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TGO - obrigações complexas

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TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES – REVISÃO - NP2 
5. Relação obrigacional complexa 
Na obrigação simples há: 
1 Credor e 1 objeto e 1 devedor 
 
Na obrigação complexa há: 
+ de 1 Credor e/ou + de 1 objeto e/ou + de 1 Devedor 
 - divisibilidade do objeto 
 - sujeitos -> problemas? - Solidariedade - ativa 
 Ocorre uma multiplicidade de - passiva 
- objetos -> obrigações - Cumulativas 
- Alternativas 
- facultativas 
O objeto poderá ser: - divisível 
 - indivisivel 
 
 - de meio 
 - de resultado 
 
> > A regra geral das obrigações complexas é: “Concursu partes fiunt” 
 - solidariedade 
 - Exceto: - obrigações indivisíveis 
 
 
 
5.1 – Sujeitos da relação obrigacional (complexa) 
- Solidariedade 
cc. 264: 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais 
de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
- Conceito – A relação se constitui de modo tal que um dos vários credores têm a faculdade de 
receber tudo, como se fosse um único credor, ou quando cada um dos vários devedores deva 
pagar tudo, como se fosse o único devedor. 
- Deriva da palavra “in solidum” 
 
Tipos: Solidariedade ativa 
 Solidariedade passiva 
 
As partes se satisfazem pela 
divisão. 
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 Solidariedade ativa 
>> ocorre quando há uma pluralidade de credores 
>> cada credor pode exigir a prestação por inteiro (cc, art 267) 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento 
da prestação por inteiro. 
- no caso de morte de um dos credores, os herdeiros terão direito de receber, se o credor só 
tinha um herdeiro, o direito de tudo, mas se tiver mais de um herdeiro, terão direito a sua cota 
parte. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só 
terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, 
salvo se a obrigação for indivisível. 
- se 2 ou mais herdeiros se juntarem, poderão cobrar toda a obrigação, se essa for solidária. 
 A remissão e renuncia podem ser totais ou parciais 
 (perdão) (solidariedade) 
 
 - Total -> 
 
 - Parcial -> 
 
 
 
 
 
 
 
 - Total -> 
 
 - Parcial -> 
 
 
 
 
 
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos 
os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, 
subsistirá a dos demais. 
 
>> Caso de insolvência 
 - No caso em que o credor solidário receber parcialmente a dívida e, após isso, o 
devedor se tornar insolvente, terá o credor que recebeu, dividir com os demais credores 
solidários. 
Ex. Caio e Tício, eram credores solidários de R$ 100,00, em face de Mévio; Caio, na tentativa de 
receber tal quantia, só logrou R$ 80,00, após isso, Mévio tornou-se insolvente, o que 
impossibilitou o recebimento dos R$ 20,00 restantes, consequentemente, Caio terá que dividir 
os R$ 80,00 com Tício. 
 
-> separa em obrigações simples para o 
favorecido da cota que concedeu a 
renuncia, e continua obrigação solidária 
para os demais credores. 
 
Separa em várias obrigações simples, se 
o objeto for divisível. 
-> extingue a obrigação para o favorecido 
da cota que concedeu a remissão, e 
continua obrigação para os demais 
credores. 
 
Extingue a dívida 
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 Solidariedade passiva 
>> Ocorre quando há uma pluralidade de devedores. 
>> Nesse caso, o credor, poderá exigir a prestação: 
- De um ou alguns devedores 
- No todo ou em partes, no caso deste, continua para os demais 
devedores. 
 
 
>> O ajuste do credor com um dos devedores não se estende aos demais. 
 
 
 
>> o devedor só pode opor as suas exceções pessoais e as comuns a todos 
 
 
 
 
 
 
 
>> O devedor que paga o todo, se sub-roga nos direitos do credor. 
 - Exceto a sua Quota parte. 
 - Quota parte do codevedor insolvente é rateada por todos. 
 (Inclusive os liberados pelo credor) 
 
. 
 
 - Exceção da exceção -> Se a dívida só interessava a um dos devedores. 
 
 
 
 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e 
receber de um ou de alguns dos devedores, 
parcial ou totalmente, a dívida comum; se o 
pagamento tiver sido parcial, todos os demais 
devedores continuam obrigados 
solidariamente pelo resto. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um 
dos devedores e a remissão por ele obtida 
não aproveitam aos outros devedores, 
senão até à concorrência da quantia paga 
ou relevada. 
Nas obrigações complexas, apesar de estarem 
grupadas em um único liame, são consideradas 
relações autônomas. 
Ex: Compensação Ex: Prescrição 
 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor 
opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as 
exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não 
lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. 
Art. 283. O devedor que 
satisfez a dívida por inteiro 
tem direito a exigir de cada um 
dos co-devedores a sua quota, 
dividindo-se igualmente por 
todos a do insolvente, se o 
houver, presumindo-se iguais, 
no débito, as partes de todos 
os co-devedores. 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, 
contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo 
credor, pela parte que na obrigação incumbia ao 
insolvente. 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar 
exclusivamente a um dos devedores, responderá este por 
toda ela para com aquele que pagar. 
 
