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resumo de jornada de trabalho e remuneração com as súmulas 2016

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RESUMÃO PRA PROVA DO BARROS
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO:
Conceito: via de regra - salário é tudo que você recebe do seu empregador por força de um contrato. REMUNERAÇÃO É IGUAL A SALARIO MAIS TUDO QUE O EMPREGADO RECEBE DO EMPREGADOR, Art. 457.CLT. Trata-se de um complexo de verbas e não de uma única prestação.
- Gorjetas: toda gorjeta deve ser somadas ao salário para compor a remuneração
As gorjetas NÃO poderão ser pagas pelo empregador. Se o forem, terão natureza de gratificação, sendo as gorjetas consideradas salário. Independentemente do critério da causa objetiva (em decorrência do serviço prestado) ou da causa subjetiva (pelo fato de o cliente ser bem servido): integrarão a remuneração para todos os efeitos, servindo de base para o cálculo das férias, 13º salário, FGTS e indenização. Não integram o aviso prévio, adicional noturno, de periculosidade, horas extras e repouso semanal remunerado.
 EXCEÇÃO, verba que a gorjeta não incide.
- Súmula 354 do TST: as Gorjetas cobradas pelo empregador nas notas de serviços ou oferecidas espontaneamente pelos clientes integram a remuneração do empregado, mas NÃO servindo de base para o calculo de Aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
- Deve constar na CTPS do trabalhador uma média razoável das gorjetas recebidas.
- As gorjetas devem integra o 13° salário do empregado.
 - Gratificações: São liberalidades do empregador que pretende incentivar o empregado, visando obter maior dedicação deste, normalmente por ocasião das festas de fim de ano.
Pagas com habitualidade (10 anos), têm natureza salarial. 
Tem finalidade retributiva.
a CLT considera de natureza salarial as gratificações pactuadas, ajustadas (art. 457, § 1º), mas a JURISPRUDÊNCIA afirma que havendo REITERAÇÃO no pagamento, as gratificações serão consideradas salariais, ainda que não constante de ajuste expresso.
Se o pagamento for habitual integram o salário do empregado, sendo computadas para o cálculo das férias, da indenização, do FGTS, dos recolhimentos ao INSS etc. 
GRATIFICAÇÕES AJUSTADAS integram o salário.
GRATIFICAÇÕES NÃO AJUSTADAS não integram o salário.
GRATIFICAÇÕES HABITUAIS integram o salário (ajuste tácito). 
SÚMULA 207 – STF: As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário.
SÚMULA 152 – TST: O fato de constar do recibo de pagamento de gratificação o caráter de liberalidade NÃO basta, por si só, para excluir a existência de ajuste tácito
SÚMULA-253 – TST: GRATIFICAÇÃO SEMESTRAL. REPERCUSSÕES: A gratificação semestral NÃO repercute no CÁLCULO das HORAS EXTRAS, DAS FÉRIAS E DO AVISO PRÉVIO, ainda que indenizados. REPERCUTE, CONTUDO, pelo seu duodécimo na indenização por antigüidade e na gratificação natalina (13° Salário).
Súmula -372 GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMI-TES (conversão das Orientações Jurisprudenciais nos 45 e 303 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. (ex-OJ nº 45 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
Pagas com habitualidade (10 anos), têm natureza salarial.Tem finalidade retributiva.
Comissões
São retribuições financeiras pagas ao empregado pelo empregador, no interesse do serviço e de forma transitória, para outra localidade. 
Denominado de salário de comissão.
A comissão integra o salário.
Estipulada para o empregados no comércio, representantes comerciais e bancários, estes pela venda de papéis do banco.
é admitida como forma exclusiva ou não de salário, assegurado, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo, quando as comissões não atingem esse valor.
Comissões vs. Percentagens
Comissão é gênero
Percentagem é espécie de comissão
As comissões se referem a um valor determinado, como R$ 10,00 por unidade vendida, e as percentagens indicam um porcentual sobre as vendas, não tendo um valor determinado em numerário.
Art. 466, § 1º - “Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação”
Aquisição - dá-se com a aceitação da venda pela empresa empregadora 
10 dias é considerada aceita a transação, se o empregador não a recusar neste prazo.
90 dias se a transação é feita com comerciante estabelecido em outro Estado ou no estrangeiro (podendo ainda ser prorrogado, mediante comunicação escrita feita ao empregado)
Exigibilidade - ocorre 30 dias após ultimada a transação, podendo as partes estipular outro prazo para o pagamento, desde que não superior a 90 dias, contados da aceitação do negócio 
Princípios aplicáveis 
1. Irredutibilidade do salário 
	CF, art. 7.º, VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.
