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PRODUÇÃO ÚNICA: A IMPOTÂNCIA DO CUIDADOR E DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR ages

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AGES
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
SAMILE AQUINO DE MATOS
PRODUÇÃO ÚNICA:
A IMPOTÂNCIA DO CUIDADOR E DA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
Trabalho apresentado no curso de Enfermagem da Faculdade AGES como requisito para obtenção de nota parcial das disciplinas de Nutrição e Dietética, Interpretação de Exames, Atenção Primária e Estratégia de Saúde da Família, e Psicologia, VIII período, cal. Alternativo sob orientação da Professora Fabiana Lopez.
Paripiranga
 Outubro de 2015
Produção única
Tema: A importância do cuidador e da assistência domiciliar
Caso Interdisciplinar 100% VIII semestre 2015.2
A cidade de Tucano com 52.418 habitantes apresenta o Hospital Municipal e a ESF da cidade de Tucano.
Em conversa com o coordenador de enfermagem pudemos obter algumas informações referentes à administração hospitalar. O enfermeiro coordenador salienta que a administração do hospital é regida pelo gestor a qual é denominado de agente administrativo, este por sua vez dita todas as regras e condutas hospitalares; segundo o enfermeiro não há nenhum tipo de acreditação neste hospital, o diretor é quem faz todas as cobranças necessárias para melhor gerir e organizar os serviços no hospital. O estilo de liderança do enfermeiro é democrático, onde todos falam e todos escutam; segundo o coordenador ele escuta as necessidades e opiniões dos demais profissionais e as analisa e se houver necessidade volta atrás em suas decisões para atender as especificidades de todos.
A gestão de materiais compreende o abastecimento continuo dos itens que entram nas empresas e tem como objetivo coordenar as atividades de compra, armazenamento, distribuição e controle para garantir o suprimento de todas as áreas do serviço (GRECO). O enfermeiro do hospital já citado nos informou que no hospital não há previsão e provisão para compra de materiais, e que ele como enfermeiro participa da guarda e distribuição dos suprimentos hospitalares. Quanto à compra dos materiais o enfermeiro percebe que há a necessidade de determinados equipamentos e materiais e solicita à administração que faça a compra, esta por sua vez é feita em um fornecedor fixo da instituição de saúde, e os materiais básicos são solicitado mensalmente pelo setor de farmácia.
O enfermeiro coordenador respaldou que toda reforma do hospital necessita ser feita mediante a RDC 307 e 50, entretanto, até o momento o hospital ainda não necessitou de nenhuma reforma; quando houver a necessidade, primeiro o enfermeiro faz o relatório de acordo com as RDC citadas e espera a autorização, pois sem autorização não pode ser feita nenhuma mudança, sendo que é imprescindível a presença do enfermeiro na construção. 
O hospital é composto por uma equipe de apoio com ACS, nutricionistas, fisioterapeuta, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, assim a comunicação entre eles é feita através da passagem de plantão, livro de ocorrência e anotações de prontuário. As escalas de tarefas diária dos funcionários são feitas diariamente pelo enfermeiro de plantão; enquanto as escalas mensais e de férias são feitas pelo coordenador, onde não há priorização de nenhum funcionário, o enfermeiro houve as preferências de férias de seus funcionários e quando há a mesma escolha de datas é feito sorteio. O enfermeiro salienta ainda que na unidade não tem manual administrativo, há somente o POP, porém este está defasado e por isso estão criando um novo POP.
As cargas horárias dos funcionários são variadas, por tanto os 19 enfermeiros (36 horas semanais) e os 30 técnicos de Enfermagem (36 horas semanais). 
No total a unidade conta com 30 leitos, 29 deles estão ocupados, os leitos L01, L02 , L05, L07, e L09 estão com pacientes politraumatizados, os leitos L03, L04, L06 e L08 com pacientes decorrentes de IAM ( sala de estabilização). Os leitos L10, L11, L12, L13, L14 e L15 abrigam pacientes com distúrbios cardíacos menores (arritmias), os leitos L17 e L18 ficam no isolamento e estão ocupados, o L19 esta vazio, os L20, 21, 22, 23, 24 são destinados a crianças com afecções respiratórias, e os L25, L26, L27 com pacientes com traumas ortopédicos leves, e os L28, L29 e L30 pacientes com neuropatias diabéticas. No quadro de pessoal, um enfermeiro esta solicitando férias, e uma técnica esta voltando da licença maternidade e amamentando seu filho.
