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13/03/2014 1 Zeros de Funções Definição • Zeros de Equações são os pontos que anulam o valor de uma equação. Um caso clássico é o do cálculo das raízes de uma equação do segundo grau, colocada sob a forma • As duas raízes são, como se sabe, facilmente obtidas pela expressão: 13/03/2014 2 Zeros Reais A Raízes positivas 1 2 f(x) x B 1 2 f(x) x3 Raízes positivasRaiz negativa C 1 2 f(x) x3 Raízes positivas Raiz negativa Raiz nula Definição • Entretanto, se colocarmos uma expressão em que apareça uma equação transcendente, a solução já não é tão simples: ex + x = 0 cos(x) – x = 0 ln(x) + x – 2 = 0 13/03/2014 3 Números Algébricos e Transcendentes • Desde a antiguidade sabia-se que existem números que não podem ser escritos como quocientes de dois inteiros, isto é, não são números racionais. é o exemplo clássico; embora irracional, é solução da equação x2-2=0. 2 Métodos Numéricos • Os métodos numéricos a serem apresentados, partindo de valores inicialmente propostos, buscam aprimorar os zeros, diminuindo os erros, aproximando-se, assim, dos valores das raízes procuradas, até que os erros sejam aceitáveis, podendo-se garantir que sejam erros inferiores a valores pré-definidos. 13/03/2014 4 Métodos Numéricos • Os métodos constam de duas fases: Localização ou isolamento das raízes, que consiste em obter um intervalo que contém a raiz Fase I Refinamento: escolhidas aproximações iniciais no intervalo encontrado na Fase I, melhorá-las sucessivamente até se obter uma aproximação para a raiz dentro de uma precisão prefixada Fase II Teorema 1 • Seja f(x) uma função contínua num intervalo [a, b]. Se f(a)f(b) < 0 então existe pelo menos um ponto x = entre a e b que é zero de f(x). 13/03/2014 5 Teorema 1 b f(x) x a f’(x) > 0, x [a,b] f(x) xa b f’(x) < 0, x [a,b] Obs.: Sob as hipóteses do teorema anterior, se f’(x) existir e preservar sinal em (a, b), então este intervalo contém um único zero de f(x). Fase I – Isolamento das Raízes (Método Gráfico) • Ex.1: f(x) = x3 – 9x + 3 • Construindo uma tabela de valores para f(x) e considerando apenas os sinais, temos: • I1 = [-5, -3], I2 = [0, 1] e I3 = [2, 3] X - -100 -10 -5 -3 -1 0 1 2 3 4 5 f(x) - - - - + + + - - + + + 13/03/2014 6 Fase I – Isolamento das Raízes (Método Gráfico) • A análise gráfica da função f(x) ou da equação f(x)=0 é fundamental para se obter boas aproximações para a raiz. Fase I – Isolamento das Raízes (Método Gráfico) • Para tanto, é suficiente utilizar um dos seguintes processos: i)esboçar o gráfico da função f(x) e localizar as abscissas dos pontos onde a curva intercepta o eixo x; ii) a partir da equação f(x)=0, obter a equação equivalente g(x)-h(x)=0, esboçar os gráficos das funções g(x) e h(x) no mesmo eixo cartesiano e localizar os pontos x onde as duas curvas se interceptam, pois neste caso f()=0 g()=h(); iii) usar os programas que traçam gráficos de funções, disponíveis em algumas calculadoras ou softwares matemáticos. 13/03/2014 7 Fase II – Isolamento das Raízes (Método Gráfico) Fase II - Refinamento (Métodos Iterativos) • Um método iterativo consiste em uma seqüência de instruções que são executadas passo a passo, algumas das quais são repetidas em ciclos. 13/03/2014 8 Fase II - Refinamento (Métodos Iterativos) Início Dados iniciais Cálculos iniciais k =1 Calcular a nova aproximação Essa aproximação está próximao suficiente da raiz exata? Cálculos finais Cálculos intermediários k = k + 1 Fim Fase II - Refinamento (Métodos Iterativos) Início Dados iniciais Cálculos iniciais k =1 Calcular a nova aproximação Essa aproximação está próximao suficiente da raiz exata? Cálculos finais Cálculos intermediários k = k + 1 Fim 13/03/2014 9 Fase II - Refinamento (Métodos Iterativos) Início Dados iniciais Cálculos iniciais k =1 Calcular a nova aproximação Essa aproximação está próximao suficiente da raiz exata? Cálculos finais Cálculos intermediários