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Entenda o Parlamentarismo Entenda o Parlamentarismo Reprodução autorizada desde que cite a fonte Autor: Enio Amorim Estudante de: Ciências Econômicas, Ciência Política, Investimento e Finanças Pessoais e Comentário em redes sociais Blog: http://enioamorim.webnode.com; Twitter: Enio Amorim; Linkedin: Enio Amorim; E-mail: enio_dp@hotmail.com Facebook: Enio Amorim São Paulo 2016 Sumário 1. Introdução ........................................................................................ 4 2. Um pouco de história ....................................................................... 5 3. Conceitos de Parlamentarismo ........................................................ 7 4. Principais características ................................................................. 7 5. Chefe de Estado e Chefe de Governo ............................................. 8 6. Demissão ......................................................................................... 9 7. Algumas diferenças ......................................................................... 9 8. Vantagens do sistema Parlamentarista sobre o Presidencialista .... 10 9. O Parlamentarismo pode se apresentar de duas formas ................ 10 10. Países parlamentaristas na atualidade ........................................... 11 11. No Brasil ........................................................................................... 11 12. Três tipos de Parlamentarismo ......................................................... 14 13. Constituição de 1988 alimentou o ideário parlamentarista ............... 15 14. Parlamentarista e a Democracia ....................................................... 15 15. Conclusão ........................................................................................... 16 16. Apêndice ............................................................................................. 17 17. Fontes consultadas ............................................................................. 20 4 Introdução O trabalho: Entenda o Parlamentarismo. Tem como objetivo esclarecer, de uma forma simples e didática, os conceitos sobre esse tema. Ao longo do assunto será abordado: uma história, quando surgiu, aonde surgiu, avaliação de autores consagrado no assunto, como por exemplo, o professor Dalmo Dallari; os principais conceitos, como ocorre a dissolução do parlamento, o voto de confiança, as características, as diferenças entre chefe de Estado e chefe de Governo; as vantagens e desvantagens do sistema; países que adotam esse sistema; a experiência brasileira no parlamentarismo; tipos de parlamentarismo, misto e o clássico, entre outros; e para fechar o tema, há um apêndice contendo os assuntos: Referendo e Plebiscito. Com explicação rápida e suas diferenças. 5 1- Um pouco de história Segundo Dallari, a Inglaterra já no século XIII assistiu a elaboração da Carta Magna 1e a rebelião dos barões e do clero contra os monarcas e iria também assistir o parlamentarismo ganhar forma. O sistema parlamentarista tem origem na Inglaterra Medieval. Segundo Dallari, o parlamentarismo foi um produto de uma longa evolução histórica, não foi prevista por nenhum teórico, nem foi constituído por nenhum movimento político. Suas características foram sendo definidas durante muitos séculos, até chegar ao estágio final do século XIX, forma que foi batizada como parlamentarismo e que, segundo Duverger, denomina de regime típico Inglês. No final do século XIII, nobres ingleses passaram a exigir maior participação política no governo, comandado por um monarca. Em 1295, o rei Eduardo I tornou oficiais as reuniões (assembleias) dos representantes dos nobres. Era o berço do parlamentarismo inglês. Segundo Dallari, nem sempre o primeiro ministro é membro do partido que tem o maior número de representante, mas que seja capaz de conseguir a composição de um grupo. Segundo Dallari, o surgimento: com o falecimento da Rainha Ana, em agosto de 1714, o príncipe alemão Jorge foi considerado o herdeiro legítimo da coroa britânica. Subiu ao trono da Inglaterra com o título de Jorge I. Nem o príncipe nem seu sucesso, Jorge II, tinham conhecimento dos problemas políticos Inglês. Nem um dos dois falavam inglês e quando tinham que 1 Foi o primeiro documento a colocar por escrito alguns direitos dos ingleses 6 dirigir-se ao parlamento falavam em Latim. De acordo com Dallari, entre a equipe de ministros, um deles destaca-se, liderando