Buscar

Casos concretos – DIR. CIVIL V 6º 2016

Prévia do material em texto

CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 1 de 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 2 de 28 
 
PLANO DE AULA - 1 DIREITO DE FAMILIA 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Sites indicados: 
1- Para indicadores sobre a constituição da família brasileira: IBGE. 
Site: http://www.ibeg.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#indicadores 
2- Sobre o princípio da dignidade da pessoa humana: SCHAEFER, Fernanda. A 
dignidade da pessoa humana como valor-fonte do sistema constitucional 
brasileiro. 
Site: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/32504/31718 
3- LÔBO, Paulo Luiz Netto. Entidades familiares constitucionalizadas: para além 
do numerus clausus. Site: http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=2552 
Em outubro de 2012 uma mulher brasileira de 61 anos, casada com um homem 
de 55 anos, deu a luz a um casal de gêmeos em Santos (SP). A mulher desde 
1992 era acompanhada pelo médico Orlando de Castro Neto e tentava 
engravidar sem sucesso. Inicialmente tentou engravidar pelos métodos naturais, 
mas não conseguiu. Após, foi submetida a duas tentativas de reprodução 
assistida que também restaram frustradas. Chateada, resolveu candidatar-se à 
adoção, mas foi rejeitada em razão da idade. Então, ainda em busca do sonho 
de ser mãe, passados dez anos, submeteu se novamente a uma das técnicas 
de fertilização (in vitro) (utilizando embriões excedentes da primeira tentativa) 
que, desta vez, foi realizada com sucesso. 
Diante desta notícia e de tantas outras semelhantes no mundo, o Conselho 
Federal de Medicina decidiu rever a Resolução que tratava das técnicas de 
reprodução humana assistida em maio de 2013 publicou nova Resolução para 
tratar do assunto (n. 2013/2013). Nesta resolução o CFM proíbe expressamente 
que médicos utilizem as técnicas de reprodução humana assistida em pacientes 
mulheres com mais de cinqüenta anos. 
Pergunta-se: à luz dos princípios constitucionais, essa vedação é 
constitucional? Fundamente sua resposta em no máximo dez linhas. 
RESPOSTA 
A luz dos princípios constitucionais, não se deve efetivar essa vedação, uma 
vez que se trata de uma ordem inconstitucional, onde feri o art. 5º X, inclui-se 
ainda o principio da dignidade da pessoa humana é um valor moral e espiritual 
inerente à pessoa, ou seja, todo ser humano é dotado desse preceito, e tal 
constitui o princípio máximo do estado democrático de direito. E também ainda 
vai contra a liberdade do planejamento familiar e da isonomia. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - ANULADA (STF / CNJ) 
Durante o primeiro semestre de 2013 um Promotor de Justiça do Estado de Santa Catarina 
reiteradas vezes negou autorização a diversas habilitações para o casamento de pessoas do 
mesmo sexo. As decisões do Promotor de Justiça, segundo aduz: 
a) Estão em conformidade com a Constituição Federal que não prevê expressamente o 
casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Art. 226 § 5, CF c/c Art. 1514, CC/02) 
b) Estão em conformidade com a interpretação extensiva das famílias realizada pelas 
decisões do STF e STJ e orientação do CNJ. 
c) Estão em conformidade com a interpretação teleológica da Constituição Federal. 
d) Estão em conformidade com as decisões do STF e do STJ que não autorizam o 
casamento e a união estável entre pessoas do mesmo sexo. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 3 de 28 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Sobre o princípio da afetividade é possível afirmar que: 
a) Está expressamente previsto na Constituição Federal. 
b) É princípio constitucional que determina que os pais e filhos podem ser obrigados 
judicialmente a dar e demonstrar afeto recíproco, sob pena de responsabilização civil. 
c) Não permite que o vínculo afetivo se sobreponha ao vínculo biológico nas relações 
paterno-filiais, quando o resultado do DNA for negativo. 
d) A afetividade está na base da conduta humana e da conduta jurídica e, embora não 
expresso na Constituição Federal, deve ser entendido como princípio contido no 
princípio da dignidade da pessoa humana e correlato ao princípio da 
solidariedade. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 4 de 28 
 
PLANO DE AULA - 2 RELAÇÃO DE PARENTESCO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Camila quando completou 18 anos de idade, descobriu ser irmã de 
Gabriel, 16 anos, filho de um relacionamento extraconjugal de seu pai 
com Eleonor. Gabriel por diversas vezes tentou se aproximar de Camila, 
que se nega a manter qualquer contato com ele afirmando não ser ele 
seu parente, pois não possuem qualquer grau de parentesco entre si. 
Camila tem razão? Explique. 
RESPOSTA 
Não, pois é irmão unilateral de acordo com o código Civil atitude de 
Camila é considerada discriminatória já que a legislação não prevê 
diferença nos direitos de filhos concebidos dentro ou fora do casamento. 
Filiação é a relação de parentesco em primeiro grau e em linha reta e o 
direito a filiação foi positivada no art. 227, §6º da CF que consagra o 
principio da igualdade jurídica entre os filhos. O formato tradicional de 
família cedeu lugar aos novos reclamos da sociedade e aos dispositivos 
constitucionais, as relações são muito mais de igualdade e de respeito 
mutuo, sendo o traço fundamental a lealdade e afetividade. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 
Assinale a alternativa incorreta de acordo com o Direito Civil brasileiro. 
a) Na linha reta, considera-se o parentesco até o quarto grau. (não tem limite de 
graus) 
b) São parentes em linha reta os pais, filhos, avós e netos. 
c) O parentesco pode ser natural ou civil. 
d) Com a dissolução do casamento ou da união estável, não se extingue o grau de 
parentesco por afinidade na linha reta. 
e) Vínculo de parentesco por afinidade é aquele em que cada cônjuge ou companheiro é 
aliado aos parentes do outro. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 
Com base no que dispõe o Código Civil sobre as relações de parentesco, assinale a opção 
correta. 
a) O parentesco por afinidade se extingue com a dissolução do casamento ou da união 
estável. (não se extingue). 
b) O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade ou da afinidade 
(ou adoção). 
c) Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da 
afinidade. Art. 1595, caput, CC 
d) O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos 
colaterais do cônjuge ou companheiro, até o quarto grau. 
e) Consideram-se parentes em linha reta as pessoas que estejam umas para com as 
outras na relação de ascendência, descendência e colateralidade. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 5 de 28 
 
PLANO DE AULA - 3 CASAMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
1.Sobre a cirurgia de transgenitalização- Resolução n. 1.652/02, CFM . 
Site: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2002/1652_2002.htm2. Sobre o transexualismo: DIAS, Maria Berenice. Transexualidade e o direito 
de casar. 
Site: http://www.mariaberenicedias.com.br/uploads/1_transexualidade_e_o_direito_de_casar.pdf 
Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso 
de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois 
anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõe ao 
casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as 
obrigações matrimoniais. Ao dar entrada no processo de habilitação para o 
casamento foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento 
de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram 
negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o 
casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o 
casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais 
são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização. 
RESPOSTA 
Faz-se necessário atingir a idade núbil para casar-se, segundo art. 1550, I, o 
estado de casados implicam responsabilidades que exigem maturidade. Art. 
1517 CC. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (MPES 2013) 
Com relação à capacidade para o casamento, assinale a alternativa correta. 
a) A idade núbil é de 16 (dezesseis) anos, podendo-se contrair casamento com idade 
inferior para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal. 
b) A ausência de regular autorização para celebração do casamento é causa de nulidade 
absoluta. 
c) Celebrado o casamento mediante autorização judicial, os cônjuges podem eleger o 
regime de bens que julgarem mais conveniente. 
d) A idade núbil é de 16 (dezesseis) anos, prescindindo de autorização de um dos pais, sob 
pena de anulação 
e) O casamento do menor, regularmente celebrado, é hipótese de cessação da 
incapacidade. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (PCMA 2012) 
A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir. 
I. Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorização até à data da celebração do 
casamento. 
II. Quando injusta, a denegação do consentimento, pode ser suprida pelo juiz. 
III. Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil 
para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. 
Assinale: 
a) Se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) Se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) Se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 6 de 28 
 
