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Rito Sumaríssimo nos Juizados Especiais Criminais

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RITO SUMARÍSSIMO
Previsão Legal: Lei nº 9.099/95
Cabimento: É aplicável às infrações de menor potencial ofensivo, que, nos termos do art. 61 da Lei, são todas as contravenções e crimes cuja pena máxima não seja superior a dois anos, cumulada ou não com multa.
Princípios: Oralidade, Celeridade, Informalidade e Economia Processual.
Possui as seguintes fases:
Termo Circunstanciado - Audiência preliminar: - Composição civil- Transação penal- Oferecimento da denúncia/queixa
Rito Sumaríssimo: (Audiência de instrução e julgamento)
- Defesa preliminar- Recebimento da denúncia/queixa (ou rejeição) - Oitiva da vítima- Oitiva das testemunhas de acusação e de defesa-Interrogatório – Debates Orais- Sentença.
Nos Juizados Especiais Criminais, antes que se inicie o rito sumaríssimo propriamente dito, devem ser seguidas algumas providências preliminares que podem até mesmo levar à extinção do feito, sem que exista ação penal.
Fase Preliminar: Se uma infração de menor potencial ofensivo for praticada, não há instauração de Inquérito Policial, apenas é lavrado pela autoridade policial um Termo Circunstanciado, contendo histórico do fato, as declarações dos envolvidos e requisições de eventuais perícias. Trata-se de um Boletim de Ocorrência “mais elaborado” (art. 69).
Finalizado o Termo, ele deve ser encaminhado ao Juizado, juntamente com as partes. Se não for possível o comparecimento imediato e se o autor do fato se compromete a comparecer quando intimado, não se impõe prisão em flagrante (art. 69, parágrafo único).
É designada, então, pelo Juizado, Audiência Preliminar.
Nela, busca-se primeiro a composição civil entre o autor do fato e a vítima. Havendo acordo, se a ação penal for condicionada à representação ou privada, haverá renúncia ao direito de representação ou queixa, extinguindo-se a punibilidade do agente. Não havendo acordo, a vítima terá o direito de representar ou oferecer queixa dentro do prazo decadencial.
Se for caso de ação penal pública, havendo ou não acordo, ou no caso da condicionada, havendo representação, em seguida, o Ministério Público avaliará a possibilidade de propor a transação penal, se não for caso de arquivamento. Esta consistirá na imediata aplicação de uma pena não privativa de liberdade, presentes os seguintes requisitos: a) não ter sido o agente condenado em definitivo pela prática de crime à pena privativa de liberdade (deve levar em conta prazo da reincidência); b) não ter sido o agente beneficiado com outra transação penal no prazo de 5anos; c) indicarem a personalidade, a conduta social, os antecedentes do agente, bem como os motivos e as circunstâncias da infração, que a medida é suficiente para a repressão e prevenção do delito.
Aceita e homologada pelo juiz, extingue-se a punibilidade do agente. Não sendo caso de transação ou se ela for rejeitada, deverá ser oferecida a denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. É aqui que se inicia o Rito Sumaríssimo.
Reduzida a termo, uma cópia será entregue ao acusado, que ficará citado e cientificado da data em que se realizará a audiência de instrução e julgamento.
Se por ventura a causa for complexa, o feito poderá ser remetido ao Juízo Criminal Comum.
Se o acusado não esteve presente na audiência preliminar, será regularmente citado para comparecer à audiência acima referida, levando suas testemunhas ou apresentando requerimento até 5 dias antes da data designada, para intimação. Caso não seja localizado, o feito seguirá para o Juízo Criminal Comum, uma vez que não há no Juizado citação por edital, apenas citação pessoal.
Na audiência de instrução e julgamento, primeiramente será tentada a conciliação, nos termos da audiência preliminar, mas apenas na hipótese de, por algum motivo, ela não puder ter sido tentada quando do momento oportuno.
Se não for o caso, inicia-se a audiência de instrução conferindo-se a palavra ao defensor do acusado para se manifestar sobre a inicial, tratando-se de verdadeira defesa preliminar (que a princípio deve ser oral).
Em seguida, o juiz decide se recebe ou não a denúncia ou queixa. Recebida, há a oitiva da vítima, das testemunhas de acusação e defesa, em número de até 03, cada parte, e, por fim, o interrogatório.
Após, ocorrem os debates orais, pelo tempo de 20 minutos (prorrogáveis por mais 10), primeiro acusação e depois defesa.
Terminado os debates orais, o juiz profere a sentença.
Se da sentença surgir vício da dúvida, obscuridade, contradição ou omissão, caberá Embargos de Declaração, no prazo de 05 dias.
Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa, bem como da sentença, caberá Apelação, no prazo de 10 dias.

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