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POSTAGEM 2 PEOP

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UNIP – Universidade Paulista Interativa 
Graduação em Sociologia 
Prática de Ensino: Observação e projeto (PE:OP) 
 
 
 
 
 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO DE UM 
AMBIENTE NÃO ESCOLAR 
 
 
 
 
Jorge Miguel Bergamo Contini. RA: 1616302 
 
 
 
 
Polo de Maringá 
2016 
 
Jorge Miguel Bergamo Contini. RA: 1616302 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO DE UM AMBIENTE 
NÃO ESCOLAR 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade 
Paulista – UNIP INTERATIVA, referente 
ao curso de graduação em Ciências 
Biológicas, como um dos requisitos para a 
avaliação na disciplina de cunho prático 
Prática de Ensino: Observação e Projeto. 
 
 
 
 
Polo de Maringá 
2016 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3 
2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 5 
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................... 5 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................... 5 
3 DESENVOLVIMENTO...................................................................................................................... 6 
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................................... 6 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................................. 7 
3.2.1 Ambientes e Público-alvo. ................................................................................................. 7 
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos .............................................................. 8 
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas ..................................................................... 9 
3.2.4 Tempo de duração do projeto e Cronograma .............................................................. 13 
4 AVALIAÇÃO ..................................................................................................................................... 14 
4.1 Resultados esperados ............................................................................................................ 14 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 15 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A reforma da LDB em 2008 1 trouxe de volta as disciplinas de filosofia e 
sociologia para o currículo acadêmico das escolas públicas de ensino médio no Brasil. 
Com isso também trouxe novos desafios aos profissionais da educação. Buscar 
metodologias que tornassem a disciplina atrativa aos jovens e que ao mesmo tempo 
desenvolvessem as competências necessárias para o entendimento dos conteúdos. 
Pensando nisso por meio deste trabalho se propõe uma atividade diferenciada, 
utilizando um recurso comum a maioria dos estudantes de ensino médio. A fotografia. 
Acoplada em praticamente todos os aparelhos de celular hoje em dia, a câmera 
fotográfica digital passou a ser quase uma extensão dos olhos dos adolescentes. 
Pelos quais são registradas de forma indiscriminada boa parte de suas relações 
sociais durante o dia. Dessa forma é possível que esta seja utilizada para que os 
educandos possam perceber como decorrem as mais diversas interações sociais no 
dia-a-dia. 
Este trabalho toma como base as observações feitas na cidade de Atalaia. 
Município localizado no noroeste do estado do Paraná com aproximadamente 4 mil 
habitantes. Onde foram analisados seus espaços tanto escolares quanto não 
escolares. 
Por espaços escolares aqui identificaremos as instituições de ensino as quais 
estão certificadas pelo MEC. Nessa categoria foram observados dois 
estabelecimentos. A Escola Municipal Vânia Maria Simão, de ensino infantil e 
fundamental; e o Colégio Estadual Humberto de Campos. Em vista da disciplina 
analisada aqui, sociologia, o Colégio Estadual Humberto de Campos torna-se o foco 
da atenção. Visto que é a única instituição de ensino médio da cidade. 
Seguindo a observação da cidade, se nota a existência de vários espaços como 
praças, um clube, biblioteca, quadras públicas onde os jovens fazem suas 
socializações diárias. Em sua grande maioria munidos de seus aparelhos de celular e 
 
1 Parecer CNE/CEB nº 22/2008, aprovado em 8 de outubro de 2008 disponível em 
http://portal.mec.gov.br/par/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12768-filosofia-e-
sociologia-no-ensino-medio-sp-1870990710 
4 
 
suas câmeras. Não é difícil de flagrar agrupamento de jovens registrando em suas 
telas os momentos de lazer do seu cotidiano, registrando selfies. 
Juntamente com isso se destaca que boa parte desses jovens também fazem 
o uso de uma série de aplicativos. Como o Instagram; uma espécie de revista 
fotográfica onde o usuário pode publicar e editar fotos ou o Snapchat; um diário virtual 
onde o usuário pode publicar fotos e vídeos curtos que são exibidos em slides de até 
10 segundos de duração que ficam disponíveis para o acesso dos demais contatos 
do usuário pelo período de 24 horas, mas também pode ser salvo pelo usuário. 
Se valendo dessas ferramentas, é possível elaborar uma série de atividades e 
estratégias que viabilizem e facilitem o ensino de uma série de competências e alguns 
conteúdos da disciplina de Sociologia. 
O público em vista para esse trabalho são os alunos de todas as séries do 
ensino médio do Colégio Estadual Humberto de Campos, visto que o que essa 
proposta de atividade visa não é a contemplação de um determinado conteúdo 
específico, mas sim uma competência necessária ao entendimento da disciplina. A 
noção de Imaginação Sociológica. 
Para isso tomamos como referência as ideias de Wright Mills, que nos dá uma 
definição no seguinte trecho. 
 