PLANO DE AULA - 4 VALIDADE DO CASAMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Quando eu tinha 18 anos minha mãe se casou com João, então com 50 anos. 
Por dois anos foram casados e felizes, mas minha mãe acabou morrendo em 
2006 em virtude de um câncer de mama tardiamente descoberto e que lhe 
retirou a vida em pouquíssimos meses. Eu tinha um relacionamento muito bom 
com João e, após superarmos a morte prematura da minha mãe acabamos 
descobrindo que tínhamos muita coisa em comum. Resultado, começamos a 
namorar em 2008 e, em 2009 resolvemos casar. Fizemos todo o procedimento 
de habilitação para o casamento e, naquele mesmo ano, casamo-nos. Neste 
mês, no entanto, fomos surpreendidos por uma ação de anulação do 
casamento proposta pelo Ministério Público que afirma que a lei proíbe o 
nosso casamento em virtude do parentesco. Amo João e depois de tantos 
anos juntos não posso acreditar que nosso casamento esteja sendo 
questionado. O Ministério Público tem legitimidade para propor essa 
ação? Depois de tanto tempo já casados este pedido não estaria 
prescrito? Nunca tive nenhum um vínculo de parentesco com João, como 
esse fato pode estar sendo alegado? Justifique suas explicações à 
cliente em no máximo dez linhas. 
RESPOSTA 
O MP é legitimo em propor a ação (nulidade absoluta). E Art. 1521, é causa de 
impedimento o casamento dos ascendentes natural ou civil, que é o caso de 
João, que é padrasto e ela enteada pois na linha reta sucessória é infinita e os 
laços de enteado não se rompem nem com divórcio e nem com a morte. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (TJPE Titular de Serviços de Notas e de Registros 2013) 
Em relação ao casamento, é correto afirmar: 
a) Não pode casar o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a 
partilha dos bens do casal, podendo o ato ser anulado por seu ex-cônjuge. 
b) O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento 
civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, data a partir da qual 
produzirá efeitos. 
c) Os impedimentos matrimoniais podem ser opostos, até cinco dias após a publicação 
dos proclamas, por qualquer pessoa capaz. 
d) É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão 
de vida instituída pela família por meio do casamento. 
e) É nulo o casamento realizado por vício da vontade, se houve por parte de um dos 
nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (TJPE 2013) 
São impedidos de casar: 
a) O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do 
casal. 
b) O tutor com a pessoa tutelada, enquanto não cessar a tutela e não estiverem saldadas 
as respectivas contas. 
c) Os parentes colaterais até o quarto grau. 
d) Os afins em linha reta e em linha colateral. 
e) O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do 
adotante. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 7 de 28 
 
PLANO DE AULA - 5 VALIDADE E ANULAÇÃO DO CASAMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois 
meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de 
domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de 
comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um 
mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe 
negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês 
que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais 
com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado 
com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a 
moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, 
tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como 
principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era 
conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como 
queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no 
casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua 
resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para 
a propositura da ação. 
RESPOSTA 
Pode sim ser anulado o casamento,o prazo para anulação do casamento e 
de 3 anos conforme art 1,560,III CC, pois o casamento e o modo que se 
unifica o amor entre as partes e com isso seja reconhecida como entidade 
familiar a partir da eficácia da união, conforme art. 1.557 do Código Civil 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (TJRS 2013) 
Sobre o casamento: 
I. O prazo para ser intentada ação de anulação do casamento, se houver coação, é de 4 anos 
a contar da data da celebração, e de 3 anos, na hipótese de erro essencial. 
II. Não devem casaro viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer 
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros. 
III. Não pode casar a viúva, até dez meses depois do começo da viuvez. 
IV. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas apenas pelos 
parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins. 
São verdadeiras as afirmativas: 
a) III e IV, apenas. 
b) I, II e IV, apenas. 
c) I e II, somente. 
d) d. I, II e III, somente 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (MPPR 2013) 
É hipótese de nulidade do casamento: 
a) O casamento do menor de 16 anos; 
b) O casamento com infringência de impedimento; 
c) O casamento contraído com erro sobre a pessoa do outro nubente; 
d) O casamento do menor entre 16 e 18 anos não autorizado por seu representante legal; 
e) O casamento do menor emancipado, sem autorização de seu representante legal. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 8 de 28 
 
PLANO DE AULA – 6 CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Thiago e Deise se casaram em maio deste ano, mas no processo de 
habilitação esqueceram de informar que Thiago adotaria o sobrenome de 
Deise. Realizado e registrado o casamento Thiago ainda pode pedir a 
inclusão do sobrenome da esposa? Em caso afirmativo, como deveria ele 
proceder? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
RESPOSTA 
Não obstante a regra prevista no Art. Art. 1.536 CC, ser clara, há exceções. 
Neste caso, poderá o interessado valer-se de ação judicial para retificação do 
nome, com a modificação ou acréscimo do patronímico do outro, não 
adotado anteriormente (LEI 6015/73). 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (TJSP 2013) 
A respeito do casamento, é certo afirmar: 
a) É vedado, em qualquer circunstância, o casamento de pessoa menor de 16 anos. 
b) Enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal, não 
pode casar o divorciado, sendo nulo o casamento se assim contraído. 
c) O casamento nuncupativo poderá ser celebrado na presença de seis testemunhas 
que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até 
segundo grau, devendo ser comunicado à autoridade judicial mais próxima no 
prazo de 10 dias. 
d) O casamento pode ser feito por procuração outorgada mediante instrumento particular, 
desde que com poderes especiais. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (MPAP 2012 Analista) 
Ana Carolina e José Augusto casaram-se no dia 30 de Junho de 2012 na Igreja Nossa 
Senhora do Perpétuo Socorro uma vez que são católicos e pretendiam trocar seus votos de 
união e fidelidade perante Autoridade Religiosa. No dia 04 de Julho de 2012, eles registraram 
o respectivo casamento religioso no registro próprio objetivando a sua equiparação ao 
casamento civil. De acordo com o Código Civil brasileiro, neste caso, o respectivo 
casamento religioso produzirá efeitos a partir: 
a) Da data do registro. 
b) Da data de sua celebração. 
c) Do dia seguinte ao registro do referido casamento. 
d) Do dia seguinte da data de sua celebração. 
e) Do primeiro dia útil posterior a data do registro. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 9 de 28 
 
PLANO DE AULA - 7 EFEITOS PATRIMONIAIS DO CASAMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Estou em processo de divórcio cumulado com partilha de bens e ao longo da 
ação descobri que meu marido vem utilizando a empresa do qual é sócio 
majoritário para ocultar bens que deveriam compor a meação. Fomos casados 
por dez anos no regime legal de bens e já no primeiro ano de casamento ele 
constituiu a empresa e desde então todos os seus bens individuais foram 
constantemente utilizados para, supostamente, integralizar o patrimônio da 
empresa. O que posso fazer para garantir a minha meação? Explique a 
sua resposta à cliente em no máximo cinco linhas. 
RESPOSTA 
Divorcio, de acordo com o regime de bens “comunhão parcial de bens” os dois 
tem direitos patrimoniais envolvidos, no caso usara a ação de conforme Art. 50 
– Desconsideração da Personalidade Jurídica (de forma inversa / indireta) 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (OAB X Exame 2013) 
Amélia e Alberto são casados pelo regime de comunhão parcial de bens. Alfredo, amigo de 
Alberto, pede que ele seja seu fiador na compra de um imóvel. Diante da situação 
apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) A garantia acessória poderá ser prestada exclusivamente por Alberto. 
b) A outorga de Amélia se fará indispensável, independente do regime de bens. 
c) A fiança, se prestada por Alberto sem o consentimento de Amélia, será anulável. 
d) A anulação do aval somente poderá ser pleiteada por Amélia durante o período em que 
estiver casada. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (DPE-SC Técnico Administrativo 2013) 
Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Civil brasileiro. 
a) Poderá ser anulado o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública. 
b) As convenções antenupciais começam a vigorar desde a data do casamento. 
c) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 60 
anos. 
d) É admissível alteração do regime de bens, mediante pedido motivado de ambos os 
cônjuges ao Oficial de Registro Civil, apurada a procedência das razões invocadas e 
ressalvados os direitos de terceiros. 
e) Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, exigir que lhes prestem 
obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 10 de 28 
 
