Buscar

Doenças infecciosas, parte II

Prévia do material em texto

DOENÇAS INFECCIOSAS – ESTUDO PARA N2
RINITE ATRÓFICA SUÍNA
Bordetella bronchiseptica
Agente etiológico primário da RAS 
Comensal nas membranas mucosas do trato respiratório superior
Relacionada à pneumonia
Pasteurella multocida
Comensal do trato digestivo e das membranas mucosas do trato respiratório superior
Invasor secundário em doenças pneumônicas
Sorotipos: A, B, C , D, E e F
Linhagens toxigênicas: A e D
Lesões severas e deformação do focinho
Epidemiologia:
Transmissão:
Contato
Aerossóis
Possíveis transmissores:
Gatos, ratos e coelhos
Patogenia:
Toxina dermonecrótica (TDN +)
Efeito deletério nos osteoblastos do osso do corneto nasal
Penetram o epitélio e estimulam o aumento da reabsorção osteoclástica e inibem a atividade osteoblástica
RA não progressiva:
B. bronchiseptica
Hipotrofia transitória dos cornetos nasais
RA progressiva:
B. bronchiseptica + P. multocida
Perda parcial dos cornetos nasais
Sinais clínicos:
Atraso no desenvolvimento
Hipoplasia das conchas nasais
Distorção facial
Placas escuras nos cantos dos olhos
Posteriormente:
Erosão e desaparecimento da membrana
Ossos turbinados começam a desaparecer 
Narinas podem ser obstruídas
Diagnóstico:
Sinais clínicos
Exame anatomopatológico dos cornetos
Sorologia
Cultivo bacteriano
Tratamento:
Sulfametazina
Tetraciclina (ração)
Indica-se antibiograma
Controle:
Vacinação
Melhoria nas condições de manejo
Alojamento
Ventilação
PARVOVIROSE SUÍNA
Acomete suínos trazendo problemas reprodutivos
Vírus da família Parvoviridae
Vírus alojado nos testículos
 Epidemiologia:
Transmissão:
Aerossóis
Inseminação
Fômites
Placenta
Secreções
Fontes de infecção:
Ingestão de placenta
Contato oronasal com fezes e secreções vaginais
Intrauterina
Reservatórios:
Roedores 
Suídeos
Patogenia:
Entrada do vírus (oronasal)
Replicação nos amigdalas 
Leucócitos
Atravessa a barreira transplacentária
Multiplica-se no útero
Acomete o embrião/feto
Migra para todos os órgãos
Necrose, hemorragias, edemas e morte fetal
Sinais clínicos:
Falhas reprodutivas
Retorno do cio
Número reduzido de leitões nascidos
Fetos mumificados
Machos: assintomáticos 
Controle e profilaxia:
Quarentena
Vacina
1° dose: 4 a 5 semanas antes da cobertura
2° dose: 1 a 2 semanas antes da cobertura
Revacinar: 1 dose na lactação (15 dias pós-parto)
Machos: a cada 6 meses
PARVOVIROSE CANINA
Caracterizada por gastroenterite moderada a grave, miocardite e/ou infecção generalizada
Parvovírus canino tipo 2 (CPV – 2)
Epidemiologia:
Transmissão:
Fezes
Instrumentos 
Roedores
Humanos
Porta de entrada:
Via oronasal
Patogenia:
Entrada do vírus via oronasal
Replicação nos tecidos linfóides
Viremia: Disseminação para as criptas intestinais
Excreção do vírus nas fezes
Sinais clínicos:
Gastroenterite:
Diarreia
Vômito
Anorexia
Desidratação
Fezes alteradas
Miocardite:
Sinais de insuficiência cardíaca
Alterações cutâneas:
Eritema
Ulceração dos coxins
Placas eritematosas
Diagnóstico:
Exame clínico
Hemograma
Anemia: perda de sangue intestinal
Hematócrito elevado: resultante da desidratação
Leucograma:
Leucopenia
Testes sorológicos indiretos:
ELISA indireto
Imunofluorescência indireta
Soroneutralização
Inibição por hemaglutinação
Tratamento:
Suporte:
Reestabelecer o equilíbrio hidro-eletrolítico
Soluções eletrólicas orais
Fluidoterapia intravenosa
Antieméticos
Vitaminas
Antibióticos
Controle e profilaxia:
Isolamento + tratamento dos animais doentes
Limpeza e desinfecção do ambiente
Vacinação
CINOMOSE CANINA
Altamente contagiosa, multissistêmica, que acomete cães e alguns animais silvestres
Vírus da cinomose canina
Epidemiologia:
Transmissão:
Aerossóis 
Secreções e excreções
Transplacentária
Patogenia:
Entrada do vírus
1° dia: infecção dos macrófagos
2° e 3° dia: vírus nas células mononucleadas do sangue
3° ao 6° dia: replicação viral no sistema linfóide
Primeiro pico febril
Resposta imune:
Rápida e efetiva: recuperação
Falha/intermediária: disseminação 
Após 9° dia: vírus nas mucosas
Atinge o SNC 
Sinais clínicos:
Oftálmica:
Secreção nos olhos
Conjuntivite severa
Respiratória:
Secreção nasal
Tosse