2. Inalterabilidade do salário 
CLT, Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. 
3. Intangibilidade do salário 
CLT, Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde que esta possibilidade tenha sido acordada (no contrato – CULPA) ou na ocorrência de DOLO do empregado. 
§ 2º -  É vedado à empresa que mantiver armazém para venda de mercadorias aos empregados ou serviços estimados a proporcionar-lhes prestações “in natura” exercer qualquer coação ou induzimento no sentido de que os empregados se utilizem do armazém ou dos serviços. 
§ 3º - Sempre que não for possível o acesso dos empregados a armazéns ou serviços não mantidos pela Empresa, é lícito à autoridade competente determinar a adoção de medidas adequadas, visando a que as mercadorias sejam vendidas e os serviços prestados a preços razoáveis, sem intuito de lucro e sempre em benefício dos empregados. 
§ 4º - Observado o disposto neste Capítulo, é vedado às empresas limitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seu salário.
SÚMULA 342-TST: Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativa associativa dos seus trabalhadores, em seu benefício e dos seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.
4. Impenhorabilidade do salário
CPC/2016, Art. 833. São impenhoráveis: [...] 
Art. 833.  São impenhoráveis:
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
- NÃO TEM NATUREZA SALARIAL (não recolhe encargo): art.457. paragr.2° da CLT.
Ajuda de custo: não pode ser prestação sucessiva que pode ser recebido mês a mês tem que ser parcela única.
Diária para viagens: quando limitada a 50% do salário mensal. Caso ultrapasse os 50% os valores deverão integrar o salário. (SÚMULA 101-TST: Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinqüenta por cento) do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens)
Participação nos lucros e resultados: O empregador não é obrigado
PDV – Pedido de Demissão Voluntária: tem naturezaindenizatória e não salarial
 - SALÁRIO IN NATURA 
Art. 458 CLT - compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado.
- Súmula 367 TST - A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, NÃO têm natureza salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em atividades particulares.
Alimentação (vale refeição) Súmula 241 TST: O vale para refeição, fornecido por força do contrato de trabalho, TEM CARÁTER SALARIAL, integrando a remuneração do empregado, para todos os efeitos legais.
- EXCEÇÃO: OJ-133: Caso a empresa esteja escrita no PAT (programa de alimentação ao trabalhador) poderá fornecer a alimentação sem que esta tenha natureza salarial. Pode ser proposta por meio de convenção coletiva.
OBS: Porém os empregados que já estejam na empresa antes da adesão do programa continuarão recebendo o auxilio alimentação como salário, se adequando apenas a aqueles empregados que forem contratados posterior a adesão OJ413. 
- NÃO TEM NATUREZA DE PARCELA in natura. Art.458, § 2º, da CLT.
vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático, transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público, assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde, seguros de vida e de acidentes pessoais, o valor correspondente ao vale-cultura.
Cálculo e espécies de salário lícitas ou ilícitas 
Em função do tempo (por hora, dias, semanas, quinzenas e mês) 
Em função da produção (por número de bens produzidos, comissão etc.)
Em função de tarefa (misto de tempo e produção)
Salário progressivo (misto de tarefa e prêmio pelo excedente). 
Salário complessivo (valor único; ilícito).
SALÁRIO COMPLESSIVO: cumulação de um mesmo montante de distintas parcelas salariais, ou seja, tudo tem que ta descriminado no contracheque do trabalhador. No Brasil não é permitido.
 (súmula 91 do TST: Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.)
13º SALÁRIO
Até o dia 20 de dezembro de cada ano e em até duas parcelas:
1ª parcela: entre os meses de fevereiro a novembro de cada ano, ou se o empregado o requerer no mês de janeiro por ocasião das suas férias. 
Equivale a metade do salário do empregado no mês anterior ao pagamento. 
2ª parcela: até 20 de dezembro. 
Equivalente à remuneração do mês de dezembro, compensando-se (subraindo0se) a importância paga na primeira parcela, sem nenhuma correção monetária.
Proporcional aos meses trabalhados no ano quando extinto o seu contrato.
Na dispensa sem justa causa. 
Na dispensa indireta. 
Pelo término do contrato a prazo determinado. 
Pela aposentadoria. 
Pela extinção da empresa.
Pelo pedido de demissão.
Calculado com base na remuneração (salário + gorjetas) do mês de dezembro.
O cálculo é de 1/12 por mês de serviço.
Considera-se como mês a fração igual ou superior a 15 dias do trabalho (o cálculo da fração deverá ser feito a cada mês, e não em função dos dias trabalhados em diversos meses).