o Gabinete e passando a expor e defender suas decisões perante o parlamento, esse ministro era: Roberto Walpole. Roberto foi ironicamente chamado de Primeiro Ministro. Segundo Souza, a faísca do parlamentarismo surgiu no ano de 1213, onde, o “João sem Terra convocará ‘quatro cavaleiros discretos’ de cada condado, para com eles ‘conversar sobre os assuntos do reino”. O parlamento Inglês na “segunda metade do século XIV, (...) já se apresentava com a sua fisionomia atual: Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns. De acordo com Souza, após a instalação do parlamentarismo na Inglaterra houve influência na política de outros países, disseminando-se por praticamente toda Europa. A começar pela França que “contagiou-se com as maravilhas do sistema inglês e passou a adaptá-lo às suas instituições, por meio de reformas parciais desde a primeira metade do século XIX”. 1-1 A monarquia constitucional do império O sistema Parlamentarista, para alguns autores, inicia-se com D. Pedro I e seu filho, D. Pedro II. Contudo há outros autores que aceitam que o Parlamentarismo surgiu com D. Pedro II. No império de D.Pedro II, já nota que a assembleia geral ou parlamento possuía uma estrutura bicameral: Câmara dos Deputados; Senado, composto por membros vitalícios sob a ordem do imperador. Segundo Soares, D.Pedro II, na intenção de não perder o poder total do 7 território, cria um instrumento chamado de Ato Constitucional que poderia modificar a Constituição de 1824. Este instrumento era reservado ao imperador algumas atribuições entre elas: nomear senador; dissolver as seções do legislativo; nomear ministros de Estado e conceder anistias2. Segundo Soares, essas atribuições por parte do imperador foram chamadas de Poder Moderador, pois daria á D.Pedro II uma autoridade superior as demais autoridades. O texto dessa Constituição dava ao imperador um governo quase que autocrático3. Soares deixa claro, que D.Pedro II, não abusava do poder que tinha direito. Um outro autor, Chagas, afirma que, o imperador desempenhava suas funções constitucionais com firmeza, mas sem se deixar ser pressionado pela oposição a qual se ocupava em atacá-lo. D. Pedro II não gesticulava violência nem se abalava. 2- Conceitos de Parlamentarismo Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece a sustentação política para o poder executivo. Sendo assim, o poder executivo necessita do poder do parlamentopara ser formado e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, geralmente, exercido por um primeiro-ministro. 3- Principais características (Segundo Silva) a) Dois ou mais partidos concorrem nas eleições para o Parlamento; 2 Conceder perdão por atos considerados ilegais 3 Significa uma forma de governo que é representante único e detentor do poder. 8 b) O Primeiro Ministros é normalmente escolhido dentre os parlamentares do partido ou da coalizão4 que compõe o governo. c) O Primeiro Ministro e os demais ministros, que compõem o poder executivo, podem a qualquer momento, ser destituídos de suas funções caso os membros do parlamento assim decidam. 4- Chefe de Estado e chefe de Governo (Segundo Dallari) 4.1- O chefe de Estado: a) O chefe de Estado, Monarca ou Presidente da República, não participa das decisões políticas, exercendo somente uma função de representante de Estado; b) O Chefe de Estado é uma figura importante, pois além da função de representação, representa também um papel especial e importante em momentos de crise; c) Ele é quem indica, quando necessário, o Chefe de Governo, denominado, Primeiro Ministro; d) O chefe de estado (com poder de governo) é um presidente eleito pelo povo e empossado pelo parlamento, por tempo determinado. 4.2- O chefe de Governo: a) O chefe de Governo por sua vez, é a figura política central do parlamentarismo, pois é ele que exerce o poder executivo; b) Ele é indicado pelo chefe de Estado para compor o governo e só se torna Primeiro Ministro depois de obter a aprovação do Parlamento (poder Legislativo); 4 É o ato de fechar acordos e alianças entre partidos políticos em busca de um objetivo específico. 9 c) O chefe de Governo não tem responsabilidade política; não tem mandato com prazo determinado, podendo permanecer no cargo por alguns dias ou por muitos anos. 5- Demissão Segundo Dallari, há duas formas que determinam a demissão do Primeiro Ministro: a perda da maioria ou do voto de confiança. 