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UNIVAG – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VÁRZEA GRANDE- MT GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL LABORATORIO DE FISICA PROFESSORA: GUSTAVO JOSE FARIAS MRU- MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME TURMA: ENC151BM LUCAS HENRIQUE BARBOSA VENTURIN LUIZ FERNANDO SOFIATI CAÇULA LUZMENE ALVES VIEIRA MAYARA REBECA DA SILVA MAYRON FELIPE CARVALHO DE SOUZA REGIANE ALVES SILQUEIRA DA SILVA SERGIO DA GAMA SERRA JUNIOR VÁRZEA GRANDE – MT 21 DE OUTUBRO DE 2016 Resumo Neste trabalho será abordado sobre o conceito e prática da dinâmica de uma partícula- forças de atrito, com referência na aula realizada em laboratório de física, com o objetivo de determinar o coeficiente de atrito de um objeto com sua superfície. Deste modo, foi realizado o primeiro experimento com material liso em uma superfície inclinada, para encontrar a angulação que dá partida ao movimento do objeto, este experimento foi repetido 8 vezes, e logo após foi calculado sua média, variância e desvio padrão. Por consequência, com a tangente da media, encontrou-se o atrito estático. Em seguida, com o auxílio de um dinamômetro, sobre uma superfície estabilizada (plana), foi realizado o segundo experimento, sendo dividido em duas partes: superfície lisa e superfície revestida. Assim, foi calculado a força necessária para o movimento estável de um objeto de madeira com superfície lisa, em seguida com o objeto de superfície revestida, repetindo o processo 8 vezes cada, posteriormente calculando a media, variância e desvio padrão. Portanto, foi encontrado o atrito de cada experimento utilizando a formula de coeficiente de atrito (Fat = μc ×N), o qual é cinético. Contudo, concluímos que o coeficiente de atrito estático é maior que o cinético, sendo assim, temos no primeiro experimento a representação do atrito estático e no segundo experimento atrito cinético. Finaliza-se que o objetivo foi concluído com sucesso. Palavras chaves: Coeficiente de atrito, angulação, superfície plana, objeto liso, e objeto revestido. Sumário I. Introdução: ......................................................................................................................... 4 II. .1 OBJETIVO GERAL: ...................................................................................................... 6 II. .2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: ...................................................................................... 6 III. Experimental .................................................................................................................. 7 III. 1 – Materiais e Métodos: ......................................................................................... 7 III. 2 – Procedimentos Experimentais ....................................................................... 7 IV. Resultados e discussões: .......................................................................................... 8 V. Considerações finais ..................................................................................................... 13 I. Introdução: Neste relatório o assunto a ser abordado trata-se da dinâmica de uma partícula – forças de atrito, com base em pesquisas e procedimentos realizados em laboratório de física para verificar os coeficientes de atrito estático e cinético descobrindo assim o seu coeficiente de atrito. Sendo assim, serão apresentados conceitos, como se calcula e resultados obtidos em aula prática. Atrito O atrito, muitas vezes, é visto por nós como algo negativo. Como exemplos negativos, podemos citar o desgaste provocado pelo atrito em peças de máquinas e nas solas dos sapatos; o gasto maior de combustível para que os automóveis vençam a força de atrito entre as peças, o desperdício de energia em razão do atrito entre as cargas elétricas nos condutores, entre outros. Porém, se não houvesse o atrito, seria impossível realizar tarefas simples do nosso cotidiano, como