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PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS ENGENHARIA CIVIL | PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES | ARQ. JOSIANE TALAMINI ENG. WAGNER CAVALARE INTRODUÇÃO O que é? Quais suas funções? Conjunto de camadas que recobre as vedações e a estrutura de um edifício com as funções de proteção, complementar às funções de vedação e se constituir no acabamento final (funções estéticas, de valorização econômica). Materiais? Cerâmico; De argamassa (com pintura); Pedra; Madeira; Metálico; Sintéticos (vinílicos, melamínicos – fórmica, etc.) INTRODUÇÃO REVESTIMENTOS CERÂMICOS Dentre as patologias que o revestimento cerâmico pode apresentar, pode-se dizer, que estão distribuidas em relação a ORIGEM DO PROCESSO CONSTRUTIVO: • PROJETOS MAU ELABORADOS, • MAU EXECUÇÃO • QUALIDADE dos materiais utilizados. REVESTIMENTOS CERÂMICOS AS PATOLOGIAS MAIS FREQUENTES EM CERÂMICAS SÃO: Patologias quanto as eflorescências; Patologias quanto as trincas, gretamento e fissuras; Patologias quanto ao bolor; Deterioração das juntas; Patologias quanto a expansão por umidade (EPU); Destacamentos de placas; EFLORESCÊNCIA EFLORESCÊNCIA Como evitar? • Utilizar cimento CP IV (pozolânico) ou cimento tipo RS (resistente a sulfatos); • Utilizar rejuntes impermeáveis; • Observar a ocorrência de vazamentos em paredes, visto que, a origem da eflorescência se dá, devido aos vazamentos de canos, umidades de terrenos, ou penetração por meio de rejuntes mau aplicados. EFLORESCÊNCIA Cuidados ao tratar a patologia: Para limpeza, geralmente se recomenda o uso de ácido amidosulfônico. Deve-se utilizar uma solução em torno de 5%, tomando-se os cuidados de efetuar testes iniciais e tomar cuidado em proteger superfícies metálicas e outras adjacentes. Quando a superfície estiver limpa, lavar todo o local com água em abundância. EFLORESCÊNCIA GRETAMENTOS, FISSURAS E TRINCAS Aparecem por causa da perda de integridade da superfície da placa cerâmica, ou seja, quando a EXPANSÃO do corpo da PLACA CERÂMICA NÃO É ACOMPANHADA PELA CAMADA DE ESMALTE SUPERFICIAL. Pode se limitar a um defeito estético (no caso de gretamento), ou pode evoluir para um destacamento (no caso de trincas) GRETAMENTOS, FISSURAS E TRINCAS GRETAMENTO FISSURAS TRINCAS PATOLOGIAS QUANTO AO BOLOR O desenvolvimento de fungos em revestimentos externos causa alteração estética formando manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas. A limpeza de manchas de bolor, gordura ou sujeira pode ser feita com escova ou esponja, utilizando-se produtos de limpeza desengordurantes ou à base de cloro. Não devem ser usados ácidos. Para ambientes que entram em contato direto com a água, o rejunte deve ser impermeável (para impedir que o líquido infiltre por baixo da cerâmica) e antifúngico (para evitar a formação de bolor). PATOLOGIAS QUANTO AO BOLOR DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS A deterioração das juntas compromete o desempenho dos revestimentos cerâmicos, pois as juntas são responsáveis pela vedação do revestimento cerâmico e por absorver deformações. • É possível perceber quando ocorre uma deterioração da junta quando há perda de estanqueidade e envelhecimento do material de preenchimento. No caso da PERDA DA ESTANQUEIDADE, isso se dá, devido ao mau PROCEDIMENTO DE LIMPEZA, logo após a sua execução, que em contato com agentes agressivos, pode causar fissuras. DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS DETERIORAÇÃO DAS JUNTAS Em situações que os REJUNTES apresentam uma quantidade grande de RESINAS podem ocorrer ENVELHECIMENTO E PERDA DE COR NO REVESTIMENTO. Para evitar essa patologia é necessário ter um controle rigoroso da execução do rejuntamento, do preenchimento das juntas e da escolha dos materiais que será utilizados. A EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU) OU DILATAÇÃO HIGROSCÓPICA Trata-se de uma PROPRIEDADE DOS MATERIAIS CERÂMICOS que tendem a INCHAR-SE, em maior ou menor grau com o