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PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
A Psicologia Organizacional, assim intitulada a partir do século XX, trouxe para os espaços de trabalho possibilidades de aplicação da ciência do comportamento, sobretudo para os envolvidos no processo de gestão de pessoas.
Devido ao atendimento de que nos meios corporativos não conseguimos fazer aflorar somente características pessoais que contribuam para a cooperação e o bom ajustamento, a promoção de um bom clima tornou-se necessária, trazendo obrigatoriamente para este ambiente as contribuições da ciência psicológica.
Processos tais como a emoção, a motivação e a aprendizagem não perdem seus investimentos em pesquisa. E o entendimento desses fatores coopera bastante para a SENERGIA – meta frequente nas dinâmicas grupais.
Viabilizar o conhecimento de teorias psicológicas para estudantes que atuarão como gestores significa promover chances de trabalho e êxito, considerando tudo quanto a Psicologia tem a contribuir nesta esfera.
AULA 1 CONCEITOS E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA DISCIPLINA
Objetivos
1) Analisar o processo de seleção de pessoas;
2) Definir o perfil profissiográfico;
3) Associar traços de personalidade ao êxito de carreira;
4) Estabelecer treinamento de pessoas como ferramenta de desenvolvimento da carreira e de habilidades específicas.
Introdução
O estudo do comportamento tem despertado interesse nas pessoas há muito tempo. Bergamini (2005) observa que este vem evoluindo da conduta dos atípicos (que possuem doenças mentais ou desajustes meramente sociais) para a conduta dita normal.
Ainda a mesma autora associa o desenvolvimento histórico da psicologia com o da medicina, acrescentando que “com o passar do tempo, a atenção tanto para a saúde física quanto para a mental foi incentivando o interesse das pesquisas sobre o assunto, no sentido de adotar um paradigma que pressupunha como de maior relevância a profilaxia da doença e dos desajustamentos em lugar de tão-só curá-los e reorientá-los” (p.2) 
É fato que o crescente interesse pela compreensão da conduta faz gerar um conhecimento, muitas vezes compartilhado, que não se associa ao escopo da ciência psicológica, o que chamamos de senso comum.
A evolução das sociedades como um todo e a tendência permanente de associação em grupos, nos contextos organizacionais, preconiza outra necessidade para o estudo do comportamento: a que busca entender as trocas viabilizadas nas relações interpessoais e os conflitos advindos das mesmas. Isto fez surgir a Psicologia nas Organizações, como área de pesquisa da Psicologia que é amplamente divulgada para os envolvidos em gestão e/ou simplesmente atuam em esferas grupais. (ROBBINS, 2005).
Conceito e Desenvolvimento Histórico da Psicologia
A psicologia é uma ciência que cada vez mais tem despertado interesse nas pessoas. Os meios de comunicação nos informam sobre crimes que, muitas vezes, nos fazem duvidar da sua autoria:
Seriam seus praticantes seres humanos?
Em 07/4/11 Wellington Menezes adentrou numa escola em Realengo, matando 12 crianças e ferindo outras várias.
Em 21/4/11 o repórter Renato Machado anuncia: “Nas câmeras... o registro da vida tratada como item descartável”, um bebê de 7 dias achado numa lixeira por um catador.
O que justifica condutas tão diferenciadas nas pessoas?
A Psicologia nos ajuda a esclarecer estas e outras questões, inclusive as relacionadas às relações interpessoais na gestão contemporânea.
Mas o que é a Psicologia?
Myers (2006), Davidoff (2006), Vergara (2007), Milkovich & Boudreau (2006), Regato (2008) e Bergamini (2010) são consensuais em apontá-la como a ciência do comportamento.
Estudar o comportamento significa observá-lo em seu curso, o que envolve inúmeras variáveis. Isto confere para os próprios estudantes uma série de aprendizados.
A ciência que viabiliza aprendizados acerca:
 • Do autoconhecimento;
 • Do ajustamento social;
 • Da identificação das diferenças individuais;
 • Da aquisição de habilidades sociais;
 • Da administração de conflitos;
 • Da gestão de pessoas;
 • Etc.
 ...é a Psicologia.
Embora a Psicologia seja jovem, o estudo do comportamento é tão antigo quanto a existência do Homem. 
Na Antiguidade filósofos como Platão (387 a.C.) e Aristóteles (335 a.C) eram instigados pelas atitudes, crenças, diferenças de comportamento, capacidade criativa e a loucura.
Ao grego Aristóteles foi creditada a paternidade da psicologia pré-científica.
O desenvolvimento da Psicologia é compatível com a evolução nos estudos em Anatomia humana e das ciências como um todo. Mente e corpo foram grandes desconhecidos durante séculos.  
Não se entendia se haveria uma relação entre eles, em termos de funcionamento. Se eram independentes ou se sofriam influência mútua. Durante este período, tudo o que se pensava saber sobre os mesmos estava limitado às crenças.
Descartes (1637) resolveu, definitivamente, a questão da dualidade mente-corpo, convencendo a comunidade científica sobre a sua interação.
Os avanços da Medicina permitiram associar o trabalho cerebral a todas as funções do corpo, como a percepção, a linguagem, a locomoção etc. 
Para os portadores de desordens mentais e de distúrbios da conduta ― os atípicos (BERGAMINI, 2005) ― saíram das explicações míticas e evoluímos para as explicações científicas.
Vale observar que a Psicologia perdeu o caráter reducionista de “tratamento para doentes”, pois o seu conceito vem evoluindo tal como a sua aplicabilidade.
Os desafios do Homem atual são tantos que o modo como este os enfrenta nunca deixa de ser estudado. Isto confere aprendizados para “provas” subsequentes.
Nunca observar o comportamento humano representou tanto ibope...
