Buscar

Agravo de Instrumento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Agravo de Instrumento
 Processo Civil
O que é agravo de instrumento?
Em um julgamento, quando é dado o veredito do juiz, uma das partes pode não concordar com a sentença proferida e pedir por um recurso. No entanto, para isso, uma série de requisitos deve estar de acordo com a sentença dada. Assim, um dos tipos de recurso a ser solicitado é o agravo de instrumento. Trata-se de uma tentativa cabível à parte que se sentir prejudicada de alguma forma pelo veredito.
O agravo de instrumento é um recurso que pretende obter a reforma das decisões chamadas de interlocutórias. São aquelas decisões que não encerram o processo, mas têm poder em questões pontuais em cada caso. Um exemplo claro é quando, dentro de uma decisão interlocutória, uma das partes pede para usar seu benefício para que tenha acesso à justiça gratuita e o juiz a nega.
 Desta forma, a parte atingida pode entrar com o Agravo de Instrumento para que o Tribunal de Justiça de seu estado possa intervir no caso para que o juiz em questão conceda o benefício de gratuidade.
Na esfera cível, o agravo de instrumento é um recurso dirigido diretamente ao Tribunal de Justiça ou ao Superior Tribunal de Justiça (ad quem), a fim de reanalisar pronunciamento judicial de natureza decisória que não coloque fim ao processo (decisão interlocutória), conforme previsto no artigo 203 §2º do CPC.
Como a própria nomenclatura do recurso sugere, o agravo enseja a formação de um instrumento.  Por isso, a petição escrita deve conter:
os nomes das partes;
exposição dos fatos e do direito;
as razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão;
o pedido;
o nome e endereço completo dos advogados das partes.
Os documentos que acompanham a petição de interposição, e dão razão ao instrumento, estão previstos no artigo 1.017 do CPC:
I – cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II – declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III – facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
IV – pagamento das custas e porte de retorno se devidos.”
Se o processo for eletrônico, as peças referidas nos incisos I e II não precisam ser juntadas ao Agravo de Instrumento, por força do § 5° do artigo 1.017 do Código de Processo Civil. Nesse caso, faculta-se ao agravante a juntada de outros documentos que entender pertinentes e úteis para compreensão da controvérsia.
O que mudou com o Novo CPC?
É relevante dizer que desde que o CPC/73 entrou em vigor, o agravo de instrumento passou por diversas modificações. Dentre elas, a regra imposta pela Lei 11.187/2005 que tornava o agravo retido a regra e limitava a interposição do agravo de instrumento apenas em três situações que eram previstas no antigo artigo 522 do CPC/73: 
quando a decisão recorrida for suscetível de causar lesão grave e de difícil reparação à parte;
quando for proferida decisão que inadmita apelação;
quando a decisão recorrida trate dos efeitos em que a apelação é recebida.
Posteriormente acrescentou-se a possibilidade de agravo para as decisões proferidas no meio do processo de execução, na fase de cumprimento e liquidação de sentença.
Advindo o novo Código de Processo Civil, de 2015, foi abolida a figura do agravo retido, sendo novas possibilidades para o cabimento do agravo de instrumento. Além disso, ampliou o prazo de 10 dias corridos para 15 dias úteis.
Outra novidade trazida pelo Novo CPC é que se algum dos requisitos do artigo 1.017 não forem atendidos, o agravante será intimado para fazê-lo no prazo de 5 dias. Sua inércia ensejará no não conhecimento do recurso, nos termos do parágrafo único do artigo 932 do Código de Processo Civil.
Prazo do agravo de instrumento
O prazo para interposição do recurso de agravo de instrumento é de 15 dias úteis, contados da data da intimação da decisão. Ou seja, contado a partir do primeiro dia útil subsequente à publicação da decisão recorrida.
Há ainda outras hipóteses de termo inicial do prazo recursal, tal como o comparecimento espontâneo em juízo. E, ainda, nos atos que devem ser cumpridos exclusivamente pela parte, a partir do recebimento da decisão, fazendo-se valer da regra prevista no art. 231 do CPC.
Hipóteses de cabimento do agravo de instrumento
O artigo 1.015 do Código de Processo Civil trouxe um rol de cabimento do agravo de instrumento:
Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I – tutelas provisórias;
II – mérito do processo;
III – rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI – exibição ou posse de documento ou coisa;
VII – exclusão de litisconsorte;
VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X – concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;
XII – (VETADO);
XIII – outros casos expressamente referidos em lei.”
Rol taxativo do agravo de instrumento no novo CPC
Há uma questão relevante sobre o artigo 1.015. Seria ele taxativo, impossibilitando a interposição do recurso caso não houve previsão expressa no artigo, ou poderia ser interpretado de forma extensiva?
Em dezembro de 2018 foi proferida pelo Supremo Tribunal de Justiça por 7 votos a 5, no recurso especial processado pelo rito dos recursos repetitivos, admitindo que o rol do artigo 1.015 do CPC tem a sua taxatividade mitigada e admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada urgência
De acordo com a Ministra Nancy Andrighi, “a taxatividade do artigo 1.015 é incapaz de tutelar adequadamente todas as questões em que pronunciamentos judiciais poderão causar sérios prejuízos e que, por isso, deverão ser imediatamente reexaminadas pelo segundo grau de jurisdição”.
