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INFECTOLOGIA ANDRÉ AQUINO SEPSE 1) Paciente, 18 anos, sexo feminino, 50 Kg, com hepatite autoimune, fazendo uso de prednisona para o tratamento, relata que recentemente estava com avô no hospital e começou a sentir calafrios, “batedeira no peito" e uma dor que iniciou no hipogástrico com disúria e depois passou para a região lombar nos dois lados. O médico então pediu a ela para que esperasse um pouco, pois ele iria atende-la logo após evoluir os seus pacientes, o médico solicitou os exames e foi fazer o que disse. Algumas horas depois a paciente evoluiu com os seguintes achados: - FC 130 BPM, FR 32 IPM, temperatura 39°C, hematócrito 40%, hemoglobina 11, plaquetas 90.000, leucócito 14.000, bastões 15%, bilirrubina total 2,2, FA e GGT elevados, creatinina 2, PA 90x60mmHg, Gasometria: Sat O2 89%, paO2 = 85mmHg, paCO2= 40mmHg, pH 7,2, Glicemia 200mmHg, lactato 38mg/dl. a) Qual o diagnóstico clínico desta paciente? (X ) Choque séptico ou sepse grave ( ) Sepse ( ) SIRS ( ) Quadro infecioso clássico, sem sepse, SIRS ou choque séptico b) Dê o conceito de cada item acima SIRS (síndrome de resposta inflamatória sistêmica), é quando há agressão tecidual, seja causado por um trauma, queimadura ou processo infeccioso, quando a causa é infecciosa chama-se de sepse, se houver disfunção de órgão chama-se de sepse grave, caso este quadro não seja revertido com reposição volêmica chama-se de choque séptico. c) Qual a causa mais provável do quadro clínico acima? Pielonefrite d) Cite todo o plano terapêutico para essa paciente que irá fazer a partir de agora. Pedir hemocultura com antibiograma e exame de urina, iniciar reposição volêmica vigorosa com cristaloide ou coloide e antibióticoterapia de amplo espectro, como a paciente contem PAS= 90mmhg (outro critério seria o lactato >= 36), deve-se realizar tratamento seguido por metas, por isso faço um acesso central para realizar as medidas de pressão venosa central (PVC), pressão arterial média invasiva (PAMi) e saturação venosa central de O2 (SVO2). Estes serão os meus parâmetros para acompanhar o tratamento. As metas são: PVC=8-12mmHg, PAMi=65-90mmHg, e svO2= ou > 70%, caso a pressão arterial não melhorar com reposição volêmica, iniciar com a adrenalina. Associar com hidrocortisona 100mg, caso seja refratário. Quando o resultado do antibiograma chegar, utilizar o antibiótico correto. 2) Quais os achados que dão critério para lesão de cada órgão abaixo na sepse grave? a) Renal – Débito urinário < 0,5ml/Kg/h por pelo menos 2horas mesmo após reposição volêmica e/ou creatinina >2 b) Cardíaco- PA <ou =90x60mmHg c) Sistema respiratório – PaO2/FiO2<300 d) Metabólica- Glicemia > 140, pH<7,3, lactato > 1,5. e) Hepática – Bilirrubina>2 f) Hematológica – Plaquetas <100.000, INR> 1,5 ou TTPa>60s g) SNC – Rebaixamento no nível de consciência. 3) Defina DMOS (disfunção de múltiplos órgãos e sistêmica. Quando se há disfunção de múltiplos órgãos, em que não há persistência da homeostase sem intervenção. 4) Qual dos itens abaixo não faz parte da conduta inicial (primeiras 3 horas) de um paciente com sepse? a) Coleta de hemocultura b) Coleta de lactato c) Expansão volêmica vigorosa d) Coagulograma e) Antibióticoterapia na primeira hora 5) São complicações inerentes ao tratamento da sepse grave/choque séptico, exceto: a) SARA b) Disfunção esplênica c) Hipotensão refratária a catecolaminas d) Necrose tubular aguda e) Distúrbios endócrinos 6) Marque a opção que contiver um erro: a) São fatores determinantes de prognóstico: Resposta hemodinâmica do paciente e sitio de infecção. b) A mortalidade é maior em normotensos e hipotérmicos e hipotérmicos do que em febris. c) O uso de inotrópicos está indicado nas primeiras 6 horas d) A medida do lactato deve ser feita em todos os pacientes com suspeita de sepse e) A cultura deve sempre ser pedida antes da antibióticoterapia. Não existe opção errada, por isso você não marca nenhuma..pegadinha...hehehehe
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