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A EXPRESSÃO DA DIVERSIDADE SOCIAL BRASILEIRA NAS DIRETRIZES CURRICULAIS GERAIS E O TEXTO

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TRABALHO EM GRUPO – TG
A EXPRESSÃO DA DIVERSIDADE SOCIAL BRASILEIRA NAS DIRETRIZES CURRICULAIS GERAIS E O TEXTO “O MUNDO”
Aluno: Jorge Miguel Bergamo Contini. R.A.: 1616302
UNIP INTERATIVA
POLO
Maringá
2016
A EXPRESSÃO DA DIVERSIDADE SOCIAL BRASILEIRA NAS DIRETRIZES CURRICULAIS GERAIS E O TEXTO “O MUNDO”
CONTINI, Jorge Miguel Bergamo[1: Aluno de graduação da Unip – Universidade Paulista Interativa RA: 1616302]
Eduardo Galeano é um escritor e jornalista uruguaio responsável por obras consagradas como “As Veias abertas da América latina” foi um dos responsáveis por retratar o pensamento e a realidade latino-americana para todo o mundo. Uma de suas obras mais queridas é a coletânea de textos e poesias “O Livro dos Abraços” escrito em 1989 onde está presente uma pequena alegoria chamada “O Mundo”. Nesse texto Galeano conta a história de um índio que viaja aos céus e vê o mundo como uma coleção de fogueiras, cada uma queimando em uma diferente intensidade.
Partindo dessa alegoria podemos fazer uma análise acerca de como a diversidade social e cultural do povo brasileiro está representada em documentos legislativos que norteiam a construção dos currículos escolares, tal como a Resolução nº 4, de 13 de Julho de 2010, que define as Diretrizes Nacionais Curriculares Gerais para a educação básica desde o nível da educação infantil até o ensino médio.
De acordo com o censo realizado pelo IBGE em 2010, a população brasileira se aproxima de 185,5 milhões de habitantes. Com uma população tão grande, é natural que exista uma diversidade cultural muito grande, mas para, além disso, o país é formado por esses 185,5 milhões de indivíduos e cada um deles vai possuir uma vivência e uma experiência diferente.[2: Dados coletados em www.ibge.gov.br/censo2010/ Acessado em 19 de maio de 2016 às 21h24]
Na Resolução nº 4, encontramos logos nos objetivos o artigo três que define o projeto de nação para o Brasil, como sendo baseado em ideais de cidadania e igualdade, pressupondo não apenas respeito e dignidade, mas destacando termos como igualdade, liberdade, pluralidade, diversidade, solidariedade e sustentabilidade.
Ao longo do documento, essas ideias são desenvolvidas e também são apresentadas as formas de como os currículos escolares podem ser adaptados para as mais diversas realidades presentes no Brasil. Dentre as diversas bases que dão sustentação ao projeto de educação nacional proposta pelo documento encontramos princípios como igualdade de condição de acesso, inclusão e permanência na escola; pluralismos de ideias e concepções pedagógicas e respeito à liberdade e aos direitos. Tais bases são de grande importância, pois aqui elas garantem não só que todos os indivíduos tenham acesso à escola, mas também permitem que o educador possa fazer uma adaptação da sua metodologia para agregar os mais diversos aspectos inclusivos, facilitando o acesso de diversas pessoas à escola.
Tais conceitos são retomados nos artigos 8º e 9º que falam do acesso e permanência na educação, onde também é ressaltada a responsabilidade coletiva para que estes pontos sejam alcançados. Para isso em especial no artigo nono, existem trechos que ressalvam a revisão continua das metodologias, a valorização da diferença e ao atendimento visando a diversidade cultural.
Partindo do capítulo cinco, as diretrizes se aprofundam ainda mais especificamente ao falarem da organização curricular. Relembrando que a escola de Educação Básica é o espaço que ressiginifica e se recria a cultura herdada, reconstituindo-se as identidades culturais em que se aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes regiões do país (BRASIL, 2010).
Sendo assim as diretrizes permitem essa regionalização do currículo, não apenas isso, posteriormente fornece as ferramentas para que esses currículos sejam adaptados para cada região. Ainda nesse mesmo artigo, são ressaltadas as questões do acolhimento e aconchego.
Quando dito sobre as formas como esse currículo deve ser organizado no capítulo dois do título cinco, vemos que existe a norma que diz que o currículo deve ser organizado com uma base comum e uma parte diversificada, essas partes não podem constituis blocos separados, a função da parte diversificada é a de enriquecer e complementar a base nacional comum.
Aqui existe a possibilidade para que cada educador dentro de sua área do conhecimento, busque as características culturais, folclóricas, identitária. Tendo como desafio a inclusão desses fatores em seus conteúdos, visto que como já foi dito, a parte diversificada não consiste um bloco separado, mas sim uma parte integrante dentro da própria disciplina.
Além dessa inclusão de conteúdos diversificados, as diretrizes também preveem a adoção de diversas modalidades que podem corresponder a uma ou mais modalidades como a Educação de Jovens Adultos, Educação Profissional e Tecnologica, Educação no Campo, Educação Especial, Educação Indígena e Quilombola. Tais modalidades existem para que os currículos sejam flexíveis e que o sistema educacional possa cumprir as ideias de receptividade e acessibilidade existente em sua proposta.
