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1 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 ULTRASSOM EM OBSTETRÍCIA prof Chico - O US é um exame complementar que auxilia o pré- natal e – salvo exceções – não melhora desfecho. O que reduz a mortalidade é fazer o pré-natal. Segurança biológica - Tem segurança biológica comprovada. Apesar de ter efeitos biológicos como calor/som, não são ca- pazes de causar malefício, pois dependem da inten- sidade sonora. Para um malefício, a intensidade te- ria que ter acima de 5W/cm², o US tem 0,5W/cm². - Não aumentou a prevalência de mal formações. - Outros fatos que protegem o bebê do US: a) Ossificação da parte cartilaginosa se inicia na 12ª semana. b) O bebê está numa bolsa de água, p aquecer ele, primeiro deveria aquecer a água. c) A circulação do bebê já é suficiente p esfriá-lo. Quando fazer? O ideal é fazer 1 US por trimestre (1º, 2º e 3º), mas se for pra escolher apenas um exame, o do 2º tri é o melhor, pois a avaliação morfológica é mais confiá- vel e consegue-se detectar mal formações. - No 1ºtri é melhor US TV e nos outros tri US trans- abdominal. 1º TRIMESTRE [12-14 semanas] #Confirmação da gravidez #Quantidade de fetos #Gestação tópica ou ectópica #Dç genética – marcadores morfológicos. #CCN Diagnóstico de gêmeos ● Monozigóticos: 1 cél + 1 sptz = 2 indivíduos gene- ticamente idênticos. ● Dizigóticos: 2 céls + 2 sptz = 2 indivíduos geneti- camente diferentes. *80% são dizigóticos por causa da fertilização e 20% são monozigóticos. Gestação gemelar por si só já é alto risco, qto +próximos os gêmeos, pior o prog. - Placenta e líquido amniótico os dizigóticos são SEMPRE dicoriônicos e diamnióticos. Os monozigó- ticos, se a divisão for precoce [0-3d] eles serão dico- riônicos e diamnióticos, se dividir entre [3-8d] serão monocoriônicos e diamnióticos e se a divisão for tardia [8-13d] serão monocoriônicos e monoamnió- ticos. → Monocoriônicos: sinal do T → Dicoriônicos: sinal do lâmbda, pois há permeação do trofoblasto na base da memb intergemelar e a memb fica mais espessa. *A corionicidade deve ser determinada até 16 semanas, após isso não dá mais p determinar. Há maneiras de fzer o dx de gemelaridade após a 16ª semana. 1) Dx de sexo: se um for H e outro M, é dizigótico. 2) Posições das placentas - Transfusão feto-fetal qdo tem uma só placenta, tem comunicação de sangue dos bebês. É pior qdo a comunicação é arterio-venosa, pois pela diferença de pressão um empurra mais sangue para o outro, então um cresce menos e outro cresce mais. O que morre primeiro é o maiorzinho, já que não suporta essa volemia e acaba tendo insuf cardíaca. Localização da gestação - Ectópica: a não visualização do SG intrauterino, na presença de títulos de B-hCG > 1800 sugere gravi- dez ectópica ou abortamento completo recente. Doença genética x Doença gênica - Genética → n de cromossomos. O dx definitivo se dá pelo cariótipo, que pode ser feito por biópsia do córion liso (parte q n tá em ctt com o endométrio e 2 Reumatologia – Paula Escobar ATM 2018/02 acaba atrofiando), amniocentese ou DNA fetal no sg materno. *80% das malformações estão associados c dç genética *Os abortamentos são decorrentes de dçs genéticas – sele- ção natural. Para uma mãe diabética, a mort fetal era 60% e hoje é 2%. - Gênica → sequenciamento gênico alterado. O dx não se faz com cariótipo. Marcadores ecográficos do 1º tri Idade materna - A idade materna tem peso grande qd falamos de Sd Down, apesar de q 70% dos Downs nascem antes dos 35. - Qto mais velha a mulher, mais ação do tabagismo, do RX do dentista, das drogas... Translucência nucal (TN) - Qto mais alargada, maior a chance de ter dç gene- tica. A TN só vai estar pronta p ser examinada a par- tir de 11 semanas. Na 10ª pode estar 3 e na 11ª cai para 1, então tem que esperar até 11-14 semanas. - Espaço hipoecogênico. - Se achar TN aumentada, fazer cariótipo fetal. Se o cariótipo for normal, podemos citar defeitos cardía- cos, hérnia diafragmática, anomalia renal.. Osso nasal (ON) - Quem tem