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Penhora

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Do Objeto da Penhora
A responsabilidade do devedor quanto ao seu patrimônio e a sua sujeição de bens. Pode o juiz, independentemente da vontade do executado, determinar a invasão em seus patrimônios para que seja possível transferir os bens presentes bem como os futuros, para quitar a exata quantia de sua dívida. Nesse caso, faz-se valer o princípio da responsabilidade patrimonial, que é a viabilidade dos bens do executado servirem como efeitos das medidas executivas, em outras palavras, seu patrimônio se torna uma garantia.
No artigo 832, CPC/2015, abordamos o assunto a cerca da proteção de certos bens que são impenhoráveis e inalienáveis (aqueles tidos como indispensáveis à existência digna do ser humano). Tal artigo trata ainda da impenhorabilidade absoluta (que em tese seriam os bens que mediante determinação legal não estão à disposição para à execução) e da inalienabilidade (que é a impossibilidade de o proprietário transferir a terceiros o seu patrimônio).
No artigo 833, CPC/2015, existe um rol de bens impenhoráveis, e, nenhum desses referidos bens pode ser alvo de penhora, e, caso penhorados, serão nulos por se tratarem de matéria de ordem pública. O Estado faz uso do princípio da dignidade da pessoa humana como meio de proteção para impedir que bens oriundos da residência, tais como, vestuários em geral, sejam alvos de penhora. O STJ entende que bens como a televisão, máquina de lavar louça, micro-ondas, freezer, computador, bem como os demais da mesma natureza, são impenhoráveis, porém, há entendimentos que admitem a penhora de bens duplicados. O salário da pessoa, que serve como sustento, é impenhorável, salvo, em caso de pensão alimentícia. Também fica ressalvado os rendimentos que superam 50 salários mínimos mensais. Seguro de vida por natureza alimentar também é impenhorável.
Quando o assunto é impenhorabilidade, existem duas modalidades, a absoluta (apresentada no art. 833 do CPC/15) e a relativa, apresentada nesse artigo. A impenhorabilidade relativa diz que o bem poderá ser penhorado desde que não haja outros à disposição da execução, nesse caso, depende do requerimento do interessado, bem como do juízo de valores do juiz, e, sempre irá decorrer da subsidiariedade. Ela em sua totalidade, complementa a absoluta, uma vez que os bens impenhoráveis não serão penhorados, todavia, seus frutos poderão.
A ordem em que os bens poderão ser penhorados não é absoluta, mas desejável. Assim, se ordena os patrimônios de maior aptidão, para ver se esses podem satisfazer os interesses do credor. Tanto os bens presentes quanto os futuros, ainda que não presentes na lista, poderão ser penhoráveis. O primeiro da lista, é o dinheiro, nas questões de quantia certa, depois vem os títulos da dívida pública, valores mobiliários, veículos de via terrestre (motorizados ou não), bens imóveis, e os moveis em geral, navio e aeronaves, ..., quando não houverem bens, serão outros direitos a serem fixados.
Não se pode penhorar um bem cujo valor será inferior e insuficiente para o pagamento das custas do processo executivo. Tal afirmação se encontra no princípio da menor onerosidade possível da execução ao executado. Caso o oficial de justiça não encontre bens penhoráveis, fara de oficio uma lista dos possíveis bens que possam vir a ser penhorados respeitando as regras da impenhorabilidade. 
Da Documentação da Penhora, de seu Registro e do Depósito.
A penhora pode ser realizada por meio eletrônico, a chamada penhora online. Todavia, protocolos e medidas de segurança devem ser respeitadas para que isso ocorra. Há também alguns estados e tribunais com convênios com imobiliárias.
Requisitos essências para o ato de penhora, que deverão estar no auto de penhora, se não houver os requisitos citados no artigo poderá ser considerado invalido. A data da penhora, o dia, o mês o ano e local, para uma possível preferência em um eventual concurso de credores. Nome das partes. A descrição do bem perfeitamente detalhado para sua correta identificação e avaliação. A nomeação do depositário dos bens. 
A penhora serve como um ato de conservação do bem e de sua identificação no patrimônio do executado, para que assim num futuro possa a vir ser expropriado. Um dos efeitos dela é à apreensão do bem, para que não haja por parte do devedor a alienação do bem nem a sua oneração, ou até mesmo, sua deterioração em prejuízo ao exequente. Já o depósito é a nomeação da pessoa que ficará a cargo de guardar e proteger o bem mediante remuneração, e, irá responder por prejuízos do bem que causar. Para cada ato de penhora deverá ser lavrado um auto próprio.
