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Revisão AV2 (2013) - FISIOLOGIA DO EXERCICIO - Fisioterapia
Energia
Sistema fosfo-creatina: Focar em consumo de energia sem consumo de O2, consumo de energia guardada principalmente nos músculos e que depois de utilizada é rapidamente reposta. O individuo consome a energia armazenada no sistema Fosfocreatina, nos primeiro segundos do exercício, este armazenamento é maior em pessoas treinadas, após este consumo da fosfocreatina, o individuo em repouso, tem todas estas moléculas de fosfocreatina refeitas pelo seu organismo. Segundo McArdle (et al), para treinar o sistema de energia glicolítico (anaeróbico) a curto prazo (sistema prioritário utilizado no treinamento de força e hipertrofia), o intervalo de recuperação é o dobro do intervalo de trabalho, ou uma relação de 1 para 2. Essas relações específicas de trabalho e recuperação para treinamento anaeróbico permitem supostamente uma restauração suficiente dos fosfatos intramusculares (ATP) e/ou a remoção suficiente do ácido láctico (resíduo químico derivado da quebra do ATP na ausência de oxigênio), de forma a permitir que a próxima sessão de exercício possa prosseguir sem qualquer fadiga ou com fadiga mínima.
Quando iniciamos e após alguns minutos, o exercício, a necessidade de energia corporea é maior do que em repouso, por isso o organismo deve abrir mão de suas reserva de açúcares e assim lançar na corrente sanguínea, por isso a taxa glicêmica se eleva nos primeiros minutos de atividade, o hormônio glucagon o responsável por este fenômeno, e qdo necessário ele também mobilizará as gorduras do tecido adiposo para suprir a demanda de energia (açúcar). Depois da ação do glucagon, a insulina que estava em níveis reduzidos voltará a seus níveis normais ou até maiores para que os açucares disponibilizados na corrente sanguínea possam ser absorvidos e metabolizados pelas células gerando assim ATP (energia), para a atividade fisica.
Atletas altamente treinados em modalidades consideradas anaeróbicas, como 100 m rasos do atletismo, salto a distancia, 100 m de natação, halterofilismo, etc, possui o sistema ATP-PC (ATP – Fosfocreatina) otimizado, altamente eficiente, dessa forma, o tipo de fibra muscular predominante nestes atletas são as fibras musculares rápidas, também chamadas de fibras glicolíticas, que proporcionará alta eficiência músculo esquelética nestas modalidades.
As fibras musculares respondem rapidamente aos estímulos que são submetidos, por isso com programa de exercícios, devidamente orientado, os músculos esqueléticos trabalhados sofreram com a frequência de trabalho a hipertrofia, aumento da massa muscular e força. Já indivíduos que por algum problema físico ou patológico ficam impossibilitados ou/e limitados a movimentação muscular por períodos determinados, indeterminados ou permanentes, seja, de um pequeno ou de um grande grupo de músculos esqueléticos, haverá sobre estas fibras musculares a hipotrofia muscular, que resultará na diminuição da massa, força e tônus. Podemos assim concluir, que o músculo estriado esquelético responde muito ao uso e ao desuso e altera seu formato rapidamente.
Sistema Cardiovascular
- PA – Pressão arterial, sempre há elevação durante exercícios principalmente com pesos, e também exercícios com longa duração. Tanto a pressão diastólica quanto a sistólica aumentam para manter o sistema em equilíbrio. O DC (debito cardíaco) também aumenta durante os exercícios realizados de forma progressiva. A frequência, os batimentos, são comandados pelo nodo sinusal independentemente, com ação de despolarização e repolarização graças ao Na++ e aos canais de Ca++ nos músculos cardíacos. Alguns neurotransmissores podem alterar o trabalho dos íons Na e Ca, estes neurotransmissores são Adrenalina (aumenta) e acetilcolina (diminui), por exemplo.
- Toda vez que há inicio de exercício e este é mantido por algum tempo, é necessário que o fluxo sanguíneo aumente devido a maior necessidade de oxigênio, além de alteração na frequência cardíaca e sistema vascular, há também uma redistribuição do fluxo, sendo aumentado nos músculos que estão em trabalho e diminuído nos músculos inativos, pele, rins, fígado e intestinos. Assim, os músculos que estão ativos receberam mais sangue oxigenado. Este processo é ocorre porque sistema nervoso simpático é desestimulado (diminuição do estimulo simpático), causando assim a vasodilatação das arteríolas na musculatura, aumentando fluxo e a irrigação sanguínea, e em consequência, diminuindo a resistência vascular periférica (RVP).
A frequência cardíaca é uma boa indicação da saúde cardíaca do individuo, a frequência elevada em repouso (acima de 100 bpm) pode significar que há baixa eficiência cardíaca, é um mau prognóstico da saúde cardiovascular. Mesmo para um paciente com problemas cardíaco, é recomendado, sob orientação profissional, um programa de exercícios físicos, porque haverá diminuição da FC de repouso através do exercício que propiciará um maior tempo de diástole e consequentemente um maior tempo de irrigação do miocárdio.
Dessa forma, indivíduos que mantém uma rotina frequente de exercícios possuem em repouso uma baixa frequência cardíaca em torno de 35 a 60 bpm	aproximadamente, isto ocorre devido à uma melhor eficiência cardíaca. O coração contrai menos vezes, mas manda bastante sangue em cada ejeção e ao mesmo tempo tem um tempo de diástole maior e consequentemente uma melhor irrigação do miocárdio. O exercício físico realizado de forma constante é capaz de baixar a frequência cardíaca de repouso do indivíduo e isso significa melhor saúde cardiovascular. Então, é fundamental verificar e documentar essa possível alteração proporcionada pelo exercício físico. 
Exercícios e condições Ambientais
Para uma boa pratica de exercícios, visando à saúde do individuo devem ser consideradas as condições ambientais, como temperatura, umidade relativa do ar, altitude. Em condições adversas a saúde do individuo pode ser comprometida; em casos de provas, como maratonas, triathlon, exercícios de longa duração em geral, sob alta temperatura e alta umidade do ar, que aumenta sensação de calor, com esta situação ambiental o principal mecanismo de dissipação de calor é quase que suprimido, visto que o resfriamento do corpo só ocorre quando o suor é evaporado. Nestas condições, a alta temperatura somada a produção de calor do organismo provocam aumento da temperatura central e o mecanismo de evaporação é afetado devido a alta umidade relativa do ar, gerando uma perda acentuada de água (desidratação) que provocará hipovolemia (baixa de volume sanguíneo) e queda do volume de ejeção, acarretando em risco de hipertermia e lesões induzidas pelo calor.

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