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resumo direito administrativo I - primeira prova luciano chaves

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Resumo
Direito Administrativo
1. Formação do Direito Administrativo
O direito administrativo como ramo autônomo surge no fim do século XVIII e início do século XIX. Antes disso, existiam normas administrativas que estavam inseridas no jus civile, junto com os demais ramos do direito. 
Não havia espaço para se construir um direito administrativo na idade média, visto que era a época das monarquias absolutas, onde todo o poder pertencia ao soberano. Eis porque esse direito demorou tanto de se desenvolver. 
O desenvolvimento do direito administrativo surge juntamente com o direito constitucional e outros ramos do direito público, quando começa a se falar, já no Estado Moderno, em Estado de Direito¹ e Separação de Poderes². 
¹ Estado de Direito – estruturado sobre o princípio da legalidade, define que até mesmo os governantes devem se submeter às leis, em especial à Constituição. 
² Separação de Poderes – tem por objetivo assegurar a proteção dos direitos individuais, não apenas nas relações entre particulares, mas também entre estes e o Estado. 
Pode-se afirmar, portanto, que o direito administrativo deve seu desenvolvimento às revoluções que acabaram com os regimes absolutistas da época, principalmente à Revolução Francesa, não tendo o mesmo desenvolvimento em países que não aderiram a essa luta que convergiu para a mudança brusca de regime. Apresenta-se, na realidade, como um direito que o estado burguês utiliza para se defender tanto contra a classe derrubada como contra a que, utilizada como aliada no decurso da revolução, é reprimida depois da tomada do poder. Importante notar que quanto menos desenvolvido o direito administrativo, maior é a aplicação do direito privado nas relações jurídicas de que participa o estado. 
O conteúdo do direito administrativo varia no espaço e no tempo, conforme o tipo de estado adotado. Se, por exemplo, adota-se um Estado de Polícia, onde a finalidade é apenas a de assegurar a ordem pública, não há tanto desenvolvimento do d.a. quanto no Estado do Bem-estar, que se preocupa com a ordem pública e a criação de atividades na área da saúde, educação e etc. 
1.2. Contribuição do Direito Francês
Foi graças principalmente à elaboração jurisprudencial do conselho de Estado francês que se construiu o direito administrativo. O sistema administrativo adotado pela França é o sistema dualista, onde além da jurisdição administrativa, há uma jurisdição comum. Ambas são responsáveis por regular os atos ilegais praticados pelo poder público. 
1.3. Direito Administrativo Brasileiro
No Brasil, o d.a. não nascera autônomo, pois esteve sob regime da monarquia absoluta. A administração pública organizada era regida praticamente pelo direito privado, e isso só vai ser quebrado no início do período republicano, quando se suprime o Poder Moderador e a jurisdição administrativa antes atribuída ao Conselho de Estado. 
A partir da Constituição de 1934, o Direito Administrativo experimentou grande revolução, visto que esta fora uma constituição voltada para a extensão da atividade do Estado nos âmbitos social e econômico. 
2. Critérios para a definição do Direito Administrativo
 Serviço Público: Tal conceito não serve para definir o objeto do d.a., visto que para alguns ultrapassa seu objeto, e para outros deixa de lado matérias a ele pertinentes. 
Poder Executivo: Insuficiente, visto que outros poderes podem exercer função administrativa, além de que o Poder Executivo exerce não somente funções administrativas, mas também funções do governo que não possuem caráter administrativo. 
Relações Jurídicas: Defende o d.a. como o conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados. Inaceitável, visto que outros ramos do direito também regulam essas relações. Além disso, estaria se reduzindo o objeto do d.a., pois este abrange ainda a organização interna da administração pública, a atividade que ela exerce e os bens de que se utiliza.
Teleológico: Considera o d.a. como o sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. As finalidades do Estado são muito amplas, não podendo o d.a., sozinho, estudar todas elas. 
Negativo ou Residual: O d.a. teria como objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas a legislação e a jurisdição, ou somente esta. Não seria adequado se utilizar aspectos negativos para se definir algo. 
Administração Pública: O d.a. é o conjunto de princípios que regem a administração pública. É o conceito mais aceito. 
3. Administração Pública
Pode ser dividida em dois sentidos:
Subjetivo/ Formal/ Orgânico: designa os entes que exercem a atividade administrativa – compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer a função administrativa. 
Objetivo/ Material/ Funcional: designa a natureza da atividade exercida pelos referidos entes. Leva em conta o conteúdo, a função, a matéria.

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