Para depósitos em quantia de dinheiro, papeis de crédito, pedras e metais preciosos há uma ordem de preferência, prevista no inciso I, do artigo 840. Segundo o inciso II, os bens móveis, semoventes e os imóveis urbanos, ficarão em poder do depositário judicial. A função do depositário é conservar os bens penhorados, evitando extravios e deteriorações, até a conclusão do processo executivo, agindo sempre em nome do juiz. Excepcionalmente, quando os bens penhorados exigirem contínua exploração econômica, o depositário assume também a tarefa de os administrar. Neste caso, a função é também de gestão, e não mais de mera guarda. O depositário é nomeado pelo juiz e não pelo oficial de justiça que realiza a penhora, pois trata-se de ato jurisdicional de competência exclusiva do juiz, a quem cabe avaliar a idoneidade do depositário. O oficial de justiça, durante a diligência, pode escolher quem fica com os bens penhorados, mas tal decisão só estará concretizada por decisão judicial. Nos termos do inciso III, ficará como depositário o executado no caso de a penhora recair sobre bens imóveis rurais. Os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, os as máquinas, utensílios e instrumentos necessários ou úteis a atividade agrícola, desde que seja prestada caução idônea. Caso o executado não ofereça a caução, deve o bem ficar em poder do depositário judicial. Também ficará o executado como depositário, na hipótese de bens de difícil remoção ou quando concordar o exequente, quando não for exigida prestação de caução.
Este artigo traz como regra geral a intimação do executado sobre a penhora realizada na pessoa de seu advogado ou da sociedade do qual esse faça parte. Essa intimação será feita através de publicação no Diário Oficial. Caso não conste advogado nos autos, a intimação será pessoal e de preferência por via postal, com aviso de recebimento.
Não é novidade a exigência de intimação do cônjuge do devedor quando penhorado bem imóvel, já constando no artigo 655, §2°, CPC/73. O que o artigo 842 do Novo CPC traz de novidade é a expressa exclusão da necessidade de intimação sendo o devedor casado com regime de separação de bens, sendo assim, é claro o entendimento de que a exigência legal está limitada à hipótese de penhora de imóvel, não sendo necessária a intimação do cônjuge não devedor quando a penhora recair sobre bem de outra natureza.
Este artigo do código traz mudanças quanto a penhora do bem indivisível, que no caso de alienação do bem indivisível o produto da venda seria revertido ao cônjuge do executado para garantir assim a meação, benefício esse estendido agora ao coproprietário, em igualdade de condições. Leiloado o bem em valor inferior ao da avalição, ainda assim, o condômino recebera sua parte pelo valor de avaliação, sendo vedada a alienação se comprometer esse direito do proprietário e do cônjuge.
A penhora deve ser averbada na matrícula do bem imóvel ou no registro administrativo do bem móvel. A ausência de averbação não torna nula a penhora, mas em regra, a torna ineficaz perante terceiro. Porém, a penhora poderá ser eficaz perante terceiro caso prove-se que o terceiro tinha ciência da constrição judicial. A relevância de mostrar que há a ciência do terceiro quanto a isso, é que a jurisprudência privilegia o terceiro de boa-fé, de modo que os atos da execução não o prejudicarão caso tenha adquirido bem penhorável.Do Lugar de Realização da Penhora
Tal artigo admite que a penhora de imóvel, independentemente de sua localização, for realizada quando apresentada nos autos cópia da matrícula atualizada, porém passando a admitir a mesma forma de penhora. Também, para veículos automotores, quando apresentada a certidão que ateste a sua existência. Seja como for, realizada a penhora por termo nos autos de bem localizado em outro foro, a carta precatória será dispensada para esse ato específico, mas fatalmente será expedida para avaliação e expropriação do bem, atos que só podem ser realizados no local em que se encontra o bem. 