Quando uma sociedade se industrializa, o camponês se transforma 
em trabalhador; o senhor feudal desaparece, ou passa a ser o homem de 
negócios. Quando as classes ascendem ou caem, o homem tem emprego ou 
ficar desempregado; [...] Quando há guerras, o corretor de seguros se 
transforma no lançador de foguetes; o caixeiro de loja, em homem do radar; 
a mulher vive só, a criança cresce sem pai. A vida do indivíduo e a história da 
sociedade não podem ser compreendidas sem compreendermos essas 
alternativas. (MILLS, 1969) 
 
Sendo assim, vemos que a Imaginação sociológica é a capacidade do indivíduo 
de se colocar como ente pertencente a uma sociedade. Perceber como as mudanças 
e agitações desta refletem em sua vida. Exercitar essa competência é importante pois 
sem ela o aluno acaba se alienando, não compreendendo o foco da disciplina que é 
a relação indivíduo/sociedade. 
 
5 
 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Desenvolver a competência da Imaginação Sociológica nos alunos do ensino 
médio da Escola Estadual Humberto de Campos, a partir de uma série de atividades 
pedagógicas diferenciadas envolvendo o uso da fotografia digital nos mais diversos 
espaços públicos da cidade de Atalaia, Paraná. Permitindo o envolvimento de diversas 
áreas do conhecimento, como Artes (composição fotográfica, linguagem visual), 
filosofia (questões de estética),Geografia (espaços). 
Para tal, pretende-se mostrar como por meio da fotografia se pode construir e 
preservar um acervo visual da realidade social do Município, bem como mostrar seus 
costumes e suas mais diversas realidades e como estas influenciam na vida cotidiana 
dos alunos. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Desenvolver a competência de Imaginação sociológica nos alunos de ensino 
médio do Colégio Estadual Humberto de Campos. 
 Retratar por meio da fotografia digital as tradições, costumes e hábitos dos 
habitantes do Município de Atalaia Paraná 
 Promover uma atividade multidisciplinar que integre artes e linguagens ás 
disciplinas de ciências humanas, em especial sociologia. 
 Fazer com que o aluno se perceba como um indivíduo dentro de uma sociedade 
e, como tal, capaz de influencia-la e ser influenciado por ela. 
 Apresentar as múltiplas representações do município de Atalaia por meio da 
imagética. 
 Aguçar nos alunos a percepção dos detalhes que existem nas relações sociais do 
cotidiano. 
 Despertar a apreciação dos espaços públicos pelo aluno, bem como a consciência 
de preservação do patrimônio da cidade. 
6 
 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
A imagem fotográfica é capaz de capturar uma série de aspectos importantes 
das relações sociais que representa. Isso tem sido alvo do estudo de uma série de 
pesquisadores. Para esse trabalho foram utilizados os conceitos teóricos de 
pensadores como Pierre Bourdieu e José de Souza Martins. Bem como as noções de 
Imaginação Sociológica de Wright Mills. 
Pierre Bourdieu (2006), sociólogo francês do século XX, enfatiza que a 
fotografia produzida no cotidiano pelos indivíduos comuns pode ser utilizada como um 
elemento de análise dos fenômenos e relações sociais, tornando o pesquisador capaz 
de compreender as estruturas sociais dos grupos retratados. Semelhante a Martins 
(2014), sociólogo e escritor brasileiro contemporâneo, que nos fala da utilidade da 
fotografia para o estudo da sociologia, visto que para o autor estas já são produzidas 
com alguma intenção de seus autores. 
Martins nos diz que a fotografia não é apenas um documento ilustrativo para 
confirmar uma relação social, nem mesmo uma fonte para pesquisas, mas é uma 
construção da realidade contemporânea sendo ao mesmo tempo objeto e sujeito. 
Ao pensar o viés educacional, o antropólogo brasileiro Mauro Guilherme 
Pinheiro de Koury (1999) diz que o ato de fotografar pode ser utilizado para que o 
aluno desenvolva a habilidade de capturar os sentidos sociais. Dessa forma a 
fotografia pode colaborar no ensino da sociologia fazendo com que o educando 
percebas as múltiplas relações sociais que existe no seus dia-a-dia. 
Entretanto, Martins ressalta que, mesmo que essas relações possam ser 
visíveis, nem sempre elas são fotografáveis, visto a grande carga simbólica. Sendo 
assim, a fotografia não é um recurso isento de erros. Mas que para além das imagens, 
as fotos necessitam de um conhecimento prévio das cargas simbólicas existentes nas 
ações registraras para que o entendimento completo e real possa ser elaborado 
7 
 