osso no nariz, diminui em 3x a chance de dç genética. A ausência do osso aumenta em 150x a chance de ter dç genética. - Sequência: cartilagem – pele – osso. Ducto venoso (DV) É a comunicação da veia umbilical com a veia cava inferior. Por meio dele, o sangue rico em oxigênio, proveniente da veia umbilical, chega ao átrio direito e a partir daí, pelo forame oval, ganha o átrio esquerdo e a circulação sistêmica, favorecendo o fluxo para órgãos vitais como o cérebro fetal. O ducto á uma estenose vascular. Sensibilidade dos marcadores qto a anormalias: TN: sensib 70% e falso positivo 5% TN + ON: sensib 80% e falso positivo 1% TN + ON + DV: sensib 90-95% e falso posit 1%; O peso de cada variável é impossível calcular com a cabeça, tem que calcular em um software se por ex aparecer TN e DV normal e ausência do ON. 5% da pop tem cariótipo normal com ON ausente. Regurgitação tricúspede Ângulo facial frontomaxilar Idade gestacional - A DUM não é confiável para IG. - O comprimento cabeça-nádega (CCN) é melhor para se determinar isso. Tem que pegar um corte sagital no US e com esse cálculo eu erro mais ou menos 3 dias, pois a velocidade de cresc do bebê é 1-2mm/d. - Qto mais tardio o exame, maior a chance de errar a idade gestacional. - Se < 10 é pequeno, 10-90 é adequado, >90 é gig. - Para dx de desvio de crescimento, a medida mais precisa é a circunferência abdominal. - Na 6ª semana, deve ter CCN médio de 0,2-0,5cm. 2º TRIMESTRE [20-24 semanas] #Morfologia #Sexo #Comprimento do colo uterino #Doppler das artérias uterinas #Avaliação da saúde fetal #Avaliação dos anexos fetais Morfologia - Já tem boa janela acústica e vê um pouco das estru- turas anatômicas (membros, coração, SNC). - O objetivo do US morfológico é identificar patologias tratáveis. Sexo - Final do 1º tri: visualização da genitália externa. - Início 2º tri: orientação do tubérculo genital p baixo indica masculino e p cima indica feminino. 3 Reumatologia – Paula Escobar ATM 2018/02 Comprimento do colo uterino < ou = a 15mm têm risco aumentado de um parto es- pontâneo pré-termo com menos de 32 semanas. Doppler das artérias uterinas Rastreia complicações relacionadas à insuficiência placentária, mais especificamente pré-eclâmpsia (PE) e cresc intrauterino restrito (CIUR). Fluxo normal x Vasoespasmo → no 2º, há aumento sistólico, incisura protodiastólica e redução diastólica. Avaliação da saúde fetal Movimentos fetais, tônus fetal, movimentos resp feta- is e volume do líquido amniótico. Avaliação dos anexos fetais - Placenta: localização [tópica, ectópica, fúndica, pos- terior, prévia], espessura [raramente > 40mm]. - Cordão umbilical: 2 artérias e 1 veia. 3º TRIMESTRE [24-25 semanas] #CIUR (?) #Peso fetal #Apresentação fetal #Dopplervelocimetria #Avaliação líquido amniótico - Serve para ver vitalidade (se é viável ou não fora do útero). Em 27 semanas, o bebê tem 1kg. Apresentação fetal Longitudinal/transversal, apresentações pélvicas/cefá- licas, fletidas/defletidas. Dopplervelocimetria Observa-se o fluxo da artéria umbilical, se for anormal segue-se com o estudo da cerebral média. Avaliação líquido amniótico ↑ ou ↓ dos níveis associam-se a aumento de morta- lidade e morbidade neonatal.- Volume de LA máximo no início do 3º tri - Composto basicamente pela urina fetal. →Polidrâmnio: acréscimo do débito urinário, gestação complicada por diabetes, Sd transfusão feto-fetal. DM gestacional, dç cardíaca materna, Sd tranf FF. →Oligodrâmnio: CIUR, pós datismo, malformações renais fetais, ruptura prematura de membranas. - Um bebê com VIUR tu pensa em interromper a ges- tação pq ele não vai ganhar mais peso e quanto mais tardia a intervenção, mais defeito por causa desse CIUR: necrose intestinal, vasoconstrição da mesenté- rica.. Jogar numa balança o risco x benefício. PERFIL BIOFÍSICO FETAL E DOPPLER prof Chico PERFIL BIOFÍSICO Conceito - É um exame que avalia a vitalidade fetal, usando pa- râmetros associados que avaliam o grau de hipóxia fetal. Avalia bem estar fetal. - Consegue associar variáveis biofísicas c o desfecho. - Alguns livros recomendam fazer o PBF a partir de 26 semanas, mas n HUSM se faz mais cedo. - PBF é indicado p pcts de alto risco!!! Variáveis avaliadas 1) Tônus: 6mm = 6s + 2d. A partir desse tempo, o be- bê tem tônus. 