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Resumo de Histologia A1 Lucas Silva 1.0 Pele e Anexos - Pele: órgão que recobre toda a superfície do corpo. É constituída por: - Epiderme; - Derme - Proteção contra desidratação e atrito; - Permite reconhecimento do ambiente (terminações nervosas na pele); - Glândulas sudoríparas —> termorregulação; - Melanina —> proteção UV; 1.1 Epiderme - Epitélio Estratificado pavimentoso queratinizado; - Queratinócitos são as células mais comuns; - Espessura variável —> pele delgada/pele espessa; - Membrana basal —> separa epiderme da derme - Camadas da epiderme: 1) Basal (germinativa): células cubóides que ficam logo acima da membrana basal. É rica em células tronco; 2) Espinhosa: células cubóides ou ligeiramente achatadas com filamentos de queratina (tonofilamentos). **Presença de desossomos entre esses filamentos e as células adjacentes —> coesão das células **Basal e espinhosa —> responsáveis pela renovação da pele 3) Granulosa: 3 a 5 camadas de células poligonais achatadas. Presença de grânulos de querato-hialina; e grânulos lamelares (fundem-se com a membrana celular e excretam seu conteúdo lipídico — > responsável por impermeabilizar a pele); 4) Lúcida: Camada fina de células achatadas com muitos filamentos de queratina; 5) Córnea: células achatadas, mortas e sem núcleo —> citoplasma cheio de queratina. **Junção epiderme-derme é irregular —> cristas epidérmicas e papilas dérmicas **Células de Langerhans —> são células dendríticas (imunidade inata), presentes em toda a epiderme —> capazes de fagocitar patógenos e apresentar antígenos para linfacitos —> iniciar resposta imune adaptativa; **Células de Merkel —> Camada mais profunda da epiderme —> são mecanorreceptores —> há uma estrutura em forma de disco em contato com a base delas onde inserem-se fibras nervosas aferentes 1.2 Derme - Tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme; - Espessura variável; - Papilas dérmicas —> saliências em direção a epiderme —> aumento da coesão entre as camadas; - Camadas da derme: 1) Papilar: delgada, com tecido conjuntivo frouxo. Fibrilas de colágeno passam pela membrana basal e penetram profundamente na derme —> colaboram para a coesão das camadas; 2) Reticular: mais espessa, com tecido conjuntivo denso: - Muitas fibras elásticas —> elasticidade da pele - Vasos sanguíneos; - Vasos linfáticos; - Nervos; - Glândulas sudoríparas e sebáceas e folículos pilosos —> estruturas derivadas da epiderme; 1.3 Hipoderme - Não faz parte da pele —> tecido subcutâneo —> permite o deslizamento da pele sobre as estruturas sobre as quais se apoia; - Tecido conjuntivo frouxo; - Pode haver o panículo adiposo; 1.4 Vasos na pele - Arteriais: - Dois plexos: 1 no limite derme- hipoderme e 1 entre camada papilar e reticular; - Venosos: - Três plexos: 1 no limite derme- hipoderme; 1 entre camada papilar e reticular; e 1 na região média da derme ** Do plexo entre a camada papilar e reticular sai uma única alça vascular para cada papila dérmica —> um ramo arterial ascendente e um venoso descendente; - Linfático —> esses vasos começam nas papilas dérmicas (com fundo cego) —> formam um plexo entre as camadas papilar e reticular —> ramos para o plexo entre derme e hipoderme; 1.5 Receptores sensoriais da pele - 1) Terminações nervosas livres; 2) receptores encapsulados; 3) receptores não-encapsulados —> presentes na epiderme, derme e associados a folículos pilosos —> mais comuns nas papilas dérmicas; - Receptores encapsulados: - Corpúsculos de Ruffini; - Vater-Pacini; - Meissner; - Krause; 1.6 Pelos - Estruturas finas e queratinizadas; - Formam-se a partir de uma invaginação da epiderme; - Crescimento influenciado por hormônios; - Folículo piloso —> invaginação da epiderme que origina cada pelo. - Estrutura do folículo piloso na fase de crescimento do pelo: - Bulbo piloso: dilatação terminal; - Papila dérmica: centro do bulbo piloso; - Raiz do pelo: células que recobrem a papila dérmica; - Eixo do pelo: sai da raiz do pelo - Músculos eretores dos pelos: inseridos na bainha conjuntiva do pelo e na papila dérmica —> contraem-se levando o pelo para posição vertical (eriçando). 1.7 Unhas - Placas de células queratinizadas; - Raíz da unha —> porção proximal; - Cutícula da unha —> camada córnea do epitélio. 1.8 Glândulas sebáceas: - Encontradas na derme; - Glândulas acinosas; - Ácinos —> células achadas —> proliferam e tornam-se arredondadas —> acumulam a secreção lipídica no interior —> as células internas do ácino morrem e se rompem (liberando a secreção sebácea) - Ductos —> revestidos por epitélio estratificado; - Os ductos normalmente desembocam nos folículos pilosos; - ** Secreção muito aumentada na puberdade pela produção aumentada de hormônios - **Holócrina —> secreção resulta na morte das células. 1.9 Glândulas Sudoríparas: - Numerosas e encontradas por quase toda a pele (exceto a glânde, por exemplo); - Tubulosas simples enoveladas; - Porção secretora —> na derme; - Ductos tem menor diametro que a porção secretora e não se ramificam; - Merócrinas/écrinas —> ductos desembocam diretamente na pele; - Apócrinas —> ductos desembocam nos folículos pilosos; - Parte secretora: - Células escuras: adjacentes a luz com ápice com muito grânulos de secreção, com glicoproteínas; - Células claras: Sem grânulos de secreção; - A secreção dessas glândulas é uma solução muito diluída —> muito pouca proteína e menor concentração de sais que no sangue: - **As células dos ductos secretores também reabsorvem o ion Na+ —> impede a secreção excessiva dele pela glândula; **1.10 Correlações clínicas/fisiológicas** 1) Psoríase: - Acomete principalmente derme e epiderme; - Mitoses anormais —> maior número de mitoses, com duração reduzida na camada basal e espinhosa —> epiderme torna-se mais espessa e há descamação mais rápida —> placas esbranquiçadas (queratina descamada); - Há comprometimento dos capilares e migração de neutrófilos —> inflamação —> forma-se regiões vermelhas próximo as placas e essas regiões vermelhas podem passar a predominar; - Causas desconhecidas (mas há um forte correlação imune/auto-imunidade —>**7% indivíduos tem também tem artrite ) 2) Bronzeamento/perda do bronzeamento/ cor da pele - Cor da pele —> caroteno + melanina (há variações nela) + outros pigmentos + vascularização na derme—> variação da quantidade e disposição deles; - Melanócitos encontram-se: 1) na junção da derme/epiderme; 2) entre os queratinócitos; - Melanina é sintetizada nos melanócitos dentro de vesículas