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Correção PET 3 Sociologia 1º Ano Ensino Médio 2021 Todas as Semanas

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170
PLANO DE ESTUDO TUTORADO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO:
Introdução à Política.
HABILIDADE(S):
Distinguir um sistema político representativo de um autoritário.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Política, Poder, Participação Política.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Política
Olá, estudante! Espero que esteja bem. Esta semana iremos introduzir a discussão sobre o tema Política.
Disponível em: <https://1.bp.blogspot.com/-p3sLUQyeVnE/Tf9lDexpAVI/AAAAAAAAFA8/J4rPeYIl7IE/s1600/Mafalda+4.jpg>. 
 Acesso em: 06 jun. 2021.
COMPONENTE CURRICULAR: SOCIOLOGIA
ANO DE ESCOLARIDADE: 1º ANO – EM
PET VOLUME: 03/2021
NOME DA ESCOLA:
ESTUDANTE:
TURMA:
BIMESTRE: 3º
NÚMERO DE AULAS POR SEMANA:
TURNO:
TOTAL DE SEMANAS: 
NÚMERO DE AULAS POR MÊS: 
jenergoncalves
Realce
jenergoncalves
Realce
jenergoncalves
Realce
jenergoncalves
Realce
171
Como podemos observar pela provocação da personagem Mafalda, existe um senso-comum negativo 
quanto a essa palavra. Por que será que a palavra política desperta um teor negativo? O que você pensa 
dessa palavra? Você gosta de falar sobre política? A partir dessas primeiras impressões, reconhece-
mos que as discussões sobre a política despertam um senso negativo, pois os políticos profissionais 
têm desempenhado, em muitas situações, de modo conivente com a corrupção e pouco ou nenhum 
compromisso com a população. Desse modo, acabamos considerando as discussões políticas como 
algo ruim ou algo a ser evitado. E até existe um jargão que afirma que política não se discute. Porém, 
a Sociologia vem mostrar que tudo se discute, principalmente a Política.
Então, vamos com calma e tentar quebrar os bloqueios que carregamos que nos impedem de falar so-
bre esse assunto. Agora vamos tentar pensar uma definição para a palavra política. Tudo o que nós 
fazemos, que tem um impacto, isto é, uma influência - positiva ou negativa - na vida de outras pessoas 
é uma ação política. Por isso que a frase “você tem que se politizar mais” não se refere apenas a saber 
da administração do Estado, mas também reconhecer o impacto das várias ações que são tomadas 
diariamente por vários grupos sociais. Para nos ajudar a refletir, vamos ler o texto de Bertold Brecht.
O Analfabeto político
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos po-
líticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e 
do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa 
o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostitu-
ta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e 
lacaio dos exploradores do povo.” (Bertold Brecht).
Após essa compreensão, também precisamos entender que o conceito se amplia e passa a se relacio-
nar com os entes que participam da organização do Estado, isto é, de todos os políticos profissionais 
que participam da administração pública, seja no executivo quanto no legislativo. Vamos fazer um 
exercício. Você consegue pontuar todos os cargos políticos profissionais que compõem a administra-
ção pública?
EXECUTIVO LEGISLATIVO
MUNICÍPIOS → → 
ESTADOS FEDERATIVOS → → 
UNIÃO → 
→ 
→ 
Outro elemento que devemos compreender é que a política não pode ser feita “de cima para baixo”, ou 
seja, apenas como o resultado das decisões de quem ocupa os cargos públicos, mas também por todas 
as entidades civis que compõem a sociedade através das várias formas de organização. Sejam os sin-
dicatos, os movimentos sociais, os partidos políticos, as ONGs, as religiões, etc. Isso se deve ao fato de 
vivermos em uma democracia, que torna necessário reconhecer as demandas da sociedade por meio 
das várias reivindicações cotidianas.
Diante desse campo de debates e interesses que representa a política, vamos analisar nas próximas 
semanas o que representa cada um dos elementos dela. Ao tomarmos consciência do que é o Estado e 
como ele funciona, somos capazes de lutar pelos nossos direitos e cobrar de cada político eleito que faça 
cumprir a vontade da população, pois foram eleitos para servir a população e não para fazer valer seus 
interesses pessoais. Para cobrar, precisamos saber qual é a função de cada um, então vamos pesquisar.
172
União
→ A função do presidente é…
→ A função das senadoras e senadores é…
→ A função das deputadas e deputados federais é…
Estados federativos
→ A função das governadoras e governadores é…
→ A função das deputadas e deputados estaduais é…
Municípios
→ A função das prefeitas e prefeitos é…
→ A função das vereadoras e vereadores é…
Percebemos que a Política serve como um aparato de organização da Sociedade. Você parou para pen-
sar como seria uma sociedade sem regras e sem organização? Onde qualquer pessoa pudesse fazer o 
que quisesse? Por isso que no Brasil temos um contrato social chamado de Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988. Nela, estão as leis que garantem nossos direitos e deveres, inclusive dos 
políticos profissionais que elegemos regularmente.
PARA SABER MAIS: 
O que é política? Escola da Câmara. Publicado em 07 de novembro de 2016. Disponível em: <https://
youtu.be/lcdqEIPalbM>. Acesso em: 06 jun. 2021.
O QUE É POLÍTICA? Fronteira Política. Publicado em 22 de julho de 2020. Disponível em: <https://youtu.
be/vGFrvdsmrqo>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
MAAR, Wolfgang Leo. O que é política. Brasiliense, 2017.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e forma política. Boitempo Editorial, 2015.
ATIVIDADES
1 – Vamos fazer um exercício de reflexão. Você, juntamente com um grupo de pessoas, naufragou em um 
lugar desconhecido e desabitado. Ao esperarem a ajuda externa, vocês se organizam, estabelecem um 
líder, criam regras que devem ser seguidas e distribuem trabalhos para todos. No processo de escolha 
da liderança, você foi escolhido. 
a) Quais medidas você tomaria para garantir a organização e o bem-estar do grupo?
Identificaria quais pessoas necessitam de maior auxílio, tais como crianças, idosos e 
doentes. Depois buscaria conhecer quais habilidades cada um possui para dividir as 
pessoas em pequenos grupos para posteriormente executar as tarefas sob a 
responsabilidade de cada um.
173
b) Uma pessoa descumpriu as regras. Quais medidas devem ser tomadas? Podemos pensar em
níveis diferentes de julgamento?
c) Após um tempo, você vê que chegou ao final do seu tempo de liderança. Quais medidas você
tomaria antes da posse da próxima pessoa?
2 – Agora vamos fazer um exercício de cidadania. Pergunte aos seus familiares ou responsáveis o nome 
dos candidatos em quem votaram e a função que cada um exerce.
3 – Analise a atuação de cada uma das pessoas identificadas na questão anterior. Essas pessoas estão 
desempenhando um papel adequado para o cargo que foram eleitas? O que devemos fazer para que 
pessoas sem compromisso com o bem-estar público não ganhem as eleições?
Primeiramente ela deve ser alertada sobre qual erro cometeu para ter o direito de se explicar e 
corrigir o comportamento. Nas situações simples, podem ser dadas advertências verbais e 
pequenas punições. Em caso de recorrência ou de algo mais grave, deve ser julgado pelo grupo 
em reunião.
Escreveria um resumo das regras já estabelecidas e as punições para informar ao próximo líder 
do grupo, convocaria eleições, agradeceria a confiança de todos e ajudaria o novo líder em seus 
primeiros meses.
