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Marcado pela decepção com relação ao progresso social e técnico-científico, que não libertou o homem de seus problemas existenciais, da dor e da morte, o fim do século XIX viu o nascimento de um período literário, em que se buscava a representação do irrepresentável e a visão do impossível. Para os autores dessa época, a fala representa a alma universal. A linguagem produz sentidos além dos sentidos. Esse período é conhecido como .. A Futurismo B Arcadismo C Rococó D Simbolismo “Simbolismo No final do século XIX, o progresso social e não conseguiu libertar o homem de seus problemas mais cruciais: a dor e a morte. A fé ingênua na ciência era um mito desfeito e por isso a proposta central do simbolismo é de que a razão não é tudo. Nem mesmo aliada às emoções o poeta deve ir além da razão e das emoções para buscar o fundamento da realidade. O desejo máximo dos simbolistas é a representação do irrepresentável e a visão do invisível que na opinião deles é a fala da alma universal presente no mais profundo de cada ser uma fala que não pode ser ouvida com a razão. Os simbolistas descartam o pensamento explícito e a linguagem flui em fluxo mesmo gerando ligações além dos sentidos formais. A palavra livre evoca múltiplas associações e produz sentidos além dos sentidos. É a poesia pura sem preconceitos e disponível para toda e qualquer interpretação não lógica.” Livro-base p. 204. E Renascimento Questão 2/10 Leia as assertivas abaixo. I. Período literário e estilo literário não são categorias imutáveis às quais os autores devem enquadrar suas obras. Não são traços predefinidos que devem ser aplicados na elaboração das obras. Um período literário é um espaço de tempo, delimitado a posteriori, no qual os pesquisadores identificam certa constância na utilização de traços estilísticos e valores semelhantes. Porque II. Podemos perceber, ao analisar diferentes obras contemporâneas entre si, uma certa semelhança em seus traços, características e valores. Isso acontece, porque o senso estético, os valores, crenças e comportamentos são resultado de construções históricas. Assim como todos os seres humanos, os autores e autoras também sofrem influência do meio. Obras produzidas num mesmo momento histórico, sofrem a influência do mesmo meio e tendem, portanto, a apresentar as mesmas características. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, a respeito dessas assertivas, assinale a opção correta. A As assertivas I e II são proposições excludentes. B As duas assertivas são verdadeiras, e a segunda afirmativa justifica e complementa a primeira. “Os comentários de Aguiar e Silva (1979 p. 352) são preciosos: É necessário por conseguinte escolher critérios literários para fundamentar e definir os períodos literários. [...] O ponto de partida terá de ser a própria realidade histórica da literatura as doutrinas as experiências e as obras literárias [...] o conceito de período literário não se identifica com uma mera divisão cronológica pois cada período se define pelo predomínio e não pela vigência absoluta e exclusivista de determinados valores. Semelhante concepção dos períodos literários permite admitir a coexistência de estilos diversos no mesmo lapso de tempo e na mesma área geográfica. No argumento fica dito que no mesmo período dois ou mais estilos podem conviver e muitas vezes e fundem-se no mesmo artista e até na mesma obra. Os argumentos convincentes também nos levam à conclusão de que as obras em si assim como a literatura em sua expressividade são os determinantes do estilo porque exibem isso em sua estrutura. O estilo que predomina é então o que vai receber essa ou aquela classi?cação. “ Livro-base p. 173. C As duas assertivas são verdadeiras, mas a segunda afirmativa não é relacionada à primeira. D No que diz respeito ao texto dramático, a assertiva I é uma proposição falsa, e a II é verdadeira. E No que diz respeito ao texto dramático, a assertiva I é uma proposição verdadeira, e a II é falsa. Questão 3/10 “Considerando que drama é ação e lembrando que o gênero é caracterizado pela imitação, o drama é a imitação das ações humanas, seu centro é a tensão.” PAULA, Laura da Silva. Teoria da Literatura. