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Aula 1 trabalhocomoprincípioeducativo MAD SJM

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Educação Profissional: teoria e prática
Profª. Dra. Andreia Gomes
andreiagomesprofessora@gmail.com 
Educação e trabalho: das sociedades comunais primitivas ao capitalismo da atualidade
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OBJETIVOS DA AULA
COMPREENDER A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO E DA ESCOLA NA SOCIEDADE DE CLASSES;
CARACTERIZAR O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA;
RELACIONAR A DIVISÃO SOCIAL E TÉCNICA DO TRABALHO E AS FUNÇÕES DA ESCOLA.
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Concepção difusa – contrapõe educação e trabalho;
Na atualidade – educação tende a coincidir com trabalho;
Tendência dominante – educação é o não- trabalho;
Daí o entendimento que educação é “improdutiva”
É um bem de consumo;
É objeto de fruição (contemplação);
Alteração da situação a partir da década de 1960 com a “teoria do capital humano”;
A educação passa a ser vista como decisiva para o desenvolvimento econômico, não mais como “ornamento”.
Firma-se a ligação educação-escola-trabalho;
A educação potencializa o trabalho;
Crítica – a educação é funcional (subordinada) ao sistema capitalista, ideologicamente e como qualificadora da mão de obra ;
Força de trabalho para o mercado;
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Conceituação das categorias Trabalho e Educação
	O trabalho pode ser definido como uma atividade inerente ao homem, uma vez que, ao atuar sobre a natureza, adaptando-a às necessidades, ocorre o que chamamos de trabalho [...].
	A íntima relação entre educação e trabalho.
	Engels (1976), o trabalho foi fundamental para o processo de hominização*. 
*Ato ou efeito de hominizar ou de se hominizar; Aquisição de características da espécie humana, por o posição a outras espécies mais antigas; Processo de evolução da espécie humana. http://www.priberam.pt/dlpo/hominiza%C3%A7%C3%A3o 
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A História de transformação da sociedade: modo de produção
	É a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e como os distribui. Também é chamado de sistema econômico. 
Modo de Produção = Forças Produtivas + Relações de Produção
Toda sociedade tem uma forma de produção;
É constituída por fatores dinâmicos que mudam constantemente;
As mudanças acarretam rupturas nos modos de produção.
Principais modos de produção:
Comunal ou primitivo;
Escravista;
Feudal;
Capitalista;
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Modo de produção comunal primitivo
Os seres humanos viviam em grupos nômades e dependiam exclusivamente dos recursos naturais da região;
Sobreviviam graças à coleta e ao extrativismo;
As pessoas deixaram de ser nômades, começaram a cultivar a terra (por volta 10000 a.C) e passaram a se fixar em determinadas regiões (cultivando frutas e legumes e ainda criando animais);
As pessoas trabalhavam em estreita cooperação. A terra era o principal meio de produção; Recolectora.
Não existia a ideia de propriedade privada e não havia oposição entre proprietários e trabalhadores; não havia classes.
A comunidade primitiva foi a primeira forma de organização humana.
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Modo de produção Escravista
	Surgido na Antiguidade (Grécia e Roma), e diferentemente do comunal primitivo, o modo de produção escravista foi o primeiro a estabelecer o conceito de propriedade privada. Os senhores, a minoria, eram proprietários dos escravos. As relações aqui não são de cooperação, como no modo comunal primitivo, mas sim, de domínio e sujeição, uma vez que os escravos eram vistos como instrumentos, como objetos, animais, etc.
	Outro importante fato referente a esse sistema é que foi a partir dele – e do surgimento da propriedade privada – que surgiu a necessidade de se criar um órgão para garantir o bem-estar, a justiça, a ordem e a manutenção dos direitos dos proprietários de terras: o Estado.
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Ideais de Educação - Antiguidade Clássica (Grécia e Roma)
Coexistência de dois tipos de educação: uma para homens livres 	 		formação intelectual (arte da palavra e exercícios físicos);
Escravos e serviçais próprio processo produtivo;
Escola lugar do ócio
Ginásio – lugar de exercício físico.
Origem da Escola.
 