Outro fator que se coloca aqui é o exercício da Imaginação sociológica. Um 
conceito elaborado pelo sociólogo inglês Charles Wright Mills em 1959. Em seu livro 
A Imaginação Sociológica, Mills defende que existe um processo de conexão entre a 
experiência individual de cada pessoa com as instituições sociais ás quais ela está 
relacionada. Dessa forma por imaginação sociológica se compreende a habilidade de 
se desenvolver um pensamento capaz de estabelecer conexões mais amplas entre o 
indivíduo e sua sociedade. 
Segundo Mills, para se adquirir essa habilidade o pesquisador se faz 
necessária uma observação da sociedade que se está inserido de uma forma externa, 
procurando diminuir a influência pessoal. O pesquisador deve minimizar seus valores 
culturais e buscar analisar seu objeto de forma mais fria o possível. 
Com isso percebemos que a imaginação sociológica é uma prática diária do 
fazer do sociólogo. O sociólogo brasileiro Cristiano das Neves Bordat (2015), ela não 
pode ser entendida como um conteúdo da disciplina, mas sim uma prática diária que 
deve estar presente dentro de toda a pesquisa sociológica. Por isso, se trata a 
Imaginação sociológica como sendo uma competência a ser adquirida pelo educando. 
Sendo assim, como diz Bordat, a fotografia necessita de uma série de escolhas 
e demandas e estas dependem de interpretações. Com o uso orientado por um 
professor, esta pode ser uma ferramenta que faça com que o aluno possa enxergar o 
mundo ao seu redor de maneira mais atenta para as diversas relações sociais 
existentes. 
 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
3.2.1 Ambientes e Público-alvo. 
 
O presente trabalho tem como público alvo os alunos de 1º, 2º e 3º anos do 
ensino médio do Colégio Estadual Humberto de Campos. Levando em conta a 
disciplina de Sociologia presente no currículo, bem como a possibilidade de uma 
atividade transdisciplinar, que gira em torno de 150 estudantes. 
8 
 
A proposta é utilizar os espaços públicos da cidade de Atalaia para se observar 
cenas cotidianas e perceber nelas as mais diversas relações sociais existentes. 
 Colégio Estadual Humberto de Campos: rua Pedro Ortolani, nº21, 
Centro, Atalaia – Paraná. 
 Biblioteca Cidadã Joaquim Alves de Resende: Avenida Brasil s/n, 
Centro, Atalaia - Paraná 
A cidade de Atalaia fica localizada no noroeste do estado do Paraná, a cerca 
de 457 quilômetros da capital. A cidade tem uma população que gira em torno de 4 
mil habitantes distribuídas em uma área de 137km², boa parte destes na zona urbana. 
Trata-se de um município de pequeno porte, o que torna sua observação viável devido 
principalmente a pequena extensão de sua zona urbana. 
Apesar de pequena, a cidade conta com vários espaços urbanos públicos como 
Biblioteca, Casa Cultural, Academia da Terceira Idade, Academia pública, Quadra 
Pública, Campo de futebol, Ginásio Poliesportivo entre outros. A cidade também 
oferece uma série de atividades, como duas feiras do produtor semanais (Quintas à 
noite e Sábados à tarte), Festas anuais, como a festa da padroeira, o rodeio entre 
outras. 
Por sua vez a biblioteca Cidadã Joaquim Alves de Resende conta com um 
acervo de livros e periódicos, também disponibiliza uma área para palestras e 
discussão. Nosso foco aqui é a posteriori usar este espaço como um local de 
exposição dos trabalhos fotográficos, bem como construir um acervo imagético que 
ficaria disponível para consulta da população. 
Atalaia também conta com espaços privados, mas que são acessíveis a boa 
parte da população, tal como o Clube Recreativo de Atalaia, fundado em 1986. Apesar 
de ser uma agremiação privada, este acabou sendo integrado a cidade e faz parte do 
cotidiano de boa parte da população. O clube conta com piscinas, campos de futebol 
e bocha. Aqueles que forem utilizar suas instalações e não forem associados deverão 
pagar uma tacha de aproximadamente 15 reais ao dia. 
 