andar ou colocar um automóvel em movimento. Quando empurramos ou puxamos um determinado objeto tentando movê-lo, percebemos que existe certa dificuldade para colocá-lo em movimento. Essa dificuldade deve-se à força de atrito que é uma força que se opõe ao movimento de objetos que estão sob a ação de uma força. Ela age paralelamente à superfície de contato e em sentido contrário à força aplicada sobre um corpo. O atrito pode ser inicialmente calculado pela equação: A força de atrito deve-se à existência de rugosidades na superfície de contato do objeto com o solo. Essas rugosidades não são observadas macroscopicamente, mas são elas que dificultam o movimento. [1] Atrito estático Imagine que um bloco em repouso, mas deseja-se colocá-lo em movimento. Inicialmente se aplica uma força F, porém, ele continua em repouso, pois a força de atrito aumentará conforme se aumenta a intensidade da força F. Enquanto o bloco, mesmo sob a ação dessa força, continua em repouso, a força de atrito é denominada estática. Existe um determinado valor de F em que o bloco fica na iminência de movimento. Nesse ponto, a força de atrito é máxima e recebe o nome de força de atrito estático máxima. O movimento somente iniciará quando a força F for superior a essa força. A força de atrito estático é calculada com a equação: Fatd = N . μd Sendo assim os seus elementos: Fatd é a força de atrito dinâmico; μd é o coeficiente de atrito dinâmico; N é a Força Normal. [2][3] Coeficiente de atrito estativo e Dinâmico ou cinético. Os coeficientes de atrito estático e dinâmico são grandezas adimensionais, ou seja, não possuem unidade de medida e são representadas apenas pelo seu valor numérico. Também é importante observar que o atrito dinâmico sempre será menor do que o atrito estático máximo. Isso se deve ao fato de que o coeficiente de atrito estático é maior que o coeficiente de atrito dinâmico: μest > μd Dinamômetro Força é o resultado da interação entre dois ou mais corpos. Essa grandeza é medida em newton (N) de acordo com o S.I. O dinamômetro é um dispositivo que pode ser utilizado para medir o resultado de uma força. Foi utilizado em laboratório para medir a força de 0,2 N para observar se esta seria suficiente para quebrar o atrito estático. O princípio de funcionamento consiste na deformação que a mola sofre em razão da ação de uma força que é proporcional a esta força aplicada, sua intensidade é indicada na graduação existente na estrutura (dinamômetro ideal). II. .1 OBJETIVO GERAL: Determinar o coeficiente de atrito de um objeto com a superfície II. .2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1. Determinar o peso do objeto com o auxílio de um dinamômetro 2. Determinar a força de atrito estático e a força de atrito cinético entre duas superfícies, usando-se um dinamômetro e o ângulo de inclinação de uma rampa. 3. Determinar a dependência da força de atrito com a área de contato entre duas superfícies. 4. Estudar o coeficiente de atrito estático e cinético III. Experimental III. 1 – Materiais e Métodos: 1. Corpo de prova de madeira (face lisa/revestida) 2. Dinamômetro de 2 N 3. Plano inclinado com escala de 0 a 45 graus 4. Rampa auxiliar de engate rápido. Este experimento consiste em colocar o corpo de prova (face lisa/revestida) em contato com a superfície da mesa. A partir disso foi feito o acoplamento (alinhado horizontalmente)do corpo de prova com o dinamômetro. Aplicando- se uma força de 0,2 N sobre o corpo de prova e aumentando a intensidade da força aplicada de 0,2 em 0,2 N. III. 2 – Procedimentos Experimentais Primeiramente, são dois experimentos, no qual o segundo experimento é dividido em duas partes. No primeiro experimento, utilizando um corpo de face lisa e um plano inclinado que permitia mudar sua angulação, foi aumentada a inclinação deste até que o corpo entrasse em movimento, repetindo o processo oito vezes, assim, resultando neste caso, um coeficiente de atrito estático, através do calculo da média, variância e desvio padrão dos