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DESAFIO 2016 (1)DISCIPLINA NORTEADORAS: COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL, POLÍTICAS ESPECIAIS MOVIMENTOS SOCIAIS E PLANOS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO SOCIAL.

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DESAFIO PROFISSIONAL
CURSO: SERVIÇO SOCIAL 7 SEMESTRE
DISCIPLINA NORTEADORAS: COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL, POLÍTICAS ESPECIAIS MOVIMENTOS SOCIAIS E PLANOS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO SOCIAL.
Angela Maria Massuco dos Santos R.A 6948436336
Joseane Graciele Vieira da Costa R.A 6382226544
Lucimara de Lucena R.A 6376221448
Tutor EAD: Fernanda Cristina Barbosa
Piracicaba, 03 de Junho de 2016..
Plano de Ação
INTRODUÇAO
O presente trabalho realizado pela Assistente Social de uma Organização Não Governamental-ONG,que atende crianças e adolescentes é de suma importância pois deve ao trabalho em conjunto com participação social de Conselho de Assistência Social e participação da população.
As transformações sociais, econômicas e até culturais que ocorrem em cada época trazem a realidade novas necessidades que por sua vez,determinam a criação de um conjunto de intervenções políticas, cujo objetivos de atender as reinvindicações da demanda.
A Constituição Federal de 1988 introduziu os princípios do controle social e da participação popular como instrumentos de efetivação de gestão político administrativa e técnico –operativa, com caráter democrático e descentralização,municipalização e participação.
Os profissionais de Serviço Social tem um papel importante neste processo, qual seja o de qualificar a ideia de cidadania dentro de uma agenda democrática entendida segundo os princípios éticos encontrados no Código de Ética do Assistente Social (1993).
O Serviço Social no Brasil tem suas origens na primeira metade do século XX , com suas raízes cristãs de assistencialismo ,a Igreja Católica controlava todo o processo de ajuda ao próximo e benefícios aos menos favorecidos , sendo patrocinada pela ordem burguesa vigente .
Historicamente a assistência Social era simplesmente uma caridade, ela não configurava uma ação política e isso é que faz a grande diferençana atualidade antes era o favor para ao pobres e não era considerado e discutido os direitos dos cidadãos.
Hoje, a profissão encontra-se regulamentada pela lei8662,de 07 de junho de 1.993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais.Em seus artigos 4º e 5º , respectivamente , a lei define competências e atribuições privativas do profissional Assistente Social.
Código de Ética do Assistente Social e a Lei 8662/93.
De acordo com a Lei,Assistentes Sociais :
* Planejam, elaboram e executam planos, programas e projetos sociais.
* Realizam estudos e pesquisas para avaliar a realidade e emitir parecer social e propor medidas e políticas sociais.
* Prestam assessoria e consultoria à instituições públicas e privadas e à movimentos sociais.
* Orientam indivíduos e grupos auxiliando na identificação de recursos e proporcionando o acesso aos mesmos.
* Realizam estudos socioeconômicos com indivíduos e grupos para fins de acesso a benefícios e serviços sociais.
Além desta lei descrita anteriormente, os assistentes sociais são amparados também com o Código de Ética Profissional que veio se atualizando ao longo da trajetória profissional.
Em 1993, após um rico debate com o conjunto da categoria em todo país foi aprovada a quinta versão do Código de Ética Profissional, instituída pela Resolução 273/93 do CFESS.
O Código de Ética profissional do Assistente Social representa a dimensão ética da profissão, tendo caráter normativo e jurídico.Delíneia parâmetros para o exercício profissional , define direitos e deveres dos Assistentes Sociais, buscando a legitimação social da profissão e a garantia da qualidade dos serviços prestados.
O código de Ética Profissional do Assistente Social é expressão da renovação e do amadurecimento teórico-político do Serviço Social e evidencia, em seus princípios fundamentais o compromisso ético-político assumido pela categoria.
Princípios Fundamentais do Código de Ética Profissional do Assistente Social:
* I- Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes- autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais.
* II- Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo.
* III- Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis,sociais e políticos das classes trabalhadoras.
* IV- Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida.
* V- Posicionamento em favor da equidade e justiça social.
* VI- Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito á diversidade, á participação de grupos socialmente discriminados e á discussão das diferenças.
* VII- Garantia do pluralismo,
* VIII- Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero.
* IX- Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos trabalhadores.
* X- Compromisso com a qualidade dos serviços prestados á população e com aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional.
* XI- Exercício do Serviço Social sem ser discriminado /nem discriminar por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física.
Sendo assim o profissional assistente social atualmente trabalha embasadoem leis buscando sempre o reconhecimento dos direitos humanos, a cidadania, com o objetivo de buscar uma transformação social.
Com isso a cada dia, surgem novos desafios na luta pela consolidação dos direitos da população usuária dos serviços prestados por assistentes sociais.
Esses elementos apontam para a necessidade de fortalecer o projeto ético-político profissional, que vem sendo construído há muito tempo.