Neste Hospital segue internada, J.N.C, 65 anos, casada, diabética, HAS, anemia severa e com Alzheimer, dona de casa, tem dois filhos, 1 com 28 anos a qual é autista e outro com 35 anos, e segue em seu sexto dia de internação no leito B 17 devido oscilação da taxa de diabetes. Segundo seu esposo A.S.C que a acompanhava, a um ano atrás dona J.N.C se perdeu e começou a esquecer as coisas, e sentir fraqueza muscular, fato este que a levava a quedas da própria altura; porém não reclamava de nenhum sintoma; assim seu esposo a levou ao neurologista, a qual após exame a diagnosticou com Alzheimer. Assim após uma elevação severa da diabetes que estava em 600 mg/dl procurou a unidade de saúde de Ribeira de Pombal, entretanto A.S.C respalda que devido a falta de agulhas para procedimento veio para o hospital de tucano. A paciente lembra muito do passado ao qual seu esposo relata que ela quer voltar a lugares antigos. Ele salienta ainda que sua esposa está sem defecar a 8 dias e por isso faz uso de óleo mineral 20 ml via sonda. Seu esposo demonstra indignação com o atendimento e diz que irá levar sua esposa para se tratar em São Paulo.
Paciente apresenta-se lúcida, calma, orientada, eupnéica, afebril descorada, níveis glicêmicos elevados, abdômen flácido indolor a palpação, em uso de sonda nasogástrica para lavagem. Segue aos cuidados de enfermagem.
 A paciente receberá alta logo mais e tem as seguintes orientações da enfermeira para cuidados em casa:
Paciente sairá com a sonda nasogástrica, assim a enfermeira orientou quanto os cuidados durante a alimentação que deve ser feita com cabeceira elevada e deixar na mesma posição por 30 min após alimentação, em seguida lavar a sonda com 20 ml de água;
Orienta quantos aos cuidados para prevenir ulceras por pressão;
Cuidados com alimentação.
Em uso das seguintes medicações:
Óleo mineral 20 ml via sonda 12/12 hs
Rocefin 1 GR EV de 12/12 hs
Dimeticona 40 gs vo U.I manhã, 15 U.I à noite
Insulina NPH VS 20 U.I manhã, 15 U.I à noite
Insulina regular conforme HGT e protocolo
Glicose 50% (04 amp EV)
Tramal 100mg EV 8/8 hs
Plasil EV 8/8 hs
Sulfato ferroso 02 cp via sonda antes do almoço
Queropax 25 mg usar sem parar 2 caixas por 6 meses
Em contato com o prontuário observam-se os seguintes exames laboratoriais:
	Exame
	Paciente
	Referencia
	Hematocrito
	28,8%
	38-46%
	Eritrocitos
	3,24 milhões/mm3
	4,5-5,3 milhões/mm3
	Hemoglobina
	9,6g%
	13-16g%
	VCM
	68fl
	80-95fl
	CHCM
	33%
	30-35%
	Leucocitos
	6700/mm3
	3200-9800/mm3
	Bastonetes
	67/mm3
	32-98/mm3
	Segmentados
	4288/mm3
	2080-6370/mm3
	Linfocitos
	1273/mm3
	768-2352/mm3
	Eosinofilos
	536/mm3
	128-392/mm3
	Monocitos
	536/mm3
	192-588/mm3
	Basofilos
	0/mm3
	0-32/mm3
	plaquetas
	1940000/mm3
	150000-400000/mm3
	Glicose
	80mg/dL s
	65 a 99 mg/dL
	Ureia
	22mg/dL
	10 a 45 mg/dL
	Creatinina
	0,5mg/dL
	0,5 a 1,2mg/dL
Então em entrevista com a enfermeira plantonista, foram abordadas algumas questões sobre a nutrição da paciente e como a enfermagem pode contribuir para melhoria do processo de equilíbrio nutricional. Questionando-se sobre o que venha ser uma vida saudável e a sua importância no bem estar do paciente, a enfermeira salientou que o individuo precisa ter acesso a um emprego, ou seja, ele precisa esta em contato com o novo, ocupando a mente com situações que fazem bem ao corpo e a mente, é ter uma alimentação saudável e equilibrada, mantendo um bem estar físico, mental, espiritual e financeiro. Desse modo, o paciente precisa está orientada em relação aos nutrientes essências, para quehaja uma boa alimentação e promover a educação em saúde. Então para identificar possíveis necessidades nutricionais é importante trabalhar em cima dos sinais e sintomas, que são observados durante o contato com o paciente e associá-lo ao diagnóstico médico; porém todo esse cuidado e avaliação nutricional é responsabilidade do nutricionista. Portanto o papel do enfermeiro frente às mudanças que ocorrem em cada ciclo da vida é orientar sobre quão é importante alimenta-se bem, de forma equilibrada, de acordo com seu perfil socioeconômico e suprir as necessidades nutricionais de cada ciclo. A enfermagem contribui com a equipe multiprofissional, de forma criteriosa, solicitando uma avaliação do serviço nutricional, mediante ao diagnóstico, ouvindo as especificidades de cada paciente e junto ao diagnóstico e a referida avaliação dos serviços nutricionais, traçam um plano alimentar. 