Resposta pessoal. No 1º turno da eleição de 2018 eu votei na candidata Marina Silva para presidente, 
pois para mim a política de preservação ao meio ambiente é uma prioridade crítica não só para o Brasil, 
mas também para todo o planeta. Minha candidata não foi eleita.
A maioria dos políticos faz promessas durante a campanha. Posteriormente, elas não são cumpridaspois 
eles agem de acordo com seu interesse pessoal e não de acordo com o interesse público. Para que pessoas 
assim não vençam as eleições devemos pesquisar o histórico de vida do candidato e do partido, analisar se
suas propostas são racionais e voltadas para o bem coletivo.
174
SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO: 
O Estado Moderno. 
HABILIDADE(S): 
Distinguir um sistema político representativo de um autoritário.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Política, Estado, Estado Moderno, Poder.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Estado
Olá estudante! Espero que esteja bem.
Quando falamos da organização política 
e administrativa do Brasil, referimo-nos 
a ele como Estado. O Estado brasileiro 
é formado por uma grande estrutura, 
formada pelos três poderes: Executivo, 
Legislativo e Judiciário. Essa estrutura 
de organização que representa o apa-
rato burocrático do Estado brasileiro 
vem da necessidade dele se constituir 
enquanto um Estado Moderno, o qual 
precisa manter a sua organização sob 
alguns pilares: um só poder, um só exér-
cito, uma autoridade para todo o territó-
rio, administração e justiça justificada e 
um sistema burocrático. 
De forma minuciosa, em “O Processo Civilizador”, o sociólogo Norbert Elias analisa os processos histó-
ricos de construção do Estado Moderno na Europa. Para o autor, esses processos não foram pensados 
como tal por nenhum dos agentes sociais em conflito ao longo da história, mas nasceram dos acúmu-
los sociais gerados no “calor das crises” das disputas intelectuais, institucionais, bélicas e simbólicas. 
O autor demonstra que não existiu uma espécie de cérebro universal a comandar os “passos da história” 
e da construção das civilizações ocidentais europeias, mas antes, conflitos entre atores sociais lutan-
do para estabelecerem suas aspirações sobre as demais. O resultado dos vários séculos de conflitos, 
foi o nascimento do Estado Nacional ou Estado Moderno, na Europa.
Com o advento do renascimento e da modernidade, houve a necessidade de teorizar filosoficamente 
sobre a legitimidade do Estado a partir da ideia de sua fundação via contrato social. Em meio ao caos 
generalizado da Guerra Civil Inglesa, Thomas Hobbes escreve sobre a fundação do Estado a partir da 
concessão do poder individual ao soberano. Após essa concessão, são fundados o Estado Leviatã e a 
sociedade civil, composta por súditos.
175
Séculos depois, quando a noção de indivíduo adquire força com a advento do liberalismo, outro inglês, 
John Locke teoriza sobre outra forma de contrato social e a fundação de uma outra forma de sociedade 
civil. Agora a sociedade civil é composta pelos indivíduos livres que consentem a criação do Estado de 
forma que este garanta a vida, a liberdade e a propriedade privada.
Já no contexto da exacerbação do Iluminismo, que vai culminar na Revolução Francesa, Jean-Jacques 
Rousseau escreve sobre um outro contrato social. Para o filósofo, o contrato que consentiu a criação 
do Estado e instaurou a sociedade civil foi na verdade uma artimanha das classes dominantes sobre as 
classes dominadas. Então propõe um novo pacto social a partir da ideia da vontade geral.
O Estado também passa por interpretações em relação ao seu papel. Vamos observar o quadro abaixo 
elaborado pelas sociólogas Silvia Araújo, Maria Bridi e Benilde Motim.
Interpretações sobre a natureza do Estado
Karl Marx
(1818-1883)
No Estado prevalece o poder organizado de uma classe social que é dominante 
por deter a propriedade dos meios materiais de produção. Há, na estrutura da 
sociedade, dois níveis articulados: a base e a superestrutura. A base compor-
ta a unidade de forças produtivas e relações de produção; já a superestrutura 
é composta das instâncias jurídico-políticas (o Direito e o Estado) e ideológicas 
(a moral, a ciência, a Filosofia, etc.).
Friedrich Engels
(1820-1895)
O Estado é um produto da sociedade e tem como papel amortecer os conflitos e 
os choques entre as classes e assegurar a reprodução do sistema social.
Max Weber
(1864-1920)
O Estado existe quando há obediência à autoridade de um grupo dominante e 
essa relação de dominação está fundada na violência legítima, legalmente reco-
nhecida.
Antonio Gramsci
(1891-1937)
O Estado tem papel importante nos campos cultural e ideológico, bem como na 
organização do consentimento - ou seja, busca legitimar-se perante a sociedade 
civil não apenas por coerção, mas, sobretudo, buscando convencê-la a aceitar a 
autoridade.
Louis Althusser
(1918-1990)
As relações de poder necessitam de instituições que as reproduzam - escola, fa-
mília, igreja, veículos de comunicação, que são aparelhos ideológicos do Estado. 
O poder e a ideologia, fenômenos correlatos, são exercidos por essas organiza-
ções formais mediante símbolos e práticas sociais.
Nicos Poulantzas
(1936-1979)
Embora o Estado capitalista não seja um instrumento totalmente controlado 
pela classe dominante, em razão das lutas entre as frações que a compõem, ele 
fornece o quadro para que os operários não se reconheçam como integrantes de 
uma mesma classe. Isso ocorre com a criação de noções como a de identidade 
nacional, que submete todos a um conjunto unificado de regras e instituições.
Octavio Ianni
(1926-2004)
O Estado não é apenas um órgão da classe dominante, pois responde aos movi-
mentos das outras classes sociais e age conforme as determinações das rela-
ções entre elas. Ele faz parte do jogo de interesses sociais.
Fonte: ARAÚJO; BRIDI; MOTIM, 2017, p. 249. (Adaptado).
Após a leitura das interpretações da natureza do Estado precisamos observar que essas compreen-
sões foram feitas em momentos históricos específicos, nos quais as estruturas sociais permitiam 
estabelecer essas interpretações. Assim, vemos que a compreensão da natureza do Estado não é es-
tática, mas dinâmica.
176
Vamos pensar juntos. Qual deve ser o papel do Estado? Você consegue elaborar o seu conceito?
PARA SABER MAIS: 
O que é Estado? Escola da Câmara. Publicado em 07 de novembro de 2016. Disponível em: <https://
youtu.be/P_X1zNTTGww>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Volume único. 
São Paulo: Editora Scipione, 392 p.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: volume 1 : uma história dos costumes. Rio de Janeiro: 
J. Zahar, 1990. 277 p.
WEFFORT, Francisco C. Os clássicos da política: volume 1: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, 
Rousseau, ‘O federalista’.São Paulo: Ática, 2000. 287p.