2) Mov fetais: um bebê de 7s se movimenta involunta- riamentee, a partir de 8s o mov é voluntário. 3) Mov respiratórios fetais: a partir de 20s. 4) Líq amniótico 5) Cardiotocografia (CTG) *Está na ordem de aparecimento na embriologia, a or- dem de desaparecimento é inversa: MRF – MSF – tônus. A 1/3/4 são variáveis agudas. A 2 é variável crônica, pois a partir da centralização, o líq amniótico demora 21d para reduzir. A centraliza- ção consiste no desenvolvimento de mecanismos q permitem que o feto se defenda da hipóxia, como a veia umbilical, p ex. Essas alterações fazem com q o feto tenha uma vasoconstrição periférica e vasodilata- ção central, concentrando o sg no cérebro, coração e suprarrenal. **Comentário do prof: a hiperglicemia materna, au- menta mov resp fetal. P avaliar a vitalidade de uma diabética, o principal parâmetro é a movimentação fetal, e não o ultrassom. O feto avisa que vai morrer, 4 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 pq 48h antes do óbito ele reduz a movimentação e em 24h antes, ele tem ausência de movimentação, por isso devemos fazer o mobilograma. Uma maneira de salvar o bebê, é manter a mãe normoglicêmica. Resultados O exame dura +- 30 min, para cada tópico preenchido, soma 2 pontos. Se não for preenchido = 0. **O feto não respira, ele só faz esses movimentos p treinar a musculatura respiratória e distender o alvéo-lo, reduzindo a tensão suoerficial. Se não treinar, morre fora do útero. Líquido amniótico ● Avalio e meço as áreas do bolsão. - Normal: bolsão 2x2. ● ILA = índice líquido amniótico - Divide o abd da mãe em 4 quadrantes passando pelo umbigo e mede em cm o LA com o transdutor perpen- dicular. CTG As acelerações estão representadas nos picos: DOPPLER - É o único exame que reduz morbimortalidade peri- natal. No grupo de baixo risco há uma morbimort mai- or, pois tem pcts de alto risco que estão mal classifi- cadas e com o Doppler, descobre-se a pct e dá um manejo mais adequado para ela. - Critérios de avaliação p separar ↑ e ↓risco não são bons. - Bom p patologias anêmicas e isquêmicas, não é bom p metaból. O que o Doppler vai avalia? Uterinas (miométrio) → artérias arqueadas → artérias radiadas → espiraladas (endométrio) Essa modificicação em direção ao miométrio faz as artérias perde- rem a musculatura íntima e a responsividade aos estímulos de va- soconstrição.. Isso aumenta o fluxo uteroplacentário, permitindo nutrição e oxigenação. Alterado (2) → continua c pico sistólico alto, mas aum- enta mto a distância das linhas de base – significa q o 0,1% 9% 9% 10% 12,5% 60% 1) Artéria uterina 2) Artéria cerebral média 3) Veia umbilical Artéria uterina Normal (1)→ pico sistólico. Incisura proto- diastólica representa o fechamento da valva aórtica. *Na gestante há uma hipervolemia em relação a não gestantes. A célula da placenta (trofoblasto) invade os vasos e destrói a camada muscular dos vasos da decídua (endométrio gestacional), então o vaso dilata – 1ª onda. A 2ª onda destrói a camada muscular das artérias espiraladas. Hemodinâmica materna, placentária e fetal. 5 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 vaso está cheio de água. O vaso está tão cheio que não consigo ver a incisura, apesar de que ela existe. - Qd faço morfológico entre 20-24 semanas, faço Doppler e se ñ aparecer incisura, a pct é considerada como ↓ risco. Se houver persistência da incisura após 26s, a mulher tem 70% de chance de ter PE ou CIUR. - Ausência da incisura me valor preditivo negativo ↑ - Alguns autores recomendam a avaliação da uterina no 1º tri, pois posso tentar intervir no mecanismo fisiopatológico através de AAs infantil, a ql se dá só p pct que vai fzer pré eclampsia precoce (grave), pois o uso do AAS na gestação pode descolar placenta. ** Estudo das uterinas serve só p prevenção