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Disciplina: Teoria da Literatura I Avaliação: Avaliação I - Nota da Prova: 8,00 Legenda: Resposta Certa Sua Resposta Errada 1. Se, do cânone literário brasileiro, pensarmos as obras centrais de cada escola ou período literário, propiciaríamos, enquanto instituição escolar formadora de uma visão estética de determinada cultura, parâmetros para formação de nossos leitores. Se escolhermos uma ou duas obras centrais de cada movimento artístico e as organizarmos cronologicamente, podemos estabelecer um pequeno cânone cronológico da literatura brasileira. Sobre esta classificação cronológica, ordene as sentenças a seguir, (desde o mais antigo até o mais recente) dos autores clássicos da literatura brasileira: I- Temos, com a publicação de Macunaíma, de autoria de Mário de Andrade, o momento em que o cânone literário brasileiro se aproxima de uma definição sociológica mais próxima da realidade vivida no Brasil, ainda que através de personagens ficcionais. II- A causa secreta é um dos contos exemplares do Realismo brasileiro, que revelaria o primeiro grande autor brasileiro de valor universal na literatura ocidental. III- Tutameia, obra refinadíssima do mesmo autor de Grande sertão: veredas, é o grande marco de inovação linguística da nossa literatura. IV- Indiscutivelmente Carlos Drummond de Andrade tornou-se não apenas expoente da lírica moderna, mas transcendeu o lugar cronológico de membro da segunda geração do Modernismo. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) I - II - III - IV. b) III - IV - I - II. c) II - I - III - IV. d) II - I - IV- III. 2. A literatura, embora não procure revelar a verdade oculta por trás dos fatos, nem por isso torna- se menos importante nas dinâmicas do convívio humano. Ao nomear não o real, mas um imaginário possível que bordeia esse próprio real, de algum modo esclarecendo-o, ela acaba por cumprir funções importantes para o ser humano. Com base no exposto, associe os itens, utilizando o código a seguir: I- Função estética. II- Função cognitiva. III- Função engajada. IV- Função pragmática. V- Função catártica. VI- Função lúdica. ( ) Embora o texto seja literário, desprendido de uma ligação direta com o real, mesmo assim ele dá a ver um modo particular de informar uma realidade verificável numa mensagem informativa. ( ) Busca ir além de cumprir uma função estética, importando mais o destino da mensagem literária do que ela em si. É o que aconteceu na fase nacionalista de José de Alencar ao https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_1%20aria-label= https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_2%20aria-label= alegorizar uma forma ideológica do romantismo adequado ao propósito do regime imperial brasileiro. ( ) Trata de uma literatura comprometida com os eventos sociopolíticos de determinado momento histórico, dele participando e cumprindo intencionalmente um papel social. ( ) Distingue uma mensagem literária de uma mensagem informativa ou científica, que na comunicação conhecemos por função poética, pois visa trabalhar a mensagem ornando-a, enriquecendo-a, muitas vezes a despeito do referente que quer veicular. ( ) Foi com essa ideia que Aristóteles corrigiu Platão, quando este acreditava que a arte cumpria um papel irrelevante ao não representar a verdade. Para Aristóteles, a arte não teria que voltar-se para a verdade, mas para uma verdade possível, levando quem a desfruta a experimentar sentimentos que provocariam uma espécie de alívio útil ao leitor-observador. ( ) Busca o prazer na fruição da leitura, com ênfase na interação possível entre autor e leitor. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) I - III - VI - II- V - IV. b) VI - II - V - I - III - I. c) II - IV - III - I - V - VI. d) V - III - II - IV - I - VI. 3. O cânone literário pode ser entendido como um conjunto de obras e autores exemplares de uma determinada literatura, aqueles cujas obras constituem-se como modelares e em função das quais os novos escritores têm de se pautar para produzir obras de boa envergadura. A partir dessa proposição, podemos definir um clássico de várias formas. Sobre os clássicos, assinale a alternativa INCORRETA: a) O clássico diz respeito a obras que têm colorido e são animadas, independentemente de sua profundidade. b) Os clássicos são livros que se impõem como inesquecíveis, pois captam, em sua tessitura, malhas do inconsciente coletivo ou pessoal. c) Os clássicos são também os livros que a escola nos faz ler e que, bem ou mal, nos estabelece parâmetros de avaliação pessoal das obras