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Metamorfismo de rochas ultramáficas Mineralogia: olivina + piroxênio (opx, cpx) + acessórios Rochas anidras ou com pouquíssima água; Como nas rochas máficas, o metamorfismo é condicionado à presença de fluido (H2O ± CO2); O mais importante é a distinção entre protólitos máficos e ultramáficos; Associados a tipos de metamorfismo semelhantes aos de rochas máficas: fundo oceânico, regional e de contato; Rochas ultramáficas É comum a troca de elementos químicos em um sistema metamórfico aberto (principalmente por migração de fluidos), comumente gerando processos metassomáticos; Componentes: MgO, FeO, SiO2, CaO - sendo MgO o principal Olivina: (Mg,Fe)2SiO4 – manto 73% forsterita Rochas ultramáficas Classificação de rochas ultramáficas Grande parte das rochas ultramáficas encontradas na crosta são resultados de dois processos principais: 1) Tectonicamente colocadas durante orogêneses; rochas mantélicas (ex. peridotitos tipo Alpino); 2) Resultado de cristalização fracionada (cumulatos) de magmas máficos; Rochas ultramáficas Os fragmentos mantélicos na crosta podem ser de dois tipos A) associados a suítes ofiolíticas obductadas em orógenos (tipo Alpes); B) Fragmentos de manto sub-continental exumado durante processos orogenéticos; Rochas ultramáficas Rochas ultramáficas ocorrem na base da crosta oceânica em cumulatos diferenciados ou no manto litosférico subjacente; Ocorrem tipicamente em sucessões ofiolíticas em orógenos tipo Alpino, com exumação de ofiolitos próximos a cunha acrescionária em zonas de subducção; Associação com rochas de fácies xisto azul e eclogito, corroboram zona de subducção. Podem indicar a zona de sutura entre as duas placas envolvidas; Suítes ofiolíticas rochas ultramáficas rochas máficas rochas sedimentares químicas e clásticas Exemplos: Intrusões acamadadas: São ricas em cumulatos diferenciados por cristalização fracionada; Dunitos na base Peridotitos intermediários (wherlitos e harzburgitos) Piroxenitos superiores Essas intrusões podem ter gabros-noritos e até anortositos de cúpula; Tipos de protólitos Exemplos: Complexos intrusivos ou manto exumado: Normalmente são peridotitos com misturas de restitos refratários e fusões parciais; lherzolitos e websteritos seriam os peridotitos iniciais, contendo Dunitos harzburgitos (restitos) e wehrlitos ou até gabros como fusões parciais; Podem ocorrer na base da crosta oceânica; Tipos de protólitos Difícil distinguir claramente o tipo de protólito entre as rochas ultramáficas; Deve-se considerar, principalmente, a abundância de cada mineral metamórfico; Tipos de protólitos Portanto, o metamorfismo será mais evidente em baixo grau (xisto verde); A mineralogia metamórfica será reflexo direto da composição do protólito; olivinas talco e serpentinas (grupo) piroxênios cloritas, biotita, anfibólios Rochas ultramáficas Crisotila e Lizardita são serpentinas de baixa T (até xisto verde baixo); Antigorita é serpentina de mais altas T, podendo ocorrer até fácies anfibolito baixo; Carbonatos como calcita, dolomita e magnesita são comuns em baixo grau; Metamorfismo progressivo: Como em rochas máficas, o metamorfismo em rochas ultramáficas inicia-se com processos de hidratação que vão sendo revertidos (desidratação) durante o metamorfismo progressivo; Metamorfismo progressivo: Crisolita + talco antigorita (+ talco/brucita) Transformação entre diferentes tipos de serpentinitos (250 – 300 °C) – toda cristolita é transformada em antigorita; Brucita + antigorita forsterita + antigorita Marca o limite inferior para a ocorrência de Fo a 400 °C (fácies anfibolito), ou seja, o limite inferirior da estabilidade de peridotitos; Meta Harzburgitos (alto Mg): Antigorita serpentinitos/xistos são característicos do fácies anfibolito, porém ocorrem em fácies xisto azul e eclogito de baixa T (~600°C) como nos Alpes; A associação antigorita + forsterita é estável entre 570-620 °C, Assim, a quebra da antigorita marca o final do campo de estabilidade dos serpentinitos; Metamorfismo progressivo Tal temperatura vai variar com a P, portanto, com o tipo e ambiente metamórfico: 620°C para