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Diabetes mellitus Diabetes mellitus ≠ diabetes insipidus (redução de resposta ao ADH inibição da reabsorção de água nos ductos coletores: urina diluída) Diabetes melito: alteração de secreção pancreática ou resistência à insulina. Manifestação: hiperglicemia, anormalidades do metabolismo de lipídeos e proteínas, complicações macrovasculares, microvasculares e neuropáticas Valores de glicemia Hemoglobina glicada História Paul Langerhans (1869): pâncreas contem 2 grupos distintos de células (acinares e outras agrupadas em ilhotas) Minkowski e von Mering (1889): cães pancreatectomizados apresentavam uma síndrome semelhante ao diabetes melito em humanos Primeiro paciente a receber insulina Leonard Thompson Nascido em 1908 Primeira injeção de insulina em 1922. Morreu em 1935. Ilhotas de Langerhans Quantidades equimolares de insulina e peptídeo C são liberadas na circulação Pré-pró-insulina pró- insulina dobramento da molécula e formação de pontes dissulfeto insulina + peptídeo C Produção de insulina Regulação da secreção de insulina Glicose: induz secreção de insulina de forma bifásica 1ª fase: início rápido e duração curta 2ª fase: início tardio e duração longa Secreção de insulina N Engl J Med, 350;18, 2004 Sinalização do receptor de insulina Efeitos da insulina Metabolismo de carboidratos transporte facilitado da glicose (GLUT) glicogenólise e gliconeogênese síntese de glicogênio utilização de glicose (glicólise) Metabolismo de gorduras síntese de ácidos graxos e formação de triglicerídeos lipólise Metabolismo de proteínas captação de aa no músculo e síntese de proteínas catabolismo e oxidação de aa no fígado Efeitos da deficiência de insulina Diminuição do transporte da glicose para as células Aumento da glicogenólise Aumento da gliconeogênese Diminuição da síntese protéica HIPERGLICEMIA Maior substrato de aa para gliconeogênese Efeitos da deficiência de insulina no metabolismo lipídico Diminuição da deposição de triglicérides Aumento da lipólise HIPERTRIGLICERIDEMIA Aumento da utilização de lipídios como fonte de energia CETOSE Quando o limiar renal para reabsorção de glicose é ultrapassado Glicosúria, poliúria e polidipsia Produtos finais de glicação avançada (advanced glycation end products) Doença macrovascular e microvascular Produtos finais de glicação avançada American Journal of Physiology - 2005 Vol. 289 no. 4, F645-F659 Problemas associados com o diabetes melito Retinopatia diabética Normal Retinopatia diabética Cetoacidose diabética (altas concentrações de cetoácidos) Desidratação; respiração acidótica; cetonemia e cetonúria Pé diabético Problemas cardiovasculares e renais Neuropatia diabética ... Diabetes mellitus Diabetes gestacional Riscos para o feto e recém-nascido: massa corporal, trauma, hipoglicemia, disfunção respiratória Tratamento: dieta e insulina quando necessário Diabetes melito tipo 1 (5-10%) Riscos para o desenvolvimento: fatores genéticos, fatores ambientais Diabetes melito tipo 2 (90-95%) Riscos para o desenvolvimento: histórico familiar, peso corporal, etnia (negros, hispânicos, índios norte-americanos), sedentarismo, alimentação calórica, diabetes gestacional Goodman & Gilman, 12ª edição FARMACOTERAPIA Insulina DMI e DMII Administração i.v., i.m. ou s.c. As preparações são classificadas de acordo com a duração de ação Doses e concentrações são expressas em unidades (uma unidade = quantidade necessária para reduzir o nível de glicemia de um coelho em jejum para 45 mg/dl) Origem Antigamente: origem bovina e suína Atualmente: tecnologia do DNA recombinante (insulina humana). Análogos sintéticos de insulina O esquema ideal de insulinização tem por objetivo imitar o padrão normal de secreção de insulina. Classificação das insulinas Classificação das insulinas Insulina de ação curta e rápida Soluções de insulina zínquica cristalina regular - 30-45 minutos antes das refeições Utilizada em bombas de infusão s.c. Insulina aspart (substituição de prolina por ácido aspártico na posição B28). Insulina lispro (substituição de lisina por prolina nas posições B28 e B29) Insulina de ação intermediária Dissolução mais gradual quando injetadas Insulina com protamina neutra de Hagedorn (NPH – suspensão de insulina isófana)*: suspensão de insulina num complexo com zinco e protamina em tampão fosfato *A palavra isófana ou isófane tem origem no grego iso que significa “igual”, e, phane significando “aparência” referindo-se a semelhança da aparência com a forma cristalina. A abreviatura NPH corresponde às palavras N = pH neutro, P = protamina, e, H =Hagedorn Insulina de ação longa Início de ação muito lento e pico de ação prolongado e relativamente plano. Insulina ultralenta Suspensão de insulina zíncica com protamina Análogos Insulina glargina: substituição da asparagina pela glicina na posição A21 e pela adição de duas moléculas de arginina na posição B30. Insulina detemir: remoção de treonina da posição B30 e a adição de um ácido graxo (ácido mirístico) na posição B29 (glargina) (detemir) (aspart) (lispro) Esquemas de administração insulina Figure 2. Cumulative incidence of a sustained change in retinopathy in patients with IDDM receiving intensive or conventional therapy Pacientes sem retinopatia prévia Pacientes com retinopatia prévia Reações adversas da insulina Hipoglicemia Primeiros sintomas (glicemia 60-80 mg/dL): ansiedade, fome, palpitações, tremor, sudorese Tratamento: leve: ingestão de glicose; grave: glicose i.v. e/ou glucagon. Reações alérgicas