Nesse mesmo Hospital ocorre com frequência orientações (educação continuada) sendo tema pertinente a infecção hospitalar e como evitá-la evidenciando o uso de EPIs, que nos últimos anos têm aumentado a adesão dos funcionários. Há reservatórios para descartes de seringas (materiais pérfuro-cortantes em geral) no setor de emergência, curativo, internamento e sala de parto. Há uma separação do lixo infectado do comum, no lixo infectado são desprezados: equipo; frascos de soros; cateteres e sondas; amostras de laboratório contendo sangue; resíduos de tecidos; secreções sanguinolentas e/ou purulentas; espátulas de madeira contaminadas; gaze, algodão ou compressas contaminadas. Esse lixo é separado e armazenado em bobinas, em que uma empresa terceirizada faz a coleta semanalmente. As doenças ocupacionais que acometem os profissionais do hospital atingem aqueles que tem mais tempo de trabalho, são elas: artrite, CA de colo de útero, AVC, depressão, dor na coluna, doenças degenerativas. Houveram casos de CA em dois profissionais a um tempo atrás devido a radiação quando não tinha proteção devida. São prevalentes ainda hipertensão, problemas circulatórios. São realizadas atividades recreativas e confraternizações no hospital.
 Além disso, alguns profissionais de enfermagem, podemos perceber que são relativamente adultos jovens, com pouca vulnerabilidade ao estresse, pois não apresentava mais de uma função, ou seja, não havia outro vínculo empregatício. Na avaliação do distúrbio do álcool, não foram evidenciados casos em que o álcool atrapalhasse a rotina normal de trabalho, sendo que a frequência da ingestão de álcool é realizada socialmente, ou seja, em alguns eventos, mas que não interferem no trabalho a ser realizado.
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas nos trabalhadores do hospital estão o padrão de sono alterado para trabalhadores do período noturno, sobrecarga de trabalho, sedentarismo e movimentos repetitivos. Observamos que o estresse no local de trabalho está relacionado ao setor da Emergência, por haver muitas situações em que o profissional precisa ser pressionado ou então sobrecarregado de serviço, o que atrapalha na satisfação em trabalhar no setor, tendo então uma rotatividade maior neste setor.
As reuniões de grupo na ESF são feitas mensalmente ou quinzenalmente, depende da necessidade. As ações extramuros são feitas quando estão em campanha, o carro de som sai divulgando, juntamente com os agentes de saúde, para alertar a população. A taxa de cobertura vacinal é de 95%. Trabalham em parcerias com o Centro de Saúde, hospital e as demais ESF. O contato é feito por telefone ou até mesmo pessoalmente, depende das circunstâncias. Não há reuniões entre as equipes de saúde, somente em casos de surgir ou apresentar algo novo, sendo assim é raro haver essa reunião, é mais por meio de ofício. A ESF tem sua área de abrangência, e quando um morador vai para outra área é dado baixa e é feita a atualização.
Nessa mesma ESF que a J.N.C foi contra referenciada. A família não sabe o que fazer, pois apresenta um filho autista e agora tem que cuidar de J.N.C. A enfermeira da unidade ainda não foi fazer a visita domiciliar. A ACS informa somente que já foi passado o caso para enfermeira, mas que ela acha que terá que ir para um Asilo. Não queremos que vá para o Asilo, só queremos ajuda dos órgãos públicos. E todos nós trabalhamos infelizmente às vezes tenho que deixar ela e o filho autista sozinhos com a vizinha cuidando.
Problemas do Caso
Problema 1:
“(...) internação no leito B 17 devido a oscilação do diabetes(...) Assim após elevação da diabetes que estava em 600mg/dl procurou a unidade de saúde de Ribeira do Pombal(...)”.
	Problema
	Fatores determinantes
	Efeitos
	Diabetes descompensado e oscilando (no momento 600 mg/dl)
	Dieta inadequada rica em carboidratos e prolongamento do jejum;
Pouca sensibilização para o auto-cuidado;
Falta de orientação quanto aos hábitos saudáveis;
Envelhecimento fisiológico;
Ausência do acompanhamento/aderência das consultas de HIPERDIA;
	Problemas circulatórios;
Lesões em órgãos de outros sistemas (olho, rim, coração, nervos);
Amputação;
Coma;
Óbito;
Aumento dos gastos com a atenção secundária (internações e regulações).
Problema 2:
“(...) ocorre com frequência orientações (educação continuada) sendo tema pertinente a infecção hospitalar e como evitá-la (...)”.
	Problema
	Fatores determinantes
	Efeitos
	Possibilidade de Infecção Hospitalar
	Higienização das mãos ausente;
Desatualização/ ou falta de sensibilização dos profissionais na importância da manutenção de técnicas assépticas;
Ausência da Padronização dos procedimentos (POP);
Falta da criação de Rotinas visando o Controle de Infecções Hospitalares.
	Transmissão vertical de infecções graves;
Reinfecção dos pacientes em tratamento;
Aparecimento de complicações secundárias;
Óbito;
Aparecimento das superbactérias no ambiente hospitalar;
Aumento do tempo e de gastos com as internações;
Superlotação;
Problema 3:
	