que quando estão cheias de melanina são chamadas grânulos de melanina; - Após produzidos os grânulos migram pelos prolongamentos dos melanócitos e são transferidos para os queratinócitos (células em maior quantidade nas camadas da pele) —> queratinócitos armazenam a melanina —> dá cor especifica à pele; - Exposição ao sol —> escurecimento da melanina; aumento da transferência dela para os queratinócitos; aumenta síntese de melanina; - Quando a pele descama, queratinócitos com melanina são perdidos —> “desbotar” **Células da epiderme são produzidas constantemente pela camada basal, deslocando exteriormente as células e as camadas mais superiores tornam-se mais queratinizadas e descamam - **Cortisol —> produzido na adrenal —> aumenta a pigmentação da pele; - Albinismo —> incapacidade de produzir melanina nos melanócitos (um dos motivos pode ser a deficiência na tirosinase envolvida síntese da melanina); - Vitiligo —> degeneração/desaparecimento dos melanócitos 3) Cânceres - Cerca de 1/3 dos cânceres em adulto tem origem na pele; - Carcinoma de célulasbasais —> transformação neoplásica de células da camada basal da epiderme; - Carcinoma de células espinocelulares —> camada espinhosa; - Melanoma Maligno —> originado nos melanócitos —> muito invasivo —> proliferam-se rapidamente e passam para a derme e vasos sangüíneos - **Exposição ao sol —> aumenta a incidência de mutações que podem gerar o câncer —> maior incidência em indivíduos de pele mais clara —> menos melanina que é protetora contra a radiação UV; 4) Efeito Dos Estrógenos na pele - Sua ausência na menopausa leva a atrofia, ressecamento e perda da elasticidade; 5) Cicatrização - Processo inflamatório —> tecido de granulação (formado pelas alças dos capilares sanguíneos) —> leva nutrientes ao tecido —> reepitelização/remodelação 6) Acne - Aumento da secreção sebácea na puberdade por conta do aumento nos níveis de hormônios —> distúrbios no fluxo da secreção pode gerar inflamação —> acne 2.0 Sistema Circulatório - Sistema circulatório: - Vascular sanguíneo —> coração, artérias, veias e capilares; - Linfático; - Capilares —> vasos muito delgados em uma rede onde ocorre trocas entre sangue e os tecidos; - Capilares linfáticos —> situados nos tecidos, de fundo cego, que se juntam formando os vasos linfáticos; 2.1 Tecidos que compõe as paredes dos vasos - Endotélio; tecido muscular; tecido conjuntivo —> presentes em diferentes proporções dependendo do vaso. **Capilares e vênulas pós-capilares —> apenas endotélio e membrana basal; 2.1.1 Endotélio - Tecido epitelial especial —> barreira semi- permeável —> entre o sangue o fluido intersticial; - Monitora as trocas e restringe a passagem de macromoléculas; - **Além das funções de troca, as células endoteliais também estão envolvidas em: - Conversão de Angiotensina I —> Angiotensina II; - Inativação de bradicinina; serotonina; prostaglandinas; - Lipólise de lipoproteínas; - ***Produção de fatores vasoativos —> influenciam no tônus muscular da musculatura lisa vascular —> controla a resistência vascular (** endotelinas, exemplo); 2.1.2 Músculo Liso - Presente em todos os vasos, com excessão de capilares e vênulas pericíticas (pós- capilares); - Células musculares lisas —> presentes na túnica média; - Lâmina basal envolve cada células muscular; - Há tecido conjuntivo em volta de cada célula muscular (produzido por elas); - Junções tipo gap entre células musculares de arteriosas e pequenas artérias 2.1.3 Tecido conjuntivo - Sua quantidade depende das necessidades funcionais dos vasos; - Fibras colágenas: - Abundantes entre as células musculares; adventícia; subendotelial (de alguns vasos); - Tipo de colágeno varia com a camada - Fibras elásticas: - Resistência ao estiramento; - Grandes artérias —> fibras elásticas formam lamelas paralelas regularmente distribuídas entre as células musculares de toda a túnica média; - Substância fundamental (da matriz extracelular) —> gel heterogêneo nos espaços extraceluares —> auxilia nas propriedades físicas dos vasos e nas trocas 2.2 Plano estrutural e componentes dos vasos sanguíneos 2.2.1 Túnica Íntima - Uma camada de células endoteliais (endotélio) + camada de tecido conjuntivo frouxo (camada subendotelial); - Em artérias —> há também a camada a lâmina elástica (mais exterior, antes da túnica média) - Lâmina elásticas —> tem feneceras por onde é facilitada a difusão de substâncias para nutrir as células mais profundas na parede dos vasos; 2.2.2 Túnica Média - Camadas concêntricas de células musculares lisas organizadas helicoidalmente; - Matriz extracelular; - Lamelas elásticas (de fibras elásticas); - Fibras reticulares (colágeno tipo III); - Proteoglicanas e glicoproteinas; - Artérias elásticas —> maior parte da túnica média composta por lâminas com fibras elásticas; - Artérias musculares menos calibrosas —> apenas uma lâmina elástica mais externa (no limite com a adventícia) 2.2.3 Túnica adventícia - Principalmente colágeno tipo I + fibras elásticas; - Torna-se gradualmente continua com o tecido conjuntivo do órgão por onde o vaso passa; - Vasa vasorum —> vasos dos vasos, arteriolas, vênulas e capilares que nutrem os vasos; - Encontrados em vasos de maior calibre; - Nutrem as camadas adventícia e média (já que o vaso é muito espesso para ser nutrido pelo sangue que transporta); - Ramificam-se na túnica adventícia (e um pouco na parte externa da média); 2.3 Estrutura e função dos vasos sangüíneos 2.3.1 Grandes artérias elásticas - Aorta e seus grandes ramos; - Acúmulo de elastina na túnica média —> cor amarelada; - Várias lâminas elásticas —> torna o fluxo sanguíneo mais uniforme; - Túnica íntima —> também rica em fibras elásticas e mais espessa; 2.3.2 Artérias musculares (médias) - Túnica média formada essencialmente por células musculares; - A lâmina elástica interna (da túnica íntima) é muito proeminente; - Lâmina elástica externa encontrada apenas nas maiores; - Adventícia —> tecido conjuntivo frouxo; **Controla o fluxo sanguíneo para vários órgãos contraindo e relaxando a musculatura 2.3.3 Arteriolas - Diâmetro menor que 0,5mm; - Luz estreita; - Camada subendotelial muito delgada; - Lâmina elástica interna ausente nas arteriosas menores; - Tûnica média com apenas com uma ou duas camadas de células musculares; - Lâmina elástica externa ausente; 2.3.4 Capilares - Única camada de células endoteliais sobre uma lâmina basal; - Prendem-se umas as outras por zônulas de oclusão —> essas estruturas tem permeabilidade variável à macromoléculas —> importantes