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PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 15
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y
ASSOCIAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número..., representada por seu Presidente..., com endereço na rua..., bairro..., cidade..., Estado..., por seu advogado com endereço profissional na rua..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, do CPC/2015, com fundamento no artigo 5º, LXIX da CRFB/88 e artigo 1º da Lei nº 12.016/09, vem impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO
em face de ato ilegal do SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO, com endereço..., vinculado a pessoa jurídica de direito público o ESTADO Y, na pessoa de seu representante legal, com endereço..., pelos fatos e fundamentos de direito a seguir aduzidos:
DOS FATOS
Trata-se de mandado de segurança coletivo, considerando que o secretário de administração do estado-membro Y, com a finalidade de incentivar o aprimoramento profissional de certa categoria de servidores públicos, criou, por meio de lei específica, tabela de referências salariais com incremento de 10% entre uma e outra, estando a mudança de referência baseada em critérios de antiguidade e merecimento. O pagamento do mencionado percentual seria feito em seis parcelas mensais e sucessivas. 
Vale salientar que os servidores que adquiriram todas as condições para o posicionamento na referência salarial subsequente já haviam recebido o pagamento de três parcelas quando sobreveio a edição de medida provisória revogando a sistemática estabelecida na lei. Assim, no mês seguinte à edição dessa medida, o valor correspondente à quarta parcela foi excluído da folha de pagamento. Em decorrência dessa exclusão, os servidores requereram à Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão a respectiva inserção na folha de pagamento, sob pena de submeter a questão ao Poder Judiciário. 
No entanto, em resposta, o secretário indeferiu o pedido, fundado nos seguintes argumentos: a) em razão da revogação da lei, promovida pela medida provisória, os servidores não mais teriam direito ao recebimento do percentual; b) seria possível a alteração do regime remuneratório, em face da ausência de direito adquirido a regime jurídico, conforme já reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal; c) os servidores teriam, na hipótese, mera expectativa de direito, e não, direito adquirido; d) não cabe ao Poder Judiciário atuar em área própria do Poder Executivo e conceder o reajuste pleiteado, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da separação dos poderes.
Assim, diante dos argumentos infundados utilizados pelo sr. Secretário, ora autoridade coatora, que culminou no indeferimento do pedido dos servidores, ensejando ato ilegal, não restou a impetrante outra alternativa a não ser utilizar-se do presente remédio constitucional como forma de restabelecer a justiça.
DOS FUNDAMENTOS	
Evidenciado está o cabimento do presente remédio constitucional, considerando o disposto no artigo 1º da Lei 12.016/09, bem como o artigo 5º, LXIX, e LXX, CRFB/88, diante do ato ilegal/abusivo da autoridade coatora, uma vez que o ato ora impugnado viola flagrantemente o direito líquido e certo dos servidores. 
Cabe salientar que o Mandado de Segurança Coletivo (artigo 5º, LXX, CRFB/88) é utilizado para facilitar o acesso de pessoas jurídicas, na defesa de interesses de seus membros ou associados, à função jurisdicional. 
À semelhança do mandado de segurança individual, o coletivo destina-se proteger direito líquido e certo só que de natureza corporativa, pertencente não a um indivíduo isolado, mas sim a um grupo de pessoas, no caso em tela, os servidores..., não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que houver ilegalidade ou abuso de poder perpetrado por autoridade, como poderá ser constatado nas linhas que seguem abaixo.
Quanto a legitimidade, resta plenamente comprovada, haja vista o disposto no artigo 5º, inciso LXX, da Constituição Federal de 1988, hipóteses que foram repetidas no artigo 23 da Lei n. 12.016, estando autorizados a impetrar mandado de segurança coletivo: - partido político com representação no Congresso Nacional; Organização Sindical; entidade de classe e associação.
Quanto ao mérito cabe de inicio, salientar que, embora haja entendimento consolidado na jurisprudência, de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico, podendo, assim, a administração pública promover, legitimamente, alterações na composição dos vencimentos dos servidores, inclusive, mediante a exclusão de vantagens, gratificações ou reajustes, é certo que, no caso em tela, na ocasião da edição da medida provisória, os servidores já haviam adquirido todas as condições para o recebimento do percentual relativo à referência salarial subsequente, tanto que já vinham percebendo o pagamento de forma parcelada. 
Por conseguinte, os servidores já haviam adquirido, por força da legislação específica, o direito ao recebimento do percentual, logo, não há que se falar em possibilidade de alteração do que já se foi adquirido, pois apenas o pagamento é que foi efetuado de forma parcelada, ou seja, o direito ao recebimento do percentual já havia integrado o patrimônio dos servidores, quando da edição da medida provisória, muito embora a implementação estivesse sendo feita de modo parcelado.