ATIVIDADES
1 – ENEM (2012)
De acordo com algumas teorias políticas, a formação do Estado é explicada pela renúncia que os indiví-
duos fazem de sua liberdade natural quando, em troca da garantia de direitos individuais, transferem a 
um terceiro o monopólio do exercício da força. O conjunto dessas teorias é denominado de:
a) despotismo. b) contratualismo. c) anarquismo. d) liberalismo. e) socialismo.
jenergoncalves
Realce
177
2 – ENEM (2016)
TEXTO I
Até aqui expus a natureza do homem (cujo orgulho e outras paixões o obrigaram a submeter-se ao go-
verno), juntamente com o grande poder do seu governante, o qual comparei com o Leviatã, tirando essa 
comparação dos dois últimos versículos do capítulo 41 de Jó, onde Deus, após ter estabelecido o grande 
poder do Leviatã, lhe chamou Rei dos Soberbos. Não há nada na Terra, disse ele, que se lhe possa com-
parar. (HOBBES. T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 03)
TEXTO II
Eu asseguro, tranquilamente, que o governo civil é a solução adequada para as inconveniências do 
estado de natureza, que devem certamente ser grandes quando os homens podem ser juízes em cau-
sa própria, pois é fácil imaginar que um homem tão injusto a ponto de lesar o irmão dificilmente será 
justo para condenar a si mesmo pela mesma ofensa. (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. 
Petrópolis; Vozes, 1994)
Thomas Hobbes e John Locke, importantes teóricos contratualistas,discutiram aspectos ligados 
à natureza humana e ao Estado. Thomas Hobbes, diferentemente de John Locke, entende o estado 
de natureza como um(a):
a) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da morte 
violenta.
b) organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais: vida, 
liberdade, igualdade e propriedade.
c) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o ho-
mem possa constituir o Estado civil.
d) situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio, mas são feridos em 
sua livre decisão pelo pecado original.
e) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as rela-
ções sociais e violenta a humanidade.
3 – ENEM (2016)
Os ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao 
ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu 
direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos. 
Isso pode ser realizado pela imposição de um imposto sobre a propriedade ou a atividade comercial dos 
cidadãos, ou pelo estabelecimento de fundos e de uso dos juros obtidos a partir deles, não para suprir 
as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo. (KANT, 
I, A metafísica dos costumes. Edipro, 2003).
Segundo esse texto de Kant, o Estado:
a) deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja 
partidária.
b) está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cida-
dãos pobres.
c) dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos 
seus membros.
d) delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu ele-vado 
custo de manutenção.
e) tem a incumbência de proteger os ricos das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos 
pagam mais impostos.
jenergoncalves
Realce
jenergoncalves
Realce
178
SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO: 
Esquerda e Direita: as formas de pensar o Estado.
HABILIDADE(S): 
Distinguir um sistema político representativo de um autoritário.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Espectro Político, Estado Moderno, organização política, partidos.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Organização política
Olá estudante! Espero que esteja bem.
As relações de poder são marcadas por conflitos de interesses. Assim, no âmbito do Estado as dispu-
tas estão marcadas em torno do que cada grupo social acredita que seja o modelo mais adequado de 
Estado. Nisso, teremos as polarizações político-partidárias que se dão diante da ideologia que cada um 
acredita.
A princípio, podemos definir que a diferença bási-
ca entre o que seria a Esquerda e a Direita é como 
cada uma compreende o conceito de Igualdade. 
A Direita trabalha com o princípio da Igualdade for-
mal, de tal forma que os indivíduos serão avaliados 
pelas suas diferenças de desempenho, isto é, por 
seus méritos. A Esquerda trabalha com o princípio 
da Igualdade substancial, ou seja, trata os diferen-
tes de forma diferente para que se tornem iguais 
em direitos.
Por ser uma visão de mundo, e até mesmo um pro-
jeto de Estado, não há problema que cada indivíduo 
se posicione de várias formas, propondo um modelo político, econômico, de organização da sociedade, 
etc. Por isso que no Brasil há uma grande diversidade de partidos políticos divididos entre Esquerda e 
Direita. Mas atenção! Essa divisão é mais simbólica e didática, pois na realidade há vários segmentos 
dentro da Esquerda quanto vários segmentos dentro da Direita. De tal modo que, dependendo da pauta 
de debate, um partido de esquerda e direita pode dialogar melhor que com outros do mesmo espectro 
político. Apesar do reconhecimento que há uma diversidade de visões de mundo, devemos reconhecer 
que muitas têm práticas excludentes e discriminatórias. 
179
Extrema 
Esquerda Esquerda Centro Esquerda Centro Direita Direita Extrema Direita
Movimentos igua-
litários e autori-
tários
Movimentos igua-
litários e libertário
Movimentos igua-
litários
Movimentos de-
mocráticos
Movimentos libe-
rais e de igualdade 
perante a lei
Movimentos antili-
berais e anti-igua-
litários
→ Comunismo
→ Anarquismo
→ Marxismo revo-
lucionário
→ Socialismo
→ Marxismo re-
formista
→ Liberalismo 
social
→ Social demo-
cracia
→ Liberalismo
→ Liberalismo 
clássico
→ Neoliberalismo
→ Fascismo
→ Nazismo
Economia Socialista Economia capitalista
Disponível em: <https://ensinarhistoria.com.br/esquerda-e-direita-rotulos/>. Acesso em: 06 jun. 2021.(adaptado).
Agora você também vai montar o seu quadro identificando os partidos políticos que existem no Brasil a 
partir do espectro político que se encontram.
Extrema 
Esquerda Esquerda Centro Esquerda Centro Direita Direita Extrema Direita
Nessa mesma linha de pensar o Estado, tivemos formas diferentes de compreensão do Estado Moderno.
Formas históricas do Estado Moderno
Estado 
absolutista Estado liberal
Estado 
nazifascista Estado socialista
Estado de bem-es-
tar social Estado neoliberal
ECONOMIA → Mercantilismo;
→ controle absolu-
tista da economia.
→ Capitalismo 
concorrencial;
→ laissez-faire, 
laissez-passer (eco-
nomia autorregula-
da pelo mercado);
→ crescente 
monopolização do 
mercado.
→ Economia de 
mercado autorita-
riamente regulada 
pelo Estado.
→ Economia plani-
ficada regulada pelo 
Partido Comunista.
→ Economia de 
mercado democra-
ticamente regulada 
pelo Estado.
→ Economia de 
mercado com pro-
gressiva exclusão 
do Estado (Estado 
mínimo).
POLÍTICA → Centralização 
da estrutura de 
governo (Forças 
Armadas, judiciário, 
tributação);
→ indistinção 
entre o público e o 
privado.
→ Separação 
entre o público e o 
privado;
→ soberania po-
pular;
→ Estado mínimo 
garante direitos 
individuais (segu-
rança, propriedade, 
liberdade).
→ Projeto totalitário 
expansionista;
→ ideologia de 
direita (exaltação da 
tradição).
→ Projeto de parti-
cipação política da 
classe trabalhadora;
→ ideologia de 
esquerda;
→ desvio burocrá-
tico;
→ conflito entre 
classe dirigente (PC 
URSS) e dissidentes 
(social-democratas, 
anarquistas).
→ Projeto so-
cial-democrata: 
investimentos e 
distribuição de ren-
da e serviços para 
garantir os direitos 
e o bem-estar da 
população;
→ Ideologia de 
centro (controle dos 
conflitos do capi-
talismo mediante 
garantia dos direitos 
sociais e ampliação 
do acesso ao mer-
cado de consumo).
→ Retorno das 
teorias liberais;
→ desregulamen-
tação dos direitos 
trabalhistas;
→ economia conduz 
a política pelo poder 
das grandes corpo-
rações;
→ proclamado o fim 
das ideologias.