no funcionamento dos capilares - Diâmetro entre 7 e 9mm; - Pericitos —> células presentes em vários locais dos capilares —> ficam em volta dos capilares e e tem projeções em direção ao endotélio —> participam do reparo do tecido; **Tipos de capilares 1) Contínuo (somático): - Não há fenestras (janelas) em suas paredes; - Tecido muscular; tecido conjuntivo; glândulas exócrinas; tecido nervoso 2) Fenestrado (visceral) com diafragma: - Há grandes orifícios nas paredes das células endoteliais, que são recobertos por diafragmas - Diafragmas são estruturas mais finas que a membrana plasmática das células - Lâmina basal é contínua; - Rins; intestino; glândulas endócrinas; - Tecidos onde ocorre troca rápida de substâncias 3) Fenestrado sem diafragma: - Há grandes orifícios nas paredes das células endoteliais; - Lâmina basal contínua e espessa —> única estrutura que separa os sangue do tecido; - Encontrados no glomérulo renal 4) Capilar sinusoide: - Caminho tortuoso; - Diâmetro maior que os demais —> 30 a 40mm —> velocidade do fluxo diminui; - Células endoteliais separadas por espaços grandes; - Fenestrações no citoplasma e sem diafragma; - Macrófagos entre as células; - Lâmina basal descontínua; - Fígado; órgãos hematopoieticos (medula óssea, baço); 2.3.5 Vênulas pós-capilares - Transição capilares —> vênulas —> ocorre gradualmente; - Apenas uma camada de células endoteliais —> com junções mais frouxas que no resto do sistema vascular; **Capilares e vênulas participam dos processos inflamatórios. Sua permeabilidade é alterada por mediadores inflamatórios 2.3.6 Veias - Maioria é de pequeno calibre (1 a 9mm); - Túnica íntima —> endotélio e camada subendotelial fina (pode ser ausente); - Túnica média —> Fina, com células musculares pequenas com fibras reticulares; - Túnica adventícia —> a mais desenvolvida das túnicas; - **Válvulas —> são dobras da túnica íntima *Caminho do sangue: Artérias —> Arteríolas —> metarteríolas —> capilar —> vênula —> veia ** Anastomoses arteriovenosas** 2.3.7 Corpos Carotídeos - Quimiorreceptores sensíveisa concentração de CO2; - Encontrados próximo à bifurcação da artéria carótida comum; - Muito irrigados por capilares fenestrados; - Células tipo I (suporte); tipo II (com neurotransmissores); fibras aferentes; 2.3.8 Seios Carotídeos - Dilatações nas artérias carotídeas internas; - Barorreceptores —> detectam variações na pressão 2.4 Coração - Endocárdio: - Homólogo da túnica íntima; - Endotélio sobre a camada subendotelial (tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas e colágenas); - Camada subendocardial normalmente liga ao miocárdio; - Miocárdio: - Homólogo da túnica média —> a mais espessa; - Células musculares cardíacas em camadas que envolvem as câmaras do coração —> grande parte dessas camadas insere-se no esqueleto fibroso; - Arranjo variado dessas células; - Epicárdio: - Camada fina de tecido conjuntivo frouxo; - Tecido adiposo acumula-se na camada subepicardial (logo abaixo do epicárdio); - É o pericárdio visceral; - *Ainda recoberto pelo mesotélio, pericárdio parietal 2.4.1 Sistema gerador e condutor do impulso do coração - Nó sinoatrial (gera o impulso)—> nó atrioventricular —> feixes atrioventricular — > Fibras de Purkinje —> subdividem-se e penetram no tecido subendocárdio; - Nó sinoatrial = marcapasso - Células do nó sinoatrial são células musculares cardíacas especializadas (com menos miofibrila); - O sistema pode ser estimulado ou inibido pelo Sistema nervoso central: - SN simpático —> Norepinefrina —> aumenta a contratilidade e ritmo cardíaco; - SN parassimpático —> acetilcolina —> diminui a contratilidade e ritmo cardíaco **2.5 Correlações clínicas fisiológicas** 1) Trombose - O endotélio tem função antitrombogênica — > impede a coagulação; - Lesões da aterosclerose ou por outro motivo —> podem expor o subendotélio e desencadear coagulação —> trombo; 2) Envelhecimento/ateroma - Com o envelhecimento, matriz extracelular torna-se desorganizada por aumento da secreção de colágeno tipo I e III —> facilitam a deposição de lipoproteinas e cálcio —> pode levar a formação de placas de ateroma; - Lesões ateroscleróticas —> espessamentos focais na túnica íntima —> acontece por aumento na proliferação de células e depósito de lipoproteinas. Os lipídios são fagocitados por macrofagos (passam a ser células espumosas) —> formam os acúmulos de gordura —> placas de aterosclerose; - Possibilidade de obstrução pela aterosclerose —> pode gerar necrose. Quando acontecem anastomoses, não ocorre necrose; 2) Aneurisma —> túnica média é debilitada e dilata-se extensivamente; 3) Terminações nervosas: - Há terminações nervosas entre as células do miocárdio —> relacionadas a dor 4) Angiogienese - **VEGF —> exemplo de fator de crescimento relacionado com a gênese da vasculatura no desenvolvimento embrionário, em condições normais e em doenças. - **Câncer —> Aumento de VEGF pode estar associado a angiogenese em tumores —> aumento da proliferação e metástase. 3.0 Aparelho Respiratório - Condicionamento do ar, condução até os alvéolos; trocas gasosas; - Porção condutora: fossas nasais; nasofaringe; laringe; traqueia; brônquios; bronquíolos; - Porção respiratória: bronquíolos respiratório; ductos alveolares; alvéolo; - Onde ocorre respiração; - Inspiração <—> expiração - Ocorre distensão e retorno do parênquima do pulmão; - Ocorre hematose nessa porção 3.1 Epitélio Respiratório - Recobre a maior parte da porção condutora do sistema respiratório —> epitélio ciliado pseudoestratificado colunar, com células caliciformes; - Célula colunar ciliada —> mais comum nesse epitélio; - Células calififorges —> secretoras de muco; - Células em escova —> células colunares com microvilosidades na superfície apical; - Tem terminações nervosas (fibras aferentes) na base das células em escova —> receptores sensoriais; - Células basais —> pequenas e arredondadas apoiadas na lâmina basal —> alta atividade mitótica; - Células granulares 3.2 Fossas nasais 3.2.1 Vestíbulo e área respiratória - Vestíbulo —> porção mais anterior e dilatada: - A mucosa do vestíbulo é continuação da pele do nariz; - Secreções sebáceas e sudoríparas junto com os pelos curtos são uma primeira barreira a entrada de partículas grosseiras nas vias respiratórias; - Área respiratória —> maior parte das fossas nasais; - Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células caliciformes; - Tecido conjuntivo frouxo muito vascularizado (para aquecimento e proteção contra antígenos); - Glândulas mucosas e mistas na lâmina própria; 3.2.2 Área olfatória - Parte superior das fossas nasais; - Responsável pela sensibilidade olfatória; - Quimirreceptores de olfação; - É um neuroepitélio pseudoestratificado com: - Células de sustentação —> prismáticas com microvilosidades na porção voltada para a cavidade; - Células basais —> pequenas e arredondadas, com atividade mitótica e de regeneração do tecido (células tronco do tecido); - Células olfatórias —> neurônios bipolares que tem uma porção dilatada com cílios na parte voltada para a cavidade; - Glândulas de Bowman —> glândulas serosas, encontram-se na lâmina própria e lançam sua secreção na superfície do epitélio e limpam os cílios. 