PLANO DE AULA - 8 REGIMES DE BENS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
(XI Exame OAB) Álvaro e Lia se casaram no dia 10.05.2011, sob o 
regime de comunhão parcial de bens. Após dois anos de união e sem 
filhos em comum, resolveram se divorciar. Na constância do casamento, 
o casal adquiriu um apartamento avaliado em R$ 500.000,00 (quinhentos 
mil reais) onde residem. Considerando o caso narrado e as normas de 
direito, responda aos itens a seguir. 
RESPOSTA A 
Quais os requisitos legais para que Álvaro e Lia possam se divorciar 
administrativamente? Fundamente. 
Os requisitos para a realização do divórcio administrativo são (Art 1660): 
a) consenso sobre todas as questões que envolvem o divórcio; 
b) inexistência de filhos menores ou incapazes; 
c) disposição na escritura pública sobre a partilha dos bens comuns, a 
pensão alimentícia, bem como a retomada do nome usado anteriormente 
ao advento do casamento; 
d) lavratura da escritura pública por tabelião de notas; e 
e) assistência de advogado ou defensor público, nos termos do Art. 1124-
A, caput e § 2º, ambos do Código de Processo Civil. 
RESPOSTA B 
Considerando que Álvaro tenha adquirido um tapete persa TabrizMahi de 
lã e seda sobre algodão, avaliado em R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil 
reais), mas não reste demonstrada a data em que Álvaro efetuou a 
referida compra, será presumido como adquirido na constância do 
casamento? Fundamente. 
Como Álvaro e Lia se casaram sob o regime de comunhão parcial de 
bens e não houve comprovação da data da aquisição do tapete persa 
(bem móvel), haverá presunção de que o bem foi adquirido na constância 
do casamento, nos termos do Art. 1.662, do CC. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 11 de 28 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (Defensor Público RR 2013) 
Mara, na época com dezesseis anos de idade e autorizada por seus pais, casou com Jorge, à 
época com vinte e cinco anos de idade, não tendo os nubentes celebrado pacto antenupcial. 
No sexto mês de vigência do casamento, Mara apaixonou-se por uma amiga e com ela 
começou a se relacionar afetivamente. Nesse mesmo mês, desejando casar-se com essa 
amiga, Mara decidiu se separar do marido, saiu de casa levando seus objetos pessoais e 
ajuizou ação de divórcio com vistas a romper o vínculo conjugal. Na petição inicial da 
demanda, alegou não mais ser possível a reconciliação entre as partes e informou que o casal 
não teve filhos. Por outro lado, aduziu que os pais de Jorge, quando do casamento, doaram 
ao casal um bem imóvel. Além disso, durante o casamento, Jorge apostou e ganhou um 
prêmio de R$ 15.000.000,00 em uma loteria. Nesses termos, Mara pleiteou a decretação do 
divórcio do casal e a partilha dos bens amealhados pela entidade familiar. Considerando as 
disposições legais e constitucionais do casamento e de sua dissolução, assinale a opção 
correta relativamente à situação hipotética acima descrita. 
a) O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por 
mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por 
mais de dois anos. Dessa forma, o pedido de divórcio formulado por Mara não poderia 
ser acolhido, pois o casal não estava separado judicialmente por mais de um ano ou 
separado de fato há mais de dois anos. 
b) Tanto o bem imóvel quanto o prêmio lotérico entram na comunhão de bens do 
casal, sendo, portanto, bens passíveis de partilha. 
c) Tendo Mara se casado com autorização dos pais, vigora o regime de bens da 
separação obrigatória, não havendo, portanto, bens a partilhar. 
d) De acordo com entendimento do STJ, não é permitido o casamento entre pessoas do 
mesmo sexo, sendo possível, entretanto, o reconhecimento de relação de união estável 
homoafetiva. Assim, ainda que obtenha o divórcio, Mara não poderá contrair casamento 
com sua amiga. 
e) O Código Civil não permite o casamento do menor de dezoito anos de idade, ainda que 
com autorização dos pais. Dessa forma, em vez do divórcio, Mara deveria ter pleiteado 
a anulação de seu matrimônio com Jorge. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (TJPR 2013) 
Tendo em vista as disposições da lei civil com relação ao regime matrimonial de bens, 
assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O regime de bens entre os cônjuges, seja o legal seja o contratual, este estabelecido 
por meio do denominado pacto antenupcial, somente começa a vigorar desde a data do 
casamento. 
b) Mesmo não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos 
bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. 
c) Nada interferindo no regime de bens, pode qualquer dos cônjuges, livremente, 
independente um da autorização do outro, reivindicar os bens comuns, sejam móveis 
sejam imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino. 
d) Estabelecido o regime matrimonial de bens, por força de pacto antenupcial ou 
adoção do regime legal, não é possível, por conta da imutabilidade, a alteração 
posterior do regime matrimonial de bens. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 12 de 28 
 
PLANO DE AULA - 9 DISSULAÇÃO DO CASAMENTO 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Textos de apoio: 
1- DIAS, M.B. Divórcio Já. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. 
2- PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Caso Concreto: Emenda do divórcio 
(EC n.66/2010) e separação judicial em andamento parecer do 
ministério público. http://www.ibdfam.org.br/?artigos&artigo=675 Acesso em 19 
deset. 2010. (texto em anexo) 
3- PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Emenda Constitucional n. 66/2010: 
semelhanças, diferenças e inutilidades entre separação e divórcio e 
o direito intertemporal. http://www.ibdfam.org.br/?artigos&artigo=647 Acesso em 
19 de set. 2010. (texto em anexo) 
Lucas e Juliana casaram-se no Brasil em 2010 e, logo após o casamento, 
Lucas recebeu irrecusável oferta de emprego que levou o casal a ir morar 
na Espanha. Passados três anos, o casal percebeu que entre eles não há 
mais amor e decidiram se divorciar. O casal não possui filhos e lhe 
pergunta: para se divorciarem precisam vir ao Brasil ou podem fazer 
o pedido na Espanha mesmo? Uma vez que o casal ainda não está 
separado de fato e que existem bens a partilhar, podem eles pedir o 
divórcio extrajudicialmente? Explique suas respostas em no máximo 
seis linhas. 
RESPOSTA 
Conforme a lei 12.874/13 que modificou a LICC, possibilita a realização 
de divórcio consensual através de autoridade consulares brasileiros, onde 
o casal deve estar sendo assistido por seus advogados, trata-se de um 
divórcio cartorial ou administrativo. Art. 1031 e 1124 do CC/02 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (Defensor Público AM 2013) 
O divórcio: 
a) Não pode ser concedido sem prévia partilha dos bens. 
b) Demanda prévia separação judicial, há pelo menos um ano, ou de fato, há pelo menos 
dois. 
c) Só pode ser requerido se comprovada culpa de um dos cônjuges. 
d) Pode dar ensejo à obrigação de prestar alimentos, a qual não se extingue com 
novo casamento do alimentante. 
e) Não importa restrição aos direitos e deveres decorrentes do poder familiar, salvo na 
hipótese de casamento de qualquer dos pais. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (MPSP 2011) 
Quando os cônjuges decidem pôr fim à sociedade conjugal, pretendendo divorciar-se 
consensualmente, eles devem levar em consideração: 
a) O prazo de 2 (dois) anos a contar da separação judicial por mútuo consentimento. 
b) A possibilidade de o divórcio ser formalizado perante o Cartório de Registro Civil, 
inclusive com relação aos filhos menores de 16 (dezesseis) anos. 
c) A guarda compartilhada, com previsão de visita do pai em dias e horários alternados e 
opção de a mãe decidir sobre a educação. 
d) O fato de as novas núpcias de um dos cônjuges não lhe retirar o direito de guarda 
antes fixado. 
e) A prestação de alimentos aos filhos, que poderá ser compensada com a proximidade e 
visitação do cônjuge. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 13 de 28 
 