Logo, não poderia tal espécie legislativa desrespeitar direito já incorporado ao patrimônio, e em o fazendo violou frontalmente o disposto no art. 5.º, XXXVI, da Constituição Federal, segundo o qual “a lei não prejudicará o direito adquirido”. 
É certo que apenas para os servidores que ainda não completaram o direito, pode, todavia, a administração retirar o benefício, sendo, no entanto, vedado fazê-lo em prejuízo dos servidores que já incorporaram o benefício.
Em sede doutrinária, por adequar-se perfeitamente ao caso concreto, vale frisar ensinamento do Professor...
“........................................................................................................................................................................................” (nome, obra, data, página)
Ademais, não restam dúvidas também que a subtração das parcelas a que fariam jus os servidores, naturalmente implica em afronta ao disposto no art. 37, XV, da Constituição Federal, segundo o qual os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis. Isso porque, como o direito já havia sido incorporado ao patrimônio dos servidores, sua exclusão configura clara afronta ao princípio da irredutibilidade de vencimentos. 
Assim, apesar de ser constitucional a modificação do regime remuneratório dos servidores, tal alteração não pode ocorrer de forma alheia à observância dos comandos constitucionais, em especial da vedação de decesso remuneratório. 
Nesta esteira de raciocínio segue o entendimento jurisprudencial: 
STJ. Recurso ordinário em mandado de segurança. Servidor público celetista estabilizado. Art. 19 do ADCT. Tempo de serviço celetista. Licenças-prêmio não usufruídas. Pleito de contagem para todos os efeitos. Possibilidade. Limitação à emenda constitucional 20/98. O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que o servidor público celetista do Estado do Rio Grande do Sul que obteve estabilidade pelo art. 19 do ADCT, possui, nos termos do art. 276 da Lei Complementar Estadual 10.098/94, direito à contagem em dobro do período de licença-prêmio não gozada, para fins de aposentadoria, limitado o direito, todavia, à publicação da Emenda Constitucional 20/98. Precedentes. 2. Recurso ordinário a que se dá provimento (Doc. LEGJUR 146.3794.3000.6700).
TRT 3 Região. Servidor celetista. Redução salarial. Empregado celetista. O município reclamado, ao optar pelo regime celetista a ele se submete, pois foi este o regramento que escolheu para reger as relações de trabalho dos seus empregados. Portanto, não pode, sob o argumento de supremacia do interessepúblico, desrespeitar as normas consolidadas e os princípios de proteção do trabalhador que norteiam o Direito do Trabalho (inclusive a vedação de redução salarial e alteração contratual lesiva), decotando níveis salariais concedidos habitualmente [...] (DOC. LEGJUR 136.2350.7002.3600).
Portanto, restou configurado o direito líquido e certo dos servidores quanto a anulação do ato administrativo eivado de vicio e ilegalidade.
DA CONCESSAO DA LIMINAR
O fumus boni iuris constitui condição basilar para a concessão da liminar pretendida. Como bem pode observar Vossa Excelência, pelos fatos e fundamentos jurídicos arrolados, inquestionável é a violação do direito líquido e certo residindo o fumus boni iuris nos mencionados princípios constitucionais, e o – periculum in mora, que decorre do dano causado aos servidores.
Assim, atendidos os requisitos do art. 7º, II da Lei nº 1533/51, a medida liminar deve ser concedida no sentido garantir o pagamento da 4.ª, da 5.ª e da 6.ª parcela, em razão do caráter alimentar dos valores questionados no presente remédio constitucional. 
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer:
a) a CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR para garantir o pagamento da 4.ª, da 5.ª e da 6.ª parcela, em razão do seu caráter alimentar; 
b) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 7º, I, da Lei nº 12.016/09; 
c) seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, para que, querendo, ingresse no feito;
d) a intimação do Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do artigo 12 da Lei nº 12.016/09;
e) que o pedido seja ao final julgado procedente para declarar a nulidade do ato que determinou a exclusão da parcela do reajuste na folha de pagamento, diante da ocorrência de ofensa, pelo poder público, ao direito adquirido dos servidores e à irredutibilidade de vencimentos, requerendo seja concedida a segurança para que seja assegurada aos servidores públicos a implementação do reajuste.
f) a condenação do impetrado em custas processuais.
DAS PROVAS
Requer a análise das provas anexadas a presente ação.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ ... (...)
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
ADVOGADO
OAB/UF n.

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