...Formatos adaptados para a TV expõem candidatos a prêmios em dinheiro.     
...Já  em “O aprendiz” o prêmio pela conduta mais assertiva é uma vaga no mercado de trabalho.  
 A psicologia e o senso comum
 Os realities shows tornam seus expectadores “psicólogos de plantão” distanciados, porém, dos conceitos da psicologia. Precisamos, então, diferenciar a ciência psicológica do senso comum.
O senso comum discute fenômenos observados, tomando-se como foco explicações populares e, portanto, não produzidas por pesquisas científicas.
A Psicologia explica questões relativas à conduta de todos os animais (inclusive a de animais inferiores, para fins de estudo) baseada em preceitos produzidos a partir de pesquisa.     
É importante ressaltar que a conduta não pode ser prevista como uma fórmula equacionada. Nem mesmo os graduados em psicologia alcançam esta marca.
O psicólogo não pode ser percebido como vidente.
Em Psicologia nem sempre 2+2 resulta o esperado.
Observe os exemplos:
Exemplo A - Um casal planeja e tem um filho. Educam-no nas melhores escolas, despendem tempo brincando e conversando com o mesmo e procuram apoiá-lo nas suas dificuldades.
Essa realidade nos deixa certos de que este será um grande sujeito.
Você concorda?
Exemplo B - Um agente de seleção, com formação mínima em Administração, desempenha seu papel em processos seletivos de maneira sempre correta, não deixando-se influenciar por preconceitos e menos ainda por amizade em seus processos decisórios.
Você pode ter esta certeza?  
Bergamini (2005) acrescenta que todos são convincentes ao defenderem seus pontos de vista na análise de outros e cita Rogers (1952):
“Não estamos muito dispostos a aceitar informações contrárias aos nossos preconceitos e crenças pessoais.”
A banalização das explicações sobre o comportamento humano lota as prateleiras de livros sem escopo científico e de títulos de autoajuda que reforçam o uso do senso comum pela população em geral. Este uso reforça a ideia de previsão da conduta.
O que não permite ter controle total sobre os eventos são as chamadas condições variáveis.
Variáveis que afetam a conduta humana constituem fatores tais como:
PERSONALIDADE; PERCEPÇÃO; FATORES AMBIENTAIS; MOTIVAÇÃO; ESTADO DE SAÚDE; ETC.
Concluímos:
A psicologia é uma ciência que oferece subsídios para melhorentender a natureza humana e, consequentemente, a sua conduta. Mas ela não oferece 100% de controle sobre os eventos porque, como toda ciência, ela trabalha com probabilidades.
O controle total da conduta pode ser uma ambição, mas nunca uma certeza.
Psicologia na Gestão Contemporânea
O estudo sistemático do comportamento permite inferir que desenvolvemos processos psicológicos (aprendizagem, emoção, motivação e outros) para nos adaptarmos aos mais diversos meios.
Rodrigues (2001) observa que o estudo da interação social é o cerne para a compreensão das relações em vários meios e, especialmente, no trabalho. O mesmo acrescenta que a Psicologia Social tem muito a oferecer aos profissionais da área de gestão de pessoas: psicólogos, administradores, pedagogos, assistentes sociais etc. Vários esforços somados levam à sinergia positiva.
Na medida em que o mercado de trabalho foi se organizando e a convivência em equipes tornou-se imperativa surgiram estudos em dinâmica de grupo que muito contribuem para a administração de conflitos (LEWIN, 1944; citado em BERGAMINI, 2005).
Lewin admitia que o sujeito só poderia estar bem no espaço de trabalho se não o percebesse como hostil e, para que isso não acontecesse, o ambiente deveria propiciar, além das condições mínimas à produção, um clima positivo – de amistosidade.
Schutz (1973), reafirmando a importância da aplicabilidade de conceitos da psicologia nos grupos, acrescenta que os que têm informações subjacentes aos fenômenos grupais (e se sensibilizam com as questões dos indivíduos, nesta esfera) apresentam maior sucesso neste tipo de dinâmica.
A necessidade confirmada de aplicação de conceitos da psicologia nos meios grupais fez surgir a Psicologia Organizacional. (ROBBINS, 2001)
São exemplos de aplicação da Psicologia no trabalho:
• Recrutamento e seleção;
• Treinamento e desenvolvimento;
• Avaliação de desempenho;
• Pesquisa de clima organizacional;
• Administração de conflitos;
• Etc.
Vale afirmar que no mundo do trabalho, vive mais feliz os que têm melhores condições de adaptação ao meio e aos sacrifícios percebidos no mesmo. Esta mediação entre prazer e sofrimento (Dejours, 1994) é uma grande tarefa para a Psicologia, podendo resultar em satisfação para colaboradores e crescimento para as organizações.
ATIVIDADE
Wellington de Menezes de Oliveira, em 07 de abril de 2011, tornou-se famoso ao adentrar numa escola em Realengo, no Rio de Janeiro, atirando a esmo e causando a morte de 12 crianças que lá estudavam. Desde então, são inúmeras as matérias exibidas em jornais, revistas e mídia digital onde se discutem possíveis causas para a conduta de Wellington.  Rótulos como: “psicopata” e “esquizofrênico” lhes foram atribuídos. 
A premeditação revelada na conduta do sujeito seria, para outros, uma prova para a falta de um transtorno psíquico.
Sabemos que a necessidade em explicar o comportamento do matador se justifica pela tendência humana a estabelecer fórmulas equacionadas, transformando-nos frequentemente em “psicólogos de plantão”.
Admitindo o estudo dos conceitos de psicologia e senso comum, está correto afirmar que:
As pessoas estão se utilizando do senso comum por não disporem de informações suficientes para fazerem tais análises.

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