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos 
 
9 
 
 Sociologia: Processo de socialização e Instituições Sociais; 
 Filosofia: Estética, estética e sociedade; 
 História: Movimentos Sociais, Políticos e Culturais; Cultura e 
Religiosidade; 
 Geografia: Dimensão cultural, demográfica, econômica e socioambiental 
do espaço Geográfico. 
 Artes: Composição; Técnicas de fotografia. 
 Língua Portuguesa: Produção dos gêneros textuais do Relatório, Relato 
histórico, e foto jornalística. 
Estre trabalho propõe uma atividade multidisciplinar durante todo seu processo 
dando liberdade aos professores integrantesabordar o uso da fotografia em suas 
áreas do conhecimento. 
 
3.2.3 Propostas de ação e estratégias didáticas 
 
Esta atividade se propõe a ser realizada em dois momentos. Um que se 
estenderia do início do ano letivo até o mês de outubro. E um segundo momento, no 
início do mês de outubro até sua segunda semana, quando é realizada a semana de 
integração Escola-comunidade. 
Pelo fato dos calendários escolares terem duas datas móveis, não será 
apresentada nenhuma data fixa nesse trabalho. Entretanto é possível que se façam 
algumas estimativas tomando como base o calendário escolar de 2016. Seguindo 
esse calendário, a Semana de Integração Escola-comunidade foi realizada entre os 
dias 10 e 14 de outubro. Sendo assim tomaremos a data da conclusão dos trabalhos 
como sendo a segunda semana de outubro. 
O primeiro momento será dividido em duas partes: a primeira com as 
explicações teóricas em sala de aula, e uma segunda que será realizada pelos alunos 
onde eles próprios farão suas observações. 
Em resumo temos: 
 1º Momento: Discussão, preparação e trabalho de campo. 
10 
 
o 1ª etapa: discussão teórica 
o 2ª etapa: visita de campo 
o 3ª etapa: Seleção das imagens 
 2º Momento: Discussão das Imagens e Exposição. 
o 1ª etapa: Discussão e contextualização das imagens 
o 2ª etapa: Confecção de painéis onde as fotos serão expostas. 
o 3ª etapa: Exposição de fotos. 
 
1º Momento 
1ª etapa: Discussão Teórica 
 
Essa primeira etapa ocorre inteiramente dentro do colégio Estadual Humberto 
de Campos. Dentro de cada uma de suas disciplinas os professores abordarão os 
conteúdos acima citados, disponibilizando as bases teóricas para que os alunos sejam 
capazes de realizar as demais etapas. 
 
2ª etapa: Visita de Campo 
 
Após receberem as bases teóricas e os professores tendo percebido que os 
alunos estão prontos, são iniciadas as visitas de campo. Serão priorizados para a 
visita os espaços diversos espaços públicos disponíveis na cidade. 
As visitas serão feitas durante o horário de aula e terão duração máxima de 
cem minutos, serão acompanhados pelos professores das disciplinas supracitadas. 
Durante a visita, munidos de suas câmeras digitais os alunos serão encorajados a tirar 
fotos dos espaços públicos, bem como das relações sociais que estiverem ocorrendo 
naquele instante. 
Com o auxílio do professor de artes, os alunos escolherão ângulos, 
enquadramentos, filtros, aberturas e todas as demais formas de fazer o registro das 
fotos. 
11 
 
Essas visitas serão feitas a vários lugares e quantas vezes forem necessárias, 
os alunos também serão instigados a fotografar relações sociais durante o seu dia-a-
dia, no seu tempo livre e a fazer visitas de campo por conta própria. 
 
