passar pelo momento de dor ou de rosto inchado. O granuloma não pode atingir grandes proporções, é uma lesão pequena. Não tem halo radiopaco. HM CISTO RESIDUAL É observado como uma área arredondada radiolúcida, circundada por uma linha radiopaca em uma área correspondente a um dente que já foi extraído. Decorre, principalmente, devido a não curetagem de lesões periapicais, como granulomas e cistos periapicais. Tipicamente, são cistos pequenos, os quais só são descobertos em exames radiográficos de rotina (como em radiografias panorâmicas), já que são assintomáticos. Raramente atingem grandes proporções, podendo ainda apresentar sintomatologia dolorosa, deslocamento dentais e expansão de corticais ósseas. • O cisto é uma cavidadepreenchida de liquido, mas que tem um epitélio ao redor, ou seja, se eu removo o cisto e colocar no microscópio dá para ver que o cisto é epitelizado e esse epitélio é formando com os restos do epiteliais de Malassez. O cisto é uma progressão do granuloma, porém, nem todos os granulomas vão se tornar cistos, mas todo cisto foi um granuloma. O cisto precisar ter a cavidade revestido por epitélio, no caso do cisto periapical inflamatório esse epitélio é proveniente dos restos epiteliais de Malassez. • Como vou diferenciar cisto de granuloma? Exame hepatológico, é que vai dar a diferença. • Normalmente faz o tratamento endodôntico e vai verificando com as radiografias, se for um granuloma irá diminuir pois o que estava alimentando o granuloma era a inflamação dos tecidos de granulação e se for um cisto, não necessariamente irá diminuir. HM OSTEOMIELITE AGUDA É uma grave sequela que decorre da disseminação generalizada de infecções através dos espaços medulares, resultando em necrose de quantidades variáveis de tecido ósseo. A maioria das osteomielites decorrem de processos patológicos locais, como uma infecção periapical aguda, pericoronarites, lesões periodontais, traumatismos, infecção aguda do seio maxilar, etc. A visualização através de radiografias é percebida entre a primeira e a segunda semana de evolução. Caracteriza-se pela pouca nitidez das trabéculas ósseas, começando a aparecer áreas radiolúcidas difusas, que são os micros abscessos, sendo tais características decorrentes do processo de lise óssea difusa. OSTEOMIELITE CRÔNICA Representa uma reação proliferativa do tecido ósseo frente a uma infecção de baixa intensidade. Radiograficamente, observa-se uma obliteração dos espaços medulares e espessamento da cortical, ocasionando um pronunciado aumento da densidade radiográfica do osso. Os limites entre as zonas de esclerose óssea e o tecido normalmente não são nítidos. Sua imagem radiográfica pode ser confundida com a enfermidade óssea de Paget ou Osteíte Deformante dos Maxilares. HM ESCLEROSE ÓSSEA Também conhecida como osteoesclerose, caracteriza-se por área de maior calcificação óssea, ocorrendo mais frequentemente nas regiões de maior solicitação mastigatória, como na região de molares. É observada radiograficamente como uma área mais radiopaca em relação ao restante do osso ao redor, como formas variadas, porém é mais comum observá-la em uma forma tendendo a arredondada, próxima aos ápices radiculares. Devem ser diferenciadas das hipercementoses e dos odontomas, pois nos casos de hipercementose, pois nos casos de hipercementose, observa-se o espaço periodontal e a lâmina dura contornando-o, enquanto que nos casos de odontoma, estes apresentam-se com uma linha radiolúcida contornando a lesão, significando que este será incluso, mas separando do osso que o envolve. OSTEITE CONDENSANTE São áreas de maior condensação óssea, devido a uma reação do mesmo a estímulos externos, como um processo periapical, aparecendo como pequenas a grandes áreas ou linhas radiopacas na intimidade do osso alveolar. HM DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL É uma alteração periapical que, geralmente, atinge dentes vitais e não restaurados, acometendo principalmente pacientes do sexo feminino, da raça negra e com idade entre 30 a 50 anos. Radiograficamente apresenta três fases evolutivas. No primeiro estágio, observa-se uma radiolucidez generalizada, semelhante a uma rarefação óssea periapical difusa. Na segunda etapa, conhecida como fase mista, aparecem pontos radiopacos no interior das áreas radiolúcidas, representando uma formação inicial de tecido cementóide e osteíte. E no terceiro e último estágio, conhecido como fase de maturação, as áreas radiolúcidas são preenchidas, quase que totalmente por massas radiopacas. É importante ainda o cuidado para não confundir a fase inicial com lesões inflamatórias, evitando tratamentos endodônticos e/ou cirúrgicos não indicados.
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