literárias. d) O clássico se lê por paixão, porque de algum modo define o leitor, seja por consenso seja por contraste a ele. 4. Há pelo menos duas posições contrárias acerca da ideia de cânone. Uma primeira, que enfatiza o valor estético das obras independentemente do horizonte de expectativas do público leitor; ao passo que a segunda posição credita o valor das obras às condições históricas de recepção dos textos literários, não se definindo por critérios universais. A partir dessa concepção, assinale a alternativa CORRETA: a) Há apenas relativo consenso entre o que seja uma obra de qualidade e uma de não qualidade, que não deve desprender-se portanto do público leitor. b) Pode-se afirmar que há consenso entre o que seja uma obra de qualidade duvidosa e uma obra de valor. c) Os cânones literários em nada têm a ver com a receptividade do público leitor. d) O cânone não deve ter relação com a realidade. 5. Uma das características do professor é que ele corresponde a um crítico da cultura por excelência; ele recolhe, da massa de conhecimento de sua área, quais os conhecimentos válidos na atualidade para si e para seus alunos, selecionando quais estão mais adequadas à cultura do momento. Nesse sentido, o professor de arte e de literatura, muito além de deter uma sólida https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_3%20aria-label= https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_4%20aria-label= https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_5%20aria-label= formação em estética, é sobremaneira um intelectual da cultura que opera em registro oposto ao intelectual da ciência. Com base no exposto, assinale a alternativa INCORRETA: a) O domínio da cultura engloba toda ação ligada ao fazer humano, como as práticas de determinadas sociedades que representam de modos distintos realidades semelhantes. b) No domínio da ciência, prevalece mais a sugestão do como deveria ser, do que a descrição do que deveria ser. c) O domínio da arte e literatura é voltado para a descrição, não precisa dos fatos, pois busca capturar não a racionalidade lógica por trás dos eventos, mas o modo como essas realidades são sentidas pelos sujeitos. d) No domínio da ciência, importa o que pode ser minimamente provado, o valor objetivo dos fenômenos. 6. Uma pergunta pode gerar uma série de pensamentos e indagações. O texto complexo de "Carta ao pai", de Franz Kafka, inicia justamente com uma pergunta e todo texto pode ser considerado como uma tentativa de resposta. A partir da leitura do excerto a seguir, podemos considerar que o narrador, envolto em num drama existencial, se configurada(s) seguinte(s) maneira(s): "Tu me perguntaste recentemente por que afirmo ter medo de ti. Eu não soube, como de costume, o que te responder, em parte justamente pelo medo que tenho de ti, em parte porque existem tantos detalhes na justificativa desse medo, que eu não poderia reuni-los no ato de falar de modo mais ou menos coerente. E se procuro responder-te aqui por escrito, não deixará de ser de modo incompleto, porque também no ato de escrever o medo e suas consequências me atrapalham diante de ti e porque a grandeza do tema ultrapassa de longe minha memória e meu entendimento". Com base no exposto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) No trecho, há um narrador-personagem: parece relatar sua própria experiência, dá destaque ao medo. ( ) No trecho, há um narrador-observador: presencia o drama, sem participar diretamente do conflito apresentado. ( ) No trecho, observa-se uma narrativa em que a subjetividade do narrador é exposta; inclusive suas inseguranças. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: FONTE: KAFKA, F. Carta ao pai. Tradução de Marcelo Backes; Porto Alegre: LPM, 2013, p. 17. a) V - F - F. b) V - F - V. c) F - V - V. d) F - F - F. 7. No mundo da arte, a vanguarda caracteriza-se por apresentar realizações artísticas que destoam dos modos de compreensão da cultura de determinado momento. É o que ocorreu a Marcel Duchamp, artista de vanguarda, ao inscrever como obra de arte um artefato industrial, um mictório intitulado "A fonte", em uma exposição museológica da França em 1917. Daí em diante, arte não se ateria exclusivamente aos trabalhos artesanais advindos do corpo do artista, mas de qualquer objeto que apresentasse um novo olhar estético. Acerca do exposto, analise as afirmativas a seguir: I- O mictório "A fonte" é considerado arte porque desloca a percepção do observador, https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_6%20aria-label= https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_7%20aria-label= independente