“Dentre os fatores de riscos para o desenvolvimento de doenças crônicas nos trabalhadores do hospital estão o padrão de sono alterado do período noturno, sobrecarga de trabalho, sedentarismo e movimentos repetitivos”
	Problema
	Fatores determinantes
	Efeitos
	Queixas (sinais e sintomas) ligadas a atividade laboral (dos profissionais de saúde da área hospitalar)
	Sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde;
Desorganização ou inexistência da divisão de tarefas pelo enfermeiro;
Plantões sequências por necessidade financeira;
Pouco conhecimento sobre ergonomia e exercícios laborais;
	Distúrbios definitivos do sono;
Fadiga crônica;
Procedimentos vulneráveis a negligência e imprudência;
Lesões graves e definitivas do profissional;
Consequências graves de erros durante procedimentos;
Problema 4:
“E todos nós trabalhamos infelizmente as vezes tenho que deixar ela e o filho autistas sozinhos com a vizinha cuidando”
	Problema
	Fatores determinantes
	Efeitos
	Indivíduos com grau de dependência sem cuidador (idoso e criança autista)
	Cuidador precisa manter trabalho por condições financeiras;
Renda insuficiente para contratar cuidador;
Poucos familiares assumindo papel de cuidador;
Intervenção precária da Assistência Social.
	Acidentes;
Ausência da satisfação das necessidades básicas (alimentação, eliminação, socialização entre outras);
Interação social prejudicada;
Estresse (do idoso e da criança);
Patologia do idoso agravada por falta de cuidado.
Diagnósticos de Enfermagem
Risco de glicemia instável relacionada ao estado mental do Alzheimer que dificulta a adesão do controle glicêmico complicada definida pelo controle diminuído da glicemia devido ao envelhecimento (DM, 65 anos).
Nutrição desequilibrada maior que as necessidades corporais relacionada a ingestão excessiva em relação as atividades metabólicas e pouco gasto calórico definido pelo padrão alimentar disfuncional especialmente concentrada em carboidratos.
Risco de infecção relacionada aos fatores de risco o aumento a exposiçãono ambiente hospitalar. 
Controle familiar ineficaz do regime terapêutico relacionado a dificuldades econômicas que exigem ausência do cuidador e complexidade no cuidado devido ao Alzheimer, diabetes e uso de Sonda nasogástrica e polifarmácia definida pela falha em agir para reduzir fatores de risco por deixar a idosa sozinha pelo dia.
Privação do sono relacionado pelo trabalho no turno do noturno definido pela sonolência durante o dia e fadiga.
Planejamento e Prescrições de Enfermagem
	Resultados esperados
	Intervenções de enfermagem
	Aprazamento
	Apresentará melhores valores glicêmicos em 24 horas
	Monitoração glicêmica;
	A cada 12 horas e SN;
	
