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Bens Públicos e Controle da Administração

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Resumo Direito Administrativo 2
Bens Públicos
*Bens públicos são o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos ou incorpóreos, pertencentes as pessoas jurídicas de Direito Público, isto é, União, Estados, DF, Municípios, suas respectivas autarquias e fundações de Direito Público. Assim, pode-se dizer que o domínio público é constituído pela somatória dos bens públicos, do patrimônio atribuído pelo ordenamento jurídico às pessoas componentes da organização estatal. 
Domínio público apresenta extensão MENOR que bem público, pois há bens públicos que ultrapassam a área do domínio público, por serem regidos por princípios do direito comum.
OU SEJA, bens públicos é mais abrangente do que domínio público porque existem bens públicos que são regidos por princípios do direito privado.
Domínio público é, também, o poder de senhorio que o Estado exerce sobre os bens públicos, bem como a capacidade de regulação estatal sobre os bens de patrimônio privado.
Classificação: 
 1 - Quanto à titularidade: 
Bens Federativos (ou Bens Públicos da União) – art. 20 CF/88: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Bens Estaduais – são basicamente aqueles que não se classificam como bens federais, nos termos do art. 26 da CF/88:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
Bens Municipais – a CF/88 não faz referência aos bens públicos dos municípios, devendo ser assim considerados todos aqueles onde se encontram instalados repartições públicas municipais, bem como os equipamentos destinados à prestação de serviços públicos de competência municipal. Pertencem aos municípios, ainda, as estradas municipais, ruas, parques, praças, logradouros públicos e bens da mesma espécie.
2 - Quanto à destinação
Bens de uso comum do povo – são aqueles que se destinam a utilização geral por toda a população, como os logradouros públicos, praças, mares, ruas, florestas, etc., e não podem ser alienados ou onerados, fazendo parte do patrimônio INDISPONÍVEL* da Administração. Admitem utilização gratuita ou remunerada.
Bens de uso especial - são aqueles afetados a uma destinação específica, estando destinados a execução de serviços administrativos e públicos em geral, como por ex. edifícios de repartições públicas, mercados municipais, cemitérios, veículos da Adm., matadouros, etc., e também não podem ser alienados ou onerados, fazendo parte do patrimônio INDISPONÍVEL*. A alienação só será possível com sua transformação, via desafetação, em bens dominicais.
Bens dominicais – são todos aqueles sem utilidade específica, podendo ser utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Adm., se assim o desejar, por ex. terras devolutas, viaturas sucateadas, terrenos baldios, carteiras escolares danificadas, dívida ativa, etc. A Adm. Pode exercer poderes de proprietário sob esses bens.
3 – Quanto à disponibilidade
Bens indisponíveis por natureza;
Bens patrimoniais indisponíveis;
Bens patrimoniais disponíveis.
Características:
1 – Inalienabilidade ou alienabilidade condicionada – impede a alienação, a venda de um determinado bem público. Em algumas situações a alienação será possível.
2 – Impenhorabilidade – o bem público não está sujeito a ser utilizado para satisfação do credor na hipótese de não cumprimento da obrigação por parte do poder público. Sobre o bem público não pode recair nenhuma penhora.
3 – Imprescritibilidade – não é possível a aquisição da propriedade de um bem público pelo instituto do usucapião.
4 – Não-oneração – impede que incida qualquer ônus real sobre um bem público, ou seja, os bens não podem ser dados em garantia para o pagamento de uma dívida do poder público.
*Requisitos para alienação de bem público
BENS IMÓVEIS pertencentes a órgãos da Adm. Direta, autarquias e fundações públicas: a) interesse público devidamente justificado; b) avaliação prévia; c) autorização legislativa; d) licitação na modalidade concorrência.
BENS IMÓVEIS pertencentes a empresas públicas, sociedades de e.m. e paraestatais: a) interesse público devidamente justificado; b) avaliação prévia; c) licitação na modalidade concorrência.
BENS MÓVEIS independentemente de a quem pertençam: a) interesse público devidamente justificado; b) avaliação prévia; c) licitação em qualquer modalidade.
Obs: afetação e desafetação
Se o bem está vinculado a uma finalidade pública qualquer, diz-se estar afetado; se não estiver vinculado, está desafetado.
Essa mudança na finalidade do bem pode se dar mediante lei, ato administrativo ou fato administrativo.
Concessão, permissão e autorização:
O uso privativo de um bem móvel ocorre quando a utilização do bem jurídico é outorgado temporariamente a determinada pessoa mediante instrumento jurídico específico, excluindo-se a possibilidade de uso do bem por demais pessoas.
1 – Autorização de uso de bem público: ato administrativo unilateral, discricionário, precário e sem licitação por meio do qual o Poder Público faculta o uso de bem público a determinado particular em atenção a interesse predominantemente privado. Em regra, durante prazo indeterminado, mas pode ser revogado a qualquer momento, o que ensejaria indenização ao particular. Não é necessária lei para outorga.
Ex.: fechamento de rua para realização de quermesse, autorização para instalação de mesas de bar na calçada, autorização para camelô.
2 – Permissão de uso de bem público: ato administrativo unilateral, discricionário e precário por meio do qual o Poder Público defere o uso privativo de bem público a determinado particular em atenção a interesse predominantemente público. Ao contrário da autorização que faculta o uso da área, na permissão existe OBRIGATORIEDADE na utilização do bem público objeto de permissão. Pressupõe a realização de licitação, de qualquer modalidade, deferida por prazo determinado.
Ex.: instalação de banda de jornal em área pública.