5.1- Voto de desconfiança Às vezes, muito raramente, há ocasião que o Primeiro Ministro considera o voto de desconfiança como um desentendimento ocasional e não considera obrigado a demitir-se. Nesse caso, vai depender do comportamento da maioria em novas eleições, afirma Dallari. 5.2- Perda de maioria Segundo Dallari, a possibilidade de dissolução do Parlamento ocorre quando o Primeiro Ministro percebe que só conta com uma pequena maioria e acredita que a realização de eleições gerais irá ajudar numa ampliação dessa maioria. Nesses casos, ele pode pedir ao chefe de Estado que declare extinto os mandatos e que convoque novas eleições gerais. Segundo Soares, quanto o Executivo quanto o Gabinete5 é quem conduz a política geral do país. 5 Conselho de ministros 10 6- Algumas diferenças a) Nas Monarquias parlamentaristas, o chefe de Governo é o monarca (rei ou imperador), que assume de forma hereditária; b) No Parlamentarismo os gabinetes mudam com mais frequência; mudar os ministros não muda a burocracia. c) Uma dificuldade apontada por Torres, assim como em qualquer sistema de governo, no Parlamentarismo há a questão das circunstâncias: de funcionamento e de organização. d) A multiplicidade de Partidos. Essa questão é um ponto que pode dificultar o bom andamento do Parlamentarismo. Se forem muitos partidos, e estes por sua vez, não tornar possível a maioria estável, pode surgir problemas ao sistema. Afirma Torres. 7- Vantagens do sistema Parlamentarista sobre o Presidencialista a) O primeiro ministro é mais flexível; b) Em caso de crise política, por exemplo, o primeiro-ministro pode ser trocado com rapidez e o parlamento pode ser destituído/dissolvido; c) No caso do presidencialismo, o presidente cumpre seu mandato até o fim, mesmo havendo crises políticas. d) Segundo Torres, é a transformação da política num debate entre posições ideológicas, em lugar de ser uma disputa entre homens, como ocorre no presidencialismo. e) Adaptação, é o que coloca Torres, segundo esse autor, o Parlamentarismo adapta-se em épocas de crises. De fato, a grande vantagem do Parlamentarismo é permitir alterações bruscas no panorama político, sem que ocorram complicações. 11 8- O parlamentarismo pode se apresentar de duas formas a) Na República Parlamentarista, o chefe de Estado é um presidente eleito pelo povo e nomeado pelo parlamento, por tempo determinado; b) Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de Governo é o monarca, que assume de forma hereditária. Quem governa de fato é um Primeiro- Ministro. 9- Países parlamentaristas na atualidade Posteriormente o sistema parlamentarista alastrou-se em cada país da Europa. “Bélgica, Prússia, Alemanha, Polônia, Checoslováquia, Áustria, Grécia, Iugoslávia, Finlândia, Espanha e outros” o adotaram, segundo Souza. Segundo o Senado Federal, alguns países que adotam esse sistema atualmente: Canadá, Inglaterra, Suécia, Itália, Alemanha, Portugal, Holanda, Noruega, Espanha, Japão, entre outros. 10- No Brasil De acordo com o Senado Federal, o parlamentarismo dominou o cenário político brasileiro em duas ocasiões: a primeira durante a Monarquia no Século 19 (1º e 2º Reinados); a segunda experiência ocorreu após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, dando posse á João Goulart. Esse último durou apenas quinze meses. 10.1- Primeiro Reinado No 1º Reinado6, quando foi criado o Poder Moderador, que era exercido pelo Imperador, que por sua vez era também o titular do Poder executivo, não significou uma adoção, já que, na prática, o poder era todo concentrado nas mãos do monarca, que livremente podia escolher e demitir os ministros, sem 6 O Primeiro Reinado (1822-1831) se constituiu como marco inicial da nova fase de D.Pedro I aclamado Imperador do Brasil no ano da Independência. 12 submeter seus nomes à apreciação da Câmara, como nos regimes parlamentares. Segundo Maduro, os historiadores não são unânimes quanto à existência do sistema parlamentar no Brasil-Império, principalmente no período que abrange o Primeiro Reinado. Mas, apesar dessas divergências, houve a adoção de algumas práticas parlamentares, sobretudo no Segundo Reinado7. De acordo com Maduro, parlamentarismo que existiu no Brasil foi em decorrência da evolução da prática política, já que a Constituição de 1824 não mencionava esse sistema como forma de governo. Mesmo porque o Imperador era: inviolável e sagrada. E ao mesmo tempo criava o Poder Moderador que concedia ao Imperador poderes de dissolver a Câmara, convocar novas eleições, nomear e demitir os ministros (prática presidencialista). Durante o Primeiro Reinado, as tentativas de implantar normas parlamentaristas, houve grande resistência do Imperador, que não aceitava transferir seu poder para o Ministério8. Esse fato levou a abdicação de D. Pedro I, já que a Câmara não aceitou o Ministério escolhido pelo Imperador. Afirma Maduro. Em outras palavras, tratava-se de uma simulação de um regime parlamentar. 