Portanto entendemos que essa luta só é possível com o aprimoramento intelectual e com a organização coletiva de assistentes sociais em suas entidades, bem como com o conjunto da classe trabalhadora.
Através de movimentos sociais que dão visibilidade das diversas situações que ocorrem publicamente, com objetivosde conscientizar as demandas dos cidadãos.
O controle social da assistência social e realizada através da participação da população na gestão política, no acompanhamento,na fiscalização das instituições governamentais e não –governamental.
Os conselhos são importantes para que com novas políticas,possa superar os mecanismo de controle social e estabelecer critérios e procedimentos para o Processo de Acompanhamento e Fiscalização da rede de Serviço Sócioassistencial do Munícipio,de forma que o mesmo possa ser sistemático e continuo.
Para conhecimento a cerca da Rede de Serviços sócio Assistencial do município, ou seja,o seu funcionamento, a demanda atendida e o processo de territorialização que ela tem,o CMAS,utilizará como instrumentos o Plano de Ação e o Relatório de Atividades Anuais ,já disponível em modelos.
O qual será apresentado em reunião do CMAS para análise e reflexão sobre a situação das instituições, ficando anexo ao seu processo. As informações alimentarão o banco de dados do CMAS, após análise da documentação e visita institucional, que possibilitará mapear a Rede socioassistencial.
Justificativa :
O presente trabalho foi realizado com intuito de assegurar o direitos fundamentais das crianças e adolescentes que são vítimas de racismo,do preconceito e da discriminação racial .
O exercício da participação popular e o controle social: um estudo a partir das pré conferencia municipal da assistência social de Londrina.
Analisando o tema proposto, faz-se necessária uma breve exposição de conceitos sobre a idéia de controle social, focalizando significações pertinentes à compreensão do controle nas relações sociais e políticas.
Assim, o controle social, mas ciente do alertafeito por Marcos Cesar Alvarez, de que “qualquer tentativa de encontrar o significado unívoco e original de conceitos e noções está previamente condenado ao fracasso ou ao exercício acadêmico estéril”. (ALVAREZ, 2004. p.168).
As primeiras noções de controle social estão relacionadas aos estudos do sociólogo Émile Durkheim em sua preocupação sobre ordem e integração social, como é possível constatar em obras, como “As Regras do Método Sociológico”, e conceitos introduzidos, como “anomia”, ou ainda, no estudosobre o crime e a pena. Neste último o controle social se reflete quando analisa que enquanto o crime é uma manifestação individual que ofende a coletividade.
Esta perspectiva sofreu alterações, mas continuou prevalecendo na sociologia até meados do século XX. Como não nos interessa ir às minúcias, é suficiente dizer, lato sensu, que a coesão social, antes entendida como resultante da solidariedade e integração social, passou a ser resultante de práticas de dominação organizadas pelo Estado ou pelas 'classes dominantes’. (ALVAREZ, 2004).
É com esta orientação negativa que a noção de controle social ganha espaço a partir da década de 1960. Nesta época, o filósofo Foucault fulgurou como um dos principais expoentes das ciências sociais. Os seus estudos sobre os sistemas de exclusão, presentesna sociedade, relacionados a esferas básicas da vida individual e coletiva, influenciou bastante a concepção de controle social.
Os sistemas de exclusão seriam relacionados com o trabalho, uma vez que toda a sociedade há sempre aqueles que não fazem parte do circuito da produção econômica. Há também o sistema de exclusão que se dá em relação à família, na medida em que há sempre aqueles em uma dada sociedade que estão à margem em relação á reprodução desta mesma sociedade.
Ao lado destes, se organiza, ainda, um sistema de exclusão em relação à palavra, que marginaliza e exclui alguns indivíduos do sistema de produção dos símbolos. “E, por fim, há um sistema de exclusão que se forma em torno da produção lúdica, na medida em que coloca certos indivíduos à margem daquilo que é da ordem do jogo, do lúdico”. (FONSECA, 1997 p.125. Grifo nosso).
Para reforçar esta aproximação entre sistemas de exclusão e sistemas de controle social, recorremos novamente ao sociólogo e estudioso do controle social, Marcos Cesar Alvarez, afirma que Foucault, apontado pelos demais como autor de referência nos estudos acerca dos mecanismos de controle social, na verdade não usava a este termo de modo significativo. O foco foucaultiano se dava em uma perspectiva mais complexa, ou seja, pensar as práticas de poder.
Entretanto, se este termo era cheio de sentido pejorativo, como limitador da liberdade, inclusive por violência, ou senão, de castrador da espontaneidade, de exclusão, passou a ter sentido totalmente diverso.
Existem embates teóricos e políticos na apropriação de signos e significados, que têm a potencialidade de inverter conceitos, como Bourdieu explicitou em suas análises. Este processo mostra-se presente na (re) significação dada ao controle social.
“O referido processo é permeado de interesses que não se restringem a aspectos epistemológicos, posto que a academia não seja tão autônoma assim como querem crer ou querem mostrar muitos que nela se acham envolvidos”. (BOURDIEU, 2002. p.110).