3.3 Seios paranasais - Revestidos por epitélio respiratório com glândulas pequenas na lâmina própria 3.4 Laringe - Tubo de forma irregular que une a faringe à traqueia; - Peças cartilaginosas irregulares unidas por conjunto conjuntivo fibroelástico; - Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e epitélio respiratório —> dependendo da região 3.5 Traqueia - Continuação da laringe e termina nos dois brônquios extrapulmonares; - Revestida por epitélio respiratório (pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células caliciformes); - Lâmina própria com tecido conjuntivo frouxo; - Presença de glândulas seromucosas; - Cartilagens hialinas em forma de C com extremidade livre voltada posteriormente; - Ligamentos fibroelásticos e feixes de músculo liso unem as extremidades da cartilagem ligando-se ao pericôndrio; - Os ligamentos impedem a distensão excessiva; - Musculatura lisa permite regulação da luz e participa do reflexo da tosse; 3.6 Árvore brônquica - Traqueia —> Dois brônquios primários —> penetram nos pulmões pelo hilo —> brônquios lobares —> … —> bronquíolos —> bronquíolos terminais —> bronquíolos respiratórios —> ductos alveolares —> sacos alveolares —> alvéolos 3.6.1 Brônquios - Mucosa idêntica a da traqueia nos ramos maiores; - Nos ramos menores —> epitélio simples cilíndrico ciliado. Lâmina própria rica em fibras elásticas. Musculatura lisa com feixes dispostos em espiral; - Presença de peças cartilaginosas; - Glândulas seromucosas; 3.6.2 Bronquíolos - Segmentos intralobulares; - Não apresentam cartilagem, nem glândulas ou nódulos linfáticos; - Epitélio cilíndrico simples ciliado (nos bronquiolos iniciais) —> cúbico simples ciliado —> cúbico simples ciliado ou não (porções finais); **Transição de bronquios para bronquiolos** - Diminuição do calibre; - Diminuição da cartilagem até desaparecer; - Musculatura lisa tende a desaparecer nos bronquíolos; - Desaparecimento das glândulas nos bronquíolos; - Epitélio é mantido, mas vai diminuindo Bronquíolos Terminais - Parede mais delgada que a dos brônquiolos —> epitélio cúbico ciliado ou não; - Células de clara: são não ciliadas e secretam secreção protéica que protegem o revestimento bronquiolar contra poluentes inspirados Bronquíolos Respiratórios - Tubo curto com alvéolos na extremidade; - Epitélio simples cúbico com cilios apenas no inicio do bronquíolo; - Também hápresença de células de clara; 3.6.3 Ductos Alveolares - Porção da árvore respiratória cuja parede passa a ser constituída apenas por alvéolos; - Epitélio simples com células muito delgadas; - Fibras reticulares e elásticas estão presentes na matriz extracelular —> distendem-se na inspiração e volta a conformação inicial na expiração; 3.6.4 Alvéolos - Final do ducto alveolar; - Saco alveolar —> constituído por mais alvéolos; - São responsáveis pela estrutura esponjosa do pulmão; Septo alveolar - Parede do alvéolo, comum a dois ou mais alvéolos adjacentes; - Septo é constituido por: - Pneumócitos tipo I: aparecem em duas camadas; tem núcleo achatado e citoplasma delgado; unidos por desmossomos e zônulas de oclusão. —> barreira que permite a troca de gases e impede a passagem de líquido - Pneumócitos tipo II: células arredondadas —>** produtoras da substância surfactante pulmonar; - Células endoteliais dos capilares - ** O ar alveolar é separado do sangue capilar por: - Pneumócitos tipo I e sua lâmina basal; - Célula endotelial e sua lâmina basal; - Barreira hemato-aérea - Poros alveolares —> poros no septo alveolar que comunica alveolos adjacentes e permitem equalizar a pressão; Macrófagos alveolares - Células de poeira; - Presentes no interior dos septos e na superfície dos alveolos; - Limpam a superfície do epitélio alveolar —> fagocitam corpos estranhos e patógenos; ***3.7 Correlações clínicas e fisiológicas*** 1) Sindrome dos Cílios Imóveis - Esterelidade nos homens e infecções crônicas das vias respiratórias em indivíduos afetados de ambos os sexos; 2) Sistema imune - A mucosa da região condutora de ar tem papel importante na imunologia, sendo rica em linfonodos e células do sistema imune isoladas —> proteção contra patógenos e corpos estranhos inspirados 3) Tabagismo - Substituição do epitélio respiratório de colunar pseudoestratificado para estratificado pavimentoso em resposta a toxicidade presente no ar inspirado. Há também aumento de células caliciformes e diminuição na quantidade das células ciliadas; - Com maior quantidade de células caliciformes há mais muco, o que aumenta a retenção de particulados e poluentes, mas a diminuição nos cílios causam diminuição da movimentação na camada de muco —> aumento da frequência com a qual ocorre obstrução dos ramos mais finos da porção condutora 4) Controle Simpático/Parassimpático - Estimulação parassimpática (vagal) —> constrição dos brônquios e bronquiolos; - Estimulação simpática —> dilatação - *Fármacos simpaticomiméticos —> alivio em crises de asma 5) Sindrome do desconforto respiratório do adulto - Danos aos pneumócitos tipo I por agentes infecciosos ou químicos/físicos; - Edema intra-alveolar —> exudação de fibrina e fibrose por acumulo de fibras colágenas 6) Síndrome do desconforto respiratório do recém nascido - Deficiencia do surfactante 7) Insuficiência cardíaca congestiva - Pode haver aumento da pressão pulmonar, congestionar os pulmões —> pode haver ruptura das paredes dos capilares —> hemácias que extravasam são fagocitadas pelos macrófagos —> passam a ser chamados células da insuficiência cardíaca e podem aparece no escarro 8) Reflexo da tosse 9) Tabagismo - Transformação do epitélio respiratório em pavimentoso estratificado —> etapa inicial na carcinogenese 4.0 Trato digestivo - Sistema digestivo = trato digestivo + glândulas anexas; - Trato digestivo: - Cavidade oral; - Esôfago; - Estômago; - Intestino delgado; - Intestino