PLANO DE AULA - 10 UNIÃO ESTAVEL 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Lourdes foi casada com Vitor por dez anos, casamento que foi dissolvido 
em 2006 e do qual não resultou nenhum filho. Após o divórcio Lourdes 
descobriu-se apaixonada por Ricardo, seu ex-sogro. Após alguns meses 
de namoro foram morar juntos e nesse ‘status’ se mantiveram até 2013 
quando Ricardo faleceu em um acidente de carro. Lourdes, superada a 
dor da perda, deu entrada no instituto previdenciário pleiteando a pensão 
deixada por Ricardo uma vez que viviam em união estável inclusive 
reconhecida por instrumento particular por eles firmado em 2009. No 
instituto previdenciário Ricardo já havia incluído Lourdes como sua única 
beneficiária. O instituto previdenciário negou o pagamento do benefício 
sustentando que entre eles havia concubinato e não união estável. A 
negativa do instituto está correta? Explique sua resposta em no máximo 
cinco linhas. 
RESPOSTA Sim , a negativa do benefício está correta conforme dispõe o art. 
1521/cc,II juntamente como art. 1723,§1 /cc 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (MPES 2013) 
Considerando as normas que regem o instituto da união estável e o entendimento 
jurisprudencial dominante, assinale a alternativa correta. 
a) A pessoa casada, mas separada de fato, está impedida de constituir união estável até 
que se divorcie de seu cônjuge. 
b) A união estável constituída quando um dos companheiros é maior de 70 (setenta) 
anos não prejudica a comunicação dos bens adquiridos na constância da união. 
c) Ao contrário do casamento, os companheiros não podem pedir uns aos outros 
alimentos de que necessitem 
d) Na união estável, aplica-se às relações patrimoniais o regime de comunhão universal de 
bens, salvo contrato escrito. 
e) As causas suspensivas para contrair casamento impedem a constituição de união 
estável. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (Defensor Público AM 2013) 
A união estável: 
a) Equipara-se, para todos os fins, ao casamento civil, inclusive no que toca à prova. 
b) Pode ser constituída entre pessoas casadas, desde que separadas judicialmente 
ou de fato. 
c) Demanda diversidade de gêneros, de acordo com recente entendimento do Supremo 
Tribunal Federal. 
d) Será regida, em seus aspectos patrimoniais, pelo regime da separação obrigatória, 
salvo disposição contrária em contrato firmado pelos companheiros. 
e) Se dissolvida, não autoriza os companheiros a pedirem alimentos. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 14 de 28 
 
PLANO DE AULA - 11 FILIAÇÃO SOB A ÓTICA CIVIL CONSTITUCIONAL 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Dra. Ana Carolina, Jorge é meu enteado desde que tinha mais ou menos dois 
anos de idade. Sua mãe faleceu no parto e desde pequeno sempre cuidei dele 
como se fosse meu filho. Temos um relacionamento muito próximo e agora 
que ele já possui 19 anos gostaríamos de documentar nosso parentesco. 
Consultei outro advogado que disse-me que a única opção para reconhecê-lo 
como filho seria realizar a adoção, o que implicaria, automaticamente na 
retirada do nome da mãe biológica dele da certidão de nascimento. Mas não é 
isso que queremos. Quero ser reconhecida como a mãe afetiva de Jorge, sem 
que isso implique necessariamente a exclusão da mãe biológica em respeito à 
sua memória. Não há nenhuma outra alternativa para a nossa situação? O 
que você aconselharia à sua cliente? Explique sua resposta em até dez 
linhas. 
RESPOSTA Não, a única alternativa seria a adoção, nesse caso o melhor a se fazer é 
deixar como está. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (VII OAB) 
A respeito da perfilhação é correto dizer que: 
a) Constitui ato formal, de livre vontade, irretratável, incondicional e personalíssimo. 
Art. 1607 e 1610/cc 
b) Se torna perfeita exclusivamente por escritura pública ou instrumento particular. 
c) Não admite o reconhecimento de filhos já falecidos, quando estes hajam deixado 
descendentes. 
d) Em se tratando de filhos maiores, dispensa-se o consentimento destes. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (TJRO 2012) 
Em relação ao registro de filhos, analise as assertivas em conformidade com o disposto no 
Código Civil. 
I. A lei presume que os filhos de mulheres casadas há mais de 180 dias são do marido, sendo 
dispensável a presença do pai no dia do registro. 
II. Para registrar o filho nascido após a morte do marido, será necessária a concordância dos 
herdeiros, não recaindo nenhum tipo de presunção. 
III. O reconhecimento voluntário do filho pode ser tanto direto no registro, como em escritura 
pública apartada. 
IV. O reconhecimento voluntário do filho pode ser anterior ao seu nascimento, e é por 
natureza irretratável. 
Assinale a alternativa correta: 
a) São verdadeiras apenas as assertivas III e IV. 
b) São verdadeiras apenas as assertivas I e II. 
c) Todas as assertivas são verdadeiras. 
d) São verdadeiras apenas as assertivas I, III e IV. 
 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 15 de 28 
 
PLANO DE AULA - 12 RECONHECIMENTO DE FILHOS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Leonardo e Paula tiveram um relacionamento amoroso passageiro. Em 2004 
Paula, enquanto ainda mantinham encontros esporádicos, Paula descobriu 
estar grávida e comunicou Leonardo. Diante da fragilidade emocional de 
Paula, Leonardo resolveu ir morar com ela. Após o nascimento, convencido 
por Paula de que a criança era sua filha Leonardo realizou o registro 
declarando a paternidade. No entanto, passado um ano após o nascimento, 
Leonardo não aguentando os ataques de ciúmes de Paula, resolve sair de 
casa. Comunicada a decisão Paula afirma que a criança não era sua filha, mas 
sim, de outro homem com quem ela havia tido um único encontro. Leonardo, 
então, propôs em 2008 anulatória de declaração de paternidade produzindo 
como provas: 
a) a confissão da mãe; 
b) o fato de não ter nenhum vínculo afetivo com a criança desde 2005, quando 
saiu de casa; 
c) que foi emocionalmente coagido pela mãe da criança a reconhecer a 
paternidade. Requerido o exame de DNA confirmou-se que a criança não é 
filha de Leonardo. Pergunta-se: diante das provas produzidas a 
paternidade deve ser desconstituída? Explique sua resposta em no 
máximo seis linhas. 
RESPOSTA 
SIM. Diante da existência do exame de DNA (é passível a desconstituição da 
paternidade, bem como alteração no Cartório de Registro de Pessoas 
“excluindo” o nome do individuo que não é o pai biológico, e das obrigações 
financeiras (pensão alimentícia). 
Diante deste fato (esta evidenciada a hipótese de anulação de registro, 
conforme art. 171, II do CC/02) – coação moral (anula o ato/negocio jurídico). 
 
Cabe ver decisão Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
https://leogoesadv.jusbrasil.com.br/artigos/112287873/registro-de-paternidade-
so-pode-ser-anulado-se-houver-vicio-de-consentimento 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (MPAP 2012) 
Mauro e José contam, respectivamente, com dezoito e treze anos de idade. Paulo declara-se 
pai de Mauro e José neste ano de 2012 e pretende reconhecê-los como filhos, pois ambos 
seriam frutos de um relacionamento de oito anos que manteve com Ana, genitora de Mauro e 
José. Nesta hipótese, de acordo com o Código Civil, Paulo: 
a) Não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José 
poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à maioridade ou à 
emancipação. 
b) Não precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José 
poderá impugnar o reconhecimento nos dois anos que se seguirem à maioridade ou à 
emancipação. 
c) Precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá 
impugnar o reconhecimento no prazo de até dois anos após à maioridade ou à 
emancipação. 
d) Precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José 
poderá impugnar o reconhecimento nos quatro anos que se seguirem à 
maioridade ou à emancipação. (Art. 1614/cc) 
e) Precisará do consentimento expresso de Mauro para o reconhecimento e José poderá 
impugnar o reconhecimento no prazo de até três anos após à maioridade ou à 
emancipação. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 16 de 28 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (OAB X Exame 2013) 
Rogério, solteiro, maior e capaz, estando acometido por grave enfermidade,descobre que é 
pai biológico de Mateus, de dez anos de idade, embora não conste a filiação paterna no 
registro de nascimento. Diante disso, Rogério decide lavrar testamento público, em que 
reconhece ser pai de Mateus e deixa para este a totalidade de seus bens. Sobrevindo a morte 
de Rogério, Renato, maior e capaz, até então o único filho reconhecido por Rogério, é 
surpreendido com as disposições testamentárias e resolve consultar um advogado a respeito 
da questão. A partir do fato narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) Todas as disposições testamentárias são inválidas, tendo em vista que, em seu 
testamento, Rogério deixou de observar a parte legítima legalmente reconhecida a 
Renato, o que inquina todo o testamento público, por ser este um ato único. 
b) A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, 
devendo ser incluída a filiação paterna no registro de nascimento; a disposição 
testamentária relativa aos bens deverá ser reduzida ao limite da parte disponível, 
razão pela qual Mateus receberá o quinhão equivalente a 75% da herança e 
Renato o quinhão equivalente a 25% da herança. 
c) Todas as disposições testamentárias são inválidas, uma vez que Rogério não poderia 
reconhecer a paternidade de Mateus em testamento e, ainda, foi desconsiderada a 
parte legítima de seu filho Renato. 
d) A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, devendo 
ser incluída a filiação paterna no registro de nascimento; é, contudo, inválida a 
disposição testamentária relativa aos bens, razão pela qual caberá a cada filho herdar 
metade da herança de Rogério. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 17 de 28 
 