Um pouco antes dessa decisão, porém, a Segunda Turma do STJ foi instada a se pronunciar sobre as hipóteses de cabimento do parágrafo único do art. 1.015. Em que pese o julgamento da Corte Especial acima suscitado não tivesse finalizado, firmou-se naquele acórdão que:
 “é certo que as hipóteses de Agravo de Instrumento trazidas pelo art. 1.015 do CPC de 2015 são taxativas, principalmente quando tratar do Processo de Conhecimento, localizado no Livro I da parte especial, mas também é correto que o exegeta pode valer-se de interpretação extensiva em decorrência das especificidades de cada caso.”
A tendência dos tribunais caminha no sentido de que nos casos em que se verificar a relevância e urgência que torna primordial a revisão por instância superior e, não havendo como aguardar a análise de recurso de apelação ou mesmo nos casos em que a decisão tornar impossível o manejo da apelação, há possibilidade de interposição do agravo de instrumento. Isso porque decorre da inutilidade em se aguardar a apelação.
Preclusão de decisões
Contudo, outra questão surge nesse cenário. Não sendo o caso de previsão expressa do artigo 1.015 do CPC, havendo a possibilidade de a decisão interlocutória gerar gravame e ter urgência na sua decisão, se a parte não agravar, haveria a ocorrência da preclusão?
Nesse sentido, se destaca a análise da relatora Ministra Nancy Andrighi no REsp 1704520-MT:
Não há dúvida de que o novo CPC modificou substancialmente o regime de preclusões do processo. Pelo novo regime, apenas precluem as decisões que possuam o conteúdo descrito nas hipóteses previstas no art. 1.015 do CPC e que não tenham sido impugnadas por agravo de instrumento, ficando todas as demais questõesimunizadas pelo sistema até momento futuro – prolação da sentença – ocasião em que as questões, até então imunes, deverão ser impugnadas pela parte no recurso de apelação ou em suas contrarrazões, sob pena de, a partir desse momento, tornarem-se indiscutíveis.
A tese jurídica proposta não visa dilatar o prazo, mas, ao revés, antecipá-lo, colocando-se, em situação excepcional, a possibilidade de reexame de certas interlocutórias em momento anterior àquele definido pela lei como termo final para a impugnação.
Destaca-se que nem toda decisão pode ser atacada pelo agravo de instrumento. Quando não houver urgência a parte pode, sem que ocorra a preclusão do ato, suscitá-las em preliminar de apelação ou contrarrazões.
Juízo de retratação
O juízo de retratação do agravo de instrumento no novo CP Cestá previsto no artigo 1.018 e possibilita ao Juiz que proferiu a decisão agravada modificar o seu entendimento, levando em consideração as razões contidas no agravo. Para isso, a parte deve comunicar ao juízo a interposição do recurso, juntando cópia do agravo de instrumento, comprovante de interposição, bem como informar as peças que seguiram com o agravo.
Se o juiz reformar a decisão, o agravo perderá seu objeto e o relator o considerará prejudicado.
Contrarrazões de agravo de instrumento
O artigo 1.019, II prevê a intimação do agravado para que apresente resposta no prazo de 15 dias úteis, facultando-lhe, igualmente, a juntada de peças que entender necessárias.
“Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;”
Efeito suspensivo do agravo de instrumento
O recurso de Agravo de Instrumento no novo CPC não é dotado de efeito suspensivo automático (ope legis) ficando a critério do julgador a atribuição de efeito suspensivo ao recurso (ope judicis).
Assim, distribuído o agravo de instrumento ao Tribunal, o recurso será sorteado ao relator. Ele poderá, liminarmente, atribuir efeito suspensivo ao recurso, ainda que a outra parte não tenha se manifestado, ou deferir tutela total ou parcial, comunicando de imediato ao juiz a sua decisão.
Agravo de instrumento no processo trabalhista
Diferentemente do processo civil, as decisões interlocutórias na fase de conhecimento não são recorríveis de imediato, por força do artigo 893, § 1o, da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo a questão combatida em preliminar de recurso após a sentença.
As três exceções a essa regra são as previstas na Súmula n°244 do TST:
de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Prazo no processo trabalhista
O Agravo de instrumento no processo trabalhista está previsto no artigo 897, b da CLT e deve ser interposto no prazo de 08 dias úteis, cabível para impugnar decisões que negam seguimento a um recurso. O julgamento é realizado pelo tribunal que seria competente para receber o recurso e o instrumento deve ser formado por:
“I – obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7º do art. 899 desta Consolidação
II – facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.”
Quanto ao depósito recursal do agravo de instrumento, o valor a ser recolhido é de 50% do valor do depósito do recurso a ser destrancado, devendo ser comprovado no ato da interposição. Ainda, é válido dizer que se o agravo de instrumento trabalhista for interposto contra decisão que denegou seguimento ao Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, não há que se falar em depósito recursal, pois aplica-se o CPC e não a CLT.
Importante salientar que o C. TST editou a Resolução Administrativa n° 1418 de 30 de agosto de 2010, que regulamenta o processamento do Agravo de Instrumento interposto de decisão que negar seguimento em recurso de competência do Tribunal Superior do Trabalho, dispondo o artigo 1º que o Agravo de Instrumento interposto de decisão que negar seguimento a recurso para o TST deve ser processado nos autos do recurso denegado, não havendo, portanto, a necessidade de instruir o instrumento.
Contrarrazões no processo trabalhista
O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal no prazo de 08 dias, podendo, inclusive, instruir com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.
Efeito suspensivo no processo trabalhista
É recebido apenas no efeito devolutivo e não há efeito suspensivo.
COMPONENTES

Continue navegando