Adicional de insalubridade e de periculosidade - Se pagas com habitualidade, integram 13º Horas extras habituais - efetiva-se o cálculo sobre a média aritmética do total das horas prestadas no período, mediante a multiplicação da referida média pelo valor da hora normal. 
13º salário sobre as horas extras = média (total das horas extras trabalhadas) x valor da hora normal 
FÉRIAS
- ART.129 a 146 da CLT
Período aquisitivo 12 meses (tempo que tem que se trabalhar para adquirir o direito)
Período concessivo 12 meses
Pagamento
Mês de salário + abono de férias de 1/3
Proporção de faltas para férias integrais (Art. 130)
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver de 24 a 32 faltas.
Esquema: sempre perde férias de seis em seis, e os dias de férias conta-se de 9 em 9.
Férias em jornada parcial
I – 18 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 22 horas, até 25 horas; 
II – 16 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 20 horas, até 22 horas; 
III – 14 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 15 horas, até 20 horas;
IV – 12 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 10 horas, até 15 horas;
V – 10 dias, para a duração do trabalho semanal superior a 5 horas, até 10 horas;
VI – 8 dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 5 horas.
O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade. 
Fica vedado o parcelamento das férias em dois períodos, mas poderá o trabalhador ser incluído nas férias coletivas que forem concedidas aos demais empregados de acordo com os critérios estabelecidos para a concessão das coletivas.
FRACIONAMENTO DA FÉRIAS.
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais NÃO PODERÁ SER INFERIOR A 10 (DEZ) DIAS CORRIDOS. 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. 
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.
§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. 
§ 2º - O empregado estudante, MENOR de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
HORAS EXTRAS
JORNADA DE TRABALHO. 
Constituição Federal (REGRA): 
	Diária: 	8h com interrupção; ou
 Súmula nº 431 do TST
SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO DIVISOR 200 
Súmula-366 CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO 
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado O LIMITE MÁXIMO DE DEZ MINUTOS DIÁRIOS. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado 
Súmula nº 291 do TST
HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal.O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.ao longo do tempo residual 
Súmula - 118 JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS.
Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da jornada(troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
			6h sem interrupção.
	Semanal: 
			até 44h de jornada integral;
			até 25h de jornada parcial.
„ CLT: normas especiais (EXCEÇÃO): 
- bancários: art. 224 e ss. CLT – Bancário normal até 6h/d e 30h/sem, em cargos de chefia excepcionalmente 8h/d e 40h/sem. Gerente geral não tem hora p entrar ou pra sair mas recebe 40% a mais.
- telefonia: art. 227 e ss. CLT – até 6h/d e 36h/sem.
- ferroviários: art. 236 e ss. CLT - 12h/d para pessoal de equipagem e 8h/d interruptas para pessoal de cabine.
- frigoríficos: art. 253 da CLT - 1h40min dentro da câmara e 20min de repouso.
- Operador cinematográfico: art. 234 da CLT - 6h/d (5 na cabine e 1 em manutenção de equipamento)
- minas e subsolo: art. 293 e ss. CLT - 6h/d e 36h/sem
 - Trabalhadores em turnos ininterruptos – art. 7, § 14 da CF. - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva. PODENDO CHEGAR À 8H POR MEIO DE CONVENÇÃO COLETIVA.
- Súmula 360 TST: Turnos ininterruptos de revezamento. Intervalos intrajornada e semanal.
A interrupção do trabalho destinada a repouso e alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para repouso semanal, não descaracteriza o turno de revezamento com jornada de 6 horas previsto no art. 7º, inciso XIV, da Constituição da República de 1988.
 - Súmula 423 TST: TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. 
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 
QUANTO ÀS ESCALAS 12 POR 36. 
-Não existe lei regulamentando, porém a Súmula 444 regulamenta.
Súmula 444 TST: JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE, É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração EM DOBRO DOS FERIADOS TRABALHADOS. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. (trabalho no domingo não conta como hora extra na escala 12 por 36).
- bancários: art. 224 e ss. CLT - até 6h/d e 30h/sem e excepcionalmente 8h/d e 40h/sem.
- telefonia: art. 227 e ss. CLT – até 6h/d e 36h/sem.
- ferroviários: art. 236 e ss. CLT - 12h/d para pessoal de equipagem e 8h/d interruptas para pessoal de cabine.
- frigoríficos: art. 253 da CLT - 1h40min dentro da câmara e 20min de repouso.
- Operador cinematográfico: art. 234 da CLT - 6h/d (5 na cabine e 1 em manutenção de equipamento)
- minas e subsolo: art. 293 e ss. CLT - 6h/d e 36h/sem
ART. 58 da CLT 
Teoria do tempo efetivamente trabalhado
crítica: Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho
Teoria do tempo à disposição do empregador 
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
„ Teoria do tempo in itinere 
- Súm. 90 do TST – Art. 58, par. 2º da CLT
INTERVALOS - 
Espécies de intervalos:
De interjornada - Art. 66 da CLT 
 11 horas entre uma jornada e outra (regra)
 ex. período de descanso entre os dias de trabalho. 