PLANO DE AULA - 13 PODER FAMILIAR 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Luzia sempre desconfiou que seu neto Ricardo, fruto do casamento do seu 
filho Antônio com e Josefa, não era filho biológico de Antônio, ante as 
características físicas por ele exibidas. Vindo Antonio a falecer, Luzia 
pretende ajuizar uma ação negatória de paternidade. A respeito do fato 
apresentado, responda aos seguintes itens. 
RESPOSTA A 
Tem Luzia legitimidade para propor a referida ação? 
NÃO. Já que se trata de AÇÃO PERSONALÍSSIMA, conforme dispõe o Art. 
1.601 do CC/02 “Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos 
filhos nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível”. 
RESPOSTA B 
Caso Antonio tivesse proposto a ação negatória e falecido no curso do 
processo, poderia Luzia prosseguir com a demanda? Qual o instituto 
processual aplicável ao caso? 
SIM. Luzia poderá prosseguir com base no Art. 1606, PU do CC/02 “Se 
iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado 
extinto o processo). O instituto processual é o da SUCESSÃO ou 
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL ou DE PARTES, Arts. 110, 687 e 688 do 
NCPC/15. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (TJPR 2013) 
No que concerne ao poder familiar, assinale a alternativa correta. 
a) O pai ou a mãe que estabelecer nova união estável, não perde, quanto aos filhos 
do relacionamento anterior, os direitos do poder familiar, exercendo-os sem 
qualquer interferência do novo companheiro. Art.1632/cc 
b) Os pais, quanto à pessoa dos filhos menores, podem recomendar, não porém exigir, 
que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios da sua idade e condição. 
c) Durante o casamento ou a união estável, aos pais compete o poder familiar; na falta ou 
impedimento de um deles, dará o juiz tutor ou curador, conforme o caso. 
d) Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto permanecem seus vínculos de 
dependência econômica. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (Defensor Público RR 2013) 
No que se refere à guarda e ao direito de convivência entre familiares, assinale a opção 
correta. 
a) A guarda compartilhada não impede a fixação de alimentos em favor do filho. art. 
1703/cc 
b) De acordo com a jurisprudência do STJ, a fixação da guarda compartilhada pressupõe, 
necessariamente, o consenso entre os pais. 
c) A guarda compartilhada está vinculada à repartição de tempo de permanência dos pais 
separados para com seus filhos comuns, conferindo-se de forma exclusiva o poder 
parental por períodos preestabelecidos, geralmente de forma equânime, entre as casas 
dos genitores. 
d) Atendendo à doutrina da preferência materna, o Código Civil prioriza a guarda unilateral 
em favor da mãe do menor. 
e) O inadimplemento da pensão alimentícia fixada em favor do menor impede o exercício 
do direito de visitar pelo genitor que não detiver a guarda. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 18 de 28 
 
PLANO DE AULA - 14 ALIMENTOS 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
(IX Exame OAB adaptada) Moema, brasileira, solteira, natural e residente 
em Fortaleza, no Ceara, maior e capaz, conheceu Tomas, brasileiro, 
solteiro, natural do Rio de Janeiro, também maior e capaz. Tomas era um 
prospero empresário que visitava o Ceara semanalmente para tratar de 
negócios, durante o ano de 2010. Desde então passaram a namorar e 
Moema passou a frequentar todos os lugares com Tomas que sempre a 
apresentou como sua namorada. Apos algum tempo, Moema engravidou 
de Tomas. Este, ao receber a noticia, se recusou a reconhecer o filho, 
dizendo que o relacionamento estava acabado, que não queria ser pai 
naquele momento, razão pela qual não reconheceria a paternidade da 
criança e tampouco iria contribuir economicamente para o bom curso da 
gestação e subsistência da criança, que deveria ser criada por Moema 
sozinha. Moema ficou desesperada com a reação de Tomas, pois quando 
da descoberta da gravidez estava desempregada e sem condições de 
custear seu plano de saúde e todas as despesas da gestação que, 
conforme atestado por seu medico, era de risco. Como sua condição 
financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a 
sobrevivência da futura criança, Moema decidiu procurar orientação 
jurídica. E certo que as fotografias, declarações de amigos e alguns 
documentos fornecidos por Moema conferiam indícios suficientes da 
paternidade de Tomas. Diante desses fatos, e cabendo a você pleitear 
em juízo a tutela dos interesses de Moema como poderia ela garantir 
condições financeiras de levar a termo sua gravidez e de assegurar 
que a futura criança, ao nascer, tenha condições de sobrevida? 
Justifique (em no máximo dez linhas) sua resposta e nela destaque o 
que aconteceria com eventuais alimentos pagos se após o 
nascimento, feito o exame de DNA, restasse consta que Tomás não 
é o pai da criança. 
RESPOSTA 
Moema deverá entrar com ação de propositura de alimentos gravídicos 
conforme dispõe Lei N.11.804/08 em seu art. 1. Alimentos são 
irreversíveis Tomas terá que entrar com ação regressiva contra Moema 
alegando e provando sua má-fé, conforme (art. 187 do CC), que nada 
mais é, senão, o exercício irregular de um direito, que, por força do 
próprio artigo e do art. 927 do CC 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 19 de 28 
 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (IX Exame OAB) 
Henrique e Natalia, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, decidiram se 
divorciar apos 10 anos de união conjugal. Do relacionamento nasceram Gabriela e Bruno, 
hoje, com 8 e6 anos, respectivamente. Enquanto esteve casada, Natalia, apesar de ter curso 
superior completo, ser pessoa jovem e capaz para o trabalho, não exerceu atividade 
profissional para se dedicar integralmente aos cuidados da casa e dos filhos. Considerando a 
hipótese acima e as regras atinentes a prestação de alimentos, assinale a afirmativa correta. 
a) Uma vez homologado judicialmente o valor da prestação alimentícia devida por 
Henrique em favor de seus filhos Gabriela e Bruno, no percentual de um salário 
mínimo para cada um, ocorrendo a constituição de nova família por parte de 
Henrique, automaticamente sera minorado o valor dos alimentos devido aos filhos 
do primeiro casamento. Art.1694/cc 
b) Henrique poderá opor a impenhorabilidade de sua única casa, por ser bem de família, 
na hipótese de ser acionado judicialmente para pagar debito alimentar atual aos seus 
filhos Gabriela e Bruno. 
c) Natalia poderá pleitear alimentos transitórios e por prazo razoável, se demonstrar sua 
dificuldade em ingressar no mercado de trabalho em razão do longo período que 
permaneceu afastada do desempenho de suas atividades profissionais para se dedicar 
integralmente aos cuidados do lar. 
d) Caso Natalia descubra, apos dois meses de separação de fato, que espera um filho de 
Henrique, serão devidos alimentos gravídicos ate o nascimento da criança, pois apos 
este fato a obrigação alimentar somente será exigida em ação judicial própria. 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (XI Exame OAB) 
Fernanda, mãe da menor Joana, celebrou um acordo na presença do Juiz de Direito para que 
Arnaldo, pai de Joana, pague, mensalmente, 20% (vinte por cento) de 01 (um) salário mínimo 
a título de alimentos para a menor. O Juiz homologou por sentença tal acordo, apesar de a 
necessidade de Joana ser maior do que a verba fixada, pois não existiam condições materiais 
para a majoração da pensão em face das possibilidades do devedor. Apos um mês, Fernanda 
tomou conhecimento que Arnaldo trocou seu emprego por outro com salário maior e procurou 
seu advogado para saber da possibilidade de rever o valor dos alimentos fixados em sentença 
transitada em julgado. 
Analisando o caso concreto, assinale a afirmativa correta. 
a) Não e possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo já foi decidido em 
sentença com transito em julgado formal 
b) Não e possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo e fruto de acordo 
celebrado entre as partes e homologado por juiz de direito 
c) E possível rever o valor dos alimentos, pois no caso concreto houve mudança do 
binômio “necessidade x possibilidade”. (Art.1699 do CC/02) 
d) E possível rever o valor dos alimentos, pois o acordo celebrado entre as partes e 
homologado pelo juiz de direito esta abaixo do limite mínimo de 30% (trinta por cento) 
de 01 (um) salário mínimo, fixado em lei, como mínimo indispensável que uma pessoa 
deve receber de alimentos. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 20 de 28 
 