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 147. Sobre as textos dramáticos, leia as assertivas a seguir. I. A sequência de cenas independentes objetiva o fim. II. O pathos é o sentimento de paixão, da perturbação dos sentimentos. III. Existem dois tipos de pathos: o pathos pela dor e o pathos pelo prazer. IV. A complexidade do problema determina o desenrolar da obra. V. Tudo o que é dramático ocorre num palco e se divide em tragédia e comédia. De acordo com os conteúdos estudados nas aulas e no livro-base, é correto afirmar. A Apenas as assertivas I, II e III são verdadeiras. B Apenas as assertivas I, III e IV são verdadeiras. C Apenas as assertivas I, II e V são verdadeiras. D Apenas as assertivas I, II, III e IV são verdadeiras. “Dois tipos de pathos podem ser observados: o pathos pela dor e o pathos pelo prazer mas ambos são gerados pela força espontânea e objetivam um clímax a partir do qual as solu- ções surgem pois a finalidade do pathos não é causar a comoção e nos contagiar com uma “disposição anímica” mas sim purificar as emoções como um esvaziar de alma a sensação de alívio que a re- solução do problema pode causar. O “problema” é a outra característica do dramático. Deve haver sempre um problema que venha a ser solucionado durante a trajetória das ações..” Livro-base, p. 144. E Apenas as assertivas I, III, IV e V são verdadeiras. Questão 4/10 “Quando se observa o século XVIII considerando a periodização literária o que se tem é uma complicação maior que os antecedentes.” PAULA, Laura da Silva. Teoria da Literatura. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 197. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, enumere, na ordem sequencial, as características e informações que se relacionam a cada um dos períodos literários listados a seguir. Iluminismo Neoclassicismo Rococó Arcadismo Romantismo ( ) Luzes da razão e do progresso da ciência e da tecnologia, cartesianismo - rigor lógico e geométrico ( ) retomada dos pressupostos do classicismo ( ) revolução cultural contra o rigor moral e a rigidez estética, miniaturismo, delicadeza, estilização ( ) bucolismo, afetação, refinamento, frivolidade, elegância ( ) consciência romântica, conflito com a realidade indesejada, imaginação ilógica, convivência da alegria com a melancolia Agora, marque a sequência correta: A 1, 5, 2, 3, 4 B 2, 1, 4, 3, 5 C 1, 2, 4, 5, 3 D 1, 5, 4, 2, 3 E 1, 2, 3, 4, 5 Você acertou! dominar a lírica durante o século. A imbricação entre esses períodos é muito clara. Se“Iluminismo A denominação já significa o centro do pensamento. O propósito era iluminar as mentes obscurecidas com as luzes da razão e do progresso da ciência e da tecnologia que engatinhava então nos braços da Filosofia de René Descartes. O pensar cartesiano com seu rigor lógico e geométrico interferiu não só nesse momento histórico mas expandiu-se por toda a modernidade particularmente por todo o pensamento burguês. Neoclassicismo Uma condição lógica é que nesse quadro de extremo racionalismo os pressupostos do classicismo fossem retomados. O neoclassi- cismo então manifesta-se pela via do estilo rococó e do arcadismo que retomam as tendências do humanismo renascentista. Rococó É a representação da revolução cultural de uma elite recém-mo- bilizada para lutar contra o rigor moral e a rigidez estética do sé- culo XVIII. Em lugar da arte solene e grandiloquente dos períodos anteriores as manifestações são agora reduzidas com o miniatu- rismo a delicadeza a estilização; um gosto refinado feminino. Arcadismo A principal marca do arcadismo é o bucolismo que vaigundo Afrânio Coutinho (1986 p. 210) quando se examina a literatura arcádica os elementos típicos do rococó saltam aos olhos: “culto sensual da beleza afetação refinamentofrivolidade elegância linguagem melodiosa e graciosa” é uma arte de transição em que o domínio do gosto será determinado pela classe média cujos padrões de gosto e de sensibilidade caminhavam para a subjetividade. Aqui no Brasil um grupo de intelectuais mineiros de Vila Rica incorporou o movimento e deu lugar ao arcadismo mineiro. Assim tem início o lirismo brasileiro que será mais tarde praticamente o distintivo da literatura brasileira em razão da transição da fase da literatura portuguesa para a literatura em sua fase brasileira. Os brasileiros que receberam a denominação de árcades ou que produziram dentro do arcadismo são consagrados e merecem um estudo avançado que não nos é possível aqui mas fica a sugestão para a complementação dos estudos. [...] Romantismo A importância desse movimento literário fica evidenciada pelo volume de obras escritas sobre o assunto – uma vasta bibliografia. Qualquer tentativa de resumir esse tempo será por isso sempre falha e possível de preenchimentos.” Livro-base p. 198 – 199. Romantismo: “• a consciência romântica é conflituosa dividida entre os con- trastes criados pela recusa na aceitação das características ilu- ministas e a definição de valores absolutos; • o “eu” em conflito com a realidade indesejada busca a evasão para o passado mítico ou espaços idealizados; • o espírito romântico pode ser representado pela imaginação ilógica; a alegria e a melancolia podem conviver assim como a tristeza e o entusiasmo.” Livro-base