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ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA I. Constituição e a estrutura judiciária nacional - A jurisdição é nacional. - Distribuição da competência: relação jurídica material controvertida; qualidade das pessoas que são partes; interesse público. - justiça federal, justiça do trabalho, justiça eleitoral, justiça militar, justiças estaduais ordinárias e justiça militares estaduais. - justiça do trabalho não possui competência penal e as justiças militares não têm qualquer competência civil. - a justiça federal, bem como a do trabalho, a eleitoral e a militar, organizadas e mantidas pela União. - justiça especial - fundamento jurídico-substancial - justiça do trabalho, dissídios individuais entre trabalhadores e empregadores, assim como outros oriundos da relação de trabalho; justiça eleitoral, matéria referente a eleições, partidos, perda de mandato, crimes eleitorais; justiça militar da União, art. 124; e justiça militar dos Estados, crimes militares imputados a policiais e bombeiros militares, art. 125, § 4º. - Competência residual é da Justiça comum (federal e ordinária dos Estados), art. 109 e 125, § 1º, CF. - Acidente do trabalho - justiça do trabalho. STF e STJ I. Órgãos de superposição - Justiça Federal – Tribunais Regionais Federais – TRF; - Justiça do Trabalho – Tribunal Superior do Trabalho e Tribunal Regional do Trabalho; - Justiça Eleitoral – Superior Tribunal Eleitoral e Tribunais Regionais Eleitorais; - Justiça Militar – Superior Tribunal Militar; - Justiça dos Estados – Tribunal de Justiça. - Tribunais da União1 que não pertencem a qualquer das Justiças: STF e STJ. - Competência originária e competência recursal. - Órgãos de superposição: julgam recursos interpostos em causas que já tenham exaurido todos os graus das justiças comuns e especiais. - Somente questões de direito. Súmula: 7 (STJ). A PRETENSÃO DE SIMPLES REEXAME DE PROVA NÃO ENSEJA RECURSO ESPECIAL. II. STF a) introdução - Denominação adotada na Constituição Provisória publicada com o Decreto 510, de 22/6/1890. - A CF de 1891 instituiu o controle de constitucionalidade. - 92, §§ 1º e 2º, CF - é a máxima instância de superposição - manter respeito à CF. - última palavra. - Controle difuso e concentrado. - Sistema adotado no EUA, onde o controle de constitucionalidade é tarefa do próprio Judiciário, diferente do que corre no sistema continental europeu, onde essa atribuição é de uma Corte Constitucional – tribunal especial político fora da estrutura do Poder Judiciário. - Cabe-lhe julgar: artigo 102, CF. 1 Justiça da União: organizadas e mantidas pela União, diferentemente das organizadas e mantidas pelos Estados. - Súmula Vinculante, artigo 103-A, CF – força de lei. Lei 11417/06, regulamenta o artigo constitucional, temos 53 súmulas vinculantes. - São 736 Súmulas. b) Grau de jurisdição - Competência originária, art. 102, I. (julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro. Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros). - Órgão de segundo grau, art. 102, II (julgar, em recurso ordinário, o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão). - Órgão de terceiro e as vezes de quarto grau, art. 102, III e 121, § 3º. (recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da Constituição). - Exame de direito nacional – não é verdade, art. 102, III, “c” e “d”. c) Ingresso, composição e funcionamento - 11 ministros: Ministro Ricardo Lewandowski – Presidente; Ministra Cármen Lúcia - Vice-Presidente; Ministro Celso de Mello – Decano; Ministro Marco Aurélio; Ministro Gilmar Mendes; Ministro Dias Toffoli; Ministro Luiz Fux; Ministra Rosa Weber; Ministro Teori Zavascki; Ministro Roberto Barroso; Ministro Edson Fachin - não se faz por carreira, nomeação do Presidente da República, 101, parágrafo único e 84, XIV. - brasileiro nato, art. 12, § 3º, IV. - o Presidente do STF também é o Presidente do CNJ, art. 103-B, I, CF. - três Ministros do STF são indicados para compor o TSE, art. 119, I, CF. - goza de todas as garantias dos juízes togados, além da seguinte prerrogativa: nos crimes de responsabilidade2 são processados e julgados pelo Senado Federal, art. 52, II e nos comuns pelo próprio Supremo, art. 102, I, b. - Funciona em plenário ou