SOCIEDADE → Conflito entre 
estamentos: bur-
guesia nascente x 
clero e nobreza.
Eventos que 
marcam seu fim: 
Revolução Francesa 
e Revolução Indus-
trial.
→ Conflitos entre as 
classes trabalhado-
ra e capitalista.
→ Evento que mar-
ca seu fim: Primeira 
Guerra Mundial (con-
flito entre nações 
imperialistas).
→ Redução dos 
direitos civis e 
políticos.
→ Evento que mar-
ca seu fim: Segunda 
Guerra Mundial.
→ Evento que mar-
ca seu fim: queda 
do muro de Berlim.
→ Corrida arma-
mentista.
→ Atraso tecnológi-
co na indústria e no 
campo em compa-
ração às sociedades 
capitalistas a partir 
da década de 1970.
→ Ampliação dos 
direitos sociais e do 
consumo de bens.
→ Evento que mar-
ca seu enfraqueci-
mento: choque do 
petróleo em 1973 e 
controle fiscal.
→ Redução dos di-
reitos trabalhistas, 
baixo investimento 
na área social;
→ consumidores x 
cidadãos.
→ Evento que 
marca seu enfra-
quecimento: crises 
econômicas sistê-
micas (1995, 1998, 
2000, 2008, 2011, 
2018, 2020.
Fonte: Silva et al, 2013, p. 144. (Adaptado).
180
PARA SABER MAIS: 
DOMINGUES, Joelza Ester. Esquerda e Direita: rótulos mais simbólicos que políticos (com teste).Blog: 
Ensinar História. Publicado em: 18 de setembro de 2018. Disponível em: <https://ensinarhistoria.com.
br/esquerda-e-direita-rotulos/>. Acesso em: 06 jun. 2021.
VOCÊ É DE ESQUERDA OU DE DIREITA? | ENTRE ESQUERDA E DIREITA. Politize! Publicado em 28 de abril 
de 2021. Disponível em: <https://youtu.be/hoyKJlrEYsE>. Acesso em: 06 jun. 2021.
Esquerda e Direita: características e diferenças. Politize! Publicado em: 01 de outubro de 2017. Dispo-
nível em: <https://youtu.be/v5Rv9PFbjnQ>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, Perry. Espectro: da direita à esquerda no mundo das ideias. Boitempo Editorial, 2015.
BOBBIO, Norberto. Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política: São Paulo: 
Editora UNESP, 2001.
SILVA et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Editora Moderna, 2013.
SILVA, Gustavo Jorge. Conceituações teóricas: esquerda e direita. Humanidades em diálogo, v. 6, 
2014, p. 149-162.
VENTURA, Otávio. A distribuição de capitais entre a mão esquerda e a mão direita da burocracia 
brasileira. Revista de Sociologia e Política, v. 26, n. 67, 2018, p. 107-128.
ATIVIDADES
1 – ENEM (2014)
O Ministério da Verdade — ou Miniver, em Novilíngua — era completamente diferente de qualquer outro 
objeto visível. Era uma enorme pirâmide de alvíssimo cimento branco, erguendo-se terraço sobre ter-
raço, trezentos metros sobre o solo. De onde Winston conseguia ler, em letras elegantes colocadas na 
fachada, os três lemas do Partido: 
GUERRA E PAZ; LIBERDADE E ESCRAVIDAO; IGNORÂNCIA E FORÇA. (ORWELL, G. 1984. São Paulo: Nacional, 1984)
Na referida obra ficcional, o autor critica regimes existentes ao longo do século XX. O mecanismo de 
dominação social utilizado pela instituição descrita no texto promoveria:
a) o enaltecimento do sentimento nacionalista.
b) o investimento maciço nas forças militares.
c) a exaltação de uma liderança carismática.
d) a prática de reelaboração da memória.
e) a valorização de direitos coletivos.
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Realce
181
2 – ENEM (2014)
Existe uma cultura política que domina o sistema e é fundamental para entender o conservadorismo 
brasileiro. Há um argumento, partilhado pela direita e pela esquerda, de que a sociedade brasileira é 
conservadora. Isso legitimou o conservadorismo do sistema político: existiriam limites para transfor-
mar o país, porque a sociedade é conservadora, não aceita mudanças bruscas. Isso justifica o caráter 
vagaroso da redemocratização e da redistribuição da renda. Mas não é assim. A sociedade é muito mais 
avançada que o sistema político. Ele se mantém porque consegue convencer a sociedade de que é a 
expressão dela, de seu conservadorismo.
(NOBRE, M. Dois ismos que não rimam. Disponível em: www.unicamp.br. Acesso em: 28 mar. 2014)
A característica do sistema político brasileiro, ressaltada no texto, obtém sua legitimidade da:
a) dispersão regional do poder econômico.
b) polarização acentuada da disputa partidária.
c) orientação radical dos movimentos populares.
d) condução eficiente das ações administrativas.
e) sustentação ideológica das desigualdades existentes.
3 – ENEM (2017)
Em um governo que deriva sua legitimidade de eleições livres e regulares, a ativação de uma corren-
te comunicativa entre a sociedade política e a civil é essencial e constitutiva, não apenas inevitável. 
As múltiplas fontes de informação e as variadas formas de comunicação e influência que os cidadãos 
ativam através da mídia, movimentos sociais e partidos políticos dão o tom da representação em uma 
sociedade democrática. 
(URBINATI, N. O que torna a representação democrática? Lua Nova, n. 67, 2006)
Esse papel exercido pelos meios de comunicação favorece uma transformação democrática em fun-
ção do(a):
a) limitação dos gastos públicos.
b) interesse de grupos corporativos.
c) dissolução de conflitos ideológicos.
d) fortalecimento da participação popular.
e) autonomia dos órgãos governamentais.
4 – ENEM (2018)
Considerando o funcionamento do regime demo-
crático, o episódio retratado na imagem está asso-
ciado ao(à):
a) legalidade dos partidos políticos.
b) valorização das políticas afirmativas.
c) esgotamento do movimento sindical.
d) legitimidade da mobilização popular.
e) emergência das organizações não governa-
mentais.
jenergoncalves
Realce
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Realce
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182
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO: 
Cidadania.
HABILIDADE(S): 
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Cidadania, Direitos.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Cidadania
Olá estudante! Espero que esteja bem.
Nesta semana iremos falar sobre cidadania. Você sabe o que significa essa palavra? Talvez você se 
lembre da palavra cidadão. Quem é a cidadã e o cidadão para você? Entendemos que a cidadania é exer-
cida por aqueles que têm direitos e deveres perante o Estado. No nosso caso, o Brasil. Assim, enquanto 
brasileiras e brasileiros temos direitos, mas também deveres que devem ser cumpridos para a garantia 
da organização da nossa sociedade. Vamos fazer um exercício de reflexão? Escreva no quadro abaixo 
os direitos e deveres que todas as pessoas têm no exercício da sua cidadania.
Direitos Deveres
→ 
→
→
→ 
→ 
→
→
→ 
Após esse exercício de reflexão, precisamos entender que o conceito de cidadania não foi sempre com-
preendido da mesma forma, de tal maneira que ele sofreu transformações na sua compreensão durante 
o tempo. Por isso, para entendermos o que significa ser cidadão hoje precisamos compreender os pro-
cessos pelos quais esse conceito passou. 
A palavra cidadania vem do latim civitas (= cidade), o qual também tem sua correspondente grega pólis. 
