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Resumo do livro ''O que é política''

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10/04/2016 Resumo do livro ''O que é política''
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Artigos Governo e Política Resumo do livro ''O que é política''
Resumo do livro ''O que é política''
 
Wolfgang Leo Maar no seu livro "O que é Política", aborda temas e questões do universo político de forma
didática, a leitura do livro é facilidade por ter uma linguagem clara, não há dificuldade de compreensão do
livro. Dividido em quatro capítulos, o autor de início nos faz uma breve apresentação, depois faz um
panorama histórico do mundo da política do no Ocidental, para enfim discutir conceitos e instituições
políticas.
Algumas questões discutidas pelo autor na obra merecem ser destacadas, como das relações políticas que
são estabelecidas dentro da sociedade. O autor coloca que as relações com a política não se dar apenas
com a política institucional, estatal. Nos seres humanos, somos seres políticos, praticamos no nosso
cotidiano política, pois seja dentro do âmbito institucional ou nas relações sociais do nosso dia­a­dia
estamos desenvolvendo relações de poder, atividade política fundamental. Para o autor o que existe na
verdade são "políticas", diferentes e variadas propostas de política dentro da sociedade, que almejam
alcançar o poder, o seu objetivo.
O autor também trata dos agentes políticos presentes nas sociedades modernas, que são os partidos
políticos. A política partidária apresenta­se de lado uma relação com a sociedade e suas interesses; outra
como política de disputa pelo governo, de seu controle na ocupação a frente do aparelho do estado. Outra
questão levanta é o papel dos intelectuais, pensando a partir do trabalho do filósofo e cientista político
italiano Antonio Gramsci, que reflete a respeito da função dois intelectuais na atividade política, para ele o
papel do intelectual é elaborar uma proposta cultural e política, para transformação da consciência dos
sujeitos visando uma transformação do mundo objetivo.
A política é vista por Leo Maar como resultado de um processo histórico. Assim este considera a atividade
política, como uma atividade aberta ao movimento e a transformação constante. Trazendo uma visão
histórica da política desde a Grécia e Roma Antiga, comenta atividade política destes homens precursores
da democracia no caso dos gregos. O termo política foi cunha a partir da atividade social dos homens que
viviam nas polis (cidades­estado) grega. Faz referência a Platão e Aristóteles filósofos gregos, que deram
grande contribuição para o mundo ocidental com as suas idéias sobre a política.
Apresenta também o pensamente de Nicolau Maquiavel sobre o Estado e o governo. Este faz uma distinção
entre política de Estado e de governo. Para Maquiavel o governo é agente da atividade política do Estado.
Assim o dirigente deste governo – o príncipe ­ deve ter virtude, ou seja, capacidade política para poder se
sobressair diante os acontecimentos políticos, para se permanecer no poder. Além disso, o príncipe deve
possuir força e astúcia para se governar e ter sorte. O autor considera que estas idéias de Maquiavel podem
ser acessíveis a todos, sejam os que lutam para alcançar o poder ou os que estão no poder e nele querem
permanecer. Citando novamente Gramsci, lembra que para ele o príncipe moderno é o partido político, e sua
meta é ser governo, assumir o poder do estado.
Outro pensador apresentado por Leo Maar é o alemão Karl Marx, que no século XIX elaborou a sua teoria os
modos de produção. Segundo Marx a política – é uma disputa entre as classes sociais, aqui para ele o
Estado representa uma classe, que o submete aos interesses dessa. Nesse sentido a atividade política
deixa de ser espaço exclusivamente do Estado, para passar a ser luta de classe. Para Marx, a "política" é
atividade que resulta da luta entre as classes sociais, dominados e dominantes, exploradores e explorados,
assim cabe a classe explorada, o proletariado desenvolver uma atividade política que vise superação da
sociedade de classe, o capitalismo, na busca do socialismo.
Depois de feita está retrospectiva histórica da política e dos teóricos mais conhecidos o autor, passa a
discutir a atividade política o Estado e o cotidiano. Questionando qual o significado da política na sociedade
brasileira atual, qual o seu papel na vida das pessoas. Utilizando como exemplos vários momentos da
história do nosso país, demonstra como a política é um terreno sujeito a imprevisibilidade, a mudança, a
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Edson Silva
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Publicado em 10 de dezembro de 2009 em Governo e Política
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10/04/2016 Resumo do livro ''O que é política''
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transformação. Destacando que a atividade política deve ser entendida como ação prática, transformadora
da realidade, da história, deste modo Leo Maar nos mostra que existe diversas orientações possíveis na
política, que almejam ao poder.
Comentando sobre o Estado, a atividade política institucional em torno deste – mostra que este foi
desenvolvida pelos homens ao longo da história – como forma de organizar a vida coletiva e o atendimento
dos interesses comuns. Destaca funcionamento do Estado para com a sociedade, a forma que este pode
atuar sendo poder agente de coerção, dominação e imposição ou pode ser agente a persuasão, do
consenso, ou seja, pode agir através da coerção ou da hegemonia.
Assim o Estado pode agir de forma coercitiva impedindo uma passeata de protesto de estudantes, como
por exemplo, a situação que ocorreu no Estado da Bahia em 2001, que foi retrata pelo documentário
"Choque", gravado mesmo no calor dos acontecimentos, em que a polícia militar, instituição de repressão
do Estado, invadiu a campus universitário da Escola de Direito da Universidade Federal da Bahia, que
protestavam contra a corrupção e mandonismo político do governo do Estado e pedia a cassação do
senador Antonio Carlos Magalhães acusado de fraude no painel eletrônico do senado federal.
Nestes momentos que devemos nos questionar sobre o poder e a legitimidade do poder do Estado, dito
democrático, mas que em nome da ordem, se impõe com o uso da força do seu aparelho repressivo.
Situação como está nos lembra dos anos da ditadura militar no Brasil, que vivíamos em Estado de