ângulos. Por conseguinte, no segundo experimento para calcular o coeficiente de atrito, utilizamos uma superfície plana, corpo de prova com face lisa, e com o auxílio de um dinamômetro, encontrou a força necessária para deslocar o corpo de prova em velocidade constante. Repetimos o processo oito vezes, e assim, calculamos a media, variância, desvio padrão e com ajuda da formula, encontrou o coeficiente de atrito cinético. Em sequência utilizamos a face revestida, a qual, com auxílio do dinamômetro e superfície plana, calculou-se a media da força necessária para deslocamento constante do corpo, seguindo variância, desvio padrão e coeficiente de atrito cinético. IV. Resultados e discussões: Primeiro Experimento Depois de realizar o experimento 1, obteve-se alguns resultados, como angulação máxima possível para elevar o corpo e o valor do atrito estático máximo. Inicialmente eleva-se o plano aumentando assim a sua componente 𝑷𝒙, porém, o corpo continua em repouso porque nesse instante o 𝑷𝒙= 𝐹𝑎𝑡. Entretanto conforme eleva-se o plano a sua componente Px aumenta de acordo com a angulação do plano, visto que a mesma está relacionada diretamente com o ângulo(α) de inclinação, pois a força de atrito aumentará conforme se aumenta a componente 𝑷𝒙, visto que a mesma é 𝑷𝒙 = p*𝑠𝑖𝑛 𝛼 Imagem01: Forças atuantes em um corpo no plano inclinado Enquanto o corpo, mesmo sob a ação dessa força, continua em repouso, a força de atrito é denominada estática. Existe um determinado valor de 𝑷𝒙 em que o corpo fica na iminência de movimento. Nesse ponto, a força de atrito é máxima e recebe o nome de força de atrito estático máxima. O movimento somente iniciará quando a força 𝑷𝒙 for superior a força de atrito estático. A força de atrito estático é calculada com a equação: Fatest = μest . N Sendo: Fatest é a força de atrito estático; μest é o coeficiente de atrito estático; N é a Força Normal. Tal atrito é responsável pelo impedimento, ao elevar-se o corpo, do não deslizamento do mesmo. Com a ajuda do plano inclinado, houve um aumento no ângulo do plano até o corpo (face lisa) deslizar, foi repetido o procedimento oito vezes, como mostra o quadro (01) a seguir: Quadro 01: Referente aos ângulos obtidos no procedimento. Tentativa Ângulo 1 21° 2 19° 3 21° 4 19° 5 23° 6 20° 7 20° 8 19° Fonte: dos autores (2016) Após alcançar os resultados, obteve-se a média aritmética, a variância e o desvio padrão dos ângulos. A média é calculada por: M= soma dos ângulos/números de tentativas (n) M=162/8 M=20,25° A variância é calculada por: V=soma do quadrado de todas as variâncias dos ângulos/(n-1) V=13,5/7 V=1,9285 O desvio padrão é calculado por: Dp=√𝑽 Dp=√1,9285 Dp=1,3887 Depois foi encontrado o coeficiente de atrito estático por: µ = tan−1 20,25°= 0,3689. µ= Coeficiente de atrito Concluindo que, a tangente do ângulo significa o mesmo que coeficiente de atrito, pois, quando há aumento no ângulo, há um aumento no coeficiente também. Assim, foi finalizado o primeiro experimento. SEGUNDO EXPERIMENTO No segundo experimento, obteve-se a velocidade constante (coeficiente de atrito cinético) do corpo. Com o auxilio do dinamômetro, o corpo de prova foi pesado e conteve 1N. Depois com a ajuda do plano inclinado e do dinamômetro, descobriu-se a força necessária para tirar o corpo (face lisa/revestida) do repouso. Primeiro foi realizado com a face lisa, repetindo o teste oito vezes e alcançando os seguintes resultados, como mostra o quadro (02) a seguir: Quadro 02: Referente às forças obtidas no procedimento com a face lisa. Tentativa Força (N) 1 0,32 2 0,26 3 0,32 4 0,34 5 0,34 6 0,36 7 0,34 8 0,36 Fonte: dos autores (2016) Após atingir os resultados, obteve-se a média aritmética, a variância e o desvio padrão das forças. A média é calculada por: M= soma das forças/números de tentativas (n) M=2,64/8 M=0,33 N A variância é calculada por: V=soma do quadrado de todas as variâncias das forças/(n-1) V=0,0072/7 V=0,001028 O desvio padrão é calculado por: Dp=√𝑽 Dp=√001028 Dp=0,032062 Depois foi