Essas palavras dão origem aos termos que envolvem o mundo da política, tais como, cidade, civiliza-
ção, civilidade, política. Nos dois contextos, Grécia e Roma, eram cidadãos aquelas pessoas que par-
ticipavam da vida pública na cidade. Porém, estavam excluídos, os jovens, as mulheres, os pobres e os 
escravos. Nesse sentido, Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky, na organização do livro A História da 
Cidadania, além da Grécia e de Roma, também colocam nos primórdios da cidadania o povo Hebreu, as 
comunidades cristãs dos primeiros séculos e as cidades de Florença e Salamanca. Sendo que o alicer-
ce moderno para a cidadania está nas revoluções burguesas: Revolução Inglesa, Revolução Americana 
e Revolução Francesa.
183
A ideia de que a cidadania parte da execução dos direitos civis, políticos e sociais vem do sociólogo 
britânico T. H. Marshall, o qual estabelece que cada um dos direitos foi reconhecido em um período his-
tórico, sendo os direitos civis no século XVIII, os direitos políticos no século XIX e os direitos sociais no 
século XX. De modo didático podemos classificar da seguinte forma:
Século XVIII - Direitos Civis
Os direitos civis estão ligados às “liberdades”. Liberdade de expressão, liberdade religiosa, liberdade de 
adquirir uma propriedade, liberdade de ir e vir etc.
Século XIX - Direitos Políticos
Os direitos políticos estão ligados à administração pública do Estado, ou seja, o direito a eleger ou ser 
eleito para um cargo político.
Século XX - Direitos Sociais
Os direitos sociais estão relacionados às lutas sociais do século XX que cobravam do Estado uma res-
ponsabilidade na garantia do bem-estar da sua população, por meio da educação, saúde, moradia, tra-
balho, previdência social, etc.
É IMPORTANTE SABER QUE: Apesar do reconhecimento dos direitos civis, políticos e sociais como ga-
rantia de cidadania, por muito tempo, as mulheres, os jovens, os pobres e a população negra juntamen-
te com outras minorias sociais, como indígenas e ciganos, estiveram excluídos desse reconhecimento.
Percebemos que a classificação proposta por T. H. Marshall atende a uma realidade, a britânica, pois, 
nos mesmos períodos não tivemos a discussão sobre o reconhecimento de tais direitos. Assim, no Bra-sil, a compreensão que temos hoje não nasceu com o surgimento da República em 1889, de tal modo 
que, em análise do Brasil no período seguinte à Proclamação da República, o historiador José Murilo de 
Carvalho faz a análise abaixo:
“No caso da ação positivista (e quase todas as lideranças republicanas que se preocupavam com o 
proletariado o faziam em função da influência comteana), as consequências para a construção da 
nova cidadania foram ainda mais sérias. A noção positivista de cidadania não incluía os direitos po-
líticos, assim como não aceitava os partidos e a própria democracia representativa. Admitia apenas 
os direitos civis e sociais. Entre os últimos, solicitava a educação primária e a proteção à família e ao 
trabalhador, ambos obrigação do Estado. Como vetava a ação política, tanto revolucionária quanto 
parlamentar, resultava em que os direitos sociais não poderiam ser conquistados pela pressão dos 
interessados, mas deveriam ser concedidos paternalisticamente pelos governantes. Na realidade, 
nesta concepção não existiam sequer os cidadãos ativos. Todos eram inativos, à espera da ação 
iluminada do Estado [...]”. (CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República 
que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 54) .
No Brasil, o reconhecimento pleno se deu de forma constitucional através da Constituição da Repúbli-
ca Federativa de 1988, a qual ficou conhecida como Constituição Cidadã. Mas isso não significou o fim 
das desigualdades. 
184
Até aqui percebemos que a cidadania é um conceito em constante transformação, pois é necessário 
que seja feito o reconhecimento de vários grupos sociais no exercício da cidadania. Nesse sentido, 
vários grupos, sentindo-se excluídos dos processos que garantem direitos à população, reivindicam a 
efetivação desses direitos garantidos constitucionalmente, além de levantar novas demandas e lutar 
por elas. Portanto, “ser livre é um processo contínuo de ir à luta para garantir as conquistas já feitas e 
ampliá-las. É isso mesmo que parece ser a nossa liberdade: uma conquista, nunca um direito assegu-
rado”. (FREIRE, Roberto; BRITO, Fausto. Utopia e Paixão: a política do cotidiano. São Paulo : Trigrama 
Editora e Produções Culturais, 2001, p. 17).
PARA SABER MAIS: 
O que é cidadania? Escola da Câmara. Publicado em: 7 de novembro de 2016. Disponível em: <https://
youtu.be/xF0JJ-fosys>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1987, 196 p.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. Disponível em: <<http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>>. 
MASTRODI, Josué; AVELAR, Ana Emília Cunha. O conceito de cidadania a partir da obra de TH Mar-
shall: conquista e concessão. Cadernos de Direito, v. 17, n. 33, 2017, p. 3-27.
MORAIS, Ingrid Agrassar. A construção histórica do conceito de cidadania: o que significa ser ci-
dadão na sociedade contemporânea. In: Anais do 11º Congresso Nacional de Educação. Curitiba: 
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2013, p. 20908-20922.
PINSKY, Carla Bassanezi; PINSKY, Jaime. História da cidadania. Editora Contexto, 2007, 594 p.
185
ATIVIDADES
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 apresenta algumas cláusulas pétreas. Isso 
significa que os termos ali apresentados não podem ser retirados e nem modificados por nenhuma 
emenda constitucional. São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e perió-
dico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais. Portanto, vamos fazer um exercício 
de cidadania e refletir:
1 – Diante dos direitos fundamentais garantidos na Constituição, você acha que o Estado está cumprindo 
o seu papel? Explique seu ponto de vista.
2 – Há direitos que são básicos, como saúde, educação, moradia, emprego, previdência social. 
Ao observar o nosso cenário nacional e estadual, você tem percebido que esses serviços estão 
melhorando ou piorando? Por quê? Como podemos resolver esses problemas?
3 – Vamos fazer um exercício de governança! Por um dia, vocês vão substituir o presidente da República 
ou o governador do estado de Minas Gerais. Ao chegar ao poder, você percebe que estamos passando 
por várias crises que afetam a população mais pobre. Que medidas você tomaria para mudar essa 
situação? Se sua proposta for boa, você terá o meu voto ☺. Abraços.
NÃO. OBSERVANDO DADOS SOBRE A POBREZA, PODEMOS NOTAR QUE OS DIREITOS 
SOCIAIS NÃO SÃO CUMPRIDOS. AO MEU VER, O ESTADO NÃO ATENDE ÀS DEMANDAS 
POPULARES, SOBRETUDO PELO SEU HISTÓRICO ESCRAVISTA, LATIFUNDIÁRIO E 
PATRIARCAL, COM DESIGUALDADE DE CLASSE, ETNIA E GÊNERO.
PIORANDO. SOBRETUDO NO CONTEXTO DA PANDEMIA, VIVE-SE UMA SITUAÇÃO ONDE 
OS DIREITOS SOCIAIS, ESPECIALMENTE, TEM SIDO ENFRAQUECIDOS. O ACESSO À 
INTERNET, POR EXEMPLO, É MENOR PARA PESSOAS QUE UTILIZAM A REDE PÚBLICA DE 
ENSINO, QUE COMUMENTE SÃO OS MAIS POBRES. UMA FORMA DE MELHORAR ESSES 
PROBLEMAS É 0 INVESTIMENTO DO ESTADO EM EMPREGOS, FORTALECENDO A 
ECONOMIA E AUMENTANDO AS CHANCES DE ASCENSÃO SOCIAL DA POPULAÇÃO.