grosso 4.1 Estrutura geral do trato digestivo - Há características estruturais em comum a todas as partes do trato digestivo; - Trato digestivo —> tubo oco com luz de espessura variável e com as camadas: - Mucosa; - Submucosa; - Muscular; - Serosa/adventícia; - Mucosa: - Epitélio; - Lâmina própria —> tecido conjuntivo frouxo rico em vasos linfáticos, células musculares lisas, pode ter glândulas e tecido linfóide; - Muscular da mucosa - Submucosa: - Tecido conjuntivo muito vascularizado; - Plexo nervoso de Meissner; - Glândulas e tecido linfóide podem estar presentes - Camada Muscular: - Com células musculares lisas (em quase todo trato digestivo são exclusivas); - Plexo nervoso de Auerbach (mioentérico) —> entre as camadas musculares - Serosa/Adventícia: - Camada delgada de tecido conjuntivo frouxo; - Revestida pelo mesotélio —> tecido epitelial pavimentoso simples; - *Adventicia —> não revestida pelo mesotélio —> presente onde os órgãos estão em contato com outros 4.2 Cavidade Oral - Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou não; - Queratinizado —> gengiva e palato duro —> protege a mucosa oral das agressões durante a mastigação. - Não-queratinizado —> palato mole, lábios, bochechas e assoalho da boca; - *Lábio —> transição do epitélio queratinizado da pele para o oral, não queratinizado 4.2.1 Lingua - Músculo estriado esquelético + camada mucosa; - Camada mucosa fortemente aderida à muscular —> tecido conjuntivo da lâmina própria penetra os espaços entre as fibras; - Superfície ventral —> lisa; - Superfície dorsal —>recoberta por papilas Papilas Linguais - Elevações do epitélio oral e lâmina própria com várias forma e funções; - Papilas filiformes: - Formato cônico alongado; - Presentes em toda a superfície dorsal da língua; - Função mecânica —> geram fricção; - Epitélio queratinizado; - Não tem botões gustativos; - Papilas Fungiformes: - Semelhantes a um cogumelo; - Poucos botões gustativos; - Distribuidas entre as filiformes - Papilas foliadas: - Pouco desenvolvidas em humanos - Papilas circunvaladas: - 7 a 12 estruturas circulares grandes no V lingual; - Glândulas de von Ebner —> serosas que secretam seu conteúdo na depressão em torno da papila; - Produzem a lipase lingual —> provavelmente tem o papel de impedir que se forme uma camada sobre a papila impedindo a função dos botões gustativos - Possui botões gustativos 4.2.2 Faringe - Transição entre a cavidade oral e os sistemas respiratório e digestório; - Epitélio pavimentoso estratificado não- queratinizado —> região contínua ao esófago; - Tonsilas; - Glândulas salivares menores - Músculos constritores; 4.3 Esófago - Tubo prioritariamente muscular que transporta os alimentos até o estômago a partir da cavidade oral; - Mucosa —> epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado; - Lâmina própria de tecido conjuntivo com glândulas esofágicas da cárdia —> mucosas; - Submucosa: - Glândulas esofágicas —> mucosas — > secreção facilita o transporte de alimentos e protegem a mucosa; - Porções: - Terço proximal: - Camada muscular apenas esquelética —> esfíncter superior (importante na deglutição); - Terço médio: - Mistura de musculatura esquelética e lisa; - Terço distal: - Apenas células musculares lisas; - Esfincter esofágico inferior; - Porção dentro do peritóneo —> serosa; (* o restante —> adventícia) 4.4 Estómago - Continuação da digestão por secreção de HCl, pepsina, lipases; - Fator intrínseco e outros hormónios; - Digestão de macromoléculas; - Absorção de fármacos 4.4.1 Mucosa - É formada por um epitélio glandular; - Cada unidade secretora é tubular e desemboca na superfície (na fosseta gástrica); - Lâmina própria —> todo o epitélio está em contato com ela: - Tecido conjuntivo frouxo; - Células linfoides e musculares; - Muscular da mucosa —> separando mucosa e submucosa; - Regiões das glângulas: - Fosseta —> região mais próxima da superfície; - Istmo (parte da glândula); - Colo (parte da glândula); - Base (parte da glândula); - ** Muco alcalino secretado junto com H2O; glicoproteinas; lipídiose Bicarbonato —> mantém um gradiente de pH —> pH mais ácido próximo a superfície e mais neutro nas superfícies celulares; ** ~ 1 na superfície do estômago e ~ 7 próximo as células 4.4.2 Regiões do Estómago Cárdia - Banda circular estreita na transição esófago-estómago; - Glândulas da cárdia —> tubulares simples e ramificadas com porção terminal podendo ser enovelada; - Células secretoras produtoras de muco e lisozima (antibacteriana); - Poucas células parietais são encontradas Fundo e Corpo - Glândulas tubulares —> 3 a 7 glândulas abrem-se em uma única fosseta; - Regiões da glândula: istmo, colo, base; - Tipo celulares - Células tronco: - Em pequena quantidade; - Colunares baixas com núcleo oval; - Alta atividade mitótica; - As que já são comprometidas com a linhagem das células superficiais migram em direção a superfície do pulmão - Células da mucosa do colo: - Formato irregular, podem estar agrupadas; - Produzem uma mucina modificada (tem propriedades antibioticas); - Células parietais (oxínticas): - Principalmente no istmo e colo; - Arredondadas ou piramidais; - Canalículo intracelular —> invaginação; - Apresenta mais microvilosidades nas células secretando ativamente - Mais mitocôndrias nas células secretando ativamente; - Produz H+ e Cl-; - Produção ácida e secreção estimulada por: SNparassimpático; histamina e gastrina; - Produção de Fator intrínseco - Células principais (zimogênicas): - Principalmente na região basal das glândulas gástricas; - Produzem pepsinogênio e armazenam em grânulos antes de secretar na superfície; - Pepsinogenios —> convertidos em pepsinas —> ativa em pH menor que 5; - Pelo menos 7 tipos de pepsina - Produzem lipase - Células enteroendócrinas - Próximas a base das glândulas gástricas; - Gherelina e serotonina —> principais hormónios produzidos no corpo do estómago; - Gastrina —> produzido por células G —> no antro 4.4.3 Piloro (antro pilórico) - Fossetas profunda - Fossetas mais longas e glândulas mais curtas (quando comparadas à cárdia); - Glândulas secretam muco, lisozima; - Presença de células G —> produção de gastrina; 4.4.4 Outras camadas do estómago - Submucosa —> tecido conjuntivo moderadamente denso. Com vasos sanguíneos e linfáticos; - Camada muscular: - Interna —> oblíqua; - Média —> circular; - Externa —> longitudinal; - ** Camada média espessa no piloro — > esfíncter pilórico; - Revestido por uma serosa; 4.5 Intestino Delgado - Sítio terminal da digestão, absorção