Bourdieu (2002. p.112-113) alerta, ainda, como os usos de propriedades simbólicas, em classificações ou conceituações, podem ser utilizadas estrategicamente em função de interesses materiais para impor uma visão de mundo social através de uma realidade produzida pelo discurso científico. Ou seja, “ao dizer as coisas com autoridade publicamente e oficialmente, subtrai ao arbitrário, sanciona-as, santifica-as, consagra-as, fazendo-as existir, como conformes à natureza das coisas ‘ naturais’”.
De forma bem mais incisiva, Evelina Dagnino, reconhece o embate presente na construção de (re) significações da cidadania e da democracia, declarando que “a luta por significados e por quem tem o direito de atribuí-los não é apenas, em si mesma, uma luta política, mas é também inerente e constitutiva de toda política”. (DAGNINO, 2000. p.75).
Portanto, é com bastante atenção que devemos observar a metamorfose conceitual que o controle social sofreu, sem desconsiderar que os sentidos anteriormente existentes ainda continuam em uso.
“Conceito descritivo do processo de influência e domínio coletivo (Estado) e individual (grupos sociais), transforma-se em conceito operacional para designar o os mecanismos de controle da sociedade sobre o Estado.” (DUARTE,200_, p.08-09). De tal modo, o controle social é entendido como exercício de poder pelos cidadãos, membros da sociedade civil, inclusive em deliberações sobre aplicação de recursos, obrigando as autoridades públicas a cumprir tais deliberações (Relacionados à transparência, bem como aqueles mantidos pelos tribunais de contas da união ou estaduais entre outros), ou ainda, qualquer ONG que atue no eixo de participação e cidadania, ou que se refira aos conselhos de políticas públicas, a exemplo dos conselhos de saúde, criança e adolescente, idoso, orçamentos participativos encontrarão a expressão “CONTROLE” SOCIAL, empregada neste sentido positivo.
Não se trata apenas do discurso oficial, governamental, emana também de diversos setores das sociedades. Para balizar mais este conceito, apresentamos Teixeira (2000. p.59) em estudo sobre participação cidadã no poder local. Ele definiu o controle social tendo como pressuposto que “a participação é um instrumento de controle do estado pela sociedade,portanto, de controle social e político, [na qual, há] possibilidade dos cidadãos definirem critérios e parâmetros para orientar a ação pública”.
Assim, se define controle social sob dois entendimentos, um “corresponde ao que atualmente se denomina accountability, ou seja, a obrigação dos agentes políticosprestarem contas dosseus atos e decisões e o direito de o cidadão exigi-lo e avaliá-lo, naresponsabilização dos agentes políticos”. (TEIXEIRA, 2000. p.59-60)
Estes entendimentos, como aponta Teixeira, coadunam-se com a noção de soberania popular dado ao controle social, sob o fundamento do amadurecimento da democracia, que demanda relações mais horizontais entre os representantes políticos e a sociedade. Ou seja, a participação mais ampla desta última, não restrita aos momentos de exercitar o poder de eleger mandatários, através das eleições de representantes políticos, como também o prolatado acompanhamento da gestão, com o poder exercer o controle sobre o mandato de forma permanente.
A Participação e Controle Socialestão relacionados, por meio da participação na gestão pública, os cidadãos podem intervir na tomada da decisão administrativa, para que dessa forma as medidas atendam aos interesses públicos, e também podem exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste contas de sua atuação. A participação contínua da sociedade na gestão pública é um direito assegurado pela Constituição Federal, permitindo que os cidadãos não só participem da formulação das políticas públicas, como também fiscalizem a aplicação dos recursos públicos.
Dessa forma, o cidadão tem o direito não só de escolher, seus representantes e acompanhar de perto todo o seu mandato, e seu exercício, supervisionando e
avaliando a tomada das decisões administrativas, e de fundamental importância que cada cidadão assuma essa tarefa de participar de gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro público.
Ações afirmativas do Brasil: o trabalho do Ministério Público para torna-las possíveis.
Analisando o artigo de Maria Walkiria de Faro, observamos a luta domovimento dos negros na busca da igualdade, tal movimento ganhou forças paulatinamente, nesse sentido, houve uma terrível discriminação racial, sob vários aspectos na sociedade, em que prevalece até os dias atuais, como no trabalho educação o racismo é cruelem todas as situações.
A discriminação não é um fato isolado existe há anos e englobauma luta de as classes sociais, onde os indivíduos possuem direitos como pessoas, mas, como sujeitos de direitos são tratados desigualmente pela diferenciação de sua cor de pele, seu status, sua aparência e etc., estando, portanto, muito longe da tão almejadaigualdade social.
Apontando a lei para existência de direitos igualitários, existe ainda a deficiência na sua real interpretação e aplicabilidade, por ocasião da existência de brechas que muitas vezes as tornam inócuas ante a impunidade social. Pois que favorecem atuação desenfreada nas leis e direitos sociais adquiridos.
