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TEORIA GERAL DO PROCESSO – Prof. Alexandre Magno 2ª AULA – PROCESSO E DIREITO PROCESSUAL I. Função do Estado Moderno - Estado liberal filosofia ultrapassada, entretanto, havia jurisdição; - Estado social, função jurisdicional pacificadora. - Hoje Estado social, bem comum. Artigo 193 – CF. Welfare state (estado social - estado providência - estado cujo governo proporciona o bem-estar de seus cidadãos, por meio de leis sociais); - Função jurídica do Estado: disciplinar a cooperação entre os indivíduos e dirimir conflitos entre pessoas em geral. II. Legislação e jurisdição - legislação estabelece as normas, regendo as mais variadas relações, o que é lícito e o que é ilícito, normas de caráter genérico e abstrato; tipos, ou modelo de condutas. - jurisdição: cuida o Estado de buscar a realização prática das normas em hipótese de conflito. Processo de conhecimento e processo de execução. - Teoria dualista do ordenamento jurídico – Chiovenda e outros: o ordenamento jurídico divide-se em direito material e direito processual. O primeiro dita as regras abstratas. O processo visa apenas a atuação da vontade do direito. - Teoria unitária do ordenamento jurídico – Carnelutti: o direito material não tem condições para disciplinar sempre todos os conflitos de interesses, sendo necessário o processo para complementar a lei. III. Direito material e processual - Insatisfação – Estado – Chamado. - Processo: soma de atividades em cooperação, à soma de poderes, faculdades, deveres, ônus e sujeições que impulsionam a função jurisdicional. - Direito processual: complexo de normas e princípios que regem o método de trabalho. Um instrumento a serviço do direito material. Cuida das relações dos sujeitos processuais; - Direito material: corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas entre as pessoas, estabelecendo direitos e obrigações. IV. Instrumentalidade do processo - o Processo é um instrumento a serviço da paz social. - a instrumentalidade do processo é o aspecto positivo da relação que liga o sistema processual à ordem jurídico-material e ao mundo das pessoas e do Estado. Sentido positivo é alertar para a necessária efetividade do processo – ordem jurídica justa. - aspecto negativo alertar que a instrumentalidade do processo não é um fim em si mesmo e não deve ser elevado a condição de fonte geradora de direitos. V. Linhas evolutivas - três fases: Processo como meio de exercício de direitos (ação era o próprio direito subjetivo material); autonomista ou conceitual, afirmação de autonomia cientifica; e fase instrumentalista, em curso, crítica (resultados práticos – consumidores). - mudança de mentalidade (maneira individual de pensar e de julgar) DENOMINAÇÃO, POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA E DIVISÃO I. DENOMINAÇÃO - Direito judiciário, vinculação romana do processo ao seu principal sujeito, o juiz. (Constitui-se o Direito Judiciário pelo conjunto de regras e princípios, que regem a organização do Poder Judiciário e a forma por que, em cumprimento de sua precípua finalidade, faz aplicação da Justiça. É ramo do Direito Público Interno. Por ele, além das regras propriamente instituidoras da organização judiciária, meios de investidura dos órgãos do Poder Judiciário e membros auxiliares da Justiça, regulam-se as atribuições dos juízes e serventuários da Justiça, as condições dos respectivos exercícios e substituições. Embora o Direito Processual se encontre intimamente ligado ao Direito Judiciário, cada um tem objetivos distintos, desde que um regra a organização do Poder Judiciário, e o Direito Processual é o regulador da marcha do processo, sendo assim o ritual por onde os juízes celebram o exercício da Justiça.) - Direito processual, influência alemã. (Assim se denomina todo complexo de regras instituídas pelo poder público no sentido de determinar a forma, por que serão os direitos protegidos pela Justiça. É, assim, o Direito regulador ou normalizador de todas as formas necessárias ou processos, que dão andamento às ações ajuizadas.) - pode ser chamado de direito forma ou direito adjetivo – denominações criticada porque sugerem um dependência do dto processual ao material. II. POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA DO DIREITO PROCESSUAL - princípios próprios – ciência autônoma. - clássica dicotomia que divide o direito em público e privado – Ulpiano – teoria de interesses. Marcus Orione defende que hoje se utilize a noção de que a natureza da relação entre os sujeitos é que será determinante para se ter o devido conceito de dto público e privado. - existe uma conexão do direito processual com os demais ramos. Com o dto penal a estabelecer a tutela penal do processo, 358-3591, CP. 1 Violência ou fraude em arrematação judicial Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena correspondente à violência. Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial: III. DIVISÃO DO DIREITO PROCESSUAL - a jurisdição é una, assim, também o é o direito processual, como sistema de princípios e normas para o exercício da jurisdição. - bifurcação entre processo civil e penal, uma exigência prática relacionada com o tipo de norma de dto material. Dto comparado apresenta já casos de regulamentação unitário, como o Código Processual Sueco etc. - Competência legislativa da União e dos Estados (concorrente), refere-se ao direito processual, unitariamente considerado, artigos 22, I e 24, XI, CF. BIBLIOGRAFIA ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria geral do processo. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015. CARREIRA, Marcus Orione Gonçalves. Teoria geral do processo. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. DIDIER JR., Fredie. Curso de direito processual civil: introdução ao direito processual civil, parte geral e processo de conhecimento. 17. Ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2015. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria geral do novo processo civil. São Paulo: Malheiros, 2016. GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria geral do processo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2012. Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
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