Pneumonia
Tegumentar:
Pústulas abdominais
Hiperqueratose dos coxins plantares
Digestiva:
Vômito
Diarreia
Neurológicos:
Convulsões
Tumores musculares
Incoordenação motora
Andar em círculos
Atrofia muscular
Diagnóstico: 
Exame clínico
Hemograma
Neutropenia: diminuição de produção pela medula 
Linfopenia transitória
Anemia
Inclusões de Lentz ou de Sinigaglia – lentz
Esfregaço de fluidos corporais
PCR
Controle e profilaxia:
Vacinação
6 semanas
50% de resposta
ERLIQUIOSE CANINA
Transmitida por carrapato causada por um parasita intracelular obrigatório
Ehrlichia spp
Patogenia:
Infecção por Ehrlichia canis
Multiplicação nos monócitos
Formação dos corpúsculos iniciais (3 dias)
Formação das mórulas (7 a 12 dias)
Liberação dos corpúsculos elementares
Disseminação no hospedeiro (8 a 20 dias)
Aumento no consumo de plaquetas
Observações: 
Cães tratados: recuperação
Cães não tratados: podem se recuperar e desenvolver um quadro subclínico
Sinais clínicos:
Apatia, febre, anorexia
Vômito
Alopecia
Uveíte
Petequias, epistaxe
Gastroenterite
Esplenomegalia
Diagnóstico:
Exame clínico
Hemograma completo
Demonstração da mórula em esfregaço
Sorologia
RIFI
ELISA
Western immunoblot
PCR
Tratamento:
Antibióticos: 
Família das tetraciclinas
Doxiciclina
Tratamento de suporte
Controle e profilaxia:
Controle do vetor artrópode
Cuidados ao realizar transfusão sanguínea
PANLEUCOPENIA FELINA
Parvovírus felino ou vírus da panleucopenia felina
Epidemiologia:
Acomete exclusivamente felinos
Transmissão:
Secreções: fezes, saliva e urina
Aerossóis
Fômites
Patogenia:
Tecidos afetados:
Medula óssea
Células da mucosa intestinal
Tecido linfóide
Ocasionalmente: Sistema nervoso
PFV infecta células de rápida multiplicação
Tecidos linfóides:
Sofrem necrose
Trato intestinal:
Afeta as criptas intestinais
Atrofia as vilosidades
Quadro de enterite
Medula óssea:
Tropismo das células hematopoiéticas
SNC:
Dano cerebelar
Sinais clínicos:
Subaguda: 
3 a 10 semanas
Mortes súbitas de 12 a 24 horas
Aguda:
3 a 12 meses
Febre
Depressão
Anorexia
Êmese
Diarreia 
Vômito
Subclínica:
> de 1 ano
Casos rápidos de febre e depressão
Rápida recuperação
Sem sinais clínicos
Diagnóstico:
Exame clínico
Hemograma completo
Definitivo:
Demonstração do vírus nas fezes
PCR
ELISA
Tratamento:
Fluidoterapia
Reposição eletrolítica
Anti-emético
Protetores de mucosa
Antibióticos
Controle e profilaxia:
Isolamento + tratamento de animais
Vacinação:
1° dose: 6 a 8 semanas
2 reforços a cada 21-28 dias
Revacinação anual
PERITONITE INFECCIOSA FELINA
É uma enfermidade imunomediada, sistêmica, progressiva e fatal, que acomete felinos
É classificada em duas formas efusiva (úmida) e não-efusiva (seca), com base na quantidade de derrame cavitário, ascite ou hidrotórax
Coronavírus
Epidemiologia:
Transmissão:
Secreções
Fezes
Urina
Duração da enfermidade clínica até o óbito:
3 a 6 semanas
Portadores assintomáticos:
13% dos gatos infectados disseminam o vírus
Ao entrar em contato com o FIPV
Apenas 10% desenvolvem a PIF
Patogenia:
Efusiva (úmida):
Comprometimento de muitos vasos sanguíneos
Exsudação de líquido e proteínas
Não-efusiva (seca)
Vírus inocula via oral ou respiratória
Replica-se nas células epiteliais do trato respiratório superior
Vírus se dissemina nas paredes venosas e áreas perivasculares
Lesões
Sinais clínicos:
PIF efusiva: Curso clínico é agudo
Efusões abdominais e/ou pleurais
Distensão progressiva e indolor do abdômen
Líquido ascítico
Animal ativo e comendo normalmente
Alguns ficam fracos e anoréxicos
Vômito e diarreia
Icterícia
Pancreatite
Intolerância ao exercício
PIF não-efusiva: Sobrevivem por um ano ou mais
Lesões ocularesEmagrecimento
Linfonodos mesentéricos palpáveis
Anorexia
Sinais neurológicos: 25 – 33%
 Diagnóstico:
Exame clínico
Exames complementares
Exame histopatológico
Biópsia ou necropsia
Teste de Rivalta
Ácido acético + H20d + efusão
Efusão mantiver formato = positivo
ELISA
PCR
IF
Tratamento:
Não há tratamento efetivo
Tratamento de suporte:
Fluidoterapia
Anti-inflamatórios
Remoção dos líquidos efusivos
Controle e profilaxia:
Isolamento dos positivos
Limpeza do ambiente
Vacina: questionável

Continue navegando