As "políticas de ação afirmativa ou de discriminação positiva" são mecanismos encontrados pelo Estado para, de certa forma, recompensar determinado segmento social que fora desfavorecido durante todo um período histórico.
Quando abordamos o tema proposto, indaga-se se o espeque fundamental não acaba por trazer a questão de um tratamento preferencial em detrimento da igualdade de direitos, que propõe exatamente acabar com privilégios. A resposta a tal indagação é de que a igualdade de direitos não é a mesma coisa que a igualdade entre sujeitos de direitos. Nesse cenário, percebe-se que, os principais objetivos das políticas de ações afirmativas seriam os de:
a) concretizar o ideal de igualdade;
b) contribuir de maneira pedagógica para a promoção de transformações de ordem cultural do imaginário coletivo com vistas à eliminação da ideia de supremacia e de subordinação racial;
c) eliminar efeitos de processos históricos de discriminação;
d) promover uma maior diversidade representativa com a inserção de membros de grupos tradicionalmente marginalizados nas esferas públicas e privadas do poder econômico, político e social;
e) contribuir para tornar mais efetivas as influências positivas que o pluralismo tende a exercer sob os povos de formação e composição multicultural;
f) possibilitar o surgimento de exemplos vivos de mobilidade ascendente, com vistas ao estímulo e ao fortalecimento da autoestima das novas gerações.
No caso do Brasil, o que mais chama a atenção é o fato de que estes segmentos sociais economicamente excluídos são compostos por uma maioria negra, mestiça ou parda.
A criação das Leis de Cotas para negros e mestiços de baixa renda em universidades públicas tem agitado o meio educacional, levantando consigo a ideia de que a "democracia racial" não existe ou, pelo menos, não é exercida em nosso país.
A verdade inegável encontra-se na história do Brasil, nela podemos encontrar toda a trajetória do povo negro desde sua chegada ao país na condição de escravo. Acompanhando a linha do tempo, é de fácil percepção toda a discriminação racial que sofreram pelos que se diziam "brancos", logo, superiores. E em seguida uma rígida exclusão social, mesmo depois de sua libertação definitiva, que os mantinha presos à miséria dos cortiços e favelas que em pouco tempo se estabeleceram pelo país.
A luz dos dias atuais, que nos trouxe tecnologia de ponta e novas ideias, não foi suficiente para derrubar o preconceito e incluir negros e mestiços na sociedade brasileira em condição de igualdade com os demais. Diante disso, o governo age na tentativa de incluir tais pessoas através de medidas compensatórias, as chamadas "políticas de ação afirmativa".
Criar maneiras de compensar segmentos sociais excluídos por pertencerem a uma determinada raça ou etnia é negar a tão propagada democracia racial. E mais que isso, significa jogar fora a velha frase "No Brasil, só não vence quem não quer".
Em contrapartida, temos de levar em consideração a justiça, independente da classe social ou raça.
Um negro ou mestiço não será impedido de entrar em uma boa faculdade pública caso tenha notas tão boas quanto às de um branco, para que tal negro consiga os mesmos rendimentos que um branco terá que desfrutar de iguais oportunidades no que se refere à boa formação e tempo livre para os estudos. Para que tenha uma boa qualificação terá de contar com escola básica de qualidade e fundos para manter-se enquanto se dedica aos estudos. Encontra-se neste ponto o problema, a maior parte dos negros e mestiços ainda estuda em escolas públicas, que não estão capacitadas para encaminhar seus alunos até a faculdade.
A solução está frente a nossos narizes e insistimos em não enxergá-la: investir em massa na capacitação de professores e na escola de modo geral, principalmente no que diz respeito à preparação dos alunos do Ensino Fundamental e Médio.
É bem mais fácil e cômodo tomar medidas que agradem imediatamente à população desfavorecida no lugar de tentar resolver a raiz do problema, o que implicaria em um processo gradual e sem efeitos imediatos. O governo, então, age como um "pai populista" ao se negar a investir em educação básica de qualidade e a fornecer ajuda em dinheiro aos estudantes de baixa renda, sejam eles negros ou não. Enquanto isso, o Estado ainda se destaca como cumpridor de seus deveres, o governante recebe notoriedade favorável e nós, classe média, continuamos a "empurrar com a barriga". Mais que isso, sofremos com a violência urbana, vinda de quem não teve se quer a chance de tentar.
Não devemos discutir a criação de leis de cotas. Elas podem auxiliar na resolução do problema, mas são medidas temporárias para atingir o mal pela raiz é necessário atuar no ponto de partida, a educação básica e o Ensino Médio. Somente com uma boa base escolar, nossos alunos terão a chance de disputar igualmente uma vaga nas tão solicitadas faculdades federais e estaduais, sejam eles brancos, negros, índios e de quantas etnias mais. Façamos do Brasil um país onde se possa dizer que a vitória individual e profissional só depende da força de vontade de cada um dos brasileiros.