	Controle medicamentoso (hipoglicemiantes)
	Conforme prescrição;
	
	Avaliação clínica para identificar sintomas da oscilação glicêmica.
	Conferência a cada 12 horas e se necessário a cada duas horas a pois as refeições e sempre que solicitado
	Apresentará melhor padrão alimentar em até 30 dias
	Aconselhamento nutricional para diminuição do insumo de carboidratos simples priorizando os carboidratos complexos.
	No momento da internação e das orientações para a alta.
	
	Ensino da dieta prescrita quantidade e frequência das porções evitando jejuns prolongados.
	Reforço diariamente;
Ou se necessário durante a oferta das refeições.
	
	Monitoração hídrica (através do débito urinário).
	A cada 12 horas.
	Apresentará comportamento propício ao Controle de Infecção hospitalar em até 90 dias
	Ação de educação continuada sobre Controle de infecção.
	A cada 60 dias.
	
	Instalação de dispositivos de higienização das mãos na entrada de cada setor.
	Assim que for possível.
	
	Sensibilização dos pacientes e visitas para a prática de hábitos que auxiliem no controle de infecção; 
	Diariamente.
	
	Criação de artifícios administrativos que padronizam os procedimentos de forma asséptica disponível ao acesso dos profissionais (Procedimento Operacional Padrão, Manual administrativo e Rotinas)
	Durante 30 dias
	Apresentará melhora do controle terapêutico de J.N.C. em até 60 dias
	Sinalização para atenção básica solicitando maior número de Visitas Domiciliares da equipe.
	No momento da alta
	
	Sensibilização da família da importância do tratamento e da rotatividade e oferta contínua de um cuidador.
	No momento da alta
	
	Buscar programas de Home Care filantrópicos ou ligados ao SUS.
	No momento da alta
	Apresentaram melhora no padrão do sono em até 60 dias
	Oferta de profissionais em quantidade suficiente evitando sobrecarga.
	Em todo plantão.
	
	Escala de tarefas dinâmica adaptada as modificações durante o plantão.
	Em todo plantão.
	