extremamente autoritário, repressivo, não admitia a oposição popular, mas está situação na Bahia em 2001,
passados 16 do fim da ditadura, nos provoca pensar se vivemos em um Estado de fato democrático, em
que a liberdade de expressão e manifestação é respeita. O vídeo ecoa as explosões das bombas de gás
lacrimogêneo e spray de pimenta, e os manifestantes exprimem o seu grito de ordem "Polícia é pra ladrão,
pra estudante não", são cenas de horror na ação da polícia e desrespeito a própria constituição federal que
prever que em área federal no caso o Campus Universitário da Universidade Federal a força policial dos
Estados não pode adentrar.
Leo Maar demonstrando a sua influência marxista da sua formação define de forma clara qual é o objetivo
do Estado dentro da sociedade capitalista e da democracia representativa burguesa – "A finalidade
específica da política institucional,do prisma do Estado, é a imposição de uma estrutura econômica à
sociedade". (p. 55). Baseada em classes sociais, na imposição de uma estrutura econômica na qual se
perpetua a miséria. Porém muitas vezes a política institucional do Estado, de classe, é apresentada como
interesses gerais da sociedade. Mas apenas alguns cidadãos são de fatos representados, o Estado atende
os interesses destes, da sua classe.
O autor também uma diferença sociedade política e sociedade civil. A sociedade política diz respeito à
administração pública, poder judiciário, as forças armadas, já a sociedade civil é onde estão os partidos,
escolas, empresas, os sindicatos, movimentos sociais e populares. A sociedade civil tem as suas próprias
instituições para levar as reivindicações ao Estado, sendo os partidos políticos as principais instituições,
mas também os sindicatos e os movimentos sociais. Ressalta ainda que não se dever confundir sociedade
civil com oposição, deve­se entender como os agentes políticos que está fora de âmbito do governo.
Portanto a atividade política do Estado visa obter o consenso da sociedade civil, torna­se hegemônico.
Participando da sociedade civil estão os movimentos sociais, que fazem a política de base. Os movimentos
sociais gozam de autonomia, diante a política institucional, tem objetivos e direção definidos, fazem
pressão política diante o Estado exigindo o cumprimento de direitos sociais fundamentais. Entretanto na
sua luta cotidiana seu objetivo não é a ocupação do Estado.
Também é discutido no livro a relação entre política, cultural e ideologia – como se dar a manifestações da
cultura no plano da política, certo de que manifestações culturais aparecem como meios para a realização
de objetivos políticos, assim o autor destaca que a cultura não deve ser esquecida pois ela tem uma função
política, ou seja, está pode ser usada com uma finalidade política. Assim sendo a classe dominante tenta
impor uma cultura a sociedade, como se os valores fossem universais.
A cultura se torna em um apoio ideológico de orientação política, para legitimar o poder da classe
dominante. È por isso que Georg Lukács filosofo e político húngaro, observar na cultural uma forma de
estratégia política para tomar o poder, a partir da elaboração de uma nova política cultural, é possível
desenvolver uma nova consciência de classe, através de uma revolução cultural, desenvolveria a própria
sustentação ideológica da Revolução.Ver­se aqui a instrumentalização política da cultura com finalidade
revolucionária.
Como a classe dominante também faz uso da cultura com uma função ideológica, assim a tanto o uso da
cultura como ideologia serve tanto para quem está no poder, ideologia conservadora, como para os que
desejam mudar o poder através de uma revolução, ideologia libertadora.Gramsci chama isso de "guerra de
posição" política cultural e ideológica promovida antes da conquista do estado, na luta revolucionária. Aqui
entra novamente o papel dos intelectuais, que produzem cultura. A classe dominante tem os seus
intelectuais conservadora, a classe trabalhadora precisa dos seus também, a sua presença é decisiva na
elaboração de uma proposta política de classe, estes são os chamados intelectuais orgânicos,
responsáveis pela proposta política.
10/04/2016 Resumo do livro ''O que é política''
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A política também possui uma missão civilizatória – para além de uma forma de governo e atividade
política, ele produz uma serie de valores e referências para a humanidade. A política também é cultural, ela
molda comportamentos e sentimentos subjetivos que motivam a atuação objetiva de transformação da
realidade, de mudanças na história.
O livro de Maar, e bastante interessante para pensarmos a política e a sua atividade hoje. Questões a
respeito da representação política são levantadas e problematizadas, de forma que nos leva a perceber
como quem de fato o Estado representa a que interesse ele defende, que a uma classe dominante que gere
o Estado, a política institucional funciona de acordo com os interesses de uma elite econômica e política. A
questão da democracia, será mesmo que vivemos em um país democrático? Qual o papel do Estado
perante a sociedade? Quais os limites das ações do Estado? São questões como estas que Leo Maar nos
incita a pensar, o que estamos fazendo, como seres políticos, para mudar a realidade política que não nos
favorece de forma nenhuma, a não ser as elites a frente do Estado.
Outro pensador que o autor não cita nem trabalha com as suas reflexões sobre o poder, é o filósofo francês
Michel Foucault, que estudou as relações de dentro da sociedade capitalista. O filósofo coloca que poder
não está ligado só ao Estado (o poder político), mas está presente dentro de outras instituições da
sociedade, como nas escolas, nos hospitais, nas prisões, nos sindicatos, etc. Para Foucault existem
formas de exercícios de poder diferentes do Estado, a que agem de maneiras variadas, o poder não está só
no Estado, existem relações e práticas de poder que permeiam por toda a estrutural social. Existe dentro da
sociedade o que Foucault chama de micro­poderes, as relações de poderes presentes nas instituições
sociais nas quais molda os indivíduos de forma disciplinar e padronizada. Outro ponto interessante no
pensamente de Foucault a respeito do poder é a relação que estabelece entre poder e saber, assim segundo
o filósofo toda forma de saber ela produz poder. São questões como está que merecem ser pensadas
também, já que todos nos somos seres políticos e produzimos alguma forma de saber, no nosso dia­dia nas
relações sociais, na família, no trabalho, na universidade estamos tendo relações de poder também.
 