p. 200 Questão 5/10 Roland Barthes (1980) fala sobre as diferenças entre o texto de prazer e o texto de fruição. De acordo com as aulas e o livro-base, qual a diferença entre esses dois tipos de texto? A O texto de prazer desconforta, critica as bases culturais e psicológicas do leitor. O texto de fruição está ligado a uma prática confortável da leitura, porque segue a mesma linha cultura e não causa estranhamento ou desconforto. B O texto de prazer foge das regras, libera, embora cause desconforto. O texto de fruição causa conforto e revela o que não sabemos. C O texto de prazer revela o que não sabemos, portanto educa, embora também cause desconforto. O texto de fruição causa conforto porque foge das bases culturais. D O texto de prazer está ligado a uma prática confortável da leitura, porque segue a mesma linha cultura e não causa estranhamento ou desconforto. O texto de fruição desconforta, critica as bases culturais e psicológicas do leitor. Você acertou! “Texto de prazer: aquele que contenta, enche, dá euforia; aquele que vem da cultura, não rompe com ela, está ligado a uma prática confortável da leitura. Texto de fruição: aquele que coloca em situação de perda, aquele que desconforta (talvez até chegar a um certo aborrecimento), faz vacilar as bases históricas culturais psicológicas do leitor, a consistência dos seus gostos, dos seus valores e das suas recordações, faz entrar em crise a sua relação com a linguagem.” Livro-base p. 98 – 99 E O texto de prazer causa prazer psicológico. O texto de fruição provoca fruição através de imagens culturais e históricas. Questão 6/10 “[...]Portella (1974), na sua impecável definição sobre a teoria, diz que ela é uma disciplina que apresenta ou faz supor a presença de uma configuração autônoma, mas seu real caráter é rigorosamente interdisciplinar.” PAULA, Laura da Silva. Teoria da Literatura. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 53. De acordo com os conteúdos estudados nas aulas e no livro-base, interdisciplinaridade é ... A uma disciplina acadêmica. B uma reunião de áreas do saber. C uma atitude de vida que implica disponibilidade de aprender de todas as áreas. “Antes de tudo a não é uma disciplina e nem a reunião de disciplinas. É como já afirmamos uma atitude de vida que implica disponibilidade de aprender e apreender todos os aspectos das ciências e de todas as relações que possam ocorrer entre elas e entre elas e o mundo. É uma categoria de ação humana.” Livro-base p. 55 D a negação da especialidade. E Sinônimo de transdisciplinaridade. Questão 7/10 “Ler bem um romance vai além de conhecer o seu enredo e não é fácil como parece. Um romance de fato não exige conhecimento prévio, mas já sabemos que poesia também não. Na verdade, ambos apresentam o mesmo grau de dificuldade, ambos exigem do leitor doses equivalentes de reflexão crítica, capacidade de observação e análise, atenção, alguma disciplina, espírito indagador, raciocínio dedutivo, além de sensibilidade e gosto pela coisa.” MOISÉS, Carlos Felipe. Poesia não é difícil. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1996. p.14 O texto, as aulas e o livro-base nos ensinam como analisar um texto literário. Com base nos conteúdos abordados, analise as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas Falsas. I. A crítica literária é uma questão de método, pois todo ato de pensar é uma questão de método. II. Os instrumentos de análise literária também podem ser aplicados a outros tipos de texto, como as telenovelas e os filmes, por exemplo. III. Uma leitura inicial prazerosa não é aconselhável. O método e a análise dos detalhes é mais importante. IV. O método de análise deve ser uniforme para todos os textos e rigoroso como o método das ciências formais. V. Graças ao método, diferentes críticos devem chegar aos mesmos resultados de análise, para que a todas as possibilidades de análise sejam esgotadas. Agora, marque a sequência correta. A V, V, F, F, V B F, F, V, V, F C V, V, V, F, F D F, V, F, V, V E V, V, F, F, F Você acertou! “Após a revisão dos conceitos propostos já temos um instrumental razoável para dar início a nossa atividade crítica, isto é, você está pronto para começar sua atividade de crítico literário. Lembrando a você que tudo é texto deixo o convite para que comece a criticar teoricamente tudo o que o cerca ou que chega até você via TV rádio revistas etc. “ Livro-base p. 62. “Quanto ao método a ser aplicado nos exercícios críticos já mencionamos que é sugerido pelo próprio texto. Sugere para quem? Para o quer dizer sugere para você. E sugere como? Pela sensibilidade do crítico. O investigador, isto é, você é quem “percebe” o modelo de método contido na sugestão do texto. Como bem argumenta