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SEDAÇÃO E ANALGESIA NA EMERGÊNCIA INTRODUÇÃO • Desde sedação mínima (ansiólise) e controle de dor leve até anestesia geral. • Analgesia: ausência ou supressão da sensação de dor. Alteração do nível de consciência pode ocorrer a depender da medicação e dose. • Sedação: alteração do nível de consciência, obrigatoriamente. INTRODUÇÃO • Dor é a combinação de fenômenos sensoriais, emocionais e cognitivos. • É a causa mais comum de procura na Emergência. • Objetivo do uso da analgesia é o conforto do paciente com segurança para o médico e riscos mínimos. AVALIAÇÃO DA DOR • Anamnese • Exame físico – Atentar para exame neurológico e musculoequelético, principalmente na dor crônica. • Exames complementares • Localização, distribuição, irradiação, qualidade/tipo, severidade/intensidade, periodicidade e duração AVALIAÇÃO DA DOR • Escala numérica da dor • Escala visual analógica da dor • Estes testes cognitivos podem ter eficácia reduzida principalmente entre idosos e pacientes com déficits cognitivos. AVALIAÇÃO DA DOR (Fonte: Google Imagens) TRATAMENTO DA DOR • Prioridade para o Emergencista! • Objetivo: analgesia completa no menor tempo possível, sendo aceitável diminuição de pelo menos 50% da dor antes de eventual alta. • Lembrar que o tratamento inadequado da dor pode levar ao desenvolvimento de quadros crônicos. • Uso de única droga dificilmente será capaz de prover analgesia do quadro. • Boa prática é considerar a seguinte regra: dores fortes exigem analgesia forte. TRATAMENTO DA DOR • Inicialmente aplicar escala de dor. • Associar analgésico simples, independente do nível de dor, seguindo o padrão da tabela abaixo: Dor leve (1-4) Dor moderada (5-7) Dor intensa (8-10) Analgésico simples (dipirona ou paracetamol) Sim Sim Sim AINH (citoprofeno, tenoxicam) Sim - - Opiode fraco (tramadol) - Sim - Opiode forte (morfina) - - Sim TRATAMENTO DA DOR • Escolha das drogas é baseada em sua potência, segurança e possibilidade de uso intravenoso. • A intenção de sempre se associar um analgésico simples parte de evidências que sugerem que as combinações de drogas aumentam atividade analgésica, minimizam efeitos colaterais e possibilitam uso de doses menores. MORFINA X MEPERIDINA • Morfina: bom perfil de segurança, excelente potência analgésica, baixo risco de dependência, capacidade de titulação de doses. • Meperidina: evitar usar!!! Potência menor que morfina, nenhuma vantagem em relação à morfina, maior risco de dependência. AINHs • Excelente opção em dores com componente inflamatório independente da sua intensidade. • Não há evidência de que um AINH seja superior a outro para qualquer indicação. • Devem ser utilizados com precaução na presença de IR, doença hepática e ICC, principalmente quando associado uso de IECA, BRA-II ou diuréticos – nestes casos, o mais importante é não utilizar de forma contínua, mas podem ser usados doses no controle agudo da dor. • Usar 50% da dose em paciente com IRC ou com mais de 65 anos. TRAMADOL • Opioide fraco, com potência menor que a da morfina. • Boa opção de droga de manutenção. • Promove boa analgesia, com principal efeito colateral náuseas e vômitos. Risco de minuir limiar convulsivo. • Utilizar 50% da dose em pacientes com Clcr <30mL/min ou em cirróticos. SEDAÇÃO E ANALGESIA PARA PROCEDIMENTOS SEDAÇÃO E ANALGESIA PARA PROCEDIMENTOS • Profissional que ira plicar SAP deve ser capaz de reconhecer e agir nas possíveis reações adversas, ter conhecimento das medicações em uso e ser treinado em reanimação cardiopulmonar. • Objetivos: – Controlar movimentos abruptos e indesejados – Rápido retorno ao estado de consciência (se for o caso) – Minimizar riscos de eventos adversos relacionados à técnica – Proporcionar bem-estar ao paciente ESCALAS DE SEDAÇÃO • Escala RAMSAY ESCALAS DE SEDAÇÃO • Escala SAS PRECAUÇÕES • OBESIDADE – Maior risco de RGE e broncoaspiração, obstrução das VA e sedação prolongada. Ajustar dose para o peso ideal. Avaliar uso de antieméticos. • IR – Maioria das medicações possuem excreção renal. É esperado nestes pacientes, efeito prolongado. • VICIADOS EM MEDICAÇÕES – Apresentam efeitos imprevisíveis dos fármacos, necessitando de doses maiores ou sintomas de abstinência. • IDOSOS: – Apresentam metabolismo mais baixo, maior biodisponibilidade, doenças degenerativas associadas e, portanto, exigem uso de doses menores com pequenos aumentos até o efeito desejado. IMPORTANTE • Antagonistas para BZD: FLUMAZENIL – Dura de 3-5 horas. Tal meia-vida curta está associada a risco de re-sedação. • Antagonistas para opioides: NALOXONA – Pode ser repetida devido ao curto tempo de ação ou colocada em bomba de infusão. FENTANIL • Utilizado como pré-indutor por seu efeito analgésico. • Altamente lipossolúvel, tem maior potência (100 vezes a da morfina), menor início de ação e curto tempo de ação. • Opioide mais indicado para uso em procedimentos. • Início de ação: praticamente imediato. • Duração: 0,5-1h. • Vantagens: não induz broncoespasmo (comparado com morfina). • Desvantagens: riscos com infusão rápida e altas doses – depressão respiratória. ETOMIDATO • Sedativo hipnótico EV de ação curta não analgésico. • Indicado para intervenções de curta duração (até 15 minutos), procedimentos diagnósticos e intervenções realizadas em ambulatório. • Principal reação adversa, mioclonia, não deve ser temida. É vantajoso por não alterar a hemodinâmica do paciente. • Início de ação: 15-45s • Duração do efeito: até 15 minutos • Vantagens: não causa instabilidade hemodinâmica • Desvantagens: não proporciona analgesia, diminui limiar convulsivo. QUETAMINA • Sedativo hipnótico EV de ação curta e com efeito analgésico. Útil para intervenções em pacientes asmáticos em broncoespasmos. • Opção em pacientes instáveis hemodinamicamente ou naqueles em que há riscos por queda da PA (TCE, AVE). • Início de ação: 60s • Duração do efeito: 10-20 min • Vantagens: não causa instabilidade hemodinâmica, proporciona analgesia e broncodilatação. • Desvantagens: alto risco em síndromes coronarianas, dissecção de aorta e convusões. PROPOFOL • Agente sedativo hipnótico, ansiolítico, amnésico sem propriedades analgésicas. • Sedativo de escolha em pacientes neurológicos. • Sua farmacocinética é pouco alterada na presença de IR ou hepática. • Início de ação: 15-45s • Duração do efeito: até 10 min • Vantagens: diminui a resistência de toda a via aérea. • Desvantagens: não proporciona analgesia.
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