Sociedade Civil no Brasil: movimentos sociais e ONGs
Após a leitura do artigo de Maria da Glória Gohn, percebe-se que a autora delineia de feitio persuasivo os problemas e dificuldades constatados em conformidade com as suas linhas temáticas, bem como os Movimentos e Organizações correspondentes, expressando de maneira crítica as suas ações, a fim de que o retrato seja o mais fiel plausível. Além disso, apresenta um mapeamento de contestações e lutas da sociedade civil brasileira, instituídas em movimentos sociais na contemporaneidade. Tem-se como desígnio fundamental o mapeamento e a observação das formas essenciais de associativismo civil no Brasil que são expressas em movimentos sociais e redes de mobilização de associações civis e fóruns.
O presente trabalho aborda os movimentos sociais, subdividindo em três frentes:
1º. Designam os movimentos indenitários que são aqueles que lutam por direitos sociais, econômicos, políticos, e, mais recentemente culturais. Podem ser agrupados, conforme seu formato, as lutas das mulheres, dos afrodescendentes, dos índios, dos grupos geracionais (jovens, idosos), grupos portadores de necessidades especiais, etc.
2º. Designa os movimentos de luta por melhores condições de trabalho, no meio urbano e rural, todavia, sempre inquirindo melhores condições para a terra, moradia, alimentação, educação, saúde, transportes, lazer, emprego, salário, etc.
3º. É constituído por movimentos globais ou globalizantes. São lutas que agem em redes sociopolíticas e culturais, através de fóruns, plenárias, colegiados, conselhos, etc. Tal luta é vista a grande novidade do milênio. Percebe-se que tais movimentos compreendem diversas e distintas temáticas que vão da biodiversidade, lutas e demandas étnicas, até as lutas religiosas de diversas seitas e crenças.
Ainda, neste novo século, na América Latina, os indígenas estão reemergindo como a grande novidade no panorama das lutas e movimentos sociais na região. Contudo,
alguns autores distinguem o termo, movimento social do movimento indígena, por contemplar que esse último tem uma especificidade em um domínio próprio.
Ultimamente, os movimentos sociais são desiguais dos movimentos sucedidos no final da década de 1970 e parte dos anos 1980 que são movimentos populares reivindicatórios de avanços e melhorias urbanasproferidos com pastorais, grupos políticos de oposição ao regime militar etc.
Já o movimento social do século XXI depara-se com novas demandas, conflitos e novas formas de organização e estrutura. Demandas estas atribuídas e imputadas a globalização em suas mais variadas faces. Logo, as novas políticas sociais do Estado globalizado da preferência e primazia a processos de inclusão social de esferas e camadas tidas como “vulneráveis ou excluídas” de condições socioeconômicas ou direitas culturais, tais como: os índios e afros descendentes, etc. Todavia, começam a preencher a atenção dos pesquisadores organizações terroristas e movimentos de fanatismo religioso, além das ações comunitárias locais que, também, ganham proeminência.
Assim, frente às transformações e mudanças, certificamos que os movimentos sociais não estão mais restringidos unicamente à política, à religião ou às demandas socioeconômicas e trabalhistas. O novo cenário das políticas designa um desvio na questão da desigualdade econômica, com destaque na renda, passa a ser efetivamente social, com destaque nas características sociais e culturais dos grupos sociais. De tal modo, que não há uma, mais diversas teorias que tratam os movimentos sociais, tais como:
* Teorias construídas a partir de eixos culturais onde as pessoas participantes estabelecem acepções e significados para suas ações a partir do próprio agir coletivo.
* Teorias focadas no eixo da justiça social, que abordam os assuntos do reconhecimento e as questões da redistribuição, além disso, as teorias críticas oferecem sustentação a essas abordagens.
* Teorias que destacam a capacidade de resistência dos movimentos sociais, essa se critica intensamente a ressignificação das lutas emancipatórias e cidadãs pelas políticas públicas que procuram somente a integração social.
* Teorias que canalizam todas as atenções para os processos de institucionalização das ações coletivas são as que se preocupam com a atuação das pessoas em instituições, organizações, espaços segregados, associações, etc.
Os indivíduos dos movimentos sociais saberão perpetrar leituras do mundo, identificar diversos projetos e são esses olhares multifocais que contemplam raça, etnia, gênero e, ou, idade que incidem a ser exclusivos. As categorias de análise e apreciação também se modificam no quadro das teorias dos movimentos sociais. Redes sociais sucedem em ter para diversos pesquisadores, um papel até mais formidável e respeitável do que o movimento social. Assim, o território passou a ser uma categoria resinificada e, também, uma das mais empregadas para esclarecer as ações circunscritas. O Território passa a se articular à discussão dos direitos e das disputas pelos bens econômicos, pelo pertencimento ou pelas raízes culturais de um povo ou etnia. Logo, classe social, raça, etnia, grupos religiosos, recursos e infraestrutura passam a serem referências para a apreciação de um território e seus conflitos.