Ex: No caso do fiador, que for 
demandado, poderá exigir toda a 
dívida ao locatário. 
 
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>> O que acontece no caso de inadimplemento da obrigação solidaria passiva? 
Aconteceu-se: 
 - Por força maior -> a obrigação se extingue e todos se liberam. 
 - Por culpa de um ou alguns dos devedores. 
- se inadimplemento total Todos responderão pelo equivalente, 
mas só o culpado por perdas e danos. 
 
- se inadimplemento parcial todos responderão pelos juros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
>> O que acontece com os herdeiros na solidariedade passiva? 
 
- Os herdeiros só responderão pela sua quota-parte. 
 
 
 Exceto: - nas obrigações indivisíveis; e 
 - quando forem demandados em conjunto 
 
 
 
 
 
 Fontes da solidariedade 
 
>> não se presume: resulta da lei ou da vontade. 
 
 
 
 
> Da lei ou legal 
 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um 
dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo 
de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só 
responde o culpado. 
Ex: mora (atraso) 
 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda 
que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado 
responde aos outros pela obrigação acrescida. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer 
deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a 
pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão 
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas 
todos reunidos serão considerados como um devedor 
solidário em relação aos demais 
devedores.acrescida. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da leiou da vontade das partes. 
Art. 1.986. Havendo simultaneamente mais de um testamenteiro, que tenha aceitado o 
cargo, poderá cada qual exercê-lo, em falta dos outros; mas todos ficam solidariamente 
obrigados a dar conta dos bens que lhes forem confiados, salvo se cada um tiver, pelo 
testamento, funções distintas, e a elas se limitar. 
Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, 
ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante. 
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam 
sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos 
responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente 
responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. 
 
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES – REVISÃO - NP2 
 
> Da vontade -> também chamada de solidariedade convencional 
Exemplos: - nos contratos 
 - nos testamentos 
 
 
> A doutrina também considera que há solidariedade quando há expressões equivalentes. 
 
 
 
 
 
 
 
5.2 - Objeto da relação obrigacional (complexa) 
 
>> As modalidades são as mesmas. 
 
 
 
>> Haverá pluralidade de objetos (prestações) 
 
 
Espécies: 
 
 
 
 
>> Obrigações cumulativas ou conjuntivas -> “E” 
- significa que todas as obrigações/prestações devem ser cumpridas 
 
>> Obrigações alternativas ou disjuntivas -> “OU” 
- O devedor se libera cumprindo apenas uma das prestações. 
- Obrigação alternativa é diferente de” dar coisa incerta” 
 
- Em caso de perecimento - Total -> extingue as obrigações, se coisa incerta. 
 - Parcial -> uma prestação se concentra na outra. 
 
- Quais as vantagens? 
Para: - o Credor -> aumenta as chances de receber 
 - o devedor -> poderá escolher a menos onerosa. 
 
- Como se dá a escolha? 
Feita a escolha, a obrigação que era complexa, se torna simples. 
 
- Quem escolhe? - 1º conforme o contrato -> poderá ser o credor ou devedor 
 - 2º na omissão -> será o devedor 
 
Ex: por inteiro; pelo todo; cada um ou todos; um por todos e todos por 
um; “pro indivino”; correlatamente; solidariamente; “in solidum”; etc. 
- Dar 
- fazer 
- Não fazer 
- obrigações cumulativas ou conjuntivas 
- obrigações alternativas ou disjuntivas 
- obrigações facultativas 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se 
outra coisa não se estipulou. 
Credor ou 3º designado 
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- Em casos que prestações periódicas, poderão ser uma escolha por período. 
 
 
 
- Como ocorre a transferência? 
 
 - se a escolha é do credor 
 
 
 
 - se a escolha é do devedor 
 
 
 
 
 
 - Se a escolha for do 
 3º designado para tal 1º será do acordo entre as partes; 
 2º será o juiz a escolher. 
 
 
 
 - Se a escolha for de várias pessoas, e essas 
 não obtiverem uma decisão, o juiz escolherá. 
 
 
 
 
 
>> Obrigação facultativa 
 
 - Obrigação com faculdade alternativa (para os alemães) 
 
 - Obrigação com faculdade de substituição do objeto (para Venosa) 
 
> Existe uma polêmica doutrinaria se essa é ou não uma obrigação complexa. 
 