de alimentos e secreção de hormónios; - Tubo longo —> 5m; - Duodeno; - Jejuno; - Íleo; 4.5.1 Camada mucosa - Várias estruturas que aumentam a superfície de contato do intestino; - Plica circularis —> pregas permanentes observáveis a olho nu; - Mais desenvolvidas no jejuno; - Vilosidades intestinais —> projeções alongadas do epitélio e lâmina própria; - Revestidas por epitélio cilíndrico simples com células caliciformes; - Tipo celulares no epitélio da mucosa intestinal: - Células absortivas: - Colunares altas; - Microvilosidades na parte apical das células (voltada para a luz) —> forma a borda em escova; - Microvilosidades também aumentam a superfície de contato do intestino; - Células caliciformes: - Distribuidas entre as células abortivas; - Produzem muco —> glicoproteínas (mucinas) —> protege e lubrifica o revestimento do intestino - Células de Panneth: - Porção basal das criptas intestinais; - Células exócrinas —> secreção produzida tem lisozimas e defensinas —> antimicrobianas —> participam do controle da microbiota intestinal; - Células tronco: - No terço basal da cripta entre as células de Panneth; - Atividade mitótica e diferenciação - Células M: - Epiteliais especializadas que recobrem as Placas de Peyer no íleo; - Há muitas células linfóides (macrofagos, linfocitos e etc) nas invaginações basais dessas células — > permitem iniciar resposta imune 4.5.2 Células endócrinas do intestino - Células no intestino que fazem parte do sistema neuroendócrino difuso; - Diferentes tipos de células são estimuladas para a secreção de hormônios (armazenados em grânulos) que podem ter efeito local (parácrino) e em outros órgãos, através do sangue (endócrino); - Células do tipo aberto: microvilosidades das células direto em contato com a luz; - As microvilosidades podem ter receptores para substâncias presentes na luz —> controlar a secreção de hormônios - Tipo Fechado: - O ápice das células está recoberto por outras células; - Principais hormônios - Secretina: - Estimula a secreção do suco pancreático e bile (Secreção pancreatica rica em H2O e bicarbonado) - Serotonina: - Aumenta a motilidade gástrica, peristaltismo; - Difunde-se pelo organismo - Colecistoquinina: - Estimula secreção de enzimas pancreáticas e contração da vesícula biliar; - Motilina: - Aumenta o peristaltismo; 4.5.3 Da lâmina própria à serosa - Lâmina Própria - Tecido conjuntivo frouxo; - Vasos sangüíneos; linfáticos; - Fibras nervosas; - Fibras musculares lisas; - Muscular da mucosa; - Submucosa: - Glândulas duodenais/ de Brunner —> presentes no duodeno, tubulares enoveladas, secretam um muco alcalino (pH~8) nas criptas intestinais —> protege a mucosa duodenal do conteúdo que chega do estômago e neutraliza o pH do quimo - Placas de Peyer: - Na submucosa e lâmina própria do Ileo; - Camada muscular: - Bem desenvolvida nos intestinos; - Interna —> circular; - Externa —> longitudinal 4.5.4 Vasos e nervos - Vasos nutrem o intestino e removem produtos da digestão; - Formam um plexo grande na submucosa, atravessam a muscular da mucosa, lâmina própria e chegam nas vilosidades; - Plexo nervoso de Auerbach (mioentérico)—> componente intrínseco da inervação intestinal; - Plexo nervoso de Meissner (submucoso) —> submucosa 4.6 Intestino Grosso - Absorção de água e eletrólitos; formação da massa fecal; produção de muco; - Ceco; cólon ascendente; cólon transverso; cólon descendente; cólon sigmoide; ânus; - Não possui vilosidades ou pregas; - Mucosa - Células absortivas com microvilosidades curtas e irregulares; - Apresenta criptas longas e com células caliciformes abundantes; - Cobertas por epitélio cilíndrico simples; - Presença de glândulas; - Lamina própria: - Tecido conjuntivo frouxo; - Rica em células linfóides e linfonodos (GALT); - Submucosa: normal - Muscular: - Interna —> Circular; - Externa —> longitudinal, mas unidas em 3 bandas longitudinais —> taenia coli; - Serosa: normal - Importante população de bactérias no intestino grosso: - A presença delas está associada a presença do GALT; - Importantes para a produção de vitaminas; - Proteção contra infecções por microorganismos exógenos 4.6.1 Transição intestino grosso e canal anal - Mucosa: - Epitelio vai de colunar simples para pavimentoso estratificado —> aparecendo queratina e aumentando a quantidade desta a medida que torna-se mais externo; - Lâmina própria torna-se mais vascularizada; - Muscular da mucosa mantida; - Submucosa: - Maior vascularização —> plexo hemorroidal —> resposta rápida contra patógenos; - Muscular: - Tem duas camadas contínuas (interna e externa padrão); - Serosa ***4.7 Correlações clínicas*** 1) Inervação do TGI - Destruição dos plexos nervosos pode comprometer a motilidade do trato —> resulta em dilatações frequentes de algumas áreas; - Megacolon congênito; doença de chagas; diabetes; - Grande inervação do SN autônomo —> alterações no estado emocional leva a alterações no TGI (psicossomático) 2) Gastrite - Irritação na qual ocorre desorganização do epitélio. Podem ocorrer úlceras;- Pode acontecer por diversos fatores exógenos; - Estresse; substâncias ingeridas irritantes; antiinflamatórios não-esteroidais; etanol; cigarro; - Helicobacter pylori —> importante causa de úlcera na região pilorica: - Fase ativa: bactéria secreta amônia — > reduz a acidez; - Fase estacionária: Invasão da camada de muco e adesão a membrana celular; - Fase de colonização: replicação; - Ocorre destruição da mucosa —> ulceração 3) Gastrite atrófica - Células parietais e principais muito menos numerosas; - Baixa ou nenhuma atividade do HCl e pepsina no suco gástrico; - Células parietais também produzem o fator intrínseco —> importante para a absorção de vitamina B12 —> sua deficiência leva a um distúrbio na produção de hemácias —> anemia perniciosa; - Pode acontecer por doença autoimune na qual há resposta imune contra proteínas das célula parietal 4) Deficiências de dissacaridases - Deficiências nessas enzimas —> normalmente genética —> distúrbios digestivos e absortivos; - Outras doenças podem causar atrofia da mucosa intestinal —> síndrome da má absorção 5) Câncer do trato digestivo - 90% a 95% —> derivados de células epiteliais gástricas ou intestinais; - Estómago —> mais prevalente em homens - Cólon e reto —> um pouco mais prevalente em mulheres; - Hábitos alimentares são importantes no aparecimento desses cânceres: - Câncer de estômago —> regiões menos desenvolvidas; - Câncer de cólon e reto —> regiões mais urbanizadas; - Marcadores —> diagnóstico precoce 5.0 Órgãos