A expressão, fechar as portas, que serve para justificar a comunicação do oficial de justiça ao juiz com pedido de ordem de arrombamento, é figurativa, e deve ser interpretada como criação de qualquer obstáculo de acesso criado pelo executado ao oficial de justiça no ato da penhora de bens localizados em sua casa. A ordem de arrombamento depende de resistência injustificada do executado, devidamente certificada pelo oficial de justiça. Não pode, portanto, o juiz expedir o mandado de citação, penhora e avaliação já determinando a ordem de arrombamento. O que pode acontecer é, a depender do teor da certidão do oficial de justiça, o juiz poderá requisitar força policial para o cumprimento, pelos oficiais de justiça, da diligência. Sendo deferido o requerimento formulado pelo oficial de justiça, o mandado deverá ser cumprido por dois oficiais de justiça, podendo arrombar cômodos e moveis em que se presuma estarem os bens. Cabe também aos oficias de Justiça a lavratura de um auto circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas presentes à diligência. 
Das Modificações da Penhora
Doutrina e jurisprudência consideravam, majoritariamente, como não preclusivo o prazo de 10 dias referido no CPC/1973, art. 668, para que o executado requeresse a substituição dos bens penhorados. Esse é o entendimento que deve prevalecer relativamente ao prazo de 10 dias referido no CPC/2015, art. 847, podendo o executado formular o requerimento de substituição da penhora a qualquer tempo, mesmo após o prazo de 10 dias contados de sua intimação sobre a penhora, desde que o pedido seja anterior à expropriação dos bens e/ou à extinção da execução, atendendo a um número significativo de pressupostos/requisitos previstos no artigo. 
O dispositivo traz as hipóteses em que qualquer das partes pode requerer a substituição dos bens penhorados. Note-se que, ao contrário do CPC/2015, art. 847, esse dispositivo não estabelece prazo para a formulação do pedido de modificação, sendo forçoso concluir que podem as partes requerer a substituição da penhora a qualquer tempo, desde que antes da concretização da expropriação do bem originalmente penhorado e/ou da extinção da execução. Nota-se que, viola a proporcionalidade a exigência de acréscimo de 30% caso se trate de fiança bancária ou de seguro garantia judicial, constante do CPC/2015, artigos 835, § 2º, e 848, parágrafo único. Não há razão para que todos os demais bens de valor equivalente ao da execução sirvam para penhora, mas que a fiança bancária e o seguro garantia judicial sejam considerados como menos idôneos do que todos os demais bens, servindo para a constrição judicial somente se acrescidos de 30%. 
Versa sobre a necessidade de lavratura de novo termo de penhora. Nada é dito, contudo, em se considerando a substituição parcial dos bens penhorados. Nessa hipótese, tem-se que a melhor técnica recomenda seja feita ressalva expressa a esse respeito quando da elaboração do novo termo, delimitando o julgador quais os bens que restam liberados.
Realizada a primeira penhora, a regra geral é a de que a constrição se mantenha e os bens constritos sejam expropriados. Somente de forma excepcional é que se permite a modificação dos bens penhorados. Ao lado da possibilidade de modificação da penhora, cabe a realização de segunda penhora somente se presentes os estritos pressupostos dos incisos do artigo 851 onde se a primeira penhora for anulada; se, executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do exequente; ou se o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens ou por estarem submetidos a constrição judicial.
Somente procederá à segunda penhora se a primeira for anulada, ou quando executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do exequente, e, por fim, quando o exequente desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens ou por estarem submetidos a constrição judicial. Dessa forma dar-se-á a satisfação dos interesses do exequente da forma menos onerosa para o executado, por esta razão, não serão realizados atos inúteis que possam prejudicar o patrimônio do executado, assim, admitindo a segunda penhora apenas das formas descritas acima. 
Cabe ao juiz determinar a alienação antecipada dos bens da penhora quando se tratar de veículos automotores, de pedras e metais preciosos, bem como outros bens móveis sujeitos à depreciação ou à deterioração, ou quando houver manifesta vantagem. Esse artigo é uma novidade que está à disposição do Juiz, pois este determinará, e não mais autorizará como no antigo código, não se tratando mais de uma faculdade do juiz. A determinação do juiz se dá para o alcance de um maior benefício ao exequente com um menor prejuízo ao executado. Suponhamos que a depreciação de um bem pelo decurso de tempo torne inviável a satisfação de forma integral do crédito por parte do exequente, e para o executado, uma privação permanente deste mesmo bem, sem que a dívida tenha sido satisfeita. 