de ser um produto industrial. II- O experimento artístico de Marcel Duchamp é um caso de redimensionamento da cultura artística que substitui a questão "isso é arte" para a questão do "quando isso é arte". III- A vanguarda, embora apresente novos modos culturais de recepção artística, não pode depreender-se dos modos tradicionalmente aceitos como arte por determinada cultura. IV- Arte é variação em relação ao estabelecido tradicionalmente como arte, independente de qual seja a cultura e se há ou não vanguarda artística. Assinale a alternativa CORRETA: a) Somente a afirmativa III está correta. b) As afirmativas I, II e IV estão corretas. c) As afirmativas I e II estão corretas. d) Somente a afirmativa IV está correta. 8. Enquanto forma de arte, a literatura não se desprende do contexto sócio-histórico que a determina, portanto o seu conceito varia conforme muda o horizonte de expectativas entre autores e leitores. Assim, uma obra considerada de valor na atualidade pode perder esse mesmo valor na geração seguinte; uma exceção é o texto clássico, que parece manter seu grau de valor independente do tempo, o que tem gerado controvérsias para determinadas correntes críticas. Acerca da mobilidade do conceito de literatura, do texto clássico e das obras de circunstância, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as sentenças falsas: ( ) Ao associar o literário ao horizonte sócio-histórico de produção e leitura, concebe-se a literatura como processo dialógico e ativo entre autor e leitor. ( ) Se o conceito de literatura varia de acordo com o horizonte de expectativas entre autores e leitores, tal ponto de vista impede um consenso de definir a literatura de uma única forma. ( ) Nessa perspectiva apresentada, os sentidos do texto menos se reportariam ao ato de leitura contemporânea do que a esfera produtiva que idealiza o tipo de leitor a que a obra se destina. ( ) Da perspectiva apresentada, depreende-se que o texto clássico é o efêmero, isto é, um texto literário sustentado em seu valor pelas instituições acadêmicas e pelos críticos literários. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) V - F - V - V. b) V - F - V - F. c) F - F - V - F. d) V - V - F - F. 9. "Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: "conversando também conheço o que é que eu digo". O texto aborda a interação do texto-leitor. Com base no exposto, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). São Paulo: Loyola, 2002. a) A leitura (em sala) é a confirmação da fala de uma autoridade. b) A aproximação do que afirma Sócrates e o que sabe o artista de rua é incoerente. https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_8%20aria-label= https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_9%20aria-label= c) A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura do conhecimento da mente do autor (dos argumentos). d) O texto aponta que é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos. 10. Em casa, os amigos do jantar não se metiam a dissuadi-lo. Também não confirmavam nada, por vergonha uns dos outros; sorriam e desconversavam. (...) Rubião via-os fardados; ordenava um reconhecimento, um ataque, e não era necessário que eles saíssem a obedecer; o cérebro do anfitrião cumpria tudo. Quando Rubião deixava o campo de batalha para tornar à mesa, esta era outra. Já sem prataria, quase sem porcelanas nem cristais, ainda assim aparecia aos olhos de Rubião regiamente esplêndida. Pobres galinhas magras eram graduadas em faisões, assados de má morte traziam o sabor das mais finas iguarias da Terra. (...) Toda a mais casa, gasta, pelo tempo e pela incúria, tapetes desbotados, mobílias truncadas e descompostas, cortinas enxovalhadas, nada tinha o seu atual aspecto, mas outro, lustroso e magnífico. Acerca do excerto da obra apresentada, assinale a alternativa CORRETA: FONTE: Machado de Assis. Quincas Borba. São Paulo: W. M. Jackson Editores, 1955, p. 317. a) A descrição do narrador da cena está muito mal escrita - essa seria uma interpretação adequada. b) Pode-se entender que o texto é denotativo e em linguagem formal, científica, literal. c) Interpretar o texto, neste caso, é reconhecer a descrição de espaços - e como o espaço ajuda a definir o enredo. d) Interpretar é observar aquilo que não está de acordo com a verdade - separar o ilusório do correto. https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php?action1=RkxYNTA1Mg==&action2=TEVEMTAw&action3=NjQ4NTkw&action4=MjAyMC8y&prova=MjIxMDU2NTg=#questao_10%20aria-label=
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