Associados ao Trato digestivo - Glândulas Salivares; - Saliva —> Umidificar; lubrificar a mucosa oral; iniciar a digestão (amilase e lipase); proteção antimicrobiana (lizosima; IgAs; lactoferrina) - Tamponar a cavidade oral - Pâncreas; - Produção de enzimas digestivas que atuam no estômago; - Produção de hormônios para o sangue —> insulina e glucagon; - Fígado; - Bile —> importante na digestão de gorduras; - Metabolismo de lipídeos, carboidratos, proteina; - Metabolismo e inativação de substâncias exógenas (como fármacos) e endógenas; - Metabolismo do ferro; - Síntese de proteínas plasmáticas - Vesicular biliar; - Armazena a bile de forma concentrada 5.1 Glândulas Salivares - As maiores (parótida; submandibular; sublingual) tem uma cápsula conjuntiva rica em colágeno; - Parênquima das glândulas: - Dividido em lóbulos; - Terminações secretoras (mucosas e/ou serosas); - Sistema de ductos ramificados; - Células mioepiteliais - Células serosas - Formato piramidal e ápice com microvilosidades; - Secretoras de proteínas - Normalmente organizam-se em ácinos - Células mucosas - Formato cuboide ou colunar; - Secreta glicoproteinas (mucinas) importantes para a função de lubrificação da saliva - Normalmente organizam-se em tubulos secretores - Células mioepiteliais - Encontradas junto à lâmina basal da parte secretora das glândulas e também nos ductos; - Contração dessas células —> acelera a secreção da saliva e evitam a distensão do tubo secretor - Sistema de ductos: - Porção secretora —> desembocam nos ductos intercalares —> juntam-se nos ductos estriados (são intralobulares) —> juntam-se e formam os ductos interlobulares de cada lóbulo; - Estímulo simpático: - Estimula pequena produção de saliva mais concentrada e rica em material orgânico —> sensação de boca seca - *Xerostomia ** condição patológica de redução de saliva —> boca seca - Estímulo parassimpático: - Após gosto ou aroma do alimento —> aumenta a secreção salivar 5.1.1 Glândula Parótida - Acinosa composta; - Contém exclusivamente ácinos serosos na sua porção secretora; - Secreção serosa —> rica em proteínas, amilase; - *Amilase —> hidrólise do amido; - Lisozima - Presençao de linfócitos e plasmócitos —> secreção de IgA —> proteção contra patógenos na cavidade oral; 5.1.2 Glândula submandibular - Tubuloacinosa composta; - Tem células serosas e mucosas em sua porção secretora; - ~ 90% —> serosas; 10% —> mucosas com meia-luas serosas; - Pouca produção de amilase e lisozima; 5.1.3 Glândula Sublingual - Tubuloacinosa composta; - Tem células serosas e mucosas em sua porção secretora; - **Mucosas são predominantes e serosas apenas formando meia-luas; 5.1.4 Glândulas Salivares menores - Não encapsuladas e espalhadas por toda a cavidade oral; - Secretam diretamente na cavidade oral por ductos curtos; 5.2 Pâncreas - Glândula mista: - Endócrina —> secretam para o sangue - Hormónios são secretados pela células epiteliais endócrinas das ilhotas de Langerhans - Exócrina —> secretam por um sistema de canais excretores —> secreção no intestino - Enzimas são secretadas pela porção exócrina; - *Diferencia-se da parótida pela presença de ilhotas de Langerhans e ausência de ductos estriados - Cápsula delgada de tecido conjuntivo envolve o páncreas e gera septos no interior do órgão separando lóbulos Porção Exócrina - Acinosa composta; - O ácino exócrino tem várias células serosas em torno da luz; - Ductos intercalares (penetram na porção secretora) —> unem-se nos ductos interlobulares (maiores e com epitélio colunar); - Ácinos circundados por uma lâmina basal sustentada por bainha de fibras reticulares; - Secreção exócrina: - Água, íons; - Proteinases (tripsinogênios 1, 2, 3; quimiotripsinogênio; pré-elastases; proteinase E; calicreinogênio; pre- carboxipeptidases A1; A2; B1; B2); - Amilases; - Lipases (de triglicerideos; colipase; hidrolase carboxil-ester); - Fosfolipase A2; - Nucleases (degradam DNA e RNA) - Maioria das enzimas é armazenada na forma inativa e passa a ter atividade na luz do intestino —> proteção do pancreas contra a própria atividade das enzimas - Secreção é controlada pela secretina e colecistoquinina; - Estimulo parassimpático (vagal) —> também aumenta a secreção pancreática Porção endócrina - A porção endócrina está organizada nas ilhotas de Langerhans; - Micro-Órgãos com células poligonais dispostas em cordões; - Abundante rede de capilares fenestrados ao redor das ilhotas —> importantes para a secreção - Células presentes nas ilhotas: - Alfa: - Secreção de glucagon —> aumenta a produção de glicose, quebra do glicogênio e disponibilização da glicose para o sangue (aumenta a glicemia) - Beta: - Secreta insulina —> aumenta o aporte de glicose pelas células (diminui a glicemia) - Delta: - Secreta somatostatina - PP: - Secreta polipeptideo pancreático - Epsilon: - Ghrelina 5.3 Fígado - Processa nutrientes e outras moléculas absorvidas pelo trato gastrointestinal; - Interface entre o TGI e o sangue; - Tem função endocrina e exócrina; - Produz proteínas plasmáticas; - Detoxificação; - Produção da bile; - Produção de glicoproteínas; - Síntese de vitamina A; - Metabolismo de lipídeos, carboidratos, proteina; - Revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo que torna-se mais espessa no hilo (por onde passam veia porta; artéria hepática; ductos hepáticos direito e esquerdo; vasos linfáticos); 5.2.1 Lóbulo hepático - São as unidades estruturais do fígado, onde estão agrupados os hepatócitos; - Em humanos, os lóbulos estão em contato entre si na maioria do espaço (sem uma camada de tecido conjuntivo separando); - Espaços porta —> regiões na periferia dos lóbulos onde um tecido conjuntivo contem os ductos biliares; vasos linfáticos; nervos e vasos sanguíneos; - Há de 3 a 6 espaços porta por lóbelo - Cada espaço porta contem: - 1 ramo da veia porta + 1 ramo da artéria hepática + 1 ducto parte do sistema biliar = tríade portal - Veia porta —> trás sangue do TGI; - Artéria hepatica —> - Hepatócitos estão dispostos radialmentenos lóbulos —> formam placas celulares; - Entre as placas celulares passam os capilares sinusóides hepáticos; - Espaço de Disse —> espaço subendotelial entre a lâmina basal dos capilares e os hepatócitos. Há microvilosidades dos hepatócitos —> esse espaço e as microvilosidades permitem troca fácil de macromoléculas entre o sangue e os hepatócitos - Células de Kuffer —> macrófagos encontrados na luz dos capilares; - Fazem fagocitóse de hemácias velhas; metabolizam hemoglobina; - Secretam proteínas pro-inflamatórias; - Destroem