3 – Concessão de uso de bem público: contrato administrativo bilateral pelo qual o Poder Público outorga, mediante prévia licitação, o uso privativo e obrigatório de bem público a particular, por prazo determinado. Deve respeitar a destinação prevista no ato de concessão, podendo a utilização ser gratuita ou remunerada. Sua rescisão antecipada pode ensejar dever de indenização. Há preponderância do interesse público sobre o particular.
Ex.: concessão de jazida.
4 – Concessão de direito real de uso: contrato administrativo que recai apenas sobre um bem público não edificado, podendo ser gratuito ou oneroso, por prazo determinado ou indeterminado, mediante prévia licitaçãocom a outorga destinada a uma finalidade específica.
Ex: regularização fundiária, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável de várzeas, preservação das comunidades tradicionais ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.
5 – Cessão de uso: é o ato de cooperação entre as entidades públicas, sendo sempre gratuita e sem licitação, por prazo determinado ou indeterminado.
Controle da Administração
A Adm. Pública só pode atuar visando à proteção dos interesses da coletividade. Por isso, a legislação atribuiu competências aos agentes públicos e, ao mesmo tempo, define claramente os limites para o exercício de tais atribuições. A própria noção de competência implica a existência de limites dentro dos quais quem recebe determinada atribuição pode atuar.
Seus objetivos são garantir o respeito aos direitos subjetivos dos usuários e a assegurar a observância das diretrizes constitucionais da Administração.
Classificação: 
 1 - Quanto ao órgão controlador: 
Controle legislativo é aquele realizado pelo parlamento com auxílio dos Tribunais de Contas e dos órgãos auxiliares do Poder Legislativo. Sua abrangência inclui o controle político e financeiro.
Controle judicial é promovido por meio das ações constitucionais perante o Poder Judiciário, e pode ser realizado antes ou depois do ato. É sempre realizado mediante provocação da parte interessada.
Ex. mandado de segurança, habeas corpus, ação popular, mandando de injunção, habeas data, ação civil pública, ação de improbidade e processo de responsabilidade administrativa, civil e penal por abuso de autoridade.
Controle administrativo é o controle interno no âmbito da própria Adm. e pode ser realizado de ofício ou provocação da parte interessada.
2 - Quanto ao órgão controlador: 
Controle interno é realizado por um Poder sobre seus próprios órgãos e agentes.
Controle externo é quando o órgão fiscalizador se situa fora do âmbito do Poder controlado.
2 – Quanto à natureza: 
Controle de legalidade analisa a compatibilidade da atuação administrativa com o ordenamento jurídico, a.k.a., busca verificar a compatibilidade do ato praticado pela lei.
Controle de mérito é exercido somente pela própria Administração quanto aos juízos de conveniência e oportunidade de seus atos. Não se admite controle de mérito pelo Poder Judiciário, exceto quanto aos atos praticados pelo próprio Judiciário em exercício de função atípica.
3 – Quanto ao âmbito: 
Controle por subordinação é aquele realizado por autoridade hierarquicamente superior àquele que praticou o ato controlado.
Controle por vinculação é o poder de influência exercido pela Adm. direta sobre as entidades descentralizadas, não se caracterizando como subordinação hierárquica, como ocorre com as autarquias QUE NÃO SÃO SUBORDINADAS À ADM. DIRETA.
4 – Quanto ao momento de exercício: 
Controle prévio é aquele realizado antes do ato controlado.
Controle concomitante é realizado concomitantemente à execução da atividade controlada.
Controle posterior é realizado após a prática do ato controlado.
5 – Quanto à iniciativa: 
Controle de ofício é realizado sem necessidade de provocação da parte interessada, ex. instauração de processo disciplinar para apurar falta funcional praticada por servidor público.
Controle provocado depende da iniciativa da parte interessada.
CONTROLE ADMINISTRATIVO
É fundamentado no poder de autotutela que a Administração exerce sobre seus próprios atos. Tem como objetivos a confirmação, correção ou alteração de comportamentos administrativos.
Os meios de controle são a supervisão ministerial sobre as entidades descentralizadas e o controle hierárquico típico dos órgãos da Adm. direta.
Fiscalização hierárquica → decorre do poder hierárquico
Supervisão ministerial → é aquela aplicável às entidades da Administração Pública Indireta, vinculadas a um ministério da Administração Pública Direta.
Recursos administrativos → são os meios hábeis que podem ser utilizados para provocar o reexame de um ato praticado pela Administração Pública. 
Modalidades de Recursos Administrativos
a) Representação – é a denuncia de irregularidade feita perante a própria Administração Pública, devendo ser encaminhado à autoridade superior que tiver competência para apurar o fato e aplicar a sanção ao culpado 
b) Reclamação Administrativa – é o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma pretensão perante a Administração Pública, buscando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão.
c) Pedido de Reconsideração – é a solicitação do reexame do ato dirigido à mesma autoridade que o tiver praticado.
d) Recurso hierárquico próprio – é aquele encaminhado a autoridade superior daquele que praticou o ato recorrido. O referido recurso é inerente a organização escalonada da administração, podendo ser interposto mesmo que não exista previsão legal. 
e) Recurso hierárquico impróprio – é aquele endereçado a autoridade que não ocupa posição de superioridade hierárquica em relação a quem praticou o ato recorrido. Tal recurso só pode ser interposto mediante expressa previsão legal.
f) Revisão – é o recurso utilizado pelo servidor público punido pela administração, para reexame da decisão, em caso de surgirem novos fatos capazes de demonstrar a sua inocência.

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