 
Revisado por Editor do Webartigos.com
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10/04/2016 Resumo do livro ''O que é política''
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Aylan. O dia em que o mundo afundou
moralmente,The world sank morally!
9 comentários • 7 meses atrás
César Almeida — Uma vergonha pro
mundo, tomará que não fique por isso
msm
Democracia: do âmbito social ao
contexto escolar
1 comentário • um mês atrás
Fabiano Luiz Oliveira — ótimo artigo,
muito bem escrito, parabéns.
A bíblia é um livro de grandes
mentiras.
1 comentário • 6 meses atrás
SIRLENE — Tenho dó de você Edjair. Crê
em suas ciências mais absurdas e não
acredita em Deus. Leia Galatas 6.7
Alguns fundamentos que provam a
inexistência de deus.
3 comentários • 5 meses atrás
Gustavo tortoza — Respondo a você
Adjar Dias de Vasconcelos, que O
SENHOR DEUS existe, pois é um …
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5 Comentários WebArtigos  Entrar1
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Bia  •  3 anos atrás
Muito obrigada ! òtimo resmo, me ajudou muiyo para a prova . Recomendo ;)
 
△ ▽
 
• Responder •
Lu_barb  •  3 anos atrás
ME AJUDOU BASTANTE NA COMPREENSÃO DA AULA DE HOJE. 
OBRIGADA. 
 
△ ▽
 
• Responder •
Ana_borges_2012  •  4 anos atrás
eu adorei esse site as pessoas se senti mais esperiente
 
△ ▽
 
• Responder •
Linekdarte  •  4 anos atrás
O resumo é ótimo, me ajudou a entender melhor aquilo que o autor fala no livro e
consequentementeaprender mais. Parabêns
 
△ ▽
 
• Responder •
Elda Maria  •  6 anos atrás
Muito bom o comentário. Gosto desses temas só nos enriquece. Estás de parabéns.
 
△ ▽
 
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