A partir de 1990, no Brasil, havia uma disposição dos grupos sociais dispostos a se pronunciarem em redes e instituíram fóruns a partir dessas redes que passou a reger como modismo, de um lado, e “exigência para sobrevivência”, de outro. Rede é uma categoria muito usada nos dias atuais, com diversas definições ou acepções. De acordo com a autora há cinco pontos de caracterização dos movimentos sociais evidentes em pertinência aos do passado os quais consistem em:
* Houve redefinição nas suas próprias ações, logo, os movimentos sociais ao agiram num cenário contraditório e conflitante, em que políticas, programas e projetos, questionam, contestam e problematizam a esfera pública com vista à construção e estrutura de novos padrões organizativos;
* Os movimentos do passado possuíam função fundamentalmente única, uma vez que lutavam pelo “direito a ter direitos”. Ultimamente há uma ampla multiplicidade de organizações, articulações, projetos e experiências, repercutindo a ampliação do leque dos movimentos sociais;
* O próprio Estado está reformulando as suas relações e afinidades com a sociedade e gradualmente reconhecendo e partilhando a existência desses novos súditos coletivos, ao instituir analogias com os movimentos sociais, o Estado incide em desempenhar uma influência política “de cima para baixo”, extraindo deles o seu caráter político e de pressão. Logo, os movimentos sociais passam a sofrer forte e intensa influência e até mesmo domínio das estruturas e disposições políticas do Estado.
* Com a mudança do formato das mobilizações neste milênio e a expansão dos sujeitos coletivos, os movimentos sociais estão agora ordenados em redes associativas, graças à profusão de novas tecnologias de comunicação e, esses conflitos, por sua vez, deixam de ter apenas como eixo os Movimentos Sociais x Estado, e referenciam-se em novos eixos, abrangendo agremiações e outros agentes econômicos interessados em tais recursos.
* Continuam predominando amplas omissões na produção teórica e acadêmica em alusão aos movimentos sociais, embora permaneça sua recorrente presença na literatura das Ciências Sociais. Estas omissões têm inibido a percepção e o mapeamento apropriados da categoria dos movimentos sociais.
Nota-se, ainda, uma ampla dificuldade referente a tal questão, visto que será realmente que todos os indivíduos têm seus direitos garantidos como: Educação, saúde, moradia, etc.
Bom, a Constituição Federal de 1988, no Brasil, expandiu os diretos de cidadania e inseriu novos padrões de gestão e organização nas áreas sociais, por meio da garantia e segurança constitucional da participação da sociedade civil na formulação
das políticas e no controle das ações públicas em diversos níveis.Todavia, se acompanharmos o quadro dos movimentos sociais, compreenderemos que eles, na década de oitenta, no Brasil, suscitaram transformações nas práticas jurídicas e no modo de disseminar algumas políticas sociais, onde existiam mobilizações populares. Então nota-se, neste ímpeto, uma pluralidade de movimentos coletivos e, esses diversos atores coletivos propõem uma ressignificação emblemática de identidades e, muitas vezes, criam sujeitos com capacidade e competências globalizantes. Assim, nos movimentos sociais atuais, notamos, muitas vezes, ao fato de que suas estruturas internas reduzem, cada vez mais, a hierarquização e o conteúdo de suas práticas e se afasta dos projetos concebidos como finalísticos. Além disto, esses movimentos delineiam subsídios e informações que apontam para ações estimuladoras do desenvolvimento de cidadãos instruídos, que acompanham os fatos políticos. Ainda, acreditamos que é no quadro da esfera pública, nas constantes negociações, que os movimentos sociais vão desempenhar o papel político de impetrar que se exerçam as grandes funções dos representantes, instigando o estabelecimento do elo conectivo com os constituintes. Assim, compreendemos que os movimentos sociais são grandes agentes para o aperfeiçoamento do âmbito institucional, como sensores da sociedade civil e formadores e informadores dessa própria sociedade.
Sabe-se, ainda, que as ONGs são atores sociais tão atuais quanto importantes e fundamentais na história do país e, elas são interpretadas como entidades civis sem fins lucrativos, de direito privado e que efetuam trabalhos em benefício de uma coletividade. Logo, num primeiro momento, as ONGs se expandiram em sua maioria a partir dos trabalhos de educação popular junto às comunidades. Já no Brasil, a partir do processo de abertura política, as ONGs se transformam num empecilho, visto que muitas delas serviam de base, ou mesmo de sustentação formal, para o seguimento da ação política durante a ditadura militar. Notamos que as ONGs, ao longo de sua história, expandiram a função de “assessoria” aos movimentos sociais,
ou seja, desenvolvem trabalhos com eles, oferecem assessoria, no entanto, não podem dirigi-los politicamente, nem mesmo podem se sujeitar às suas decisões.