PLANO DE AULA - 15 
CASO CONCRETO 1 
QUESTÃO 
Dr. André, tenho um débito com um banco resultante de utilização do 
limite da conta corrente. Não consegui saldar essas dívidas e agora no 
processo de execução fui informado que o Banco requereu a penhora do 
imóvel em que residem minha ex-esposa com meus filhos de 12 e 14 
anos. O imóvel é de minha propriedade exclusiva, mas há mais de cinco 
anos é utilizado para residência de meus filhos. Vivo em outro imóvel, 
também de minha propriedade, no qual mantenho minha nova família. 
Vou perder um destes dois imóveis? O que farei? Explique a 
resposta ao seu cliente em no máximo cinco linhas. 
RESPOSTA 
Não perderá conforme dispositivo do art. 1 da Lei.N 8009/90 onde dispõe 
“O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é 
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, 
comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos 
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele 
residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei”. 
QUESTÃO OBJETIVA 1 - (TRT 6a. Região 2013) 
Podem os cônjuges ou a entidade familiar destinar parte de seu patrimônio para instituir 
bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido existente ao 
tempo da instituição. 
a) Mediante escritura pública ou testamento, que apenas consistirá do imóvel de menor 
valor, entre os de propriedade do instituidor, compatível com o padrão de vida da 
família, e esse bem ficará livre de penhora, salvo em execuções por dívidas de 
alimento, débitos trabalhistas, indenização por responsabilidade civil e para saldar 
hipoteca ou satisfazer obrigação decorrente de fiança locatícia. 
b) Apenas por escritura pública, e consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com 
suas pertenças e acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será 
aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família. 
c) Mediante escritura pública ou instrumento particular, sem prejuízo das regras sobre a 
impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que consistirá em 
prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e acessórios, e poderá abranger 
valores mobiliários, cuja renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento 
da família. 
d) Mediante escritura pública ou testamento, sem prejuízo das regras sobre a 
impenhorabilidade do imóvel residencial estabelecida em lei especial, que 
consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e 
acessórios, e poderá abranger valores mobiliários, cuja renda será aplicada na 
conservação do imóvel e no sustento da família. (Art. 1711 do CC/02) 
e) Somente por testamento que consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas 
pertenças e acessórios, mas não poderá abranger quaisquer bens móveis de elevado 
valor, nem aplicações financeiras, exceto para, com sua renda, conservar o imóvel. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 21 de 28 
 
QUESTÃO OBJETIVA 2 - (MPPR 2013) 
A impenhorabilidade do bem de família legal (Lei nº 8.009/90) não é oponível: 
I. Em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas 
contribuições previdenciárias; 
II. Pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição 
do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato; 
III. Pelo credor de pensão alimentícia; 
IV. Para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função 
do imóvel familiar. 
a) Todas estão corretas (Lei.8009/90) 
b) Nenhuma está correta 
c) Estão corretas apenas as assertivas I e II 
d) Está correta apenas a assertiva III 
e) Estão corretas apenas as assertivas III e IV 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 22 de 28 
 
PLANO DE AULA - 16 
REVISÃO DO CONTEÚDO DO SEMESTRE 
 
1 - (TJRS 2012) Considere as assertivas abaixo. 
 
O aluno deverá trazer todas as questões respondidas e, quando possível, indicar o artigo que 
fundamenta a sua resposta. As alternativas consideradas erradas devem ser corrigidas a fim 
de auxiliar na fixação do conteúdo. 
 
1. (IX Exame OAB) Juliana, estudantede 17 anos, em comemoração a sua recente aprovação 
no vestibular de uma renomada universidade, saiu em viagem com Gustavo, seu namorado de 
25 anos, funcionário publico federal. Acerca de possíveis intercorrências ao longo da 
viagem, e correto afirmar que: 
a) Juliana, por ser adolescente, independentemente de estar em companhia de 
Gustavo, maior de idade, não poderá se hospedar no local livremente por eles 
escolhido, sem portar expressa autorização de seus pais ou responsável. 
b) Juliana, em companhia de Gustavo, poderá ingressar em um badalado bar do 
local,onde e realizado um show de musica ao vivo no primeiro piso e ha um salão de 
jogos de bilhar no segundo piso 
c) Juliana, por ser adolescente e estar em companhia de Gustavo, maior de idade, poderá 
se hospedar no local livremente por eles escolhido, independentemente de portar ou 
não autorização de seus pais. 
d) Juliana poderá se hospedar em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, 
assim como poderá ingressar em local que explore jogos de bilhar, se portar expressa 
autorização dos seus pais ou responsável. 
 
2. (TJSP 2013) Com relação ao regime de bens do casamento, é correto afirmar que: 
a) Qualquer que seja o regime de bens, nenhum cônjuge poderá, sem a autorização do 
outro, alienar ou onerar bens imóveis. 
b) No regime da comunhão parcial, entram na comunhão todos os bens adquiridos na 
constância do casamento. 
c) Excluem-se da comunhão parcial as obrigações provenientes de atos ilícitos, 
salvo reversão em proveito do casal. 
d) Falta de autorização de um cônjuge para que o outro preste fiança, quando o regime 
não é o da separação absoluta de bens, torna nula a garantia, podendo essa nulidade 
ser alegada a qualquer tempo. 
 
3. (TJRR 2006) No tocante às relações de parentesco, assinale a opção correta. 
a) No caso de falecimento de mãe que esteja com a guarda de filho menor, o pai 
deve assumir a responsabilidade de guarda, visto que, falecendo um dos pais, 
permanece o outro no exercício do poder familiar, exceto quando ficar 
devidamente provado que o sobrevivente não tem condições de ter a criança ou 
adolescente em sua companhia. 
b) Para o critério de classificação e de contagem do parentesco, adota-se, no 
ordenamento jurídico brasileiro, a linha como sendo a vinculação da pessoa a tronco 
ancestral comum. O grau de parentesco é o número de gerações existentes entre dois 
parentes. Assim, os irmãos são parentes em primeiro grau, e os primos e tios, em 
segundo grau. 
c) A afinidade é o parentesco que se estabelece entre cada cônjuge e os parentes do 
outro. Esse tipo de parentesco, no qual não há limitação de grau, não está sujeito à 
extinção, mesmo com a dissolução do casamento ou da união estável que o originou. 
d) A lei permite que um dos cônjuges adote o filho do outro, ainda que conste no assento 
de nascimento do adotando a filiação biológica, bastando, para tanto, que se comprove 
tão-somente a convivência com o menor e se demonstre que a medida visa ao 
interesse do adotando. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 23 de 28 
4. (TJRJ 2013) Sobre a união estável, é correto afirmar que: 
a) Na hipótese de falecimento, o companheiro sobrevivente terá direito à herança, 
inclusive sobre os bens que o falecido tiver recebido por doação. 
b) Não pode ser reconhecida caso um dos conviventes seja casado ainda que esteja 
separado de fato. 
c) Pode ser reconhecida nos casos das relações entre a adotada com o filho do adotante. 
d) Se houver contrato escrito dispondo de outro modo, não se aplicará às relações 
patrimoniais o regime da comunhão parcial de bens. 
 
