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Responsabilidade Civil Unidade 9

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41
RESPONSABILIDADE CIVIL
UNIDADE 9: RESPONSABILIDADE CIVIL 
NOS CONTRATOS
Para iniciar a Responsabilidade Contratual, é importante retomar o quadro apresentado na 
Unidade 1, como forma de contextualizar e facilitar a compreensão do estudo:
Responsabilidade
Civil
Extracontratual
Responsabilidade
Subjetiva
Culpa Provada
Culpa Presumida
Responsabilidade
Objetiva
Abuso de Direito 
Atividade de Risco
Fato do Produto
Fato de Outrem
Fato da Coisa
Do Estado e Dos prestadores 
de Serviços Públicos
Nas Relações de Consumo 
Contratual 
Com Obrigação de Meio
Com Obrigação de Resultado
Por oportunidade da Unidade 1 o quadro foi apresentado para diferenciar a responsabilidade 
decorrente do descumprimento de um contrato da responsabilidade decorrente de um dano ocorrido 
entre pessoas que não possuíam um vínculo obrigacional anterior. Assim, difere-se um dano gerado por 
um acidente entre dois veículos que se colidem na rua, de um dano gerado por um advogado que perde um 
prazo processual, pois a obrigação descumprida por este é contratual, como pôde ser visto na Unidade 8.
A Unidade 8, a qual antecede esta, refere-se ao Contrato de Pro� ssionais. Assim como naqueles 
contratos, o descumprimento dos mais diversos contratos previstos no Código Civil, bem como nos 
contratos atípicos, podem gerar danos e, portanto, obrigação de indenizar na medida do prejuízo causado.
Maria Helena Diniz (2014) aponta os princípios que regem a responsabilidade contratual:
• Existência de um vínculo contratual anterior;
• Necessidade de violação do contrato, no todo ou em parte, por um dos contraentes;
• Nexo causal entre a violação do contrato e o dano.
A responsabilidade contratual e as regras gerais dos contratos estão previstas nos Arts. 389 
e seguintes do Código Civil.
Freitas
Realce
Responsabilidade Civil
42
 Responsabilidade Civil nos Contratos de Transportes
Importante
O Contrato de Transporte está previsto no Art. 730 do Código Civil e tem nele 
sua defi nição: “Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, 
a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas”. Importante destacar que a 
obrigação de transportar de um local para o outro inclui o dever de segurança, estando 
este tipo contratual submetido às regras do Código de Defesa do Consumidor.
O Contrato de transporte também será disciplinado, no que couber, pelo Código Brasileiro de 
Aeronáutica e pela Convenção de Varsóvia, sendo estes diplomas mais ligados ao transporte aéreo.
Existem duas classi� cações do Contrato de Transporte: uma quanto ao meio empregado 
(terrestre, aéreo e marítimo) e outra quanto ao objeto conduzido (pessoas, coisas e notícias). Em regra, 
o contrato de transporte é um contrato de adesão e este contrato é celebrado de forma tácita, quase 
imperceptível, vez que o bilhete é o comprovante da relação contratual.
A responsabilidade no Contrato de Transporte é objetiva, com exceção ao transporte gratuito, 
como por exemplo, a carona, quando a responsabilidade será subjetiva. A obrigação decorrente deste 
tipo de contrato é de resultado, somente se concluindo pela entrega da coisa ou do passageiro são e 
salvo, no destino programado.
Aqui, serão admitidas as excludentes de responsabilidade: caso fortuito, força maior, culpa 
exclusiva da vítima. Duas súmulas do STF são merecedoras de destaque ao tratar de excludentes de 
responsabilidade: a súmula 186, que estabelece que a responsabilidade contratual do transportador, pelo 
acidente com passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva, e a 
súmula 187, que diz que em Contrato de Transporte é inoperante à cláusula de não indenizar.
Inúmeras são as situações geradoras de danos, morais e materiais, envolvendo os contratos de 
transportes. Estas situações podem atingir os contratantes dos serviços, bem como podem atingir os 
empregados e os terceiros, equiparados aos consumidores pelo Art. 17 do CDC.
Alguns casos bastante corriqueiros são o extravio de bagagens, atrasos de voo, “overbooking”, 
entrega de mercadoria fora do prazo contratado, extravio e avaria em mercadoria despachada. Muito 
comuns também são os assaltos acontecidos dentro dos ônibus. Carlos Roberto Gonçalves (2014) 
considera, embora ressalte as divergências interpretativas sobre a temática, que assaltos à mão armada 
dentro de ônibus se equiparam ao caso fortuito, por entender que o dever de prestar segurança pública 
ao passageiro é do Estado. Neste sentido, predomina a jurisprudência.