A militância nas ONGs incide em descobrir comunidades nas quais as concepções que organizam possam ser praticadas,logo, estamos diante de um ator social novo, com distinções próprias, originado a partir dos movimentos sociais se inserindo e assegurando seu discurso junto à sociedade. Além disso, não se pode fazer um quadro completo das relações de trabalho e militância nas ONGs se não se tem perceptibilidade das diferenciações e caracterizações já definidas entre dirigentes e trabalhadores de ONGs. Ao mesmo tempo, já começa a se notar atualmente as ONGs como opção ou alternativa de trabalho diante da falta de incentivo e apoio às pesquisas nas áreas de ciências sociais.
Enfim, o desafio que se proporciona para o futuro é o da preservação do espaço de militância dentro das organizações não governamentais, ou seja, as ONGs não irão suprir os movimentos sociais, além do mais, essa ideia não é impulsionada nem pelas ONGs nem pelos próprios movimentos, elas estão apenas cumprindo o papel de formuladoras de políticas públicas, ou seja, as ONGs atuarão nos espaços ou ambientes em que já estão principiando a ocupar, por exemplo, conselhos governamentais paritários, mídia, fóruns amplos, etc. As ONGs se convergem cada vez mais à opinião pública por meio de campanhas que valorizam e estimam a ação cidadã.
PLANO DE AÇÃO
 Justificativa: Na escola, valores sociais e morais são reforçados e também é nela que muitos preconceitos são perpetuados de forma quase imperceptível. Portanto é também na escola que se deve propiciar a reflexão crítica sobre a valorização da cultura negra, criando espaços para manifestações artísticas que proporcionem reflexão crítica da realidade e afirmação positiva dos valores culturais negros pertencentes a nossa sociedade. A cultura universal inclui feitos afros e indígenas de grande importância, entretanto, estes são desconhecidos ou
desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade democrática e justa inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de distorções, diferenças ou dominação. A identidade afro-brasileira e indígena é construída no processo histórico de exclusão social. Destaca-se no contexto a omissão e a desvalorização da cultura dos povos africanos e indígenas quer seja na língua, suas narrativas orais, músicas, comidas, arte, danças. Reconhecer o mérito, o valor do outro, da riqueza que cada indivíduo e grupo social porta é um imperativo da vida em sociedade. A escola não pode eximir-se deste processo de constituição da cidadania, da democracia, da vida republicana, sem deixar de ver na diversidade um potencial de diálogo, discurso e prática que promova a igualdade na educação. Nessa perspectiva, torna-se primordial a contribuição e a parceria com a instituição escolar para romper com o modelo vigente na sociedade brasileira, garantindo a cidadania e a igualdade racial. A Lei em si não basta, é preciso que modifiquemos o ensino/aprendizagem para que tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos dessas culturas, fazendo acontecer mudanças necessárias nos valores morais dos alunos e ainda, buscando a conscientização e envolvimento da comunidade escolar,pois em muitos casos o preconceito, o racismo vêm enraizado no seio da família, sendo repassado de geração e geração.
 Público Alvo: Alunos, familiares e comunidade escolar em geral.
 Objetivo Geral:
- Trabalhar as diversidades raciais/ culturais, contribuir para a promoção da igualdade racial nas escolas;
- Fazer com que os alunos, saibam identificar e atuar contra o preconceito racial do seu cotidiano;
- Conscientiza-los a respeito da origem do preconceito, das formas de manipulação do subconsciente presente no marketing e na mídia e da importância da valorização da diversidade racial.
-Construir valores como tolerância e solidariedade e respeito, evidenciando e positivando as contribuições culturais dos negros para a formação do país.
- Analisar a questão do preconceito, racismo/discriminação e os efeitos produzidos na vida das pessoas, de forma crítica e reflexiva;
-Desmistificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da cultura africana e indígenas;
- Sensibilizar pais, educadores, líderes políticos e comunidade e o grupo alvo sobre os impactos do problema emocionais causados pela discriminação racial;
- Conhecer os valores e as tradições culturais negras desenvolvendo atitudes de respeito, cidadania e solidariedade necessárias à preservação e continuidade.
Objetivo Específico:
- Estimular intervenções individuais e coletivas contra atitudes e comportamentos preconceituosos;
- Criar condições necessárias para o enfrentamento ao racismo e discriminação no cotidiano escolar, visando o fortalecimento de uma cultura institucional comprometida com a função social de construção de conhecimentos historicamente transformadores da realidade;
- Produzir material com linguagem simplificada para que possa ser utilizado por educadores;
-Reconhecer a constante presença da marca africana na literatura, na música, na culinária, na arquitetura, na linguística, na criatividade na forma de viver, de pensar, de dançar, de rezas, etc.;
- Refletir coletivamente sobre o processo pedagógico da escola, na apropriação de informações, conhecimentos e conceitos que possam ser compartilhados com os alunos e com a história e a cultura afro-brasileira;
-Construir coletivamente referência sobre a realidade local, bem como das alternativas para intervir de forma consciente e objetiva sobre essa realidade.