> Conceito: Relação obrigacional que possui somente uma prestação, mas lei ou contrato 
permitem que o devedor se libere entregando outra prestação, 
 
- Vem do brocado “una res in obligatione, plures in facultate solutionis” 
 
Credor Objeto “X” ou Objeto “y” Devedor 
 
 
 
Art. 252. § 2
o
 Quando a obrigação for de prestações periódicas, a 
faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. 
CPC. Art. 800. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber 
ao devedor, esse será citado para exercer a opção e realizar a 
prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi 
determinado em lei ou em contrato. § 1
o
 Devolver-se-á ao credor a 
opção, se o devedor não a exercer no prazo determinado. § 2
o
 A 
escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao 
credor exercê-la. 
Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será 
ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser 
depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, 
proceder-se-á como no artigo antecedente. Art. 341. Se a coisa devida 
for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde 
está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob 
pena de ser depositada. 
Art. 252. § 4
o
 Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou 
não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo 
entre as partes. 
Art. 252. § 3
o
 No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo 
unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para 
a deliberação. 
 
O devedor é quem escolhe 
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES – REVISÃO - NP2 
> Não possui tratamento próprio no ordenamento jurídico. 
- Para M.H.D , é uma substituição e não uma escolha. 
- Para C.R.G, é um tipo de obrigação alternativa “sui generis” 
 
> Em casos de impossibilidade da prestação (obejeto), deve-se verificar se houve ou não, culpa 
do devedor. 
 
 
 
 - Sem culpa -> extingue a obrigação 
 
 - Com culpa -> indeniza o equivalente + perdas e danos. 
 
 
 
> Em caso de perda da obrigação principal, deve-se pagar a prestação supletiva? 
- Para Venosa, é injusto, mas deve pagar a obrigação supletiva. 
- Para C.R.G, não é obrigado a pagar. 
- Para M.H.D, o credor pode optar em receber as perdas e danos ou a obrigação supletiva 
(obrigação facultativa). 
 
 
>> Fontes -> lei ou contrato 
 > Lei 
 Ex. 
 
 
 
 
> Contrato 
Ex. Testamento, convenção das partes. 
 
 
>> outros tipos de obrigações complexas 
 
> Obrigações reais (“propter rem”) 
- É a relação, credor x devedor, vinculado a uma coisa. 
- A doutrina diverge, uns dizem que é obrigação real e outros dizem que é pessoal. 
 
> Obrigações de - Meio 
 - Resultado 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se 
perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a 
obrigação para ambas as partes;(...) 
Art. 234. (...) se a perda resultar de culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor. 
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará 
a coisa achada à autoridade competente. 
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a uma 
recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que houver 
feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la. Parágrafo único. Na 
determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo descobridor 
para encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a 
situação econômica de ambos. 
 
Ex. do advogado. 
Ex. do transportador 
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES – REVISÃO - NP2 
 
 
 - Divisíveis - Credor recebe uma parte correspondente 
> Obrigações - Devedor presta uma parte correspondenteExceto as obrigações solidarias ou indivisíveis 
 
 
 - Quando o fracionamento do objeto da prestação 
 - Indivisíveis 
- Decorra da lei ou da vontade das partes 
 
- implica solidariedade passiva 
 
 
 
5.3 Vínculo jurídico da relação obrigacional (complexa) 
- serve para as obrigações complexas e obrigações simples. 
 
Em síntese, vimos que obrigações complexas: 
 
 - 5.1 – sujeitos - sujeitos solidários 
 Ideia de multiplicidade 
- 5.2 – objeto - objetos -> obrigação cumulativa, 
alternativa, facutativa, etc. 
 
 - 5.3 – vínculos jurídicos 
 Ideia de transmissibilidade 
- Cessão de crédito 
- Cessão de débito (assunção de dívida) 
- Cessão de contratos 
 
 
 
- Cessão de crédito ou cessão de débito é a possibilidade de transmitir/transferência para uma 
terceira pessoa, a posição do credor e/ou do devedor e/ou ambos; de tal forma que a relação 
obrigacional continua sendo a mesma. 
- Chama-se cessão de crédito, quando há, em uma relação obrigacional, uma transferência da 
posição de credor. 
- Chama-se cessão de débito ou assunção de dívida, quando há, em uma relação obrigacional, 
uma transferência da posição de devedor. 
 
Pormenorizadamente, é a transferência do vínculo jurídico, que liga as pessoas no polo da 
relação obrigacional. 
 