bacterias que cheguem pelo sangue portal; - 15% da população de células do fígado; - Células de Ito —> armazenadoras de lipídeos: - Encontradas no espaço de Disse - Produção de vitamina A e captação de retinóides; ** Ácino Hepático: Unidade funcional do fígado —> orientado em torno do sistema vascular aferente ** Estrutura diferente do lóbulo clássico 5.2.2 Suprimento sangüíneo - Sangue recebido pelo fígado: - 80% pela veia porta —> pouco oxigenado e rico em nutrientes; - 20% pela artéria hepática —> rico em oxigênio Sistema Portal Venoso - Veia porta —> ramifíca-se —> gera vênulas portais (que são interlobulares) —> ramificam-se nas vênulas distribuidoras —> percorrem as periferias dos lóbulos —> pequenas vênulas —> desembocam nos capilares sinusóides —> percorrem os lóbulos radialmente em direção ao centro — > formam a veia centrolobular; - As veias centrolobulares vão aumentando a medida que passam pelo lóbulo e recebem mais capilares sinusóides —> deixam o lóbulo pela veia sublobular —> fundem-se e formam as veias hepáticas e desembocam na veia cava inferior; ** Ver esquema/desenho acima Sistema Arterial - Arteria hepatica —> ramifica-se repetidamente —> arteríolas interlobulares (localizadas nos espaços porta); - Arteríolas interlobulares: - Algumas irrigam o espaço porta; - Algumas desembocam nos capilares sinusóides —> mistura de sangue venoso e arterial —> suprem os hepatócitos com a quantidade adequada de O2; - **Células mais periféricas no lóbulo (perilobulares)recebem primeiro o suprimento de O2 do que as do centro (centrolobulares) —> comportamento diferente** 5.2.3 Hepatócito - Possuem características importantes para executar sua função de síntese de proteínas, metabolismo energético e degradação de diversas moléculas: - Grande quantidade de microvilosidades; - Muito retículo endoplasmático liso —> importante para a detoxificação de várias substâncias para serem excretadas; - Muito retículo endoplasmático rugoso —> síntese protéica; - Muito complexo de Golgi; - Rico em Peroxissomos; - Rico em Lisossomos; - Rico em Mitocôndria; - Maior proporção de eucromatina —> grande atividade de síntese de proteínas; - *Exemplo —> conjugação da bilirrubina insolúvel para que se torne solúvel e possa ser excretada; - Contem glicogênio —> armazenamento de glicose; - Hepatócitos tem uma face voltada para o capilar sinusóide pelo espaço de Disse e também fica em contato com outros hepatócitos; - Canalículo biliar —> espaço entre dois hepatócitos 5.2.4 Regeneração Hepática - Ritmo de renovação lento, mas grande capacidade de regeneração; - Perda de tecido hepático —> dispara mecanismo de reparo —> aumento da proliferação de hepatócitos; - Regeneração relativamente restrita em humanos, mas ainda é importante —> partes do fígado podem ser utilizado para transplante; 5.3 Trato biliar - Bile produzida pelos hepatócitos —> canalículos biliares —> dúctulos biliares (de Hering) —> Ductos biliares —> convergem até formar os ductos hepáticos direito e esquerdo —> ducto hepático —> recebe secreção do ducto cístico —> ducto colédoco 5.4 Vesícula Biliar - Órgão oco aderido a superfície inferior do fígado —> armazena a bile; - Parede: - Camada mucosa: epitélio colunar simples + lâmina própria; - Camada de músculo liso; - Tecido conjuntivo perimuscular; - Membrana serosa - Células epiteliais secretam muco em pequena quantidade; - Glândulas mucosas tubuloacinosas próximas ao ducto cístico —> secretam a maior parte do muco da bile; - Contração da musculatura lisa —> estimulada pela colecistoquinina; ***5.5 Correlações clínicas/fisiológicas*** 1) Glândulas salivares - Vários tumores originam-se nela. Parótida —> mais comum; - Doenças ou radioterapia podem afetar a função das glândulas salivares maiores —> relacionado ao aparecimento de cárie, atrofia da mucosa oral e prejudica a fala - Xerostomia: boca seca —> diminuição ou ausência da saliva. Associada com dificuldade de mastigar, falar, engolir, caries; - Modificações sistêmicas (como em idosos); - Radioterapia; - Sindrome de Sjögren —> autoimunidade contra as glândulas salivares 2) Pancreatite hemorrágica aguda - Pré-enzimas podem ser ativadas e digerir o pâncreas; - Alcoolismo; - Fatores metabólicos; - Cálculos; - Traumas; - Infecções; - Uso de alguns fármacos 3) Desnutrição proteíca (Kwashiokor) - Células acinosas pancreáticas que produzem proteínas sofrem atrofia —> prejudica secreção de enzimas digestivas 4) Doença alcoólica do fígado - Lesões hepaticas —> células de Ito proliferam e tomam características de miofibroblastos —> desenvolvimento da fibrose 5) Icterícia - Presença de pigmentos biliares no sangue; - Hiperbilirrubinemia neonatal —> estado subdesenvolvido do retículo endoplasmatico liso nos neonatos —> acúmulo de bilirrubina não-conjugada (insolúvel) —> não é excretada pelos rins —> icterícia; - Podem ser expostos a luz UV —> bilirrubina não-conjugada torna-se seu fotoisômero solúvel —> pode ser excretada - *Metabolismo da bilirrubina —> ver Hepatócitos acima 6) Inativação de Fármacos - Também ocorre no retículo endoplasmático liso em grande quantidade —> oxidações e conjugações —> objetivo de tornar inativo e mais solúvel 7) Hepatotoxicidade - Substâncias como fármacos podem ser tóxicas para o fígado —> causam um quadro clínico semelhante ao de hepatite viral —> icterícia, mal-estar; —> falência hepática pode ocorrer em 1 semana se o agente agressor não for retirado 8) Cálculos - Proporções anormais de ácidos biliares pode levar a formação de cálculos que bloqueiam o fluxo da bile —> icterícia —> ruptura de junções oclusivas nos canalículos biliares —> absorção de bile pelo sangue 9) Regeneração Hepática - Normalmente, ocorre de forma organizada normalizando a função; - Agressões repetidas —> proliferação dos hepatóticos ocorre junto com aumento de tecido conjuntivo —> não ocorre a organização normal dos lóbulos —> formam-se nódulos —> desorganização do tecido (cirrose); - Causas: - Hepatite viral (B e C, principalmente); - Drogas; - Álcool —> metabolismo hepático —> formação de radicais livres, citocinas pro- inflamatórias (algumas desencadeiam fibrose); - Autoimunidade; - Schistossomose —> ovos ficam retidos nos capilares sinusóides e lesionam hepatócitos 10) Tumores de glândulas digestivas - Carcinoma hepatocelular —> derivado das células do parênquima do fígado; - Associado, frequentemente, a hepatites virais, cirrose, hepatite crônica e aguda por agentes tóxicos
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