10.2- Segundo Reinado (o Parlamentarismo as avessas) Ao iniciar o Segundo Reinado9, algumas práticas parlamentaristasjá estão em vigor, e entre os argumentos apresentados está a necessidade de um poder central prestigiado. Com relação ao desempenho desse sistema de governo no Segundo Reinado, Hélio Viana, afirma: 7 Em 1840, com apenas quinze anos de idade, Dom Pedro II foi lançado à condição de Imperador do Brasil, essa fase durou até 1889 8 É o mesmo que gabinetes de governo ou conselho de ministros 9 O 2º Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. 13 O parlamentarismo no Brasil, mais benefícios do que danos resultaram de sua ação no Segundo Reinado. A boa fiscalização que nunca lhe faltou da parte do representante do Poder Moderador, bem como a obrigatória adaptação que às suas exigências tinham de sofrer os nossos políticos, foram coeficientes de uma atribulada mas nem por isso desprezível evolução. (HÉLIO, 1960, P.94). No Brasil, a organização do sistema parlamentar acabou sendo completamente “avesso” ao modelo inglês. O imperador Dom Pedro II, possuía poderes políticos concedidas pelo Poder Moderador. Dom Pedro II tinha total liberdade para escolher os integrantes do Conselho de Estado. Esse Conselho, que estava abaixo da autoridade do monarca, poderia escolher os ministros e realizar a dissolução da Câmara de Deputados. Na maioria das vezes, as ações do Conselho somente refletiam os interesses do imperador. Afirma Rainer. De acordo com Pinho, durante todo o Segundo Reinado, o gabinete foi dissolvido e reorganizado mais de trinta vezes. Assim, as eleições eram realizadas de forma fraudulenta e direcionada a beneficiar o partido dos ministros que compunham o Conselho, assim como garantia a maioria das cadeiras do parlamento. 10.3 - Após a renúncia de Jânio Quadros, de 1961 A 1963 Na renúncia Jânio Quadros, o sistema parlamentar foi a solução de emergência encontrada para contornar a crise política aberta com a renúncia do presidente e a posse de seu vice, João Goulart. Na verdade, era também uma falsificação de parlamentarismo, pois não previa a dissolução da Câmara, como prevê o regime, afirma Nogueira. E foi por um curto período de duração (setembro/1961 a dezembro/1962). Sucederam-se no poder três Gabinetes. Em uma passagem teve Tancredo Neves, como Primeiro Ministro. Nessa época o Jânio era bem próximo dos militares e João Goulart não. Goulart, tinha um certo atrito com os militares que não queriam sua posse. 14 De acordo com Souza, Goulart tinha ideias reformistas, estava “vinculado ao trabalhismo reformista e contemplando a nacionalização de empresas estrangeiras” Segundo Napolitano, é instalado, então, o sistema parlamentar, ou melhor, o semiparlamentar10 (alguns setores de esquerda apelidaram de Golpe Brando). Nesse sistema, embora João Goulart tenha sido empossado como presidente, ele não tinha plenos poderes, porém, o importante era retirar poderes de Goulart. Porém, mais tarde, após um plebiscito, João acabou recebendo, de volta, seus poderes. Segundo o Senado, como os fatos demonstram, o ensaio adotado no Império e outro ensaio em 1961, o parlamentarismo ainda não teve sua chance no Brasil, pela simples razão de que nunca chegou a ser praticado. 11- Três tipos de Parlamentarismo Segundo Souza, podemos observar três tipos de sistema parlamentarista na história: o clássico ou dualista, o racionalizado ou monista e o misto. 11.1- O Clássico Foi construído na Inglaterra durante o século XVII; 11.2- Parlamentarismo racionalizado Vem das constituições formuladas, após a Primeira Guerra. 11.3- Misto Deriva-se da racionalização de outros setores do sistema parlamentar; fortalecendo-se nas modalidades de tendência presidencialista e de equilíbrio. 10 Nesse modelo presidente possui um papel mais incisivo do que no sistema parlamentarista 15 12- Constituição de 1988 alimentou o ideário parlamentarista Segundo Souza, durante os debates estabelecidos na Constituinte de 1986, que resultaram na promulgação da atual Constituição de 1988, Reale destaca um forte movimento favorável à adoção do Parlamentarismo como sistema de governo. Embora derrotado. Souza afirma, o art. 2º que convocou um plebiscito, através do qual o eleitorado brasileiro deveria escolher a forma: República ou Monarquia constitucional e um sistema de governo: Parlamentarismo ou Presidencialismo. Realizado o plebiscito, por uma maioria considerada foi mantida a forma republicana e confirmado o sistema presidencialista. 