3ª etapa: Seleção das Imagens 
 
Com o auxílio dos professores de todas as disciplinas os alunos irão selecionar 
as fotos que melhor representam as diversas relações sociais no cotidiano. Estas 
devem ser nítidas, e ser capaz de representar alguma relação entre indivíduos dentro 
de uma sociedade. Como por exemplo: Um comerciante de rua negociando com um 
pedestre, um mendigo pedindo esmola, um padre abençoando os fiéis. 
As fotos também serão selecionadas seguindo um critério artístico, melhor foco, 
melhor enquadramento, melhor composição, iluminação, melhor escolha de filtros e 
efeitos. 
Bordat faz um paralelo com relação a nitidez das fotos com o enfoque social da 
fotografia. O autor compara a capacidade do fotografo em criar fotos nítidas, com a 
do sociólogo em analisar seu objeto de estudo com integridade. 
 
No registro fotográfico se o desejo é capturar os movimentos, é 
necessária paciência em mantes o obturador aberto por mais tempo. Na 
pesquisa sociológica para que sejamos capazes de captar os movimentos 
das relações sociais é necessário um tempo maior de observação[...] Assim, 
na introdução dos alunos ao uso da fotografia do “modo manual”, o docente 
poderá tomar tais analogias como um ponto de parida interessante para 
compreender prática do “ver” a realidade social (BORDAT, 2015) 
 
2º Momento 
1ª Etapa: Discussão e contextualização das fotos 
 
Esta etapa pode acontecer simultaneamente com a etapa anterior, com ajuda 
dos professores de ciências sociais e linguagens, os alunos irão discutir as diversas 
relações sociais retratadas nas fotos escolhidas. Serão levados em contas fatores 
12 
 
sociais e histórico das imagens, e após isso, para cada imagens ou conjunto de 
imagens do mesmo tema, os alunos irão elaborar um pequeno relato contando qual é 
a relação social retratada, como que ela se contextualiza dentro da história do 
município, se faz parte da tradição, se é recorrente, se foi um evento único. 
Essas discussões serão guardadas e utilizadas na próxima etapa. 
 
2º etapa: confecção dos painéis: 
 
Após as fotos serem selecionadas e os relatos terem sido elaborados, os 
alunos iniciarão a preparação para a exposição. As fotos serão impressas em papel 
fotográfico e fixadas em cartazes. Serão acompanhadas de uma legenda contendo a 
data e o local de quando foi retratada, bem como uma pequena descrição de até três 
linhas do conteúdo da foto. Juntamente no mesmo cartaz será colocada a discussão 
feita na etapa anterior. 
 
3º etapa: Exposição de fotos 
 
Durante a Semana de Integração Escola-comunidade os cartazes serão 
expostos no Colégio Estadual Humberto de Campos, onde ocorrerá a visitação por 
parte da comunidade. Um aluno será designado para servir como curador e expositor 
das fotos guiando os visitantes, fazendo uma exposição oral das discussões feitas 
durante a primeira etapa deste momento. 
Após o termino do evento, todos os cartazes serão relocados para a Cidadã 
Joaquim Alves de Resende, ficando em exposição até o final do ano letivo, quando 
todas as fotos e relatos serão compilados posteriormente em um álbum e arquivados 
junto ao acervo da biblioteca. 
Assim fecha-se o ciclo, e no ano seguinte os trabalhos podem ser retomados. 
A médio e longo prazo, isso resultará em um grande registro imagético da história do 
Município e estará disponível para futuras pesquisas. 
13 
 
 
3.2.4 Tempo de duração do projeto e Cronograma 
 
O projeto tem duração de aproximadamente 10 meses, podendo ser realizado 
durante todo o ano letivo e também sendo repetido nos anos seguintes. Aqui é 
interessante propor que ele seja um ciclo, visando que as relações sociais mudam, 
mas de uma maneira muito lenta. 
Sendo assim o cronograma durante o ano seria o seguinte: 
 
1º Momento 
Período Etapa 
Fevereiro até maio 
1ª Etapa: Apresentação do projeto para os 
alunos e discussões teóricas das disciplinas 
envolvidas 
Maio até setembro 
2ª Etapa: Visitas de campo orientadas. 
Poderão ser feitas uma ou diversas visitas de 
acordo com as possibilidades dos alunos, escola 
e professores. 
Agosto e setembro2 
3ª Etapa: As imagens retratadas até então 
serão selecionadas. Essa etapa irá acontecer em 
paralelo com a anterior. 
 