Súmula nº 110 do TST JORNADA DE TRABALHO. INTERVALO 
No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
De intrajornada - Art. 71 da CLT - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho
§ 3º - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
CASO O INTERVALO NÃO SEJA CONCEDIDO
§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Súmula 437 TST - INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. 
É invalida a supressão ou redução do intervalo.
Súmula 437 TST: II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.
Trabalhadores com jornada de trabalho de 6h caso ultrapasse esse período habitualmente, tem direito a intervalo.
 – Súmula 437 IV do TST - IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT. 
§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.
- de 1 a 2 horas + 6 h/d
 de 15 minutos até 6 h/d
 ex. intervalo para almoço. 
INTERVALOS REMUNERADOS (EXCEÇÃO) 
- Serviços de mecanografia – art. 72 da CLT (descanso de 10 minutos após cada 90 minutos de trabalho)
- Serviços em frigoríficos – art. 253 da CLT(descanso de 20 minutos a cada 1 hora e 40 minutos) Súmula 438 TST - INTERVALO PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA DO EMPREGADO. AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO. HORAS EXTRAS. ART. 253 DA CLT. APLICAÇÃO. O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica,  tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT. 
 Mineiros – art. 298 da CLT (descanso de 15 minutos após 3 horas de trabalho)
-„ Mulher na fase de amamentação – art. 396 da CLT (dois descansos de meia hora cada)
OBS: ESSE PERÍODO NÃO VAI SER DESCONTADO
- não remunerado (REGRA GERAL) 
HORAS INTINERES
TST - Súm. N.º 90 HORAS “IN ITINERE”. TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súm. 324 e 325)
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas “in itinere”.
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas “in itinere”.
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas “in itinere” remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público.
V - Considerando que as horas “in itinere” são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ou seja se o trabalhador ter uma jornada de 8h e tiver uma jornada intinere vai extrapolar a jornada de trabalho e vira hora extra)
„ÔNUS DA PROVA 
 Súmula 338 do TST - Registros de Horário - Ônus da Prova - I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho (...) A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho a qual pode ser eledida por prova em contrario.
 (...) III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
- Súmula 340 do TST - Comissionista - Horas Extras - O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas.
SOBREAVISO E PRONTIDÃO
SOBREAVISO 
- Definição em casa ou onde o trabalhador considerar bom local para esperar ser chamado. GANHA 1/3
Obs: quem está de sobreaviso na recebe adicional de periculosidade.
 Exemplos:
 trabalhador ferroviário aguardando em casa ser escalado para serviço – art. 244, § 2º;
 Lei 7183/84, art. 17 (aeronautas);
SÚMULA 428 TST SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT.  II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
 Súmula 229 do TST (eletricitários).
≠ de PRONTIDÃO – PAGA 2/3
 Definição no local de trabalho.
Adicional de periculosidade Obs: na prontidão depende do caso.
 Ex.: trabalhador ferroviário aguardando na ferrovia ser escalado para serviço – art. 244, § 3º.
≠ de USO DE CELULAR, BIP OU PAGER
- Súmula do TST 428 – não caracteriza (em regra) sobreaviso 
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
Empregados excluídos da proteção legal da jornada de trabalho
Art. 62 da CLT
 Exceção por função: 1. domésticos*; 
 2. Gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial, NÃO EXCLUINDO quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (NÃO GANHA HORA EXTRA)
 Exceção por trabalho externo - incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na CTPS e no registro de empregados. (NÃO GANHA HORA EXTRA)
ADICIONAIS
Noturno: Art. 73 da CLT- prevê um adicional de 20%
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna
Considera-se noturno o empregado que trabalha das 22h de um dia às 5h do dia seguinte.
Art.73,§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
Súmula 60 TST
adicional noturno. integração no salário e prorrogação em horário diurno 
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos os efeitos. 
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. 
2. Noturno
		Início 	Término	 	Percentual 
Lavoura 		 21 h	 5h		 25%
Urbano		 22 h	 5h		 20%
Advogado	 20 h	 5h		 25%
Pecuária		 20 h	 4h		 25%
ACORDO DE COMPENSAÇÃO E BANCO DE HORAS
-„ Súmula 85 do TST COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário. (...) não pode ser habitual, tem que ser dentro da semana e por escrito.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
„- BANCO DE HORAS Art. 59, § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. Negociação coletiva.
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