mais comuns: cutâneas Lipoatrofia e lipo-hipertrofia Edema http://www.fda.gov/newsevents/newsroom/pressannouncements/ucm403122.htm Afrezza – insulina inalável (ainda não disponível) Journal of Diabetes Science and Technology Volume 3, Issue 3, May 2009 (A) Scanning electron micrograph of a Technosphere particle and (B) the chemical structure of FDKP (fumaryl diketopiperazine) used to form the particle. Afrezza – insulina inalável Fármacos hipoglicemiantes Sulfoniluréias 1a geração – tolbutamida, acetoexamida, tolazamida, clorpropamida 2a geração – glibenclamida, glipizida, gliclazida, glimepirida Sulfoniluréias – mecanismo de ação Mecanismo de ação Estimulam a liberação de insulina das células pancreáticas Reduzem a depuração hepática de insulina Podem suprimir ligeiramente a secreção de glucagon. Reações adversas Reações hipoglicêmias (principalmente pacientes com função renal ou hepática comprometida) Ganho de peso Náusea, vômito, reações de hipersensibilidade generalizada, reações dermatológicas, anemia aplástica (quantidade insuficiente de glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas), agranulocitose (↓neutrófilos, basófilos e eosinófilos). Meglitinidas Repaglinida e nateglinida Mecanismo de ação semelhante às sulfoniluréias Rápida absorção, meia-vida curta. → Redução de glicemia pós-prandial no DM II. Reação adversa: hipoglicemia Agonistas de receptores de GLP-1 (glucagon- like peptide) e inibidores de DPP-4 (dipeptidyl peptidase-4) GLP-1: insulina; glucagon; esvaziamento gástrico; apetite DPP-4: inativa GLP-1 Agonistas de receptores de GLP-1: exenatida, liraglutida Inibidores de DPP-4: sitagliptina, vildagliptina Reações adversas: náusea, vômito Br J Cardiol 2011;18:130–2GIP- Peptídeo insulinotrópico glicose-dependente !!! Matéria sobre: Victoza (liraglutida) Biguanidas Metformina Não aumenta a liberação de insulina Aumento da ação da insulina no músculo e tecido adiposo Provável redução da absorção de glicose no intestino Não induzem aumento de peso Mecanismo de ação Alvo molecular: proteína kinase dependente de AMP (adenosina monofosfato) AMPPK ativa captação glicose, gliconeogênese e glicogenólise hepática, lipogênese Metformina: ativação de AMPPK Reações adversas Diarréia, desconforto abdominal, sabor metálico, anorexia ↓ Absorção intestinal de vitamina B12, Acidose láctica (rara) Nature Reviews Endocrinology 10, 143–156 (2014) Tiazolidinodionas Pioglitazona Mecanismo de ação Agonista de PPAR Diminuem a resistência à insulina no tecido periférico Reduzem a produção hepática de glicose Volume 23, Issue 5, p205–215, May 2012 Reações adversas Ganho de peso, edema, expansão do volume plasmático Pacientes que usam tiazolidinodionas devem monitorar a função hepática Eventos cardiovasculares Publicações recentes sobre o riscos associados ao uso das tiazolidinedionas Número de prescrições após a publicação: Nissen SE, Wolski K. Effect of rosiglitazone on the risk of myocardial infarction and death from cardiovascular causes. N Engl J Med 2007;356:2457-71. [Erratum, N Engl J Med 2007;357:100.] “On May 21, 2007, the US Food and Drug Administration (FDA) released a safety alert concerning a possible increased risk of ischemic cardiovascular events in patients prescribed the thiazolidinedione rosiglitazone. This safety alert was prompted by the results of a large meta-analysis that reported that treatment with rosiglitazone resulted in a 43% increase in risk for myocardial infarction (MI) and a possible increase in risk for cardiovascular death.1 These data were particularly alarming because the metabolic effects of thiazolidinediones were widely presumed, although not proven, to reduce the risk for ischemic heart disease.” “On November 14, 2007, after a specially convened FDA Advisory Panel meeting on July 30, 2007, the FDA decided not to withdraw rosiglitazone from the market. They issued new prescribing information that included a new boxed warning regarding the potential risk for myocardial ischemia, particularly in patients with heart disease taking nitrates, and in patients for whom rosiglitazone was added to established insulin therapy”. “Compared with prescription of pioglitazone, prescription of rosiglitazone was associated with an increased risk of stroke, heart failure, and all-cause mortality and an increased risk of the composite of AMI, stroke, heart failure, or all-cause mortality in patients 65 years or older.” Inibidores de -glicosidase Acarbose e miglitol Reduzem a absorção intestinal de amido, dextrina e dissacarídeos ao inibir a ação da -glicosidase no intestino. A inibição dessa enzima retarda a absorção de carboidratos Reações adversas Flatulência, diarréia, distensão abdominal Pranlintida Análogo de amilina Amilina: co-secretada com insulina Ativação de receptores no SNC: ↓liberação de glucagon, retardo no esvaziamento gástrico, saciedade Efeitos adversos Náusea Hipoglicemia (raro; mais comum em associação com insulina) Inibidores de SGLT2 (proteína de transporte de glicose e sódio do tipo 2) Dapagliflozina, empagliflozina, canagliflozina ...gliflozina Schematic representation of the distribution of sodium–glucose cotransporters along an unrolled nephron Ferrannini, E. & Solini, A. (2012) SGLT2 inhibition in diabetes mellitus: rationale and clinical prospects Nat. Rev. Endocrinol. doi:10.1038/nrendo.2011.243 Efeitos adversos Infecção trato urinário e genitais, cansaço, poliúria, perda de peso, desidratação. Rename Lista OMS
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