	Rotatividade dos profissionais no plantão noturno
	Na elaboração da escala mensal.
Ação Inovadora 
A atenção Básica se diferencia em sua assistência pois aborda os indivíduos, a família e a comunidade e por isso reconhece todos os problemas que afligem a organização familiar. Identificar os problemas é apenas o primeiro passo pois a modificação da realidade é o objetivo central dessa abordagem para que se efetive a melhora da qualidade de vida das pessoas.
Uma mudança radical no modelo de atenção à saúde envolve não apenas priorizar a atenção primária e retirar do centro do modelo o papel do hospital e das especialidades mas, principalmente, concentrar-se no usuário cidadão como um ser integral, abandonando a fragmentação do cuidado que transforma as pessoas em órgãos, sistemas ou pedaços de gente doentes. As práticas interativas devem estar disponíveis como alternativas do cuidado. A humanização do cuidado. [FRACOLI, 2011, p.1136]
A função do cuidador é essencial em muitas famílias naquelas quais há pessoas que não conseguem manter as atividades da vida diária ou que necessitam de auxílio para fazê-las dentre elas está a família de J.N.C. que devido necessidades financeiras tem que deixar sozinho em casa a idosa e a criança autista, o que atrapalha cuidado e o tratamento da idosa que tem diabetes fazendo com que as complicações surjam com mais facilidade. Pois como afirma (FERREIRA, 2009, p.2) “Em decorrência do processo de envelhecimento, aumentam as doenças crônicas degenerativas. Os portadores de tais patologias necessitam da atenção especial de cuidadores, que na maioria das vezes essa função é delegada a um membro da família”.A família necessita de ajuda para a manutenção dessas tarefas.
Para isto pensa-se na criação de um centro de Home Care no município. 
 A construção do novo modelo assistencial tem como meta a redução do tempo de internação hospitalar, valorizando novos espaços e novas formas de organização das tecnologias. Nesse contexto, o Programa de Saúde da Família, o PID e os espaços para cuidados paliativos apontam-se como estratégias para a diminuição dos custos hospitalares, para a humanização da atenção, para a diminuição de riscos, bem como para ampliar os espaços de atuação dos profissionais de saúde, de modo especial da enfermagem.[SILVA, 2005, P.393]
O espaço seria doado pelo município e serviria para organização e central dos prestadores. Os prestadores deveriam ser em grande quantidade para atender a demanda, para diminuir os gastos, ajudar na formação dos profissionais e garantir experiências aos formandos haveria oferta de estágio. Se organizaria com enfermeiro responsável, preceptores das unidades de ensino e formando dos níveis superior e médio (estudantes de enfermagem e estudantes do técnico de enfermagem) além de profissionais formados que querem a comprovação em carga horária de prática de Home Care. Seria feito a identificação das famílias que precisam desse serviço pelos profissionais que encaminhariam a solicitação e descrição da situação familiar, dependendo do grau de complexidade da assistência serão selecionados se será encaminhado profissional de nível compatível com a situação (superior ou médio), e a quantidade de tempo que será disposto de forma integral ou nos horários em que mais precisa dos cuidados, temporária ou definitivamente.
Poderá ser adicionado parceria intersetorial como por exemplo o atendimento da psicopedagogia importante no acompanhamento da criança autista (setor da educação); do psicólogo na abordagem conflitante e sobrecarga do cuidador e do idoso em crescente grau de dependência (NASF e CRAS).
Poderá também ser formado turmas para capacitar os familiares que estão em posição de cuidadores nos temas em que eles têm interesse, relacionado a prestar maior bem-estar ao cuidado e ao cuidador.Lembrando que segundo (SENA, 2005, p.393) “Em abril de 2002, foi sancionada, pelo Ministério da Saúde, a Lei nº 10.424 que estabelece, no âmbito do SUS, o atendimento e o PID. Essa Lei inclui, principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem”, sendo que está ação seria uma evolução natural já buscada nas estratégias dos serviços a domicílio pensando-se em melhoria de qualidade de vida e humanização, não se restrindo apenas a casos graves em que é considerado internação, mas a abordagem completa do cuidador abordando procedimentos, medicação, alimentação, ajuda com as eliminações, companhia, atenção dentre outros.
A ação inovadora aborda de forma direta e indireta todos os problemas. A paciente seria melhor acompanhada no controle do diabetes, e não ficaria sozinha em casa. Esse programa diminuiria a superlotação das unidades hospitalares e trariam um pouco mais de organização e gerariam a desobrecarga dos profissionais melhorando a qualidade do atendimento e o cuidado com os procedimentos e ao controle de infecção e a educação continuada, isto também traria menos estresse, cansaço e facilitaria na divisão de tarefas e rotatividade de turno permitindo que os profissionais apresentam melhoras no padrão do sono.
Discussão Interdisciplinar