encontrado o atrito com a seguinte fómula: Fat = μc ×N, o qual se trata nesse experimento de atrito cinético, onde foi de 0,005759. Assim, finalizamos o experimento na face lisa. Logo após, realizamos com a face revestida e também repetimos o teste oito vezes e alcançamos os seguintes resultados, como mostra o quadro (03) a seguir: Quadro 03: referente às forças obtidas no procedimento com a fase revestida. Tentativa Força (N) 1 1,6 2 1,76 3 1,66 4 1,68 5 1,7 6 1,74 7 1,76 8 1,74 Fonte: dos autores (2016) Repetiram-se os procedimentos com a face revestida, calculando a média aritmética, a variância e o desvio padrão das forças. A média é calculada por: M= soma das forças/números de tentativas (n) M=13,64/8 M=1,705 N A variância é calculada por: V=soma do quadrado de todas as variâncias das forças/(n-1) V=0,003171 O desvio padrão é calculado por: Dp=√𝑽 Dp=√0,003171 Dp=0,056311 Depois, para o segundo experimento foi encontrado o atrito com a fórmula do atrito (Fat = μc ×N), o qual se trata de atrito cinético, onde foi de 0,029766. Assim, foi finalizado o experimento na face revestida. Portanto, pode-se afirmar que o atrito estático é maior que o atrito cinético, pois, a força necessária para movimentar um corpo em repouso é maior do que a força necessária para mantê-lo em movimento. E também, o coeficiente de atrito não depende da área de contato, pois a pressão, independente do tamanho da área, será a mesma. Por fim, após a conclusão dos métodos experimentais, encontraram-se todos os resultados necessitados pelos objetivos gerais e específicos, concluindo assim que todos os cálculos e desenvolvimentos feitos em laboratório foram realizados corretamente. V. Considerações finais Após a realização do experimento de análise da dinâmica de um corpo e das características da força de atrito (dinâmico e estático) podemos concluir que a força do atrito estático entre duas superfícies em contato é oposta à força aplicada, e também que a força de atrito cinético atuando sobre um corpo tem direção oposta à do movimento. Através dos resultados obtidos no primeiro experimento, concluímos que o corpo de prova possui um coeficiente de atrito estático equivalente à 0,3689. Através do segundo experimento o resultado obtido corresponde à força de atrito cinético do corpo de prova, cuja é equivalente à 0,005759 em sua superfície lisa. Enquanto na superfície rugosa do corpo o atrito cinético será de 0,029766. Portanto, podemos concluir que o atrito está diretamente proporcional à rugosidade de um corpo rígido. Assim, após a utilização do plano inclinado, dinamômetro e os cálculos realizados referente ao experimento,foram possíveis as determinações dos coeficientes de atrito estático e cinético do corpo de prova. De tal maneira, após os estudos realizados conclui-se que o atrito estático de um corpo rígido será sempre maior que seu atrito dinâmico porque ao manter as superfícies em movimento, a distância média entre as superfícies converge para um valor maior do que quando elas estão em repouso. De acordo com o conceito de superfície de área real, quanto maior essa distância, menor a área de contato real, e portanto menor será o arraste, diminuindo a força contrária à direção do movimento, ou seja, menor atrito. Logo, os cálculos foram realizados corretamente, cumprindo assim os objetivos gerais e específicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1]TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Força de atrito"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca-atrito.htm>. Acesso em 19 de outubro de 2016. [2] Antônio Máximo e Beatriz Alvarenga. Física (Ensino Médio), Vol.03, 1ª Ed. Editora Scipione; [4]ALMEIDA, Frederico Borges De. "O Dinamômetro "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/fisica/o-dinamometro.htm>. Acesso em 19 de outubro de 2016. [3] RAMALHO, F.; G. F. NICOLAU, P.A. TOLEDO – Os Fundamentos da Física. 6ª edição, Vol. 2 e 3. São Paulo, Editora Moderna. 1997.
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