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Endodontia AULA PERGUNTAS

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O que é desgaste compensatório?
Desgaste compensatório é ato operatório que visa à remoção da dentina reacionária, seja ela fisiológica ou patológica, a fim de promover um acesso direto à entrada de todos os canais radiculares. Esse desgaste visa também à remoção do ombro palatino e/ou projeções dentinárias.
É o ato operatório no qual se faz a remoção de interferências dentinarias, a fim d possibilitar um acesso direto à entrada de todos os canais radiculares;
O que é guia de penetração e para que serve?
É a estrutura localizada na extremidade da ponta dos instrumentos endodônticos, sejam as limas ou brocas, que podem determinar pontas ativas (guia de penetração cortante) ou inativas (guia de penetração sem corte). A guia de penetração é a porção do instrumento que direciona a penetração da lima ou broca, seguindo as paredes do canal principal. Essa ponta tem um determinado ângulo, padronizado em 70°±15°.
É a estrutura cônica ou piramidal de vértice puntiforme localizada na extremidade delgada da ponta do instrumento endodontico, que possibilita a manutencao do instrumento na luz do canal durante os movimentos de penetração;
Citar e explicar 5 cuidados durante a instrumentação.
Confecção do stop apical – evitar extravasamento de material obturador e permitir assentamento e retentividade do cone principal de guta-percha – degrau ideal;
Não retificar o canal – evitar que os canais curvos sejam instrumentados de maneira incorreta, podendo aumentar abertura do forame apical e mudar sua posição;
Manter forma original – 
Não ampliar demais – para não dificultar a confecção do stop apical;
Limpar reentrâncias – utilização eficaz das soluções irrigadoras
Desinfecção
Cursor paralelo e fixo – evitar distorções de medidas e evitar perda de referencias;
Patência – 
Movimentos curtos
Trabalhar com instrumento adequado
Teste do stop apical e manutenção da patência
Pré curvatura dos instrumentos
Observação do comprimento de trabalho – borda de referencia;
Irrigação eficiente a cada instrumento
Determinação adequada do DC
Descrever o PQM da raiz mesial do 1º MI
Rx inicial
Raspagem e profilaxia do elemento dentário;
Anestesia;
Seleção do grampo;
Isolamento do elemento com o arco do grampo voltado para distal;
Abertura coronária
Ponto de eleição – centro da face oclusal;
Trepanação – 15° em direção ao canal distal;
Contorno – trapezoidal, com base maior voltada para mesial;
Conveniência – parede M divergente; parede D convergente, paredes V e L paralelas;
Limpeza da cavidade;
Esvaziamento da cavidade – remoção de polpa viva ou necrótica
Odontometria eletrônica / radiográfica
Acesso radicular – melhora a pontaria; com lima 35 e depois Gates 2; depois CA877;
Ampliação reversa – primeira lima que trava onde trabalhou a GG2; alargamento alternado decrescente (35, 30, ... 15); 10 – ou primeira lima que chega ao CT; atinge o DA
Odontometria radiográfica
Confecção do stop – 2 a 3 limas a mais daquela que atingiu o DA; atinge agora o DC
Escalonamento regressivo – a partir do DC, aumentando as limas progressivamente a cada mm;
Descreva a anatomia de interesse para tratamento endodôntico de um 1º MS.
Comprimento médio de 21,30 mm; presença de 3 raízes, podendo ser distintas (95%) ou fusionadas (5%); pode possuir 3 (30%) ou 4 (70%) canais; irrompe à cavidade bucal entre 6 e 7 anos, e tem rizogenese completa entre 9 e 10 anos; forma mais comum das raízes: raiz palatina – curva para V (55%) ou reta (40%); raiz MV – curva para distal (78%); raiz DV – reta (54%); a raiz voltada para vestibular não aparece nas radiografias orto-radiais, devendo ser tomada uma Rx mésio-radial
Descreva a abertura coronária de um PMS.
Abertura coronária de forma oval;
Ponto de eleição – centro do sulco MD, em direção ao canal palatino, com inclinação da broca em 15°;
Trepanacao – broca 1011 ou 1012 direcionada ao canal palatino, em 15°, fazendo uma cavidade um pouco maior que a broca;
Forma de contorno – forma ovalada; sua distância VP deve ser metade da distância entre as pontas das cúspides V e P e largura um pouco maior que a broca 3082; nesta fase, faz-se a remoção do teto da camara pulpar;
Forma de conveniência – alisamento da entrada dos canais radiculares, com broca CA877;
Limpeza da cavidade – eliminar detrito de dentina e restos de tecido pulpar necrótico;
Paredes V e P devem ser convergentes para oclusal;
Paredes M e D devem ser paralelas ao LED;
Descreva a odontometria, pelo método de Ingle.