Requerendo uma das partes alguma das medidas previstas, o juiz ouvirá sempre a outra em um prazo de 3 dias antes de se decidir, assim decidirá de plano qualquer questão suscitada. No caso, prevalece o artigo 5º, XL da CF/88, sendo sempre garantido o contraditório e a ampla defesa, dessa forma, o juiz decidindo, evita o perecimento de direitos do exequente ou do executado. 
Da Penhora de Dinheiro em Depósito ou em Aplicação Financeira
O juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência previa do ato ao executado, para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeiro, determinará as instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, assim se limitando a indisponibilidade ao valor indiciado na execução. O juiz determinará, de ofício, respeitando o prazo de 24 horas, o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que deve ser cumprido pela instituição financeiro em prazo igual. Se ficarem indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será intimado na pessoa de seu advogado ou não possuindo um advogado, será intimado pessoalmente. Fica a cargo do executado, no prazo de 5 dias, comprovar que as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis, ou, que ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros. O juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 horas, caso o executado prove que as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis, bem como continue a indisponibilidade excessiva de ativos financeiros. Caso seja rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-á a indisponibilidade em penhora, sem a necessidade de lavratura de termo, assim devendo o juiz de execução determinar à instituição de lavratura depositária que, no prazo de 24 horas, transfira o montante indisponível para a conta vinculada ao juízo de execução. Se o pagamento da dívida for realizado por outro meio, o juiz irá determinar imediatamente, por sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, a notificação da instituição financeira para que, em até 24 horas cancele a indisponibilidade. Todas as transmissões das ordens de indisponibilidade, de seu cancelamentoe de determinação de penhora previstas neste artigo far-se-ão por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional. Quando o juiz determinar, a instituição financeira será responsável pelos prejuízos causados ao executado em decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros em valor superior ao indicado na execução ou pelo juiz, bem como na hipótese de não cancelamento da indisponibilidade no prazo de 24 horas. Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do exequente, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido por autoridade supervisora do sistema bancário, que tornem indisponíveis ativos financeiros somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida executada ou que tenha dado causa à violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, na forma da lei.
A penhora online não se trata de uma inovação do Código de processo civil de 2015, mas a confirmação que as utilizações de meios eletrônicos podem e devem auxiliar o Poder Judiciário, especialmente na fase do processo de execução, visto que a sociedade não tolera mais a demora injustificada de procedimentos e o tempo é um grande inimigo do exequente, dessa forma é possível a penhora de dinheiro do executado sem previa intimação, mas limitando-se a indisponibilidade do valor da execução. No caso de excesso de penhora online está será prontamente cancelado em um prazo de 24 horas a contar de seu resultado. O executado deverá ser intimado da penhora por meio de seu advogado constituído ou da sociedade de advogados, sua intimação será pessoal, tendo preferência por via postal, uma grande novidade do Código de processo civil de 2015 é a autorização da intimação diretamente ao advogado do executado via diário oficial. A defesa do executado será no prazo de 5 dias contados da sua intimação, essa defesa da penhora online realizada terá que comprovar que a penhora recaiu sobre um bem impenhorável, ou, se existe excesso de penhora em relação à ordem de constrição determinada pelo juiz, e somente caso acolhida a alegação do executado, o juiz determinará o cancelamento da penhora irregular ou excessiva. Não verificada a hipótese de defesa do executado ou caso esta venha a ser rejeitada, será convertida em penhora a indisponibilidade financeira, assim cabendo a instituição financeira transferir o montante bloqueado para a conta vinculada ao juízo de execução. Em casos que o executado prefira realizar o pagamento da dívida por outro meio a sofrer a indisponibilidade financeira, o juiz deverá determinar o cancelamento. A responsabilidade da instituição financeira é objetiva, assim os danos causados ao executado decorrentes do não cumprimento de uma ordem judicial, esta responderá objetivamente, e as pernas e danos serão liquidadas de forma incidental devendo ser imediatamente intimada a instituição financeira para que se preserve o contraditório. E por fim a dívida de partido político é aplicada nas mesmas disposições que regulam a penhora online, a exceção de que a penhora recairá exclusiva no patrimônio do órgão partidário cujo tenha dado origem à dívida.
Da Penhora de Créditos
Quando recair em crédito do executado, enquanto não ocorrer a hipótese do art. 856, considerar-se-á feita a penhora pela intimação ao terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor ou ao executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição do crédito, dessa forma a penhora pode recair não apenas sobre os bens, mas também sobre direitos do executado. 