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Idade Média ou Feudal
Estruturou-se sob a divisão entre senhores e servos;
As relações baseavam-se na propriedade do senhor sobre a terra e no trabalho agrícola do servo; trabalho servil
Os servos não viviam como escravos, eles tinham direito de cultivar um pedaço de terra cedida pelo senhor desde que, em troca, pagassem a ele impostos e rendas. Eram obrigados a trabalhar nas terras do senhor sem nada receber, sistema conhecido como corveia. A terra era apenas para usufruto.
Escolas paroquias, escolas catedralícias e as escolas monacais= educação da classe dominante. “ócio com dignidade”.
A cidade se subordinava ao campo. 
 modo de produção: A Terra.
Artesanato =Indústria rural, indústria própria da agricultura.
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“As cidades se transformaram em centros de comércios, onde os produtores trocavam os seus produtos”
Os burgueses começam a enriquecer;
Emergência de uma nova classe social;
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Queda do Feudalismo
Guerras prolongadas e epidemias. 
Surgimento de novas cidades e o incremento da produção manufatureira para atender às necessidades crescentes da população urbana;
Origem a uma nova classe social: a burguesia mercantil;
Choque entre a burguesia a nobreza feudal;
Os servos abandonaram suas antigas aldeias feudais;
Sucessivas revoltas camponesas;
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Modo de Produção Capitalista
Época Moderna – processo baseado na indústria e cidade;
Inverte-se a relação – o campo é que subordina-se à cidade; a agricultura, à indústria;
Mecanização da produção e insumos industriais;
Urbanização do campo e das relações pessoais;
Rompe-se o “modelo hereditário”, nas relações e na produção;
Na sociedade moderna capitalista as relações deixam de ser “naturais” para serem “sociais”;
Rompe-se a ideia de “comunidade” e cria-se a ideia “sociedade”;
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A escola na sociedade moderna
Sociedade contratual e formal, centrada na cidade e na indústria – exigência da escola
A ciência converte-se em potência material
O conhecimento é poder
Dominar e sujeitar a natureza 
Transformar os conhecimentos em meios de produção material
A incorporação da ciência ao processo produtivo envolve a exigência da disseminação dos códigos formais, do código da escrita
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A CONTRADIÇÃO DO PROCESSO ESCOLAR
As comemorações acabaram esvaziando o conteúdo específico da escola;
A contradição entre as classes marca a questão educacional o papel da escola;
Diferença entre escolas de elite – formação intelectual;
 E escolas para o proletariado - formação básica
Adam Smith – “Instrução para os trabalhadores, porém em doses homeopáticos.
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Teoria do capital humano
Sua origem está ligada ao surgimento da disciplina Economia da Educação, nos Estados Unidos, em meados dos anos 1950. Theodore W. Schultz, professor do departamento de economia da Universidade de Chicago à época, é considerado o principal formulador dessa disciplina e da ideia de capital humano. Esta disciplina específica surgiu da preocupação em explicar os ganhos de produtividade gerados pelo “fator humano” na produção. A conclusão de tais esforços redundou na concepção de que o trabalho humano, quando qualificado por meio da educação, era um dos mais importantes meios para a ampliação da produtividade econômica, e, portanto, das taxas de lucro do capital. 
Aplicada ao campo educacional, a ideia de capital humano gerou toda uma concepção tecnicista sobre o ensino e sobre a organização da educação, o que acabou por mistificar seus reais objetivos. Sob a predominância desta visão tecnicista, passou-se a disseminar a ideia de que a educação é o pressuposto do desenvolvimento econômico, bem como do desenvolvimento do indivíduo, que, ao educar-se, estaria “valorizando” a si próprio, na mesma lógica em que se valoriza o capital. O capital humano, portanto, deslocou para o âmbito individual os problemas
da inserção social, do emprego e do desempenho profissional e fez da educação um “valor econômico”, numa equação perversa que equipara capital e trabalho como se fossem ambos igualmente meros “fatores de produção” (das teorias econômicas neoclássicas). 
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Referências:
	FERREIRA, Denize Cristina Kaminski. Educação, trabalho e suas mediações ao longo da História da humanidade nos diferentes modos de produção da existência. Revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Londrina, v.3,n.2,p.46-57, dez.2011.
	A Economia recolectora. Disponível em: https://sophia1995.wordpress.com/2007/10/11/a-economia-recolectora/ Acesso em: Ago.201
Priberam Dicionário. http://www.priberam.pt/dlpo/hominiza%C3%A7%C3%A3o 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfIfIAI/fases-capitalismo
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_teoria_%20do_capital_humano.htm

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