A educação de Jovens e Adultos visa a integração daquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de completar seus estudos durante a infância e adolescência. Para tanto, a os currículos devem ser adaptados visando as características desses alunos. De acordo com o censo escolar de 2013, são cerca de 3,1 milhões de estudantes nessa modalidade.[3: Dados disponíveis no site: http://www.acaoeducativa.org.br/index.php/educacao/50-educacao-de-jovens-e-adultos/10004807-censo-escolar-2013-matriculas-na-educacao-de-jovens-e-adultos-registra-queda-de-20- Acessado em 20 de maio de 2016 às 15h35.]
Por sua vez a Educação Profissional e Técnica é uma modalidade que se integra a educação regular, EJA e educação especial, visando um ensino voltado as dimensões do trabalho da ciência e tecnologia. Portando seus currículos são mais centrados em específicas áreas e habilidades voltadas a atender determinada parte do mercado de trabalho.
A modalidade de Educação especial orienta o desenvolvimento de matrizes curriculares voltadas para alunos com deficiência e transtorno globais do desenvolvimento e altas habilidades nas classes comuns. Podendo ser ofertada tanto dentro das instituições regulares quanto em instituições credenciadas de formar a suplementar a educação. De acordo com o censo escolar em 2014 quase 700 mil alunos especiais estavam matriculados em salas comuns. Visando isso o desafio do educador é tornar o conteúdo acessível a esse público.
Outro indício do sucesso dessa inclusão é o aumento do numero de professores com formações nas áreas de educação especial que chegou a quase dobrar nas ultimas décadas. Isso mostra não apenas os desafios que tal modalidade aponta, mas também um interesse da classe docente em se aperfeiçoar para atender melhor esse público.
Também existem as modalidades voltadas a para populações específicas como a população rural. Essa modalidade prevê adequações as vida no campo, bem como a identidade de cada comunidade, como dito no inciso primeiro do artigo trinta e cinco. Os conteúdos e metodologias devem ser adequados ao cotidiano rural.
Já a educação indígena é realizada em instituições escolares inscritas dentro das aldeias, as quais cada uma deve ter sua realidade singular respeitada. As próprias diretrizes reconhecem aqui que essas instituições são livres para manter suas construções identitária. 
Entretanto a grande diversidade de etnias indígenas acarreta um grave problema, como apontado no censo escolar de 2015, que diz que apenas metade da população indígena matriculada nessa modalidade tem acesso a material didático relacionado com sua própria cultura, muitos grupos não possuem sequer o material didático em sua própria língua. Felizmente a mesma pesquisa mostra que desde 2010, a produção de material didático em lingas indígenas vem crescendo.
Por ultimo a educação Quilombola, que deve ser realizada nasunidades inscritas nos territórios remanescentes de quilombos que também deve ter uma formação pedagógica adaptada para sua realidade. Segundo o censo escolar de 2007, são aproximadamente 151 mil estudantes em cerca de 1200 escolas. [4: Dados disponíveis em: http://portal.mec.gov.br/educacao-quilombola- Acessado em 19 de maio de 2015 às 16h30.]
Quando Galeano descreveu as mais diversas fogueias que compunham o mundo, ele disse que havia algumas que mal queimavam, seu fogo era apagado e sem vida. Havia outras que eram tão luminosas que são capazes de cegar. Se pensarmos em cada fogueira como um ser humano, o desafio da educação é fazer com que cada fogueira brilhe e acenda. Cada fogueira precisa de um combustível próprio e tem sua própria forma de ser atiçada.
Documentos como a Resolução nº 4, de 13 de Julho de 2010, que define as Diretrizes Nacionais Curriculares Gerais permitem que as instituições de ensino tenham o amparo legal para fazer as mais diversas adaptações em seus currículos e metodologias de uma forma que cada indivíduo se sinta aceito, e confortável para que possa assimilar os conteúdos de uma forma ampla e clara.
O Brasil é formado por mais de 185,5 milhões de fogueiras, com o esforço combinado de políticas inclusivas, educadores e a sociedade como um todo, podemos fazer com que todas essas fogueiras possam brilhar tanto que cheguem a cegar aqueles que se aproximarem.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Resolução Nº 4, de 13 de Julho de 2010. Define as Diretrizes Nacionais Gerais para a Educação Básica.
GALEANO, Eduardo. O Mundo, In O Livro dos Abraços. Porto Alegre: L&PM, 2008.
NICÁRIO, Romário. Dados do censo Escolar indicam um aumento de alunos especiais. Disponível em : http://oportaln10.com.br/dados-do-censo-escolar-indicam-aumento-de-alunos-especiais-8530/ Acessado em 20 de maio de 2016, as 15h10.
TOKARNIA, Mariana. Quase metade da escola Indígena não tem material didático específico. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-04/quase-metade-das-escolas-indigenas-nao-tem-material-didatico-especifico Acessado em 20 de maio de 2016, as 15h23.
Código de Entrega
9bd21a9b-42c0-4a44-aaaa-f1821ec5fc50

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