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Sistema Carcerário

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Centro Universitário de Brasília – UniCEUB
Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas – FATECS
Curso de Direito
Mentora: 
NOME
RA: 
SISTEMA CARCERÁRIO
Brasília
2016
NOME
RA: 
SISTEMA CARCERÁRIO
O objetivo deste artigo é o de identificar a situação atual do sistema prisional brasileiro e através do método dialético reconhecer os seus principais problemas e apresentar algumas soluções alternativas para reduzir a reincidência de crimes.
Brasília
2016
Sistema Carcerário
				
RESUMO
Este artigo fala sobre como está à estrutura das prisões atualmente no Brasil, sobre a alimentação dos detentos que cada vez mais está precária, o modo como vivem dentro das selas com os outros presos. E como a política esta envolvida nas relações da melhoria das prisões. O objetivo deste artigo é o de identificar a situação atual do sistema prisional brasileiro e através do método dialético reconhecer os seus principais problemas, compará-lo superficialmente a outros sistemas prisionais utilizados ao redor do mundo e apresentar algumas soluções alternativas para reduzir a reincidência de crimes e aumentar a ressocialização do preso.
Palavras chaves: Detentos. Alimentação. Falta de apoio. Desemprego. Corrupção dentro da cadeia, Falta de Estrutura. Superlotação. Sistema Prisional. Carcerário. Penitenciário. Falência. Impunidade. Problemas Sociais. APAC. Ressocialização. Reintegração. Segurança Pública. Agente Penitenciário. Direitos Humanos.
INTRODUÇÃO
O Sistema Carcerário está com falta de recursos, principalmente na área da alimentação e na área da estrutura dos prédios. Alguns presos não têm o que comer e acabam ficando doente e sofrem de distúrbios físicos e mentais. Os próprios presos reclamam da comida, pois é muito ruim, sem gosto, e às vezes são servidos em sacos plásticos, eles acham inadmissíveis, pois, para uma alimentação que custa caro, o governo deveria preparar uma comida melhor. É obrigação do Estado dá assistência ao detento, como:
Art. 11 – A assistência será:
I –material;
II – à saúde;
III – jurídica;
IV – educacional;
V –social;
VI – religiosa.
SITUAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL
Essa assistência não está trabalhando muito bem, pois faltam muitas coisas para a vida dos detentos serem um pouquinho melhor apesar da maioria estar preso, por ter cometido um crime.
A estrutura dos prédios são péssimas e velhas, manutenções de vez em quando somente quando realmente necessário. As celas estão superlotadas, não há espaço para dormir, comer e até mesmo fazer suas necessidades fisiológicas. Ex: enquanto em uma cela são para 30 pessoas, o sistema coloca 70 pessoas ou mais, há mal espaço para eles respirar. Com isso, os presos acabam criando raiva, e vai dando um jeito para diminuir a quantidade de pessoas, como matando. E até mesmo fazendo planos para conseguirem fugir, com essa superlotação os detentos concordam de tentar acabar com essa calamidade. Ate mesmo os agentes penitenciários reclamam da superlotação, pois para trabalharem há mais dificuldades para exercer alguma função.
O governo tem que construir mais celas, e até mesmo mais escolas para que essas pessoas possam ter um ressoalização com as pessoas novamente. Ver que nem tudo é matar ou roubar, e sim trabalhar querer ir atrás e conseguir com a força de vontade. Pois quando um preso cumpre a sua pena ele tem que voltar a vida na sociedade querendo algo, como um emprego. Mas atualmente quase ninguém quer contratar um ex-presidiário, com medo de ser roubado ou algo parecido. O detento assim que sai da prisão ele fica meio conturbado, pois não sabe o que fazer para poder viver de maneira correta e fazer com que as pessoas não fiquem desconfiadas ou com medo de contrata-lo ou conviver com ele.