2º Momento 
 
Agosto e setembro 
1ª Etapa: Esta etapa ocorre 
simultaneamente com a etapa anterior. Conforme 
forem escolhidas as imagens, serão feitas as 
discussões 
 
2 Pode ocorrer em paralelo com a etapa anterior. 
14 
 
1º semana de outubro (uma 
semana antes da Semana de 
Integração Escola-
comunidade)3 
2ª Etapa: Preparação dos cartazes onde 
serão expostas as fotos. Possíveis correções e 
adopções. 
2ª semana de outubro 
(Semana de Integração 
Escola-comunidade) 
3ª Etapa: Exposição das fotos. Ao final do 
evento os murais e cartazesserão relocados para 
a biblioteca 
Dezembro 
Finalização do projeto: Os murais e 
cartazes são desmontados, as fotos, legendas e 
relatórios são compilados em álbuns e arquivados 
na biblioteca. 
 
4 AVALIAÇÃO 
 
A avaliação será executada de forma contínua durante todo o projeto. Serão 
observadas a participação do aluno durante as atividades proposta e seu empenho 
em realizar as tarefas necessárias durante todas as etapas do projeto. Também será 
avaliado se o aluno apreendeu os conceitos trazidos por cada uma das disciplinas 
propostas no item 3 e se ele foi capaz de se apropriar de cada um deles. 
Como produto final deste trabalho, espera-se elabora um registro imagético da 
realidade social do município de Atalaia. Retratando sua população, seus espaços 
públicos, e a longo prazo sua história. 
 
4.1 Resultados esperados 
 
Ao se concluir esses trabalhos, esperamos que o educando tenha apreendido 
uma série de conceitos, como socialização, movimentos sociais, culturais e acima de 
tudo, espera-se que o aluno desenvolva a competência da imaginação sociológica. 
 
3 Tomando-se como base o calendário pedagógico do estado do paraná do ano de 2016, disponível em: 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/calendario/calendario_escolar_2016.pdf 
15 
 
Ao se observar uma realidade tão próxima de si, como são os espaços públicos 
de sua cidade, o educando se percebe como um ser inserido dentro de sua 
comunidade. Ele percebe as relações intrínsecas entre o meio e o indivíduo. Se os 
produtores agrícolas da cidade não têm uma produção satisfatória, o comercio tem 
menos lucros. As festas têm menos pessoas participando. Uma causa pode ter 
múltiplos efeitos. 
Ao elaborar seus relatos, o aluno abordará sua visão da realidade retratada nas 
fotos. Visão esta que será preservada juntamente com a de vários outros estudantes, 
formando assim uma crônica da sociedade atalaiense que será visível ao longo dos 
anos. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Podemos concluir que com a adoção da disciplina de sociologia no currículo 
básico do ensino médio cada vez mais os profissionais do ensino têm buscado 
metodologias e estratégias diferenciadas na intenção de desenvolver as 
competências requeridas pela disciplina. 
A proposta deste trabalho é a de através do uso da fotografia desenvolver no 
aluno a Imaginação sociológica, ou seja, a capacidade de se imaginar como parte de 
uma sociedade maior, se percebendo como ser que pode ser afetado pelas mudanças 
nesta. 
Para isto, o aluno será instigado a visitar os espaços públicos de sua cidade, 
observando as diversas relações sociais existentes nestes, e assim será capaz de 
enxercar como sua própria existência é afetada por essas mudanças. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BORDAT, Cristiano das Nesves. Fotografia como recurso didático de Sociologia. 
Florianópolis (UFSC) Revista Em Tese, v. 12, n. 2, dez., 2015. 
16 
 
 
BOURDIEU, Pierre; BOURDIEU, Marie-Claire. O camponês e a Fotografia. Revista 
de Sociologia política, n 26, 2006, p 31-39. 
 
KOURY, Mauro Guilherme de Paiva. Imagem e Narrativa ou, existe um discurso 
da Imagem? Horizontes antropológicos. Porto Alegre (UFRGS, IFCH, PPGAS). Ano 
5, n. 12, 1999, p. 59-68. 
 
MARTINS, José de Sousa. Sociologia da fotografia e da imagem, 2ª ed. São Paulo, 
Contexto, 2014. 
 
MILLS, Charles Wright. A imaginação sociológica, Rio de Janeiro: Zahar, 1969. 
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Artes. 
Curitiba, 2008. 
 
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia. 
Curitiba, 2008. 
 
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Geografia. 
Curitiba, 2008. 
 
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. 
Curitiba, 2008. 
 
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua 
Portuguesa. Curitiba, 2008. 
 
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de 
Sociologia. Curitiba, 2008.

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