O enfermeiro deve ter conhecimento a fins de identificar precocemente o diabetes e suas complicações comuns também no envelhecimento. Para isso deve conhecer o padrão de normalidade da glicose sanguínea (em jejum <110; pós prandial após 75gde glicose <140, e glicemia casual <200). A diabetes quando não tratada evolui e danifica órgãos importantes para a manutenção da homeostase e acaba por diminui a qualidade de vida destes pacientes. Outros exames complementares ao diabético além da glicemia em jejum e a pós prandial, são o lipidiograma e a avaliação da função renal feita pela mensuração da uréia e creatinina pois é comum a alteração desses valores bioquímicos nestas situações e é necessário as devidas intervenções especificas se ocorrem pois influenciam na eficácia do tratamento e manutenção do nível glicêmico em valores aceitáveis. (Interpretação de Exames).
Na unidade de Estratégia de Saúde da Família na qual se encontra a área de domicílio de J.N.C. é preciso através da Escala de Risco Domiciliar identificar a necessidade de atenção domiciliar maior a esta família pela presença de idosos que apresentam doenças crônicas que alteram o Escore que mensura a independência para atividades de Vida Cotidiana como a hipertensão, diabetes, Alzheimer, e do acidente atual da queda da própria altura. Além de situações como a polifarmácia que precisam de acompanhamento pois pode ser confuso para o cuidador pela quantidade de remédios e horários, remédios parecidos, deve se criar compartimentos separando as medicações pelos horários a fins de evitar que se tome medicações no horário e na quantidade errada. Deve ser reforçada o vínculo e a responsabilidade sobre o cuidado familiar na manutenção dos procedimentos, orientação, e hábitos saudáveis a fins de evitar maiores complicações na idosa garantindo a oferta das necessidades básicas. É preciso também avaliar o nível de dependência do autista, a estimulação ao autocuidado, auxiliar no processo de socialização e ofertar a supervisão junto ao cuidado sempre que necessário. É preciso também fazer a busca ativa dos filhos de J.N.C. para mensurar a glicemia pelo risco hereditário de também portarem a doença e contribuindo para a manutenção dos hábitos saudáveis para amenizar o risco. É preciso oferecer a mensuração da pressão arterial, da glicemia e de exames bioquímicos para avaliar as condições anemia comum nos idosos.Toda orientação deve levar em conta aspectos como escolaridade, condições financeiras, idade e outros. (Atenção Básica à Saúde)
A orientação quanto aos cuidados da alimentação é extremamente necessária ao paciente portador da diabetes. O controle glicêmico está diretamente ligado aos hábitos saudáveis como o exercício adequado ao condicionamento físico e alimentação com o controle da ingestão dos carboidratos principalmente os simples e em grande quantidade. Para isto é preciso instruir J.N.C. e a família sobre o que ocorre quando se consome muito carboidrato, as consequências, a importância de uma avaliação e dieta individualizada passada pelo nutricionista, considerando a dificuldade da mudança de hábitos que por vezes constitui o comportamento de toda uma vida na escolha dos alimentos, ressaltando a importância da montagem da dieta priorizar as preferencias da idosa garantindo uma melhor aceitação do tratamento. Como ela passará este período com a sondagem nasogástrica na terapia enteral é preciso o preparo já está adequadamente mensurado quanto aos nutrientes necessários.(Nutrição e Dietética)
A rotina criada no hospital para evitar o Controle de Infecção, visando ações educativas com os profissionais e visitantes, criando POP e rotinas é um ato de condicionamento psicológico que auxilia no resultado esperado que é a diminuição destes riscos. Outro fator psicológico que deve ser considerado é em relação ao bem estar dos profissionais que resultam num melhor aproveitamento durante as suas tarefas quando se observa ações que já apresentam sintomas que podem interromper a qualidade das tarefas que executam pois um padrão de sono inalterado é essencial, para isto o enfermeiro deve estar atento a evitar a sobrecarga destes profissionais priorizando também a rotatividade do período noturno a fins de manter um padrão de descanso essencial. (Psicologia)
Mostra-se durante o texto a abrangência do papel do enfermeiro, a importância da sistematização da sua assistência para a organização do sistema a qual trabalham garantindo o alcance dos seus objetivos na assistência através de uma organização de suas ações sempre embasada em conhecimentos teóricos e adaptadas as realidades em qual estão inseridos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
FERREIRA, Ana Cristina Pinto. Idosos dependentes: a importância do cuidador formal e informal na saúde do paciente, 2009.
FRACOLLI, Lislaine Aparecida. Conceito e prática da integralidade na Atenção Básica: a percepção das enfermeiras. Revista Escola de Enfermagem da USP, 2011.
JOHNSON, Marion. Ligações NANDA-NOC-NIC. Elsevier, 2013.
NANDA. Diagnósticos de Enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2013.
SILVA, Kênia Lara. Internação Domiciliar no Sistema único de Saúde. Revista de Saúde Publica, 2005.

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