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5. PERGUNTAS AGRAVO DE INSTRUMENTO TD

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O que é agravo de instrumento?
É o recurso cabível contra algumas decisões interlocutórias, ou seja, contra os pronunciamentos judiciais de natureza decisória que não se enquadrem no conceito de sentença.
Quais modificações realizadas no agravo de instrumento?
Visando a celeridade e efetividade do processo, os NCPC promoveu algumas modificações no recurso, tais como:
- Elaborou um rol taxativo das decisões que admitem a interposição do agravo de instrumento; 
- Aboliu o agravo a modalidade retida, de modo que, para as situações não alcançáveis pelo agravo, a impugnação deverá ser feita em preliminar de apelação ou nas contrarrazões, depois da sentença;
*Importante observar, que o agravo é, outrossim, cabível em todo e qualquer tipo de processo, inclusive no de execução, assim como no procedimento comum e nos especiais (de jurisdição voluntária ou contenciosa).
Quais as espécies de agravo?
Temos o agravo de instrumento e o agravo interno., podemos dizer que também há uma espécie de agravo em recurso especial e em recurso extraordinário. Essas duas últimas, para impugnar decisões singulares ocorridas nos tribunais. 
O que é agravo interno?
É o recurso cabível contra as decisões proferidas pelo tribunal, em especial, àquelas decididas monocraticamente pelo relator. 
Quais hipóteses de agravo interno?
- Decisão do relator que nega seguimento a recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
- Decisão do relator que nega provimento ao recurso contrário a sumula do STF, STJ ou do próprio tribunal;
- Decisão do relator que dá provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal
- Qualquer decisão, no âmbito do STF e STJ, proferida por presidente do tribunal, de seção, turma, ou de relator, que cause gravame à parte;
É coreto afirmar que há decisões irrecorríveis no NCPC?
Não, pois, a abolição do agravo retido e o fato agravo de instrumento não abranger todas as decisões interlocutórias proferidas pelo juiz, não significa que há decisões irrecorríveis. O que ocorre, em verdade, é que há decisões imediatamente atacáveis por agravo de instrumento, e há outras que se sujeitam, mais remotamente, ao recurso de apelação. 
Quais hipóteses de interposição de agravo de instrumento?
Será cabível quando se voltar a decisão que verse sobre:
- Tutela provisória;
- Mérito do processo;
- Rejeição da alegação da convecção de arbitragem;
- Incidente de desconsideração de personalidade jurídica;
- Rejeição do pedido de justiça gratuita ou acolhimento do pedido de sua revogação;
- Exibição ou posse de documento ou coisa;
- Exclusão de litisconsortes;
- Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
- admissão ou não de intervenção de terceiro;
- Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
- Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §1º, XI
- Outros expressamente previsto em lei;
Qual o prazo para interposição?
O agravo de instrumento segue o prazo geral de 15 dias. 
É interessante notar, que o prazo como ocorre em todas as modalidades recursais, é peremptório e, por isso, não se suspende nem se interrompe diante de eventual pedido de reconsideração submetido ao prolator da decisão recorrida. A previsão legal de um juízo de retratação na espécie, não interfere na fluência do prazo de interposição do agravo, porque se trata de medida aplicável depois de interposto o recurso.
Como se dá a interposição do agravo de instrumento?
Interposto agravo por instrumento, o recurso será processado fora dos autos da causa onde se deu a decisão impugnada. O recurso será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição que deverá conter os seguintes requisitos:
- Nome das partes; 
- A exposição do fato e do direito;
- As razões o pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
- O nome e endereço completo dos advogados constante no processo;
Quais peças obrigatórias e facultativas (art. 1.017?
Peças obrigatórias: copias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que demonstre a tempestividade, e das procurações outorgadas aos advogados das partes.
Peças facultativas: quaisquer outras que o agravante reputar uteis para a melhor compreensão da questão discutida no agravo.
Vale observar, que caso falte alguma peça obrigatória, ou mesmo, por algum outro vicio sanável, antes de considerar inadmissível o recurso, deverá o relator conceder ao recorrente, prazo de cinco dias, para que complete a documentação faltante, ou corrija o defeito.
*havendo custas e despesas de porte de remessa e retorno, será obrigatória a instrução da petição de agravo, também, com o comprovante do respectivo preparo, conforme tabela publicada pelos tribunais.