Eduardo Portella (1974 p. 45): “A crítica literária é uma questão de método. A rigor todo ato de pensar é uma questão de método”. Por isso, a necessidade do conhecimento de vários métodos é importante, além do que cabe à crítica caracterizar a obra de arte pela observação dos elementos que a compõem e a identificação de suas diferenças. A área de conhecimento usada pela crítica não tem, na verdade, maior influência. Pode-se fazer a leitura de um texto diagnosticando aspectos de Filosofia, sociologia, psicologia, antropologia isoladamente ou até mesmo podemos encontrar na obra vestígios de duas ou mais áreas que se interpenetram e atuam “ Livro-base p. 63 Questão 8/10 Nenhum texto pode existir sem que previamente exista um autor. De acordo com os conteúdos estudados e o livro-base, autor é ... A o mesmo que o personagem principal. B a única pessoa capaz de entender plenamente um texto. C o personagem secundário. D uma pessoa física. Você acertou! “É importante deixar explícito que o autor não é nem personagem nem sequer o narrador. Essa é uma condição fácil de se entender pois o autor é pessoa física do mundo em que vivemos. O leitor também está no mundo físico. O narrador e as personagens estão no universo da ficção isto é estão no interior do texto. Dessa forma não podemos confundir e apontar o autor como a personificação de algum personagem ou como sendo ele mesmo o narrador.” Livro-base p. 107 E o oposto dos seus personagens. Questão 9/10 I. “Qualquer que seja a face observada, a do sujeito criativo, a da experiência original ou a da circulação universal, o texto, composto pelo discurso, constituído pela linguagem é, em essência, a articulação entre a escritura, a leitura e a troca.” PAULA, Laura da Silva. Teoria da Literatura.Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 65. Porque II. “Leitura – como compreensão de textos, orais e escritos – é, portanto, uma atividade estratégica de levantamento de hipóteses, conforme objetivos específicos, para pertencimento a um grupo situado. Aprender a ler, muito mais do que decodificar o código linguístico, é trazer a experiência de mundo para o texto lido, fazendo com que as palavras tenham um significado que vai além do que está sendo falado/escrito, por passarem a fazer parte, também, da experiência do leitor.” SANTOS, Leonor Werneck et al. Análise e produção de textos. São Paulo: Editora Contexto, 2012. p. 41. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base, a respeito dessas assertivas, assinale a opção correta. A As assertivas I e II são proposições excludentes. B As duas assertivas são verdadeiras, e a segunda afirmativa justifica e complementa a primeira. “O sujeito criativo autor do discurso é quem tem de estabelecer o sentido ou os novos sentidos que queira veicular. O movimento do autor na busca de apreensão da experiência geradora do discurso é em si bem simples. Vejamos: ele capta elementos do mundo (leitura de mundo da qual falamos anteriormente) que contêm significações anteriores já ditas, já experimentadas, que percorrem o mundo e estão dispostas diante de nós, diante particularmente do sujeito sensível (o artista) cuja disponibilidade intuitiva permite uma cumplicidade com este universo/mundo. Assim, estamos analisando a produção do discurso como sendo primeiro uma delicada e sutil leitura do universo manifestada pelo artista através do discurso que volta para o universo para ser novamente reconhecido e remanifesto. Essa circularidade que compõe o fato literário é em parte responsável pela sua eternização e consequente inesgotabilidade.” Livro-base p. 65 e 66. C A assertiva I se aplica somente aos textos literários, enquanto a assertiva II se aplica somente aos textos discursivos. D A assertiva I se aplica a qualquer tipo de texto, enquanto a assertiva II se aplica somente aos textos discursivos. E No que diz respeito ao texto literário, a assertiva I é uma proposição verdadeira, e a II é falsa. Questão 10/10 Aristóteles define um dos gêneros literários da seguinte forma: “imitação de uma ação séria e completa dotada de extensão em linguagem condimentada para cada uma das partes por meio de atores e não mediante narrativa e que opera graças ao terror e à piedade, a purificação de tais emoções” PAULA, Laura da Silva. Teoria da Literatura. Curitiba: Intersaberes, 2012. p. 150. De que gênero literário se trata? A lírica B tragédia “É pois a tragédia imitação de uma ação séria e completa dotada de extensão em linguagem condimentada para cada uma das partes por meio de atores e não mediante narrativa e que opera graças ao terror e à piedade a purificação de tais emoções” Livro-base p. 150. C epopeia D comédia E estética
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