Far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não este em poder do executado, a penhora de crédito representado por letra de câmbio, nota promissória, duplicata, cheque, bem como de outros títulos. Caso o título não seja apreendido, mas, todavia, o terceiro confessar à dívida, será este tido como depositário da importância. O terceiro só fica isento da obrigação, depositando em juízo a importância da dívida. Todavia, se o terceiro negar o débito em conluio com o executado, a quitação que este lhe der caracterizará fraude à execução. Se tratando de requerimento do exequente, cabe ao juiz determinar o comparecimento, em audiência especialmente designada, do executado e do terceiro, a fim de lhes tomar os depoimentos. 
Depois de efetuada a penhora em direito e ação do executado, e não tendo ele oferecido embargos ou sendo estes rejeitados, o exequente ficará sub-rogado nos direitos do executado até a concorrência de seu crédito. Todavia, o exequente pode preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial do direito penhorado, caso em que declarará sua vontade no prazo de 10 dias contado da realização da penhora. A sub-rogação não é motivo para impedir o sub-rogado, se não receber o crédito do executado, de prosseguir na execução, nos mesmo autos, penhorando outros bens. 
A penhora pode recair não só sobre bens, mas também sobre direitos do executado, ou seja, sobre todo o seu patrimônio. Caso o executado seja um credor de terceiro pessoa, devendo receber seu crédito em prestações periódicas, acrescidas de juros e rendas, serão realizadas duas intimações para a efetivação da penhora, a primeira ao terceiro, para que não pague ao credor-executado, e a segunda ao executado, para que não disponha de referido credito. Caso o terceiro-devedor não cumpra este comando e realize o pagamento ao executado, este pagamento será totalmente ineficaz em relação ao exequente, devendo o terceiro ter que realizar novo pagamento, mas, dessa vez, em favor do exequente. 
Caso venha a penhora recair sobre direito a prestação ou a restituição de coisa determinada, o executado será intimado para, no vencimento, depositá-la, correndo sobre ela a execução.
Havendo uma demanda acerca do direito, dever-se-á ser averbada a penhora que sobre ele recair, com destaque, nos autos apropriados a esse direito, bem como na ação que corresponder a penhora, para que essa seja estabilizada nos bens que passarem ou que vierem a pertencer ao executado.
Da Penhora das Quotas ou das Ações de Sociedades Personificadas
Caso exista penhorada das quotas ou das ações de sócio em sociedade simples bem como na empresária, o juiz determinara prazo razoável, não superior a 3 meses, para que a sociedade: apresente balanço especial, na forma da lei; ofereça as quotas ou as ações aos outros sócios, respeitando o direito de preferência legal ou contratual. Se porventura não existir interesse dos sócios na aquisição das ações, deverá ser procedida à liquidação das quotas ou das ações, depositando em juízo o valor apurado, em dinheiro.
A fim de evitar a liquidação das quotas ou das ações, a sociedade tem a opção de adquiri sem redução do capital social e com utilização de reservas, para conservação em tesouraria.
Vale ressaltar que se tratando de sociedade anônima de capital aberto, as ações serão cedidas ao exequente ou alienadas em bolsa de valores, conforme o caso.
Se tratando de liquidação de dinheiro depositado em juízo, o juiz poderá, a requerimento do exequente ou da sociedade, citar administrador, que tem por finalidade submeter à aprovação judicial a forma que deve proceder a liquidação.
O juiz poderá estender o prazo de 3 meses, quando o pagamento das quotas ou das ações liquidadas: for maior que o valor do saldo de lucros ou reservas, salvo a legal, e sem diminuição do capital social, bem como por doação; ou colocar em risco o equilíbrio financeiro da sociedade simples ou empresária.
Na falta de interesse dos demais sócios no exercício de direito de preferência, e, não ocorrendo a aquisição das quotas ou das ações pela sociedade e a liquidação por dinheiro depositada em juízo seja demasiadamente onerosa para a sociedade, é facultativo ao juiz determinar o leilão judicial das mesmas.
Da Penhora de Empresa, de Outros Estabelecimentos e de Semoventes
Quando a penhora reincidir em estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem comoem semoventes, plantações ou edifícios em construção, cabe ao juiz nomear um administrador-depositário, imputando-lhe prazo referente a 10 dias para apresentar o plano de administração. Após ouvir as partes, o juiz decidirá a sentença cabível.