• INVESTIRIA EM POLÍTICAS SOCIAIS:
• MELHORARIA A CONDIÇÃO DE TRABALHO DOS SERVIDORES PÚBLICOS, SOBRETUDO DA SAÚDE E 
EDUCAÇÃO:
• VALORIZARIA A AGRICULTURA FAMILIAR;
• COMBATERIA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, BEM COMO AS VIOLÊNCIAS CONTRA AS MINORIAS SOCIAIS;
• ESTIMULARIA A GERAÇÃO DE EMPREGOS; 
• MELHORARIA AS ESTRADAS E A SEGURANÇA DOS MOTORISTAS;
• AUMENTARIA 0 INVESTIMENTO EM SEGURANÇA PÚBLICA, BEM COMO MELHORARIA AS CONDIÇÕES 
DE TRABALHO DOS SEUS FUNCIONÁRIOS;
• REAVALIARIA A COLETA DE IMPOSTOS.
186
SEMANA 5
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO: 
Sindicalismo, movimentos sociais e crise de representatividade.
HABILIDADE(S): 
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Representatividade, Organização civil, Sindicatos, Movimentos Sociais.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Sindicatos e movimentos sociais.
Olá estudante! Espero que esteja bem.
Vimos que a cidadania está em permanente processo de construção, sendo que em todo momento se 
torna necessário lutar pela garantia dos direitos adquiridos constitucionalmente e, também, ao apre-
sentar novas demandas que vão surgindo com o passar do tempo.
Diante do exposto, vamos abordar duas formas de organização social: os sindicatos e os movimentos 
sociais.
OS SINDICATOS
Com a Revolução Industrial, o sistema de produção criou uma dinâmica de trabalho voltada para o sis-
tema de produção capitalista. Esse sistema exigia a produção em larga escala, economizando o tempo, 
potencializando a força de trabalho da mão de obra contratada. Diante da potencialização da produção, 
também começaram a surgir problemas em larga escala que afetam a vida dos trabalhadores, seja den-
tro das fábricas quanto na vida cotidiana. Assim, foi necessário se pensar nas condições de trabalho 
daqueles trabalhadores. Surgem então, vários movimentos sindicais que lutam pela melhoria nas con-
dições de trabalho, seja na redução na jornada de trabalho quanto na garantia de melhores salários.
187
O que garante a força dos sindicatos é a adesão das trabalhadoras e dos trabalhadores ao sindicato 
da sua categoria profissional. Várias pessoas com demandas em comum, podem pensar juntas, se or-
ganizarem e lutarem pelos seus direitos. Como os sindicatos representam a força de organização dos 
trabalhadores, eles acabam sendo atacados por corporações que criam campanhas que enfraquecem 
os movimentos sindicais. 
Os sindicatos são vários, pois várias são as categorias de trabalhadores. Por isso, também terão rei-
vindicações diferentes. Apesar de compartilharem de pautas em comum, cada sindicato reivindica di-
reitos de acordo com o trabalho exercido pela sua categoria. Assim, um sindicato de trabalhadores 
rodoviários pedirá mais segurança e melhoresestradas; o sindicato dos petroleiros pedirá mais se-
gurança e lutará contra a privatização das refinarias. No nosso contexto de educação, temos o Sinpro 
MG, que é o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais no âmbito privado, e o Sind-Ute/MG, 
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais. Ambos lutando por uma educação de 
qualidade e pelo reconhecimento do serviço prestado pelos seus trabalhadores com a valorização da 
Educação por meio de mais investimentos.
OS MOVIMENTOS SOCIAIS
Os movimentos sociais surgiram no seu início como mo-
vimentos sindicais, pois lutavam pelos direitos dos traba-
lhadores nos vários segmentos de trabalho. Porém, como 
a sociedade não gira apenas em torno das demandas dos 
trabalhadores ou a luta contra o sistema capitalista, tam-
bém surgiram outros movimentos com pautas mais am-
plas. Podemos pensar a Revolução Francesa como um 
movimento inspirador, pois ao lutar contra o absolutismo 
monárquico, as pessoas também lutaram pelos direitos 
que hoje compreendemos como direitos civis.
Também há movimentos sociais que lutam pela manuten-
ção do status quo, ou seja, para conservar o modelo de sociedade vigente. Então há casos, em que os 
movimentos não buscam a transformação social, mas a manutenção das estruturas sociais existentes. 
Como é o caso da FTP (Família, Tradição e Propriedade) que fez a Marcha da Família com Deus e pela 
Liberdade em São Paulo no ano de 1964, combatendo ideias progressistas do presidente João Goulart. 
Esse movimento deu apoio moral para o golpe militar que gerou a Ditadura Militar em 1964.
Principais características dos movimentos sociais
→ Voltam-se para as transformações das condições econômicas, sociais e políticas da sociedade, 
visando principalmente situações de necessidade social.
→ São capazes de ação coletiva, ou seja, desencadeiam grandes mobilizações por necessidades 
sociais comuns, como moradias, escolas, centros hospitalares, postos de saúde, estradas, sanea-
mento, entre outras coisas.
→ Dispõem de componentes ideológicos, visões de mundo que os inspiram e se desenvolvem por 
meio deles. Baseiam-se em valores, na consciência social sobre determinadas situações e na crença 
de ser possível modificá-las.
→ São capazes de somar forças sociais, como a opinião pública, os meios de comunicação, 
instituições locais e internacionais.
→ Dependem de uma organização para sua formação e desenvolvimento.
→ Embora não pretendam conquistar o poder do Estado, procuram tornar públicas suas reivindi-
cações em manifestações. Esse aspecto político pode levar a um confronto com as autoridades de 
Estado e, também, com forças de segurança privada, dependendo dos objetivos e métodos de mani-
festação.
188
→ Em geral, declaram-se apartidários e laicos, evitando sua utilização para fins político-partidários 
ou religiosos.
→ Muitas vezes, dão destaque à figura de suas lideranças. Um exemplo é o movimento negro nos 
Estados Unidos durante a década de 1960, sob a liderança de Martin Luther King (1929-1968), respon-
sável por mobilizar comunidades negras no sul do paós na luta pelos direitos civis.
→ Agem por meio de redes de movimentos. Essas redes articulam vários atores sociais e podem se 
caracterizar: pelo pluralismo organizacional e ideológico, como no caso dos movimentos pacifistas; 
por componentes de transnacionalidade, como os de defesa dos direitos humanos e do meio am-
biente; pela atuação em diferentes campos, como os movimentos de combate à síndrome da imu-
nodeficiência adquirida (Aids), que acionam as dimensões de saúde pública, cultural e política da 
sociedade.
→ Estabelecem novos canais de comunicação dos indivíduos com a sociedade e o Estado.
→ São históricos e sujeitos a mudanças; por isso, as mudanças sociais também os transformam.
→ Implicam a formação de uma identidade cultural, ou seja, de algo comum a todos os seus integrantes.
Fonte: ARAÚJO; BRIDI; MOTIM, 2017, p. 270.