5. (MPDTF 2013) Julgue os itens subsequentes, a respeito do direito de família, sob a ótica do 
Código Civil e a jurisprudência do STJ: 
I. A regra de separação obrigatória de bens prevista para casamentos se estende às 
uniões estáveis e deve ser aplicada em uniões com pessoas maiores de 70 anos. 
II. O cônjuge casado pelo regime da separação convencional de bens, por meio de 
pacto antenupcial, não é herdeiro necessário. Por isso, não tem direito à meação, 
tampouco à concorrência sucessória. 
III. É admissível a alteração do regime de bens entre os cônjuges, para os casamentos 
celebrados sob a égide do Código Civil atual, desde que o pedido seja acompanhado de 
provas concretas do prejuízo na manutenção do regime de bens originário. 
IV. Ocorre a curatela compartilhada quando for nomeado, por disposição testamentária, mais 
de um curador a uma pessoa incapaz, devendo, nesse caso, os curadores exercerem 
conjuntamente o múnus público de forma mais vantajosa para o curatelado. 
V. O regime de bens aplicável na união estável é o da comunhão parcial, pelo qual há 
comunicabilidade ou meação dos bens adquiridos a título oneroso na constância da união. No 
entanto, exige-se, para tanto, prova de que a aquisição decorreu do esforço comum de ambos 
os companheiros. 
Estão CORRETOS os itens: 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) II e III 
d) I, III e IV 
e) IV e V 
 
6. (MPDFT 2013) Ainda a respeito do direito de família, julgue os itens a seguir: 
I. O casamento válido se dissolve pela morte de um dos cônjuges, pelo divórcio ou pela 
nulidade ou anulação do casamento. 
II. Os cônjuges podem validamente constituir empresa entre si desde que não sejam casados 
pelo regime da separação obrigatória de bens. 
III. Os nubentes com idade entre dezesseis e dezoito anos podem casar-se por qualquer 
dos regimes disponíveis ou de pacto antenupcial, desde que obtenham a autorização de 
seus representantes legais. 
IV. A administração do bem de família compete a ambos os cônjuges e, em sua falta, ao 
filho mais velho, se for maior, ou a seu tutor, se menor, salvo disposição em contrário 
do ato de instituição. 
V. A obrigação alimentar é recíproca e a sua extensão indefinida entre os parentes de linha 
reta, os mais próximos em primazia aos mais remotos. Na falta destes parentes, a obrigação 
transfere-se aos colaterais até o quarto grau. Podendo-se, no entanto, pleitear alimentos 
complementares ao parente de outra classe se o mais próximo não tiver condições de 
suportar o encargo. 
Estão CORRETOS os itens: 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) II e IV 
d) III e IV 
e) III, IV e V 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 24 de 28 
7. (MPPR 2013) Assinale a alternativa incorreta: 
a) Pai e filho são parentes em linha reta, 1º grau; 
b) Tio e sobrinho são parentes em linha colateral, 3º grau; 
c) Irmãos são parentes em linha colateral, 1º grau; 
d) Cunhados são parentes por afinidade, em linha colateral, 2º grau; 
e) Genro e sogro são parentes por afinidade, em linha reta, 1º grau. 
 
8. (TJRR Titular de Serviços de Notas e Registros 2013) Em relação ao direito de família, 
assinale a opção correta: 
a) O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro, sendo tal regra 
absoluta, ou seja, em caso de falta ou perda do registro civil, não se admite nenhuma 
outra espécie de prova. 
b) É anulável o casamento contraído por enfermo mental sem o necessário discernimento 
para os atos da vida civil. 
c) O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento pode ser feito por 
escritura pública ou por escrito particular, a ser arquivado em cartório. 
d) Novo casamento do cônjuge devedor dos alimentos pode extinguir a obrigação 
alimentar constante da sentença de divórcio. 
e) É ineficaz o pacto antenupcial que não forrealizado mediante escritura pública. 
 
9. (TJSC 2013) Examine as proposições seguintes e assinale a alternativa correta: 
I. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos 
parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos 
colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins. 
II. É nulo o casamento do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o 
consentimento. 
III. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos havidos por 
fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido. 
IV. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro, comprar, ainda 
a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica, ou obter, por empréstimo, as 
quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir, e as dívidas contraídas para esses 
fins obrigam solidariamente ambos os cônjuges. 
V. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações 
patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão total de bens. 
a) Todas as proposições estão corretas. 
b) Somente as proposições II, III e IV estão corretas. 
c) Somente as proposições I, III e IV estão corretas. 
d) Somente as proposições I, II e V estão corretas. 
e) Somente as proposições I, IV e V estão corretas. 
 
10. (MPAC Analista 2013) Sobre o regime de bens entre os cônjuges, analise as seguintes 
assertivas. 
I- É admissível a alteração do regime de bens mediante disposição de ambos os cônjuges, 
após a celebração do casamento, desde que realizada por escritura pública. 
II- É obrigatório o regime da separação de bens no casamento celebrado entre nubentes 
menores de 18 anos, em razão da necessidade, para tanto, de autorização dos pais. 
III- No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-
se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares. 
IV- No regime legal ou supletivo (artigo 1.640 do Código Civil), excluem-se da comunhão 
as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
Quais são corretas? 
a) Apenas I e II. 
b) Apenas I e III. 
c) Apenas II e III. 
d) Apenas III e IV. 
e) Apenas II, III e IV. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 25 de 28 
11. (TJMA 2013) Assinale a opção correta em relação ao direito de família, segundo a 
jurisprudência do STJ. 
a) A pensão alimentícia é prevista legalmente como hipótese de exceção à 
impenhorabilidade do bem de família, todavia somente os alimentos decorrentes do 
vínculo familiar autorizam essa exceção, haja vista a interpretação teleológica e 
sistemática, o que justifica o tratamento da matéria no livro IV do Código Civil, referente 
ao direito de família. 
b) Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, ainda que após a 
data da celebração do casamento, devendo o respectivo requerimento ser feito 
administrativamente no cartório onde tenha sido celebrado o casamento, para fins de 
averbação no assento de casamento, conforme disposição do Código Civil. 
c) A apelação contra decisão favorável ao alimentante, em ação de exoneração de 
alimentos, será recebida apenas no efeito devolutivo, não se aplicando ao caso, 
portanto, o efeito suspensivo. 
d) Em face do princípio do adimplemento substancial, considera- se suficiente para a 
revogação da prisão civil do devedor de alimentos o pagamento parcial dos alimentos 
devidos. 
 
12. (PCES 2013) Quanto à família e à relação de parentesco, é correto afirmar: 
I. É presumível (presunção iuris et iuris) a necessidade de os filhos continuarem a perceber 
alimentos após a maioridade, quando frequentam curso universitário ou técnico, porque se 
entende que a obrigação parental de cuidar dos filhos inclui a outorga de adequada formação 
profissional. 
II. O advento da maioridade não extingue, automaticamente, o direito à percepção de 
alimentos, mas esses deixam de ser devidos em razão do poder familiar, passando a ter 
fundamento nas relações de parentesco. 
III. A continuidade do pagamento dos alimentos após a maioridade, ausente a 
continuidade dos estudos, somente subsistirá caso haja prova da necessidade de 
continuar a recebê-los, o que caracterizaria fato impeditivo, modificativo ou extintivo 
desse direito, a depender da situação. 
IV. O Código Civil vigente, ao regular as relações de parentesco em linha reta, não 
estipula limitação dada sua infinidade, de modo que todas as pessoas oriundas de um 
tronco ancestral comum sempre serão consideradas parentes entre si, por mais 
afastadas que estejam as gerações. 
Estão corretas as afirmativas: 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) III e IV, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
12. (PCEGO 2013) De acordo com o Direito Civil, parte especial, família, e em conformidade 
com a Constituição Federal, o poder familiar existe de forma legal, sendo que, de acordo com 
o exercício do poder familiar: 
a) Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores, representá-los, até aos 18 
anos, nos atos da vida civil. 
b) Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe 
condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a 
dois anos de prisão. 
c) Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é cabível, de acordo com o 
princípio da isonomia e da equidade, a diferenciação entre pais, não podendo recorrer 
ao juiz o pai, ou a mãe inadimplente em suas obrigações parentais. 
d) Cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a extinção do 
poder familiar em casos de abuso de autoridade ou de pai ou de mãe, que faltaram com 
os deveres a eles inerentes ou arruinaram os bens dos filhos. 
 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 26 de 28 
13. (PCEGO 2013) Na doutrina civilista atual, respeitando-se o estudo dos princípios 
constitucionais, tem-se que: 
a) Em se tratando da prestação de alimentos, é estabelecido em Lei ser esta própria de 
pais e extensiva a terceiros, desde que interessados e membros lícitos da sociedade: 
tutores ou curadores, de acordo com o princípio da autonomia da vontade e da 
eticidade contratual, mediante sentença transitada em julgado. 
b) Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os 
seus filhos menores de 18 anos, tanto em fatos jurídicos cíveis como em atos de 
responsabilidade penal, como responsáveis legais. 
c) O pai e a mãe, enquanto de boa-fé e no exercício do poder familiar, são 
considerados usufrutuários dos bens dos filhos. 
d) Se o parente que deve alimentos não estiver em condições de suportar totalmente o 
encargo, serão chamados os terceiros interessados, desprezando-se questões 
familiares, e a concorrência de graus imediatos, em prol da celeridade e da economia 
processual, são indicados os terceiros interessados no menor. 
 