As partes podem acertar a forma de administração, bem como decidir o depositário, nesse caso o juiz homologará por despacho a indicação.
Quando se tratar de edifícios em construção sob regime de incorporação imobiliária, a penhora somente poderá recair nas unidades imobiliárias que não forma vendidas pelo incorporador.
Caso haja necessidade de afastamento do incorporador da administração da incorporação, essa será exercida pela comissão de representantes dos adquirentes, ou se a construção for financiada, caberá a administração a empresa ou profissional indicado pela instituição que fornece os recursos para a obra, devendo nesse caso (construção financiada), a comissão de representantes dos adquirentes.
A empresa que funcione mediante concessão ou autorização, terá sua penhora executada de acordo com o valor de crédito, sobre a renda, sobre determinados bens ou sobre todo o patrimônio, e será nomeado um de seus diretores como depositário.
Caso a penhora recaia sobre a renda ou em determinados bens, o administrador-depositário deverá apresentar a forma de administração e a forma de pagamento, devendo ser observado o disposto em relação ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
Se a penhora recair sobre todo o patrimônio, prosseguirá a execução em seus seguintes termos, todavia, antes da arrematação ou da adjudicação, deverá ser ouvido o ente público que outorgou a concessão.
Quando a penhora recair sobre navio ou aeronave, a operações não serão interrompidas até a alienação, mas o juiz no ato de conceder a autorização para tanto, não permitirá que ambos saiam de seus respectivos locais antes que o executado faça o seguro usual contra riscos.
A penhora de que trata de Empresa, de Outros Estabelecimentos e de Semoventes somente será determinada caso não haja outro meio eficaz para a efetivação do crédito.
Da Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa
Caso o executado não tiver outros bens penhoráveis, ou, uma vez que os tenha, todavia eles forem de difícil alienação ou não são o bastante para saldar o crédito executado, fica facultativo ao juiz ordenar a penhora de percentual de faturamento de empresa.
O juiz fixará percentual que seja favorável para a satisfação do crédito exequendo em tempo apropriado, desde que não torne impraticável o exercício da atividade empresarial.
Cabe ao juiz nomear administrador-depositário, o qual será submetido à aprovação judicial a forma de sua atuação e deverá prestar contas mensalmente, entregando em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balanços mensais, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida.
Quando o assunto é percentual de faturamento de empresa, deve ser observado no que couber, o que trata o regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
Da Penhora de Frutos e Rendimentos de Coisa Móvel ou Imóvel
Quando o juiz em seu entendimento, considerar para o recebimento do crédito e menos gravoso ao executado, pode optar pela penhora da frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.
Depois de ordenada a penhora de frutos e rendimentos, cabe ao juiz nomear administrador-depositário, que será acometido com todos os poderes que dizem respeito à administração do bem e à fruição de seus frutos e utilidades, perdendo dessa forma o executado o direito de gozo do referido bem, até que seja pago ao exequente tudo que a ele por direito pertence. A partir da publicação da decisão ou de sua averbação no ofício imobiliário, quando se tratar de imóveis, a medida também terá eficácia em relação a terceiros. Cabe ao exequente, independentemente de mandado judicial, providenciar a averbação no ofício imobiliário mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato.
O juiz tem a liberdade de nomear administrador-depositário o exequente ou o executado, desde que ouvida a parte contrária, e, caso não haja acordo, deverá nomear profissional com qualificações necessárias para o desempenho da referida função. A forma de administração e a prestação de contas periódicas, fica submetida à aprovação judicial, mediante apresentação do administrador. 
Se as partes discordarem entre si ou entre elas e o administrador, cabe ao juiz decidir a melhor forma para a administração do bem. O inquilino deverá pagar aluguel diretamente ao exequente, caso este (imóvel) esteja arrendado, salvo se houver administrador.
Uma vez que o executado seja ouvido, podem o exequente ou administrador celebrar locação do móvel ou do imóvel. Toda quantia recebida pelo administrador deverá ser entregue ao exequente, fazendo com que dessa forma, as mesmas sejam imputadas ao pagamento da dívida.
Por fim, mas não menos importante, cabe ao exequente dar ao executado, por termo nos autos, a quitação das quantias recebidas.

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