Faz-se uma radiografia inicial, para medir comprimento radiográfico / aparente do dente (CAD), comparando com as medidas médias; subtrai-se 3 mm para compensar distorções, e transfere essa medida para uma lima com cursor (geralmente lima 8 ou 10); introduz a lima no canal tomando nota da borda de referencia (cúspides ou incisais); faz-se nova radiografia com a lima no canal; mede-se a distância da lima ao ápice dentário – se essa distância for realmente 3 mm, o comprimento do dente (CD) é o CAD medido anteriormente; se não for, verificar o tamanho da lima introduzida e somar a essa distância, da ponta da lima ao ápice; o comprimento de trabalho (CT) será o CD – 1 mm;
Ex.:	CAD 	=	22 mm	25 mm
	Lima (x=CAD – 3)	=	19 mm	22 mm
	Borda de ref.	=	cúspide ou borda incisal
	Lima ao ápice (y)	=	3 mm	2 mm
	CD (x+y)	=	22 mm	24 mm
	CT (CD-1)	=	21 mm	23 mm
O que é acesso radicular e para que serve?
Serve para melhorar a “pontaria” no preparo do canal radicular; evita deslocamento para apical; atenua a compactação de detritos; compensa a memória elástica, além de facilitar a instrumentação. Deve ser realizado sempre, podendo ser dispensado em canais amplos, quando a lima 35 chega ao CT. Faz-se testando a própria lima 35. Se foi dispensado o uso dela, fazem-se somente os desgastes compensatórios (ombros palatinos / projeções dentinárias). Se for usado, verificar até onde a lima penetrou ao canal e marcar com cursor, além de analisar sua direção. Marca-se a GG2 com a mesma medida da 35 e penetra ao canal. Utilizam-se a GG3 com 1 mm a menos e em seguida a GG4 com 2 mm a menos da lima 35 (se ofr o caso do canal de cada dente). Em seguida, realizam-se os desgastes compensatórios com broca CA877, para alisar a entrada do canal, formando uma espécie de funil; 
Ampliação do terço cervical suavizando a projeção dentinária sobre a embocadura dos canais. Serve para facilitar a introdução das limas, potencializar a irrigação, suavizar a curvatura do cana;l e acelerar o tratamento. 
Ampliação do terço cervical suavizando a transição canal / câmara pulpar; Serve para diminuir contaminação, reduz acidentes, potencializa a irrigação, facilita colocação da MIC;
Qual a importância de fazer o stop apical?
Permitir assentamento e retentividade do material obturador, por uma constrição abrupta entre a porção apical preparada e a porção não preparada. Restringe o material obturador ao canal dentinário preparado.
Como é a abertura coronária do ICS (forma de contorno, acesso, brocas...)?
Abertura coronária é em forma de um triangulo eqüilátero, com base voltada para incisal. O ponto de eleição é o centro da face palatina, com cerca de 2 mm abaixo do cíngulo. A direção de trepanação é o centro do dente, na altura do colo anatômico. Para iniciar a abertura, utiliza-se uma broca de alta rotação 1011 ou 1012, dependendo do tamanho do elemento dentário. Faz-se a cavidade inicial com a broca, direcionando-a ao centro do colo anatômico. Perfura-se a coroa até sentir a broca “cair no vazio”. Verifica-se a trepanaçao com uma sonda modificada. Feita a trepanação, inicia-se a forma de contorno, utilizando uma broca 3082 em alta rotação. Nesse momento, será removido o teto da camara pulpar ampliando a trepanacao, determinando a forma de abertura coronária de um triangulo eqüilátero com base voltada para incisal. Verifica-se a remoção de todo o teto com a sonda exploradora. Caso esteja ok, partimos para forma de conveniência, momento em que se utiliza a broca CA877 em baixa rotação. Nesta etapa, faz-se os desgastescompensatórios, com a remoção do ombro palatino. Ao final, deverá ser observado que as paredes P, M e D são paralelas ao longo eixo do dente e a parede V é convergente, esta ultima para poupar estrutura do esmalte.
Em um MI, qual a incidência radiográfica deve ser feita e qual a seqüência de canais visualizados de distal para mesial?
Disto radial. Se o MI tiver 3 canais temos: canal D, canal ML e canal MV. No caso de 4 canais: DL, DV, ML, MV.
Quais as características das limas flexofiles?
Flexíveis
Aço inox + molibdenio
Torcidas (33 voltas) e não usinadas
Secção triangular (maior poder de corte)
Guia de penetração inativa
Ótima flexibilidade
Movimentos variados (limagem, raspagem, corte)
Porque e como fazer a técnica hibrida de Tagger?
É a obturação do canal radicular, após concluído o PQM.