A partir do resumo acima, elaborado pelas sociólogas Silvia Araújo, Maria Bridi e Benilde Motim, po-
demos perceber que as pautas e lutas sociais extrapolam as relações de trabalho. Mas, assim como 
os sindicatos, necessitam da força dos envolvidos para poder fazer mobilizações e contribuir para a 
transformação da sociedade.
Disponível em: <https://www.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/movimentos-sociais/>. Acesso em: 06 jun. 2021.
A CRISE NA REPRESENTATIVIDADE
Nenhuma instituição social pode querer se apresentar ser perfeita ou livre de críticas. Assim, tanto os 
movimentos sociais quanto os sindicatos são passíveis de serem questionados quando sua atuação 
não corresponde às expectativas das suas categorias profissionais ou das pessoas que aderem ao mo-
vimento. É possível que aconteça a absorção dos movimentos sociais e sindicais pela administração 
estatal, isto é, quando colocam pessoas que são ligadas às direções sindicais ou os líderes sociais no 
aparato burocrático do Estado por meio de cargos. Por isso, nenhum movimento de organização da 
sociedade pode se considerar vitorioso quando passa a ocupar determinados espaços de poder, mas 
reconhecer que no exercício daquela posição, podem contribuir para a transformação da sociedade.
Nesse sentido, Clodovis Boff reflete que “política se faz com o povo e não com o Governo, como dão 
impressão os políticos que estão lá. Considero mais importante o partido apoiar os movimentos popu-
lares que estes apoiar o partido. A questão da aliança não é entre políticos, mas dos políticos com as 
189
bases populares. E esta aliança se faz não de qualquer forma, ou só para ter número e ganhar eleições 
e cargos. Ela se faz em torno das causas do povo, nunca contra ou fora do povo. São essas causas que 
devem fazer o programa comum. Os políticos não estão vendo que o povo está acordando e querendo 
falar e partilhar. Agem como se fossem os únicos da bola no campo político. Enganam-se. Se um políti-
co, hoje não engatar com o movimento do povo, vai ser superado por ele amanhã. (BOFF, Clodovis. Deus 
e o homem no inferno verde: quatro meses de convivência com as CEBs do Acre. Petrópolis: Vozes, 
1980, p. 120-121).
PARA SABER MAIS: 
Para que serve o Sindicato? - Sala de Professores. TV Fepesp. Publicado em 28 de outubro de 2017. Dis-
ponível em: <https://youtu.be/XEikSDTozrI>. Acesso em: 06 jun. 2021.
Qual o papel dos sindicatos? Qual sua importância? Rede TVT. Publicado em 18 de julho de 2017. Dispo-
nível em: <https://youtu.be/zWkhYZy5wWE>. Acesso em: 06 jun. 2021.
Bom Para Todos: Movimentos Sociais. Rede TVT. Publicado em 14 de junho de 2017. Disponível em <ht-
tps://youtu.be/JGxi6BaHyio>. Acesso em: 06 jun. 2021.
Manuel Castells - Movimentos sociais para mudar o mundo. Fronteiras do Pensamento. Publicado em 
20 de outubro de 2014. Disponível em: <https://youtu.be/RJY4YZ17pVE>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia. Volume único. 
São Paulo: Editora Scipione, 392 p.
GOSS, Karine Pereira; PRUDENCIO, Kelly. O conceito de movimentos sociais revisitado. Em Tese, v. 
1, n. 2, 2004, p. 75-91.
SANTANA, Marco Aurélio. Para onde foram os sindicatos? Caderno CRH. v.28, n. 75, 2015, p. 453-456.
ATIVIDADES
1 – Faça um levantamento de vários movimentos sociais de acordo com as suas pautas: meio ambiente, 
mulher, diversidade de gênero, igualdade racial, diversidade religiosa, etc.
190
2 – Faça um levantamento dos sindicatos que representam as várias categorias de trabalhadores no 
estado de Minas Gerais.
3 – Pesquise o que é uma central sindical. Como os sindicatos se organizam em torno delas? Exemplifique 
algumas centrais sindicais existentes no Brasil.
4 – Aprendemos que os sindicatos e os movimentos sociais são organizações que reivindicam melhores 
condições de vida e de trabalho para a população. Ao mesmo tempo aprendemos que, como qualquer 
instituição social, são passíveis de críticas. As críticas não são como um exercício de difamação, 
mas como um exercício que contribuipara a melhoria do grupo. Assim, vamos analisar um sindicato 
a partir da nossa realidade de Educação no estado de Minas Gerais: o Sind-Ute/MG. O Sind-Ute/MG é 
considerado o segundo maior sindicato brasileiro, pois ele representa todas as trabalhadoras e todos 
os trabalhadores da educação no estado de Minas Gerais.
Pesquise as ações do Sind-Ute/MG no contexto de pandemia da Covid 19. O que esse sindicato tem feito 
como ação para as trabalhadoras e os trabalhadores? Qual o impacto dessas ações para os estudantes? 
O que você faria como alternativa nesse momento? 
Segundo o site da CUT, as centrais sindicais são entidades que representam os trabalhadores para além 
de seus segmentos, ou seja, independente da área. Nesses casos, a luta deve reunir representantes das 
diversas categorias afim de debater as políticas trabalhistas diante da classe patronal. A organização 
ocorre da seguinte forma: Horizontalmente: além da estrutura nacional, abrange outros sindicatos 
estaduais nas 26 unidades federativas. Verticalmente: formação baseada na área de atuação econômica, 
organizando-se em sindicatos, federações e confederações.
Principais ações: denuncia demissão em massa na educação pública estadual, denuncia o governo de 
Minas por precarizar ensino durante pandemia, denuncia o risco do retorno presencial das
aulas, a situação de contaminação e mortes.
Impacto para os estudantes: Os estudantes seguem sem o apoio do acesso à internet para realização das 
tarefas escolares. Além disso, vê-se o aumento da desigualdade em relação às escolas privadas, já que estas 
continuam com as aulas em andamento.
O que faria nesse momento: apoiaria aos professores no que diz respeito a garantia da segurança 
necessária e os recursos tecnológicos para a retomada das aulas. As medidas possíveis seriam o aumento 
dos computadores e melhoria do sinal de internet, adequação da carga horária de trabalho preservando os 
direitos desses professores, investimento nas normas sanitárias no interior das escolas, capacitação dos 
professores ara atuar com recursos digitais e aumento da velocidade da vacinação da população mineira.
191
SEMANA 6
EIXO TEMÁTICO: 
Análise sociológica do mundo moderno: a sociedade em que vivemos.
TEMA/TÓPICO: 
Políticas Públicas.
HABILIDADE(S): 
Identificar as tensões entre os direitos e os deveres da cidadania.
CONTEÚDOS RELACIONADOS: 
Políticas Públicas, Direitos.
INTERDISCIPLINARIDADE: 
Filosofia, Geografia e História.
TEMA: Políticas Públicas
Olá estudante! Espero que esteja bem. Nesta semana iremos falar sobre políticas públicas. Você já ou-
viu esse conceito? Você tem alguma ideia do que seja?
Ao entendermos o processo de reconhecimento da cidadania, percebemos que ela se deu por meio 
de um processo de construção ao longo da história, onde o Estado reconhece - por meio das lutas e 
reivindicações da população - o seu papel. Assim, para garantir o exercício da cidadania para a sua po-
pulação, o Estado tem que garantir o acesso à vários serviços públicos, principalmente aqueles consti-
tucionalmente assegurados. Ao fazer isso, ele cria as políticas públicas.