Existem relatos da existência de prisões na bíblia e muito antes dos registros cristãos. Os primeiros cativeiros datam de 1700 a.C. e sua finalidade inicial era a de reclusão dos escravos angariados como espólios de guerra. Os principais crimes nos tempos antigos eram o endividamento, a desobediência, o desrespeito às autoridades, normalmente contra reis e faraós, o fato de ser estrangeiro ou prisioneiros de guerra, mas este aprisionamento não estava estritamente relacionado à sanção penal visto que não existiam códigos de regulamentação social,. Por este motivo o próximo estágio desta reclusão normalmente era a tortura e execução. Evidencia-se assim que a finalidade das prisões era de anular forças contrárias e não de reintegração ou recuperação social. Da mesma forma os locais usados não eram presídios ou cadeias.
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS:
• Espaço físico inadequado; • Atendimento médico, odontológico e psicológico insatisfatório; • Direitos do preso tratados como liberalidades; • Uma quantidade considerável de presos poderia estar nas ruas por causa da Progressão Penal ou pelocumprimento da pena; • Falta de acesso efetivo à Justiça ou Defensorias Públicas; • Segurança Pública não consegue inibir as atividades do crime organizado que consegue orquestrar diversas atividades retaliativas junto à sociedade, como o ataque ordenado contra policiais, fechamento de comércio e escolas, execuções sumárias, paralisação dos transportes coletivos e atentados a prédios públicos; • Tortura e maus-tratos, corrupção, negligência e outras ilegalidades praticadas pelos agentes públicos, além da conivência destes às movimentações que redundavam em fugas e rebeliões, inclusive com saldo em mortes de presos; • Incapacidade da Segurança Pública em manter a ordem e aplicar a lei com rigor sem desrespeitar os Direitos Humanos dos apenados bem como incapacidade em cumprir as normas firmadas nos acordos internacionais, os quais o Brasil é signatário; • Rebeliões e atentados frequentes nas prisões; • Entrada de materiais proibidos que dão apoio ao crime dentro e fora da prisão, tais como aparelhos celulares e armas brancas. • Estado não consegue aplicar a tecnologia existente de forma a prevenir ou combater o crime, tais como Bloqueador de Radiofrequência, Raio-X, e Detector de Metais.
CONCLUSÃO:
É preciso que as autoridades atuem no sentido de buscar todos os meios, como forma de aprimorar o respeito legal que deve ser dado ao detento, com o objetivo de prepará-lo para seu retorno ao convívio em sociedade, de modo que para isso, seus direitos sejam preservados, ou caso contrário, estaremos permanecendo no “caos penitenciário”, o que dará margem para um acrescido sentimento de revolta, fazendo do pequeno infrator um verdadeiro profissional do crime, tudo em contrapartida ao sofrimento que passou durante a vida carcerária de condenado.
“O último dos criminosos tem o mais absoluto direito a que com ele se observe a lei; e tanto mais rigoroso há de ser, por parte dos seus executores, o empenho nessa observância, quanto mais excitada se achar a sociedade contra o delinqüente entregue à proteção dos agentes da ordem.” Rui Barbosa1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBATO JR. Roberto. Direito Informal e Criminalidade – os Códigos de cárcere e tráfico. Campinas: Millennium, 2007. BATISTA Nilo. A Política Criminal da Utopia e a Maldição de Hedionduras. Rio de Janeiro: Revan, 2004. CHOUKR, Frauzi Hassan. Processo Penal de Emergência. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2002. DELMAS-MARTY, Mireille. Os Grandes Sistemas de Política Criminal. São Paulo: Manole, 2004.
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário jurídico Acquaviva. 4 ed. São Paulo: Rideel, 2010.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir – História da violência nas prisões – Tradução de Raquel Ramalhete. 36. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
SILVA, João Miranda. A responsabilidade do Estado diante da vitima criminal. São Paulo: Mizuno, 2004.
SITES ACESSADOS:
http://www.mj.gov.br/depen. Referência: Outubro/2009
HumanRightsWatch. Disponível em
http://www.hrw.org/portuguese/reports/presos. Referência: Outubro/2009
Ministério da Justiça. Disponível em http://www.mj.gov.br. Referência:
Outubro/2009
Ministériodo Planejamento – http://www.planejamento.gov.br. Referência:
Outubro/2009

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