13- Parlamentarismo e a Democracia De acordo com Torres, teoricamente, tanto o Presidencialista tanto o Parlamentarista tem condições para a democracia, mas na prática o Parlamentarismo leva vantagem na prática da democracia. O Presidente e o Congresso, possuindo seus mandatos fixos, seguem seus respectivos mandatos até o fim de seus mandatos. Contudo no sistema Parlamentar, isso não ocorre, pois, a qualquer momento, o Primeiro Ministros cai, se a maioria na Câmara o derrubar. Segundo Torres, o deputado no sistema Presidencialista permanece intacto em seu mandato, com seus eleitores, conversa com outras pessoas, anda pelas ruas, entre outras tarefas. No sistema Parlamentar isso é diferente. O governo, Primeiro Ministro, com muita frequência comparece ao Parlamento, acompanha as sessões e ouvi as críticas. 16 14- Conclusão Foi visto e discutido o funcionamento do sistema Parlamentar ou, se preferir, o parlamentarismo. Como foi observado ao longo do trabalho, trata-se de um sistema muito mais simples do que muitas pessoas acham. O principal destaque são os conceitos e suas diferenças, os quais provocam muita confusão em público menos familiarizado em Ciência Política. Foi discutido que o surgimento se deu na Inglaterra por volta do século XIII, em 1213. Abordou que a experiência do Brasil no sistema não foi boa, pois houve muitas turbulências políticas a época do imperador no século 19 e em 1961, já com João Goulart no governo. 17 Apêndice 15- Plebiscitos e referendos Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, plebiscito e referendo são consultas ao povo para decidir sobre assuntos importantes para a nação de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. A principal distinção entre eles: 15.1 O plebiscito É convocado previamente para a criação do ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta; 15.2 O referendo É convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta. Ambos estão previstos no art. 14 da Constituição Federal e regulamentados pela Lei nº 9.709, de 18 de novembro de 1998. O plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo. 16- Referendo de 1963 Em 6 de janeiro de 1963, foi realizado referendo que definiria os rumos políticos da nossa história. A consulta foi sobre a continuação ou não do parlamentarismo no país. O povo rejeitou esse sistema de governo e optou pelo presidencialismo. 18 16.1- Resultado do referendo de 1936. Fonte: TSE 19 16.2- Plebiscito de 1993 Em 21 de abril de 1993, foirealizado plebiscito que demandava escolher monarquia ou república e parlamentarismo ou presidencialismo. Essa consulta consolidou a forma e o sistema de governo atual. O resultado do plebiscito de 1993. Fonte: TSE 20 Fontes Consultadas Artigos acadêmicos: Souza.D.P.P. Parlamentarismo: surgimento e características gerais. Minas Gerais. Rio Grande, XI, n. 54, jun 2008. Disponível em: http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2949 Acessado em 19/11/2016 Souza. D.P.P. PARLAMENTARISMO: SURGIMENTO E CARACTERÍSTICAS GERAIS. Minas Gerais. Ano 2, Ed. Nº 06 (Abr. /Jun. de 2011). Disponível em: http://institutoprocessus.com.br/2012/wp-content/uploads/2011/12/davi- parlamentarismo.pdf Acessado em: 19/11/2016 Tribunal Superior Eleitoral. Plebiscitos e referendos. Disponível em: http://www.tse.jus.br/eleicoes/plebiscitos-e-referendos/plebiscito-e-referendo Acessado em: 19/11/2016 SOUSA. R. G. Parlamentarismo às avessas. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/historiab/parlamentarismo-as-avessas.htm Acessado em: 19/11/2016 Pinto. T. Parlamentarismo às avessas no Império. Disponível em: http://alunosonline.uol.com.br/historia-do-brasil/parlamentarismo-as-avessas- no-imperio.html Acessado em: 19/11/2016 21 Silva. A. N. Presidencialismo e parlamentarismo: Uma revisão do debate. 2012. Disponível em: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/14196 Acessado em: 19/11/2016 Imagem da capa fonte: Senado Livros: Torres, J. C. O. Cartilha do Parlamentarismo. Minas Gerais,1962 Dallari. A.D. Elementos de Teoria Geral do Estado 25º ed. São Paulo, 2006
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