 
 
 
 
Altera o valor, 
substancia ou prejuízo 
do uso. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais 
devedores, a prestação não for divisível, 
cada um será obrigado pela dívida toda. 
Art. 88. Os bens naturalmente 
divisíveis podem tornar-se 
indivisíveis por determinação da 
lei ou por vontade das partes. 
Serve para as obrigações complexas e 
obrigações simples 
Ex. dinheiro 
Ex. cavalo 
Transmissão do vínculo obrigacional. 
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>> Cessão de crédito 
 
> Conceito -> Negócio jurídico, em geral oneroso, onde o sujeito ativo (cedente) de uma 
obrigação a transfere a terceiro (cessionário), estranho ao negócio original, independentemente 
da anuência do sujeito passivo (cedido). 
 
> Pressupostos de validade 
- os mesmos dos negócios jurídicos, e mais algumas especificações, como: 
 
I – Agente capaz - para atos jurídicos 
 - legitimação para atos de alienação 
 
 
II – objeto - Lícito 
 - Possível 
 - Determinado ou determinável 
 
 
- Todo tipo de crédito pode ser transferido. 
 
 - Exceto: - direitos personalíssimos 
 - crédito assistencial 
 - quando defeso em lei 
 - quando previsto em contrato 
 
 
 
 Para produzir efeitos entre: 
III – Forma - sujeito ativo (cedente) e 
 - terceiro (cessionário) aos 
 - terceiros (alheios ao negócio) 
 
 
 - sujeito ativo (cedente) ao 
 - terceiro (cessionário) 
 
 - sujeito ativo (cedente) e 
 - terceiro (cessionário) ao 
 - sujeito passivo (cedido) 
 
 
 
 
 
> Efeitos 
- Na transferência da formação jurídica (credor x devedor), se transferem integralmente (com 
todas as garantias e acessórios). 
Obs. Não se trata de novação e nem se de sub-
rogação. Serão vistas no próximo semestre. 
Ex. não se pode alienar herança de alguém que 
ainda esteja vivo. 
Notificação 
Instrumento público ou 
instrumento particular + registro 
(títulos e documentos) 
- não solene -> independe de forma 
- consensual -> mero consentimento 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao 
devedor, senão quando a este notificada; (...) 
Exceto quando a própria 
natureza da obrigação não 
permite. 
Ex. Pensão alimentícia 
Ex. herança de pessoa viva 
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES – REVISÃO - NP2 
- Em casos de cessão de crédito que possua garantia hipotecária, essa só produzirá efeitos com 
escritura pública e averbação em cartório de registro de imóveis. 
- O sujeito ativo (cedente) garante a existência da dívida no momento da cessão. 
 
 
 
 
 
 
 - não garante a solvência do devedor. 
 
 
 - Exceto se o cedente acordar com o cessionário. 
 
 
 
 
- O cedente responde: 
 
 - pela solvência no momento da cessão, salvo se acordarem. 
 - até o valor recebido + juros + despesas - da cessão 
 - da cobrança 
 
 
 
 
 
 Exceto: - cessão a título gratuito - boa-fé -> não responde 
 - má-fé -> responde por perdas e danos 
 
 - cessão imposta por lei -> (não prevista no CC,2002) 
 
 
 
- Se o crédito já estiver penhorado, será considerado patrimônio. 
 
 CC, art, 298 - não pode ser objeto de cessão, sob pena de fraude à execução. 
 - exceto boa-fé 
 
 - só produz efeitos após notificação - ao credor 
 - ao devedor 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica 
responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a 
mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de 
má-fé. 
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o 
cedente não responde pela solvência do 
devedor. 
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do 
devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os 
respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e 
as que o cessionário houver feito com a cobrança. 
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido 
pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o 
pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo 
somente contra o credor os direitos de terceiro. 
Será considerado cúmplice 
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES – REVISÃO - NP2 
>> Cessão de débito -> Assunção de dívida 
> Conceito – negócio jurídico pelo qual o devedor (cedente) transfere para um terceiro 
(cessionário), a sua posição (passiva), na relação jurídica obrigacional, ficando desobrigado da 
mesma, desde quê haja anuência do credor (cedido). 
 
Cedente -> devedor - O devedor precisa da anuência do credor, como condição de validade. 
Cedido -> credor 
Cessionário -> terceiro 
 
 
>>Cessão de contrato 
 
- Não existe no CC.2002, é uma criação da doutrina. 
- É a possibilidade de transferência, ao mesmo tempo, dos 2 polos da relação obrigacional, ou 
seja, do credor (direito) e do devedor (obrigação). 
- Um contrato para modificar outro contrato. 
- Importância da terceira pessoa (cessionário) 
- Exige a anuência do cedido para liberar o cedente. 
 - posterior 
 - No geral - prévio 
 - por lei 
 
 
 
6 – Fontes das obrigações

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