k = k + 1 Fim Critérios de Parada 13/03/2014 10 Critérios de Parada Método da Bisseção 13/03/2014 11 Método da Bissecção • Seja a função f(x) contínua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. • Vamos supor, para simplificar, que o intervalo (a, b) contenha uma única raiz da equação f(x)=0. • O objetivo deste método é reduzir a amplitude do intervalo que contém a raiz até se atingir a precisão requerida: (b - a) < , usando para isto a sucessiva divisão de [a, b] ao meio. Método da Bissecção 13/03/2014 12 Algoritmo - Método da Bissecção Seja f(x) contínua em [a, b] e tal que f(a).f(b) < 0. 1) Dados iniciais: intervalo inicial [a, b] precisão 2) Se (b – a) < , então escolha para qualquer x [a, b]. Fim. 3) k = 1 4) M = f(a) 5) x = (a + b) / 2 6) Se Mf(x) > 0 faça a = x. senão b = x 7) Se (b - a) < , escolha para qualquer x [a, b]. Fim 8) k = k + 1. Volte para o passo 5. Método da Bissecção • O método da Bissecção trata de aperfeiçoar a aproximação obtida a partir, por exemplo, do método gráfico ou do uso de tabela. • Tendo dois valores entre os quais se situa a raiz, isto é, dois pontos em que a função troca de sinais, sendo a função contínua, haverá entre esses pontos, necessariamente, uma raiz, isto, no mínimo uma raiz, pois pode haver mais de uma. 13/03/2014 13 Método da Bissecção • Acha-se o ponto médio desse intervalo e busca- se o sinal da função nesse ponto. Se a função, surpreendentemente, for zero, chega-se à raiz. • O mais provável é que isso não ocorra, caso em que se busca o sinal da função nesse ponto médio, reduzindo-se à metade o intervalo em que a função muda de sinal, aproximando-nos, portanto, do valor da raiz. Método da Bissecção • Esse processo de divisão do intervalo ao meio é chamado de bipartição e permite chegar tão próximo da raiz quanto se queira, pela simples repetição do que foi descrito. • Em cada iteração o intervalo é dividido por dois. Assim, em n iterações, o intervalo será dividido por 2n. 13/03/2014 14 Método da Bissecção • Esquematicamente, seja o intervalo (a, b) com f(a).f(b) < 0, o que garante que f(a) tem sinal contrário a f(b). • Sendo f uma função contínua, haverá, no mínimo, uma raiz real entre a e b. • Acha-se o ponto médio x = (a+b)/2. Calcula-se f(x). Método da Bissecção • Se f(x) = 0, teremos chegado à raiz. • Se f(x).f(a) < 0, a raiz estará entre a e x, caso contrário a raiz estará entre x e b. • No primeiro caso a raiz estará no intervalo (a, x). • Dando a b o valor de x, isto é, alterando o valor de b, a raiz estará no novo intervalo (a, b). 13/03/2014 15 Método da Bissecção • Na segunda hipótese, a raiz estará no intervalo (x, b). Dando a a o valor de x, isto é, alterando o valor de a, a raiz estará no novo intervalo (a, b). • Em qualquer caso, depois da nova iteração, a raiz estará no novo intervalo (a, b), com amplitude a metade do anterior, diminuindo, portanto, a margem de erro pela metade. Método da Bissecção • Exemplo 1 calcular a raiz de: f(x)=cos(x) – x = 0. a = 0 e b = 1 • Exemplo 2 f(x) = x2 - 3 13/03/2014 16 Estimativa do Número de Iterações • Dada uma precisão e um intervalo inicial [a, b], é possível saber, a priori, quantas iteraçõesserão efetuadas pelo método da bissecção até que se obtenha b - a < , usando o Algoritmo 1. Estimativa do Número de Iterações • Ex.: Se desejarmos encontrar , o zero da função f(x) = x log(x) - 1 que está no intervalo [2, 3] com precisão = 10-2, quantas iterações, no mínimo, devemos efetuar? 13/03/2014 17 Observações Finais • Satisfeitas as hipóteses de continuidade de f(x) em [a, b] e de troca de sinal em a e b, o método da bissecção gera uma seqüência convergente, ou seja, é sempre possível obter um intervalo que contém a raiz da equação em estudo, sendo que o comprimento deste intervalo final satisfaz a precisão requerida; Observações Finais • As iterações não envolvem cálculos laboriosos; • A convergência é muito lenta, pois se o intervalo inicial é tal que b0 – a0 >> e se for muito pequeno, o número de iterações tende a ser muito grande, como por exemplo: b0 – a0 = 3 = 10-7 k 24,8 k = 25. • O Algoritmo da Bissecção pode incluir também o teste de parada com o módulo da função e o número máximo de iterações. 