turmas. Duas turmas de 5 ministros; Primeira Turma: Ministro Luís Roberto Barroso – Presidente; Ministro Marco Aurélio Ministro Luiz Fux; Ministra Rosa Weber; Ministro Edson Fachin Segunda Turma: Ministro Dias Toffoli – Presidente; Ministro Celso de Mello; Ministro Gilmar Mendes; Ministra Cármen Lúcia; Ministro Teori Zavascki - Regimento Interno de 1980. - Férias em janeiro e julho. - O Plenário, as Turmas e o Presidente são os órgãos do Tribunal (art. 3º do RISTF/80). O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos pelo Plenário do Tribunal, dentre os Ministros, e têm mandato de dois anos. Cada uma das duas Turmas é constituída por cinco Ministros e presidida pelo mais antigo dentre seus membros, por um período de um ano, vedada a recondução, até que todos os seus integrantes hajam exercido a Presidência, observada a ordem decrescente de antiguidade (art. 4º, § 1º, do RISTF/80 - atualizado com a introdução da Emenda Regimental n. 25/08). III. STJ 2 LEI Nº 1.079, DE 10 DE ABRIL DE 1950. a) Introdução - criado pela CF/88 - 92, §§ 1º e 2º. - jurisdição comum – justiça federal e estadual. - responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil. - dispõe de supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de 1º e 2º graus, através do Conselho de Justiça Federal, art. 105, parágrafo único. - competência originária, art. 105, I, CF. - competência recursal: defensor da lei federal, 105, III, a; unificador da interpretação do direito, 105, III, c; recurso ordinário, 105, II, CF. - também é competente para homologação de sentença estrangeira, 105, I, I. - os recursos especiais podem ter caráter repetitivo. Isso ocorre quando há múltiplos recursos com fundamento na mesma questão legal. Nesse caso, o STJ pode determinar a suspensão dos processos que tratem da mesma matéria, até que julgue um recurso representativo da controvérsia. - Quando essa decisão é tomada, os demais tribunais devem aplicar o mesmo entendimento do STJ para os recursos pendentes. Se a decisão contestada no recurso coincide com o STJ, o recurso não tem seguimento. Mas se o tribunal não concorda com a orientação firmada pelo STJ no recurso repetitivo, o tribunal local tem que julgar novamente o caso. Como a decisão do STJ não é vinculante, se o tribunal local insistir em interpretar a lei de forma divergente, o recurso especial terá continuidade e pode chegar ao STJ. - outro ponto interessante é que o STJ quem analisa pedido de “federalização” foi pelo Procurador-Geral da República em processo que houver grave violação de direitos e humanos art. 109, § 5º, CF – incidente de deslocamento de competência; b) Ingresso, composição e funcionamento - art. 104. - 33 ministros - composição heterogênea – tripartido. - terço constitucional, art. 104, II, CF. - escolha feita pelo Presidente da República. - pode ser brasileironaturalizado, art. 12, § 2º, CF. - garantias dos juízes togados. - dividido em Plenário (todos os ministros – competência administrativa), corte especial (15 ministros mais antigos do Tribunal – ação penal contra governo e outras autoridades), seções e turmas. Três seções (dez ministros) e turmas (cinco ministros). - existem três áreas de especialização em razão da matéria. Matéria Exemplos Seção Turmas Direito público Impostos, previdência, servidores públicos, indenizações do Estado, improbidade Primeira Primeira e Segunda Direito privado Comércio, consumo, contratos, família, sucessões Segunda Terceira e Quarta Direito penal Crimes em geral, federalização de crimes contra direitos humanos Terceira Quinta e Sexta - 571 Súmulas. - o STJ é responsável pela administração da JF, por meio do Conselho da Justiça Federal. BIBLIOGRAFIA ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria geral do processo. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. CARREIRA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria geral do processo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 17. Ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do novo processo civil. São Paulo: Malheiros, 2016. GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria geral do processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012. Sítios do stf.jus.br e stj.jus.br
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