Quais os meios admitidos para interposição do agravo de instrumento?
- Por protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo; 
- Por protocolo na própria comarca, seção ou subseção judiciárias (protocolo integrado); 
- Por postagem, sob registro, com aviso de recebimento; 
- Por transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei; ou, 
- Por outra forma prevista em lei, como, por exemplo, por meio eletrônico, quando se tratar de autos da espécie.
Quais os efeitos do agravo de instrumento?
Via de regra, trata-se de um recurso que, normalmente, limita-se ao efeito devolutivo. Nesse sentido, o NCPCP dispõe que os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. Assim, o efeito suspensivo poderá, em determinados casos, ser concedido pelo relator. Para tanto, são exigidos dois requisitos a serem cumpridos cumulativamente: a imediata produção dos efeitos da decisão recorrida poder-lhe causar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e a demonstração da probabilidade de provimento do recurso, em outras palavras, a demonstração do “fumus boni iuris” e do “periculum in mora”. 
O pedido de efeito suspensivo poderá ser feito em peça separada ou incluída na petição do agravo. 
Havendo requerimento de efeito suspensivo, formulado pelo agravante, será, também, na fase de despacho da petição de agravo que o relator o apreciará (art. 1.019, I).
É necessário juntar cópia do agravo ao juízo de primeiro grau?
O recorrente, após encaminhar o agravo diretamente ao tribunal, requererá, em três dias, a juntada, aos autos do processo, da cópia da petição recursal, com a relação dos documentos que a instruíram, e, ainda, o comprovante de sua interposição (art. 1.018, caput e § 2º). Essa diligência não tem o objetivo de intimar a parte contrária, porque sua identificação será promovida diretamente pelo tribunal (art. 1.019, II). Sua função é apenas de documentação e, também, serve como meio de provocar o magistrado ao juízo de retratação (art. 1.018, § 1º),390 que, se ocorrido, tornará prejudicado o agravo.
Quais são os atos do relator?
- O relator poderá não conhecer do recurso, por ele ser:
Inadmissível: Por exemplo, fora do prazo, sem comprovante de pagamento, quando o ato impugnado não for agravável, dentre outros;
Prejudicado: o agravo perdeu o objeto, quando o juízo de origem se retratou da decisão impugnada;
Não impugnar especificamente os fundamentos da decisão agravada;
- O relator poderá negar provimento quando for:
Contrário à sumula do STF, STJ ou do próprio tribunal;
Contrário à acordão proferido pelo STF ou STJ em julgamento de recursos repetitivos; 
Contrário à entendimento firmado em resolução de incidente de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
- O relator poderá deferir o processamento do agravo, caso em que, em cinco dias, deverá:
Ordenar a intimação do agravado pessoalmente, por carta com avisode recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de quinze dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso (art. 1.019, II);
Determinar a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste em quinze dias (art. 1.019, III).
Há prazo para julgamento?
Para ressaltar o empenho da lei na solução rápida dos agravos de instrumento, o art. 1.020 fixou em um mês, contado da intimação do agravado, o prazo máximo para ser pedido pelo relator “dia para julgamento”. Trata-se, como é óbvio, de um prazo meramente administrativo, sem nenhum efeito preclusivo, porque é estabelecido para o tribunal e não para as partes.
É possível sustentação oral?
Na sessão de julgamento, os advogados e o membro do MP, nos casos de sua intervenção, poderão nos casos previsto em lei ou no regimento interno do tribunal, fazer sustentação oral de suas razões, pelo prazo improrrogável de quinze minutos cada, depois da exposição da causa pelo relator. O NCPC (art. 937) enumera os casos de cabimento da sustentação oral, dentre os quais está o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência (inciso VIII). Portanto, não são todos os agravos de instrumento que admitem a sustentação oral.
Como se dá o seu encerramento?
Como se trata de feito processado originariamente no tribunal, caberá a seu regimento determinar o destino dos autos do agravo de instrumento, se permanecerão em seus arquivos ou se serão encaminhados ao juízo de primeiro grau para apensamento aos autos principais. Na primeira hipótese, o tribunal deverá oficiar ao juiz da causa, encaminhando-lhe cópia da decisão do relator ou do acórdão, conforme o caso. Na segunda, não haverá necessidade de comunicação apartada, porque os próprios autos do agravo servirão como veículo de transmissão do teor do decisório de segundo grau.

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