Secagem do canal radicular por aspiração e em seguida com cones de papel de calibre compatível;
Faz-se a antissepsia do cone principal e dos cones acessórios em PVPI e álcool, finalizando com secagem em gaze estéril;
Seleciona o compactador de McSpaden e introduz no canal até travamento. O comprimento não poderá ser superior a CT-4mm;
Preparação do cimento endodontico, em placa d vidro; utiliza-se 2 gotas do líquido e pó suficiente para consistência ideal;
Coloca-se cursor a CT-1mm no espaçador digital azul e escolhe-se um calcador que penetre ate o terço médio e outro que fique meio folgado na altura de colo anatômico;
Insere-se o cone principal, com cimento endodontico nos seus 10mm finais. A introdução deve ser feita por movimentos de vai-vem (2 a frete e um pra trás) para tirar o ar do canal e deixar o cimento entrar.
Inicia-se a condensação lateral, com o espaçador azul, pressionando lateralmente a guta-percha introduzida no canal e forçando em direção apical, fazendo com que o espaçador desça o mais profundo possível (ate CT-1mm);
Retira-se o espaçador e coloca-se um cone acessório com a ponta envolta em cimento endodontico no espaço aberto pelo espaçador;
Repete-se a inclusao de quantos cones acessórios forem necessários, ate que o espaçador não entre mais que CT-4mm;
Compactação termo-mecanica – introdução do compactador de McSpaden entre os cones de obturação, acionando-o com a baixa rotação em velocidade máxima; faz-se pressão apical com movimento de introducao lento ate introduzir o compactador ate CT-4mm (marcação do cursor). Nesse momento, haverá plastificacao dos cones de GP. Haverá transformação numa massa de GP e cimento. Após essa compacatacao, remove-se o compactador lentamente, apoiando-o contra uma parede dentinária, fazendo movimentos curtos de vai-vem.
Radiografia de comprovação da obturação;
Corta-se a obturação com GG4 em 2mm abaixo do colo anatômico;
Condensa-se a GP remanescente na camara pulpar com um calcador folgado (pouco menor que o diâmetro do canal), utilizando força constante por vários segundos, complementando a condensação da obturação;
Limpa-se a camara pulpar de resíduos, com bolinha de algodão e álcool. Lavar e secar.
Como é feito um acesso radicular? Lima 35 e GG2, se forem os casos...
Quais os cuidados tomar com raízes curvas?
Verificar o tipo de curvatura, nível de curvatura e intensidade de curvatura. Deve ser observado o instrumento a ser utilizado, de preferência uma lima Nitiflex em razão de sua melhor flexibilidade. Lima deve obrigatoriamente ter guia de penetração inativa, sem corte. O movimento com a lima deve ser de ampliação do canal. Lima deve ter sua extemidade pré-curvada para evitar deformação apical e evitar retificação do canal. Limas de no máximo 35, 30 ou 25. Deve ser feito movimento de ampliação oscilatório de giro.
Qual o DC de um canal reto (acima de 40)? 55 ou 60
Porque é usada a pasta de CaOH?
Medicacao intracanal com ação antiinflamatória, estimulador de reparo por tecido calcificado, inibição da reabsorção dentaria, antibacteriana, neutralização de toxinas, solvente de matéria orgânica.
Qual a DC / MLA no ICS? 40
Cimentos a base de ZOE: Rickert, N-Rickert, Grossman (endofill), endomethasone.
Cimentos a base de resina: AH26, AH-Plus, TopSeal, Diaket, Endo-Rez, Epiphany
Cimentos a base de CaOH: Sealapex, CRCS, Apexit, Sealer 26
Cimentos a base de ionômero de vidro: Ketac Endo
Dissociação de Raízes:
PM – mésio-radial;
MI 3 canais – disto-radial;
MI 4 canais – disto-radial para visualizar canais distais / mesio-radial para visualizar canais mesiais
MS 3 canais – orto-radial (canal palatino fica ao meio);
MS 4 canais – mésio-radial para visualizar o 4º canal;
Quais as vantagens de se fazer o isolamento absoluto?
Simples, rápido e eficaz;
Previne a contaminação do campo de trabalho pela saliva, sangue e outros fluídos tissulares;
Manutenção da cadeia asséptica em todas as fases do tratamento;
Campo operatório seco, limpo e passível de desinfecção;
Diminuição da possibilidade de infecção cruzada;
Proteger paciente contra aspiração de objetos ou soluções;
Retração e proteção de tecidos moles;
Melhor visualização do campo operatório;
Contenção da língua e mucosa jugal;
Torna tratamento endodontico mais fácil;
Redução da fadiga do operador, aumentando eficiência;
Objetivos do PQM
Desenvolver forma continuamente cônica;
Deixar canal mais fino apicalmente;
Reproduzir forma do canal em todos os planos;
Não deformar forame apical ou mudá-lo de posição;
Manter forame apical tão constrito quanto possível;
Confeccionar stop apical (degrau ideal)
Retentividade;
Secção transversal circular;
Não retificar terços apical, médio ou cervical;
Não ampliar demais (dificuldade de confeccionar stop);
Manter forma original do canal;
Limpar reentrâncias (só com os liquidos irrigadores);
Desinfecção;

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