As políticas públicas são as demandas da sociedade que o Estado reconhece. Porém, como também 
depende do reconhecimento de quem está no poder (isto é, no governo), as políticas públicas acabam 
se tornando um campo de disputa política de vários atores: partidos, movimentos sociais, ONGs, igre-
jas, etc., que tentam influenciar de alguma forma na construção de um programa governamental espe-
cífico que tenha relação com suas pautas de disputas.
Por ser um campo de disputa, não significa, necessa-
riamente, que isso seja algo ruim, pois, ao ter vários 
atores sociais envolvidos, faz com que o Estado tenha 
que refletir na construção dos programas que vai im-
plementar. Por isso, a participação da sociedade civil é 
muito importante.
Por se tratar de uma política e pública, ela tem duas ca-
racterísticas: ser algo que transforme a sociedade (para 
melhor) e que seja algo público, coletivo e não individual. 
Desse modo, as políticas públicas buscam atender às 
várias demandas da sociedade: ambiental, econômica 
e social (educação, saúde, moradia, redistribuição de 
renda, geração de renda, emprego etc). Porém, cada 
governo vai avaliar entre suas prioridades qual a melhor 
política pública que deve ser implementada. É impor-
tante saber que, um governo de um projeto, e, portan-
to, as suas prioridades seguem o modelo de Estado 
que acreditam, por isso, as suas prioridades não são, 
Disponível em: <https://files.cercomp.ufg.br/weby/
up/85/o/politicas_publicas.jpg>. Acesso em: 06 jun. 2021.
192
necessariamente, as prioridades que a população espera. Posto isto, atenção! É importante conhecer 
os projetos de governo antes de votar, seja para o município em que vivem, para o estado de Minas Ge-
rais ou para a presidência da república.
Nesse sentido, precisamos entender uma das dinâmicas das Políticas Públicas. Elas podem ser Políti-
cas de Estado ou Políticas de Governo. Vamos ficar atentos à diferença! Uma política pública de Estado 
deve ser aplicada independente do governo que existe, pois ela está amparada na Constituição. Nesse 
sentido, nenhum governante pode ignorar uma política pública de Estado. Porém, podemos observar na 
nossa realidade brasileira que há casos cujos governantes não ignoram, mas deixam de investir, por ser 
uma política pública que não concordam do ponto de vista ideológico e político. Já as políticas de go-
verno não estão na constituição e, por isso, não precisam continuar existindo quando há uma alternân-
cia de poder, pois ela está relacionada àquela gestão específica. Mas, uma política pública de governo, 
após ser avaliada e mostrar sua eficiência, pode se tornar uma política pública de Estado.
As políticas públicas também podem ser focalizadas ou universais. Para entendermos melhor preci-
samos pensar em algumas situações. A maior política pública do Brasil é voltada para a saúde, o SUS 
(Sistema Único de Saúde) e tem por características: a universalidade, equidade e integralidade. Assim 
ela é uma política pública universal, para todas as pessoas, independente da sua condição econômica, 
social, religião, gênero, idade, etnia, etc. Pois, todos os seres humanos são passíveis de ficarem doen-
tes e necessitam de um atendimento de saúde. Mas há situações em que, devido às desigualdades exis-
tentes no país, há pessoas que têm moradias e outras não. Então se pensam em políticas públicas de 
moradia focalizadas, pois nem todas as pessoas precisam de ajuda para ter acesso à moradia. Também 
há pessoas que precisam de uma ajuda do Estado para ter uma renda mensal, então temos uma política 
pública redistributiva focalizada. Nisso nós percebemos que as políticas públicas universais são para 
todas as pessoas e as políticas públicas focalizadas atendem a demandas específicas da sociedade.
A criação de uma política pública não pode ser criada sem um planejamento, então ela passa por um 
processo: identificação do problema público → inclusão na agenda pública → soluções → decisão → 
planejamento da execução → implementação da política pública → avaliação. Para saber a eficiência 
de uma política pública ela deve ser monitorada. Assim, se avalia se o problema identificado está sendo 
resolvido e se há necessidade de dar continuidade ou até mesmo investir mais recursos. 
Disponível em: <https://politicaspublicas.almg.gov.br/export/sites/politicaspublicas/imagens/CicloPoliticasPublicas-680.jpg>. 
Acesso em: 06 jun. 2021.
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PARA SABER MAIS: 
SUS: PRIVATIZAR É A SOLUÇÃO? POR QUE DEFENDER O SUS? | SEGUE O FIO 39. Politize! Publicado em 
19 de março de 2021. Disponível em: <<https://youtu.be/MOIN5NPOF3U>>. Acesso em: 06 jun. 2021.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Alysson Massote. Políticas públicas. Editora UFMG, 2002.
PAIM, Jairnilson. O que é o SUS. SciELO-Editora FIOCRUZ, 2009.
SARAVIA, Enrique; FERRAREZI, Elisabete. Políticas públicas. Brasília: Enap, v. 1, 2006, p. 317.
ATIVIDADES
1 – Pesquisee cite exemplos de Política Públicas universais e Políticas Públicas focalizadas no âmbito 
nacional e estadual.
2 – Pesquise e cite exemplos de Política Públicas de Estado e Políticas Públicas de Governo no âmbito 
nacional e estadual.
Políticas Públicas Universais: Programa Nacional de Imunização, Sistema Único de Saúde (SUS), 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Políticas Públicas Focalizadas: Programa Minha Casa Minha Vida (Casa Verde Amarela), Bolsa 
Família, Combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.
Políticas Públicas de Estado: Programa Nacional de Imunização, Sistema Único de Saúde (SUS), 
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Política Pública de Governo: Programa Minha Casa Minha Vida (Governo Lula e Dilma), Programa 
Casa Verde Amarela (Governo Bolsonaro), Programa Bolsa Família (Governo Lula e Dilma), 
Programa Auxílio Brasil (Governo Bolsonaro).
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3 – Você e sua família fazem uso de alguma política pública? Como você avalia esses serviços?
4 – O SUS - Sistema Único de Saúde - é uma política pública que tem desempenhado um papel importante 
na pandemia da Covid-19. Como você avalia o investimento dessa política pública nos âmbitos: nacional, 
estadual e municipal?
Sim. Fazemos uso constante do Programa Nacional de Imunização. Nós utilizamos todas as vacinas 
disponíveis no calendário nacional de vacinação, gerenciado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Eu 
avalio o programa com nota máxima. O problema são os governantes irresponsáveis que defendem o 
Movimento Anti-Vacina, promovendo a disseminação de notícias falsas, deixando a população 
desinformada e paranóica, tendo como resultado a morte de centenas de milhares de pessoas. 
Conforme dito acima, eu avalio esta política pública no nota máxima, pois as vacinas são 
fundamentais para conter o avanço da Pandemia e, obviamente, evitar mortes em massa. No entanto, 
o presidente da República segue boicotando a vacinação - política pública universal e coletiva que é 
barreira cientificamente e mundialmente comprovada contra a maior pandemia respiratória dos 
últimos cem anos. O SUS só não conseguiu salvar mais vidas por causa desse crime hediondo contra a 
saúde pública. Para piorar a situação o presidente é apoiado em sua política de morte por alguns 
prefeitos, governadores, vereadores, deputados estaduais e federais, além de senadores.

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