Outros casos � caram célebres pelo impacto social que causaram: Avião desaparecido da Malasia 
Airlines (2014); Homem é encontrado congelado em trem de pouso de avião com destino a Tóquio 
(2010); Queda de avião da Air France 447, na rota Rio-Paris (2009); Sequestro do ônibus 174, que 
ocorreu no Rio de Janeiro e resultou na morte da cearense Geísa Firmo Gonçalves (2000).
Freitas
Realce
Freitas
Realce
Responsabilidade Civil
43
 Responsabilidade Civil nos Contratos de Saúde
Os Contratos de Saúde, assim entendidos os Contratos de Planos e de Seguros de Saúde, têm 
se multiplicado, especialmente em razão da fragilidade da oferta de serviços médicos pelo Estado.
Importante
O Art. 196 da Constituição Federal de 1988 estabelece que a saúde é direito de 
todos e dever do Estado, mas não descarta a complementação do serviço de saúde 
pela iniciativa privada:
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema 
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou 
convênio, tendo preferência as entidades � lantrópicas e as sem � ns lucrativos.
Cabe à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), agência reguladora vinculada ao Ministério 
da Saúde, controlar e a � scalizar o setor de planos de saúde no Brasil, para assegurar o interesse público.
A principal lei regulamentadora destes contratos é a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que 
dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. A estes contratos também se aplicam as 
regras protetivas do Código de Defesa do Consumidor.
Estes contratos são em regra de Adesão e não raramente incluem cláusulas limitadoras da 
prestação do serviço contratado. Estas cláusulas são consideradas abusivas e nulas.
Os problemas mais comuns nesses tipos de contrato são as negativas de internação, ou de 
realização de determinados tipos de cirurgia, ou até mesmo de um tipo especí� co de prótese ou de 
alimentação. O Superior Tribunal de Justiça inclusive já sumulou o entendimento de que é abusiva a 
cláusula contratual de plano de saúde que limita o tempo de internação hospitalar do segurado. Ocorre 
que, na maioria dos casos, o que está sendo solicitado de fato não consta do contrato, ou seja, a empresa 
não está descumprindo o contratado. 
Nos casos de contratos de planos de saúde, o que está em jogo não é somente o cumprimento 
do contrato, pois o objeto deste contrato envolve saúde e por via de consequência, a vida. Assim, o 
princípio da dignidade da pessoa humana deve balizar a condução dos processos decisórios em torno 
dos Contratos de Saúde.
Freitas
Realce
Freitas
Realce
Freitas
Realce
Responsabilidade Civil
44
Estude os temas aqui tratados, aprofundando-os nos livros indicados 
na Bibliografia Básica e Complementar do seu Plano de Aula e nas 
obras disponíveis na Biblioteca da UNIFOR. 
Aprimores os seus conhecimentos lendo jurisprudências sobre os 
assuntos aqui tratados e analisando-as criticamente.
Lembre-se de tirar suas dúvidas no ambiente virtual e nas aulas 
presenciais. Bons estudos! 
Créditos
RESPONSABILIDADE CIVIL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O assunto estudado por você nessa disciplina foi planejado pelo 
professor conteudista,que é o responsável pela produção de conteúdo 
didático, e foi desenvolvido e implementado por uma equipe composta 
por profissionais de diversas áreas, com o objetivo de apoiar e facilitar 
o processo ensino-aprendizagem.
Coordenação do Núcleo de Educação a Distância: Lana Paula 
Crivelaro Monteiro de Almeida Supervisão Administrativa: 
Denise de Castro Gomes Produção de Conteúdo Didático: 
Roberta Teles Bezerra Design Instrucional: Andrea Chagas 
Alves de Almeida Projeto Instrucional: Bárbara Mota Barros, 
Jackson de Moura Oliveira Roteiro de Áudio e Vídeo: José 
Glauber Peixoto Rocha Produção de Áudio e Vídeo: José 
Moreira de Sousa Identidade Visual/Arte: Francisco 
Cristiano Lopes de Sousa, Viviane Cláudia Paiva Programação/
Implementação: Jorge Augusto Fortes Moura Editoração: 
Camila Duarte do Nascimento Moreira, Sávio Félix Mota 
Revisão Gramatical: Luís Carlos de Oliveira Sousa

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