serpentinitos em zona de subducção; 570° pra metamorfismo barroviano; 550°C para metamorfismo regional de alta T e baixa P; 550°C par auréolas de contato; Metamorfismo progressivo Dependendo da P (fácies anfibolito): Altas P: Antigorita + forsterita enstatita + forsterita Baixas P: Antigorita + forsterita talco + forsterita Metamorfismo progressivo Com o avanço do metamorfismo para fácies anfibolito alto: P moderadas: Antigorita + talco enstatita + forsterita Baixas P: Antigorita + talco antofilita + forsterita No fácies granulito forsterita e enstatita são estáveis em todos os intervalos de P-T; Metamorfismo progressivo São sistemas quimicamente mais complexos com a participação de clinopiroxênio; Componentes adicionais: CaO e Al2O3; Cálcio: Estará presente no diopsídio ou tremolita; Alumínio: Estará presente na Mg-clorita, espinélio e granada; Meta lherzolitos: granada espinélio Os limites de estabilidade da antigorita, forsterita e enstatita são semelhantes aos dos metaharzburgitos; A Mg-clorita é estável em um amplo intervalo de P-T, ocorrendo desde fácies xisto verde até transição para fácies granulito, onde se transforma em espinélio (hercinita ou magnetita); Metamorfismo progressivo Assim, durante o metamorfismo, essas rochas geram complexos metamórficos com litologias variadas e de difícil distinção; Como o metamorfismo é condicionado à presença de água, é comum que este não seja igualmente distribuído em grandes corpos rochosos; Serpentinitos e talco-xistos tendem a ser derivados de rochas magnesianas (dunitos ou peridotitos ricos em olivina, lherzolitos); Metamorfismo de rochas ultramáficas Clorititos, clorita-xistos, tremolititos, tremolita-xistos tendem a ser derivados de rochas essencialmente compostas por piroxênio e/ou anfibólios ígneos (piroxenitos, anfibolititos, peridotitos ricos em piroxênio); O aparecimento de tremolita é dependente do XMg da rocha; A clorita poderá refletir o conteúdo de Fe e Mg; Metamorfismo de rochas ultramáficas Metamorfismo de rochas carbonáticas Rochas “puras”: calcários (calcita) e dolomitos (dolomita) ± SiO2; Rochas impuras: Margas (sedimentos silicosos + carbonáticos); Rochas carbonáticas A diferença seria na proporção de carbonatos e silicatos calcários/dolomitos (carbonáticas) margas pelitos (siliciclásticos) CaO, MgO, CO2 FeO, Al2O3, K2O, SiO2 Campo 1 = mármores e marmores dolomíticos impuros Campo 2 = rochas calcissilicáticas Como não há significativa variedade de componentes químicos, haverá principalmente recristalização das mesmas fases minerais; O aparecimento de minerais metamórficos índices está condicionado à presença de impurezas e a participação dos fluidos; O CO2 será a fase fluida fundamental; Segue o mesmo padrão de metamorfismo de rochas máficas – ultramáficas: primeiro hidratação e depois desidratação progressiva; Rochas puras Sistema químico simples: MgO, CaO, CO2 - principais SiO2, K2O, Al2O3, FeO - muito menores Atenção: como os teores de FeO são muito baixos, os minerais Fe-Mg ocorrerão mais próximos de seus membros magnesianos (incolores) Rochas puras - componentes Nesse caso ocorrem reações através das quais surgem novos minerais. Diferentes associações minerais irão refletir diretamente a Xprotólito > condições T-P; Rochas impuras margas calcissilicáticas (componentes essenciais de rochas impuras: calcita, dolomita, argilas, quartzo) calcários/dolomitos impuros mármores impuros (contendo alguns silicatos) Metamorfismo de rochas impuras nos Alpes Centrais Zonas metamórficas (minerais índice): O momento do aparecimento dos minerais é também influenciado pela composição da fase fluida, a qual é mista em variáveis proporções de H2O e CO2; Metamorfismo de dolomitos talco tremolita diopsídio ou forsterita diopsídio + forsterita 47 Zona do talco: Apesar de estar presente nos Alpes Centrais, esse mineral nem sempre está presente; A entrada de H2O promove a descarbonatação; Associação típica: talco, calcita, dolomita, quartzo; Metamorfismo progressivo dolomita + quartzo + H2O talco + calcita + CO2 Zona da tremolita: Em rochas com pouco quartzo, este é totalmente consumido, resultando na associação: talco + calcita + dolomita + tremolita Caso a rocha seja mais silicosa, a associação será: tremolita + calcita + quartzo Metamorfismo progressivo talco + calcita + quartzo tremolita + H2O + CO2 talco + calcita tremolita + dolomita + H2O + CO2 Zona do diopsídio/forsterita: O aparecimento destes minerais é controlado pela composição do protólito; + SiO2 – Mg, favorecimento do diopsídio; - SiO2 + Mg, favorecimento da forsterita; Metamorfismo progressivo tremolita + calcita + quartzo diopsídio + H2O + CO2 tremolita + dolomita forsterita + calcita + H2O + CO2 Zona de coexistência diopsídio + forsterita: Em graus mais elevados, ambos coexistem; Metamorfismo progressivo tremolita + calcita diopsídio + forsterita + H2O + CO2 Zona do periclásio (MgO) e brucita [Mg(OH)2]: Ocorre em metamorfismo de contato em rochas relativamente puras, após a quebra da forsterita; A presença de SiO2 suprime seu aparecimento; Caso haja grandes quantidades de SiO2, formará wollastonita (CaSiO3) nessas auréolas de contato; Metamorfismo progressivo Em calcários/dolomitos, poucas quantidades de Al2O3 podem estar presentes em Mg-clorita ou em espinélio; A clorita é estável em todas as fácies meta mórficas, exceto f. granulito e em metamorfismo de contato onde espinélio será o principal mineral aluminoso; Alumínio: A presença de K em mármores/dolomitos está relacionada a presença de argilominerais ou K-feldspato no protólito; Durante o metamorfismo progressivo, o K condicionará o aparecimento de flogopita (Mg >> Fe, K); Potássio: Margas são casos extremos onde a proporção de silicatos (argila e quartzo) é igual ou supera em muito a de carbonatos; Portanto, margas são ricas em Ca, Mg, CO2, Si, Al, K e Fe,; Nessa classificação, o resultado do metamorfismo dessas rochas é bem diferente e mais complexo; O metamorfismo de margas resulta em rochas calcissilicáticas; Metamorfismo de margas Protólito: Argilominerais: Smectita, kaolinita, illita, clorita; Quartzo e K-feldspato; Carbonatos: calcita, dolomita; Metamorfismo de margas: Ou seja, uma confusão!!!! Minerais metamórficos: A maioria dos minerais metamórficos de rochas pelíticas e carbonáticas; Além de minerais Ca-silicáticos especiais: Ca-px (diopsídio), Ca-anfibólios, grupo do epidoto, lawsonita, margarita, escapolita, vesuvianita; Metamorfismo de margas: Diopsídio: silicato de Ca e Mg; Hornblenda/tremolita: silicatos hidratados de Ca, Mg, Fe, Al; Epidoto – clinozoisita: silicatos hidratados de Al, Ca e Fe; Escapolita: silicatos de Al, Ca, Na; Vesuvianita: silicato hidratado de Al, Ca e Mg; Lawsonita: silicato hidratado de Al e Al; Metamorfismo de margas: Granada: grossulária (Ca,Al), andradita (Ca,Fe) e almandina (Fe,Al); K-feldspato e anortita; A presença desses minerais está diretamente relacionada à composição do protólito (abundância dos componentes químicos), condições de P-T e composição da fase fluida (H2O – CO2); Metamorfismo de margas: série barroviana Zona da granada Zona da estaurolita cianita Zona da sillimanita Rochas calcissilicáticas na série barroviana calcissilicáticas zoisita-calcita-biotita zoisita-hornblenda anortita-hornblenda anortita-piroxênio para-anfibolito No facies anfibolito, algumas metamargas podem desenvolver assembléia identica a de anfibolitos máficos; Clo + Czo + Qtz Plg + Hlb + Grn + H2O Difícil distinção entre orto e para- anfibolitos, caso o carbonato seja totalmente consumido; Para-anfibolitos tremolita – anfibolito (para-anfibolito) Outros minerais comuns: grossulária, epidoto, zoisita, clinozoisita, escapolitas (Ca-meionita e Na-marialita), margarita, K-feldspato, flogopita e vesuvianita; Rochas calcissilicáticas Skarns são rochas de metamorfismo de contato onde há alteração hidrotermal-metassomática pela percolação de fluidos ígneos ricos em sílica; CUIDADO: A mineralogia pode ser semelhante a de calcissilicáticas, porém sua gênese e contexto petrológico são totalmente diferentes; São importantes depósitos de Sn, Sb, W, Au, Ag, etc. Calcissilicáticas vs. skarns Andradita Diopsídio Wollastonita skarn Escapolita – tremolita – actinolita - skarn Grossulária Calcita Augita skarn
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