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 I.E.D Prof. Helso do Carmo Ribeiro Filho
ATENÇÃO!! IMPORTANTE! A presente apostila é uma síntese do discutido em sala de aula. É de fundamental valor a leitura da doutrina sugerida em nosso programa de ensino, para a melhor compreensão do tema.
Do Processo Legislativo
É o conjunto de atos preordenados, que disciplinam o procedimento (RITO) a ser observado pelos órgãos competentes, na elaboração da legislação (art. 59 da CF), formado pelas seguintes fases: iniciativa, discussão, votação, sanção ou veto, promulgação e publicação.
a- Iniciativa. É a faculdade que nossa Carta Magna atribui a determinado ente, para apresentar projetos de lei ao Legislativo. 
Ela poderá ser geral, ex vi do caput, do art. 61; ou reservada, quando é determinado uma exclusividade em razão da matéria, como dispõe, p. exemplo: o art.61, § 1º., I e II, C.F.; art. 93, C.F. 
Novidade pouco utilizada é a INICIATIVA POPULAR (art.61, § 2º., C.F.) , que assim como o plebiscito e o referendo, é considerado instrumento de participação direta dos cidadãos nos atos de governo.
b- Discussão. A Câmara é a casa iniciadora quando o projeto de lei for proposto por um de seus membros ou quando ocorrer a hipótese do art. 64. Só começa no Senado quando lá for iniciado o processo legislativo. 
Na casa em que inicia, o projeto passa pela análise e crivo das comissões, posteriormente segue ao plenário para nova discussão e, finalmente, votação. Se aprovado, será remetido à casa revisora.
Esta última seguirá três caminhos. Aprovar, emendar, ou rejeitar o projeto. No 1º. caso, o mesmo será remetido para sanção do Presidente da República; no 2º., retorna para a casa iniciadora; quando houver rejeição, o projeto será arquivado.
Se a Casa Iniciadora concordar com a emenda: O projeto será encaminhado para o autógrafo (reprodução do trâmite legislativo e o conteúdo final do projeto aprovado ou emendado) e depois segue para o Presidente da República.
Se houver divergência: Prevalecerá a vontade de quem fez a deliberação principal (princípio da primazia da deliberação principal). O projeto segue para o Presidente com a redação da Casa Iniciadora.
c- Votação. Após aprovação nas comissões temáticas e passagem obrigatória pela comissão de Constituição e Justiça, os projetos seguem para votação em plenário.
- As LEIS COMPLEMENTARES serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos ( metade + um dos membros das casas);
- LEIS ORDINÁRIAS serão aprovadas por maioria simples ( metade + um dos membros presentes na sessão legislativa);
- No caso de EMENDAS à Constituição, a votação se dará em dois turnos (em cada casa), considerando-se aprovada, se obtiver 3/5 dos votos dos respectivos membros.
d- Sanção ou Veto. O Presidente recebe o projeto de lei aprovado no Congresso Nacional com ou sem emendas, para que sancione ou vete.
Sanção: É a manifestação concordante do Chefe do Poder Executivo, que transforma o projeto de lei em lei.
Veto: É a manifestação discordante do Chefe do Poder Executivo que impede ao menos transitoriamente a transformação do projeto de lei em lei.
O veto não é absoluto, é superável pela votação no Congresso Nacional em sessão conjunta (art. 57, IV da CF). O Congresso Nacional tem o prazo de 30 dias corríveis, a contar do recebimento do veto, para apreciá-lo (art. 66, §4º da CF).
Se o veto for mantido: o projeto estará arquivado. 
 Rejeição do veto: Por maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto. São necessários 257 votos dos deputados e 41 votos dos senadores.
 “Se o veto não for mantido, será o projeto enviado para promulgação, ao Presidente da República” (art. 66, §5º da CF). Há um erro de técnica legislativa neste dispositivo, pois a rejeição do veto importa na transformação do projeto de lei em lei. Assim, a “lei” que segue para a promulgação e não o “projeto”.
Se for rejeitado o veto parcial, será transformado em lei. Será promulgado e publicado como parte da lei que antes fazia parte. Assim, uma lei no Brasil pode ter dispositivos que entram em vigor em uma data e outros que entram em outra.
e- Promulgação. É um atestado da existência válida da lei e de sua executoriedade. 
Cabe ao Presidente da República promulgar a lei, ainda que haja rejeição do veto. O veto rejeitado tem necessidade de ser promulgado. Assim, podemos ter uma lei sem sanção, mas nunca uma lei sem promulgação.
Se o Presidente não promulgar em 48 horas, o Presidente do Senado a promulgará e, se este não fizer em igual prazo, caberá ao Vice Presidente do Senado fazê-lo (art. 66, §7º da CF).
f- Publicação. É o ato através do qual se dá conhecimento à coletividade da existência da lei. Consiste na inserção do texto promulgado na Imprensa Oficial como condição de vigência e eficácia da lei. É a fase que encerra o processo legislativo.
Todas leis importantes devem ter uma “vacatio legis”, isto é a eficácia deve ser protraída para uma data futura para que as pessoas tomem conhecimento da lei.
Das Espécies Normativas. São as arroladas no art. 59, C.F. Vejamos:
-         Emendas à Constituição (art. 59, I da CF): Representam as mudanças efetuadas em nossa Carta Magna.
 -         Leis complementares (art. 59, II da CF). É a espécie normativa utilizada nas matérias expressamente previstas na Constituição Federal. As hipóteses de regulamentação da Constituição por meio de lei complementar foram taxativamente previstas. 
-         Leis ordinárias (art. 59, III da CF). É a espécie normativa utilizada nas matérias em que não cabe lei complementar, decreto legislativo e resolução. Assim, o campo material das leis ordinárias é residual. 
 O texto constitucional se refere à lei ordinária apenas como lei, sem a utilização do adjetivo “ordinária”, visto que este está implícito. Mas quando quer diferenciá-la de outra espécie normativa, normalmente traz a expressão “lei ordinária”. Ex: “A iniciativa de leis complementares e ordinárias ...” (art. 61 da CF). Pode ainda utilizar a expressão “lei especial”. Ex: “esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento” (art. 85, parágrafo único da CF).
-         Leis delegadas (art. 59, IV da CF). É a espécie normativa utilizada nas hipóteses de transferência da competência do Poder Legislativo para o Poder Executivo. Trata-se de uma exceção ao princípio da indelegabilidade das atribuições. Delegação “externa corporis”.
 -         Medidas Provisórias (art. 59, V da CF). A medida provisória, reflexo do antigo decreto-lei, não possui natureza jurídica de lei, sendo apenas dotada de força de lei. 
 Embora seja um ato sob condição (condição de ser um dia aprovado pelo Congresso Nacional), é vigente e eficaz.
-         Decretos legislativos (art. 59, VI da CF). Espécie normativa utilizada nas hipóteses de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49 da CF). 
 As regras sobre seu procedimento não estão previstas na Constituição Federal, mas sim no regimento interno. Ex.: autorizar o Presidente a se ausentar do País por + de 15 dias.
 -         Resoluções (art. 59, VII da CF). Espécie normativa utilizada nas hipóteses de competência privativa da Câmara, do Senado ou do Congresso Nacional. (art. 51 e 52 da CF). As regras sobre seu procedimento estão previstas no regimento interno.
CÂMARA DOS DEPUTADOS �

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