Metodologia:
A fim de alcançar os objetivos propostos o desenvolveremos o trabalho em escolas da rede pública para alunos do ensino médio. Para o seguimento do trabalho com os adolescentes montaremos uma semana com palestras, oficinas, teatros, etc. atividades relacionadas ao racismo se apresenta nas mais diversas formas: na educação, cultura, trabalho, etc.
Por isso a discriminação deve ser analisada sob vários aspectos: socioeconômicos, antropológicos, culturais e psicológicos para que se formulem políticas para sua eliminação.
 Recursos necessários:
- Reserva de um salão nas escolas para realização de palestras;
- 100 Cartolina;
- 50 Lápis de cera;
- 25 Piloto;
-50 Lápis grafite;
- 05 tesouras;
- 10 réguas;
- 05 resmas de papel ofício;
- 20 pinceis para pinturas em tecido;
- 10 rolos de fitas adesivas;
- Materiais esportivos/ e Musicais;
- Materiais de Multimídia;
 Atividades:
Mobilização – Os participantes do projeto, pais, professores, gestores e familiares, receberão um convite para participação de um seminário para apresentação do projeto: O racismo enraizado na cultura brasileira;
Formação de Educadores Sociais – Nesta etapa os materiais a serem utilizados nas oficinas serão preparados, os temas das palestras, oficinas educativas para a equipe multiprofissional serão realizadas, nas quais será utilizado um documentário sobre cultura afrodescendente. Será dividido em dois subgrupos: Subgrupo 1: discutirá sobre prevenção, promoção e assistência integral ao direito do cidadão, com ênfase nos direitos fundamentais. Subgrupo 2: discutirá sobre o preconceito no âmbitoescolar,familiar e no trabalho, etc. Os resultados obtidos nas discussões dos grupos serão apresentados no final.
Dinâmica- A dinâmica aplicada permitirá identificar os conhecimentos e práticas dos envolvidos no processo em relação às formas de discriminação promovera uma discursão sob várias formas de preconceito/discriminação: contra a mulher, o negro, pobre, nordestino, religião, etc. Na finalização das oficinas serão distribuídos textos informativos sobre o conceito referente aos temas.
Educação para transformação – Será inicialmente pautada no autoconhecimento dos adolescentes. Os Educadores Sociais deverão realizar atividades educativas e oficinas com dinâmicas de sensibilização, conscientização, atividades recreativas e culturais nos grupos dos quais eles fazem parte com os adolescentes, e familiares nos espaços existentes na comunidade, como práticas transformadoras e de promoção à cidadania.
Cronograma:
	ETAPAS MAIO JUNJULAGO SET OUTNOV 
	Revisão literária XX
	 Elaboração do Projeto de PesquisaX X
	Visita a Instituições Escolares X 
	Reunião com os Pais X 
	Aplicação do Projeto X
	 Avaliação X 
	Término do Projeto X
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O princípio da igualdade é consagrado constitucionalmente, portanto, deve ser observado na sua integridade para que se atenda aos fundamentos do Estado Democrático de Direito de se construir uma sociedade fraterna.
Observamos que o mito da democracia racial ainda existe no Brasil, mas que não tem fundamento, pois, o racismo ainda é prática visível em nossa sociedade e merece que várias forças se voltem para sua erradicação. A discriminação é visível
em todos os segmentos da nossa sociedade, como visto acima educação, mercado de trabalho, e outras atitudes cotidianas que demonstram que, apesar do segregacionismo brasileiro não ser tão evidente como em países tais como África do Sul e Estados Unidos, ele existe de forma velada e não menos cruel, daí ser necessário o seu reconhecimento para que se lute para o seu fim. Como se pode demonstrar ao longo do trabalho, a discriminação racial no Brasil é responsável por parte significativa das desigualdades entre negros e brancos, mas, também, das desigualdades sociais emgeral. Essas desigualdades são resultado não somente da discriminação ocorrida no passado, mas,também, de um processo ativo de preconceitos e estereótipos raciais que legitimam, quotidianamente, procedimentos discriminatórios. A persistência dos altos índices de desigualdades raciais compromete a evolução democrática do país e a construção de uma sociedade mais justa e coesa.
Para poder reverter esse quadro e promover um modelo de desenvolvimento no qual a diversidade seja um dos seus sustentáculos, no qual prevaleça a cultura da inclusão e da igualdade, faz-se necessário entender que a desigualdade racial no Brasil resulta da combinação de diversos fenômenos complexos, tais como, o racismo, o preconceito, a discriminação racial, incluindo-se a discriminação institucional. O enfrentamento desses fenômenos requer a atuação conjunta de um Estado efetivo com uma Sociedade ativa e fortalecida. Requer, ainda, a articulação e a convergência de diferentes tipos de intervenção que vão desde a repressão às práticas de racismo, passando por ações de valorização da população negra e pela combinação de políticas sociais universais com políticas afirmativas.
REFERÊNCIAS
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atualizado em 13.03.1993, com alterações introduzidas pelas Resoluções CFESS n. 290/94, 333/96 e 594/11. Disponível em http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf>acesso em Maio de2016.
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