13/03/2014 18 Método de Newton Raphson Método Newton-Raphson • No método de Iteração Linear que, dado f(x) = 0, esta equação poderia ser transformada em x = g(x) e, daí, ser desenvolvido um processo iterativo onde, dado x0, seriam calculados x1 = g(x0), x2 = g(x1) ... xi+1= g(xi), na expectativa de que a seqüência convirja para a raiz r. • Vimos, também, que há diferentes maneiras de se construir g(x), sendo que para alguns haverá convergência para a raiz e para outros não convergirá. 13/03/2014 19 Método Newton-Raphson • Além disso, a convergência dependerá do valor da derivada de g na região em torno da raiz, precisando ser, em módulo, menor que 1, para se ter convergência garantida para a raiz. • Quanto mais próximo de zero, mais rápida será a convergência, pois cada novo erro será aproximadamente o valor do erro anterior multiplicado pela derivada de g na raiz. Método Newton-Raphson • O que o método de Newton faz, na tentativa de garantir e acelerar a convergência do MPF, é escolher para função de iteração a função (x) tal que ’() = 0. 13/03/2014 20 Método Newton-Raphson • Estudo da Convergência - Método Newton-Raphson 13/03/2014 21 Método Newton-Raphson Método da Secante 13/03/2014 22 Secante • O método da secante funciona sobre o mesmo princípio que a Bissecção e necessita da mesma condição inicial: continuidade da função. Secante • Com esse método, determinamos um ponto a partir da assimilação da curva com um segmento passando pelos pontos (XE, f(XE)) e (XD, f(YD)). • O candidato para ser raiz é o ponto de interseção desse segmento com o eixo x. 13/03/2014 23 • Determinação de XN Temos a relação: De onde podemos extrair XN: ( ) ( ) D ND E E N X Xf X f X X X ( ) ( ) ( ) ( ) D E E D N D E f X X f X X X f X f X Secante • O segmento (XN,f(XN)); (XD,f(XD)) é usado para determinar o valor do passo seguinte. Secante 13/03/2014 24 • Um grande inconveniente no método de Newton-Raphson é a necessidade da obtenção de f’(x) e o cálculo de seu valor numérico a cada iteração. • Forma de desvio do inconveniente Substituição da derivada f’(xk) pelo quociente das diferenças • f’(xk) ≈ [f(xk) - f(xk-1)]/(xk - xk-1) • onde xk-1 e xk são duas aproximações para a raiz Secante Secante • Considerações A função de iteração será: g(x) = xk - f(xk)/[(f(xk) - f(xk-1))/(xk - xk-1)] = (xk - xk-1) . f(xk)/[f(xk) - f(xk-1)] = [xk-1 .f(xk) - xk .f(xk-1)]/[f(xk) - f(xk-1)] )]x()x([ )]x(.x)x(.[x =g(x) 1 - kk 1 - kkk1 - k ff ff - - 13/03/2014 25 Interpretação Geométrica • A partir de duas aproximações xk-1 e xk Obtém-se o ponto xk+1 como sendo a abscissa do ponto de intersecção do eixo ox e da reta que passa pelos pontos (xk-1, f(xk-1)) e (xk, f(xk)), secante à curva da função Secante x f(x) x1x0 x2 x3 x4 x5 13/03/2014 26 Secante • Testes de Parada A cada iteração, testa-se se a aproximação encontrada poderá ser considerada como a solução do problema. |f(xk)| |((xk+1 – xk)/xk+1 )| 51 Secante • Algoritmo k=0; x0=x0; x1=x1 Enquanto critério de interrupção não satisfeito e k L k = k +1; xk+1 = (xk-1*f(xk) - xk*f(xk-1)) / (f(xk) - f(xk-1)) Fim 13/03/2014 27 Secante • Vantagens: Rapidez processo de convergência; Cálculos mais convenientes que do método de Newton; Desempenho elevado. Secante • Desvantagens: Se o cálculo f’(x) não for difícil, então o método logo será substituído pelo de Newton- Raphson; Se o gráfico da função for paralela a um dos eixos e/ou tangencia o eixo das abscissas em um ou mais pontos, logo não se deve usar o método da Secante; Difícil implementação. 13/03/2014 28 Secante • Exemplo: f(x)=x2+x-6 x0=1,6 e x1=1,7 =0,01
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