14. (TJPE 2013) No regime de comunhão parcial: 
a) Entram na comunhão os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o 
concurso do trabalho ou despesa anterior, bem como as benfeitorias em bens 
particulares de cada cônjuge. 
b) Excluem-se da comunhão os bens adquiridos na constância do casamento por título 
oneroso, se a aquisição se deu em nome de um dos cônjuges. 
c) São comunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao 
casamento. 
d) A anuência de ambos os cônjuges é desnecessária para os atos, a título gratuito,que 
impliquem cessão do uso ou gozo dos bens comuns. 
e) A administração e a disposição dos bens constitutivos do patrimônio particular 
competem a ambos os cônjuges, salvo convenção diversa em pacto antenupcial. 
 
15. (TREMS Analista 2013) Em relação ao direito de família, assinale a opção correta. 
a) Em razão do caráter personalíssimo, o direito a alimentos é insuscetível de cessão mas 
admite-se a compensação. 
b) Se o imóvel residencial for o único bem da família e estiver locado, não perderá o 
atributo da impenhorabilidade, desde que a renda auferida seja destinada à 
moradia e subsistência do núcleo familiar. 
c) Quando feito em testamento, o reconhecimento de filho pode ser revogado. 
d) A declaração de nulidade do casamento possui efeitos ex nunc, produzindo efeitos a 
partir da data da sentença que a pronunciar. 
e) O concubinato e a união estável são institutos jurídicos que se equivalem. 
 
16. (Defensor Público TO 2013) Acerca do regime de bens entre cônjuges, assinale a opção 
correta. 
a) O regime de comunhão universal implica a comunicação de todos os bens 
presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com exceção, entre 
outras, dos bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os 
sub-rogados em seu lugar. 
b) O regime de participação final nos aquestos foi revogado do Código Civil, haja vista que 
o seu desuso desde a entrada em vigor do referido diploma legal demonstrou que os 
demais regimes de bens existentes eram suficientes para reger as relações patrimoniais 
entre os cônjuges. 
c) No casamento celebrado sob o regime da separação de bens, enquanto não sobrevier a 
separação ou divórcio, a administração dos bens é conjunta dos consortes, que não 
poderão aliená-los ou gravá-los de ônus real sem a anuência do outro. 
d) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento das pessoas que o 
contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
da pessoa maior de sessenta anos e, ainda, de todos os que dependerem, para casar, 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 27 de 28 
de suprimento judicial. 
e) No regime de comunhão parcial de bens, comunicam-se os bens que sobrevierem ao 
casal na constância do casamento, denominados bens aquestos, sem qualquer 
exceção. 
 
17. (MPTO 2012) Com referência ao direito de família, assinale a opção correta. 
a) Entre as inúmeras semelhanças apresentadas entre união estável e concubinato inclui-
se a de serem ambos os institutos discutidos, no caso de dissolução, no âmbito do 
direito de família. 
b) Um imóvel instituído convencionalmente como bem de família isenta o prédio da 
execução de qualquer dívida posterior ao ato da instituição do bem. 
c) Com a edição da Emenda Constitucional n.º 66, na qual são alteradas as formas de 
dissolução do casamento, o conceito de sociedade conjugal não encontra mais amparo 
no direito de família brasileiro. 
d) Só se admite o prolongamento dos efeitos do casamento putativo, após a publicação da 
sentença anulatória, quando as partes o celebrarem de boa-fé e existir pacto 
antenupcial, independentemente da existência de filhos; no caso de má-fé, os efeitos se 
mantêm apenas para justificar a concessão de alimentos. 
e) Considere que Carlos, casado com Amanda sob o regime de comunhão parcial de 
bens, seja avalista do irmão em empréstimo bancário de alta monta. Nesse caso, 
para que o ato seja considerado válido, é necessário que Amanda conceda 
outorga uxória. 
 
18. (MPAP 2012) A Lei no 12.318/10 dispôs, definitivamente, e com grande importância, sobre 
a alienação parental, que já era muito debatida na doutrina e jurisprudência em nosso país. 
Especificamente sobre a alienação parental, é INCORRETO afirmar: 
a) Caracterizados atos típicos de alienação parental, em ação autônoma ou 
incidental, o juiz poderá aplicar uma série de medidas, cumulativamente ou não, 
para prevenir e inibir a prática de atos de alienação parental, ou tolher-lhes a 
eficácia, sem prejuízo da responsabilização civil e criminal, mas não poderá 
estipular multa ao alienador. 
b) A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da 
competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se 
decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 
c) A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a 
efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em 
que seja inviável a guarda compartilhada. 
d) A omissão deliberada a genitor de informações pessoais relevantes sobre a criança ou 
adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço, caracteriza ato de 
alienação parental. 
e) Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou 
incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 
 
19. (MPAP 2012) Paulo é filho de Maria e Rolando, que foram casados até o ano de 2011, 
quando se divorciaram. Rolando sofreu um acidente grave de carro e ficou paraplégico, não 
conseguindo mais desenvolver atividade laborativa, impossibilitando-o de prestar alimentos a 
seu filho. Maria, por sua vez, passou a trabalhar como garçonete e saiu do Brasil para destino 
ignorado com um turista espanhol. Nesse caso, Paulo, que atualmente está sob a guarda 
da irmã de Maria, Joana, na impossibilidade de Rolando suportar o encargo alimentar, 
devidamente representado por Joana: 
a) Poderá ajuizar ação de alimentos contra os avós paternos e, no curso do 
processo, os avós maternos poderão ser chamados a integrar a lide. 
b) Deverá ajuizar ação de alimentos contra os avós paternos e maternos, haja vista a 
existência de litisconsórcio passivo necessário. 
c) Poderá ajuizar, dentro de sua livre escolha, ação de alimentos contra qualquer um dos 
avós paternos ou maternos, e os demais não poderão ser chamados a integrar a lide. 
 
 
CASOS CONCRETOS 
6º semestre 
2016.2 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITARIO ESTACIO UNIRADIAL DE SÃO PAULO – SANTO AMARO 
Rua Promotor Gabriel Netuzzi Perez, 108 - Santo Amaro -CEP: 04743-020 
jonasfs.juridico@gmail.com 
DIREITO 2016 
 
Página 28 de 28 
d) Poderá optar entre ajuizar ação de alimentos contra os avós paternos ou maternos ou 
contra os irmãos de Rolando. 
e) Deverá ajuizar, necessariamente, ação de alimentos contra os avós paternos, tendo em 
vista que a obrigação alimentar que está faltando é do genitor Rolando, vedada a 
intervenção de terceiros. 
 
20. (MPAP 2012) Bernadete separou-se judicialmente de Ivan. Durante o longo casamento de 
trinta e cinco anos, Bernadete não exerceu atividade profissional e, hoje é portadora de 
doença cardíaca que a impossibilita para o labor. Dessa forma, na separação do casal, ficou 
estipulada pensão mensal para Bernadete. Ivan está inadimplente com o pagamento da 
pensão alimentícia estipulada para a ex-esposa. Neste caso, as prestações alimentares de 
Bernadete 
a. Prescrevem em cinco anos a partir da data em que se vencerem. 
b. Prescrevem em três anos a partir da data em que se vencerem. 
c. Prescrevem em dois anos a partir da data em que se vencerem. 
d. São imprescritíveis, sujeita apenas aos prazos decadenciais previstos no Código Civil 
brasileiro. 
e. São imprescritíveis não estando, inclusive, sujeita aos prazos decadenciais previstos no 
Código Civil brasileiro.

Continue navegando