decorrer do tempo. Com a expansão por umidade ocorre o aumento da peça cerâmica devido à absorção de água, podendo resultar na descolagem da peça da argamassa. Para locais com umidade e que estão diretamente expostos ao solo, deve-se analisar o índice de absorção de água da peça, visando um índice baixo para que não haja expansão. A EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU) OU DILATAÇÃO HIGROSCÓPICA A EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU) OU DILATAÇÃO HIGROSCÓPICA A EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU) OU DILATAÇÃO HIGROSCÓPICA DESTACAMENTO DE PLACAS O destacamento das placas ocorre devido a PERDA DE ADERÊNCIA DA CERÂMICA AO SUBSTRATO, quando as tensões aplicadas ultrapassarem a capacidade de aderência das ligações. CAUSAS: • Rejuntamento mal executado; • Mudanças bruscas e constantes de temperatura; • Ausência de juntas ou juntas mal dimensionadas; • Retração da argamassa associada à tensões na argamassa de chapisco e emboço. • Execução de camadas muito espessas ou finas demais; É possível perceber o destacamento da placa quando ocorrer um SOM CAVO NA CERÂMICA, ou quando ocorrer o ESTUFAMENTO DA CAMADA DE ACABAMENTO. Isso ocorre devido a acomodação da construção, pela deformação lenta da estrutura de concreto armado, pela ausência de detalhes construtivos, quando utilizado cimento colante vencido, mão de obra desqualificada, entre outras possibilidades. Para solucionar essa patologia, na maioria das vezes, a SOLUÇÃO é a RETIRADA TOTAL DO REVESTIMENTO, devido a sua recuperação ser trabalhosa e cara. DESTACAMENTO DE PLACAS DESTACAMENTO DE PLACAS REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS A patologia nos revestimentos argamassados ocorre devido: • QUALIDADE do materiais utilizados na execução; • TRAÇO da argamassa de cimento; • ESPESSURA do revestimento; • APLICAÇÃO do revestimento; • do tipo de PINTURA, da UMIDADE e da EXPANSÃO DA ARGAMASSA de assentamento. A ORIGEM para a ocorrência desses problemas estão associados às FASES DE PROJETO E EXECUÇÃO desse revestimento, ou seja, pela AUSÊNCIA DO PROJETO DO REVESTIMENTO ou pela MÁ CONCEPÇÃO e pela NÃO CONFORMIDADE ENTRE o PROJETADO E O EXECUTADO. REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS As patologias mais frequentes nos revestimentos argamassados são: • fissuração e o deslocamento da pintura; • formação de manchas de umidade, com desenvolvimento de bolor; • deslocamento da argamassa de revestimento da alvenaria; • fissuração da superfície do revestimento; • formação de vesículas na superfície do revestimento; • deslocamento entre o reboco e o emboço; QUALIDADE DOS MATERIAIS UTILIZADOS • Agregados • Cal • Cimento MODO DE APLICAÇÃO •Aderência Capacidade do revestimento se manter fixo ao substrato. Dependem de propriedades como rugosidade, porosidade da base e condições de limpeza. Uma camada do revestimento aplicada sobre outra, pode apresentar problemas de aderência (ponte de aderência). É comum também a adição de aditivos promotores de aderência, cujo uso deve ser muito bem especificado e controlado. MODO DE APLICAÇÃO •Espessura do Revestimento TIPO DE PINTURA As tintas a ÓLEO E EPÓXI promovem uma CAMADA IMPERMEÁVEL, dificultando a difusão do ar atmosférico através da argamassa de revestimento. Se a pintura for aplicada prematuramente, o grau de carbonatação não será suficiente para dar resistência à camada de reboco, gerando um deslocamento do emboço com DESAGREGAÇÃO. REPAROS Por que algumas patologias parecem nunca ter fim numa edificação? Sempre que surgir danos na edificação, é necessário que sejam feitos REPAROS PARA EVITAR QUE O FENÔMENO ALASTRE-SE PROGRESSIVAMENTE, solicitando um reparo constante. Por isso mesmo, é necessária a identificação das causas e da extensãodo dano para procurar solicioná-los o mais rapido possível. PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS ENGENHARIA CIVIL | PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES | ARQ. JOSIANE TALAMINI ENG. WAGNER CAVALARE