de risco. Artéria cerebral média e veia umbilical Veia umbilical baixa resistência (<0,75) ACM alta resistência (>0,75) **Índice de resistência: [sístole – diástole]/sístole Cerebral média normal x anormal [Prova] - Caso clínico normal ou centralização. Interrompe ou não a gestação? Por ex: umbilical com 0,6 e ACM com 0,85 não precisa fazer nada com o feto, pois valores estão normais, nesse caso deve-se continuar a gesta- ção, senão vou estar dando prematuridade p um bebê hígido e prematuridade é o que mais mata em uti. Existe a relação umbilico-cerebal: IR umbilical/IR cerebral < 1 é o normal No caso proposto, 0,6/0,85 = 0,7; dentro do normal! Quando a placenta começa a adoecer, a resist umbi aumenta para 0,7 e ACM 0,85 → 0,7/0,85 = 0,82; ainda está normal, mas está pior que o 0,7 de antes. A pla- centa continua trombosando e umbilical sobe p 0,8, o feto centraliza e acontece vasodilatação da ACM, cain- do a resistência para 0,75 → 0,8/0,75 = 1,06. Nesse caso – qdo resistência > 1 – continuamos acompa- nhando o feto por 21d, só interrompe a gestação se nesses 21d houver: diástole reversa, onda A invertida no ducto venoso ou crise hipertensiva incontrolável. - A partir da centralização ele leva 21d para reduzir o LA e está num mecanismo adaptatório (sofrimento fe- tal crônico) e vai ter um sofrimento agudo em 21d. Se eu mantiver o bebê nesses 21d, eu ganho 42% de so- brevida, praticamente dobra a chance de ele viver. - Chega um momento que a resistência da placenta é tão grande q se = à pressão das sístoles e isso chama- mos de diástole zero ou ausente nas artérias umbilicais, pois tem 100% de resistência. A pressão da placenta pode ultrapassar a da sístole, chamamos de diástole reversa fluxo retrógrado nas art umbilicais, e nesse caso o neném morre em até 48h, portanto devo interromper a gestação, pois está faltando O2. ZERO REVERSA - A partir da centralização posso estudar ducto venoso normal x anormal. - Há tbm o índice de pulsatilidade: S - D/Veloc média. Se for > 1,6 há um risco aumentado de desenvolver complicações. Ponto de corte para interromper gestação 1º) 37 semanas 2º) 34 semanas = por causa da matriz germinativa. 3º) 27 semanas = pois bebê tem 1kg em 27 semanase 80% dos bebês >1kg sobrevivem. *Crise hipertensiva incontrolável é critério de parto. 6 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 SEMIOLOGIA OBSTÉTRICA E PUERPERAL prof Carol Semiologia obstétrica Anamnese + exame físico geral + exame das mamas + sinais vitais Identificação - Idade materna: a melhor idade p conceber é a partir dos 18-20 anos, após os 35 tem alto risco de mal formações. - Profissão: intoxicação profissional (?) - Nacionalidade e domicílio: rastreio de dçs. Antecedentes familiares - Morbidades dos ascendentes da mãe e do pai. Antecedentes pessoais - Data da menarca, característica dos ciclos, antece- dentes patológicos e procedimentos que a gestante se submeteu. - DM, pré termo, pré-eclâmpsia, HAS: principais riscos. Antecedentes e “atuais” obstétricos - Gesta/Para/Aborto: primigesta primípara, a 1ª concebe pela 1ª vez e a 2ª faz um parto pela 1ª vez. Gêmeos é G1/P1. - Idade gestacional: pela DUM e pelo US 1º tri. - Altura uterina: com relação à idade gestacional, ob- servar se tem disturb cresc, LA, gestação multifetal. É a medida sínfise púbica fundo uterino. *Se tem 28s, mas altura é 36s = polidrâmnio, gemelar *Se tem 36s, mas altura é 28s = perda LA, CIUR. - Estática fetal: a) Manobra de Leopold: para ver apresentação [lon- gitudinal/transverso/pélvico] e isso é útil para o trab de parto. Se não estiver em posição adequada, vai precisar de uma cesárea. - Movimentação fetal: +- em torno de 20s. Importa p a vitalidade. Ficar 10min com a mão na barriga da pct e observar se tem contrações. Exame ginecológico - Prestar atenção na parte ginecológica, coletar pre- ventivo se necessário. Na 1ª consulta sempre faz exame especular, nas próximas depende das queixas da pct. - Se pct tem Ca ginecológico e gestação é < 20s, pode- mos propor uma cx. - ↑qtdade de secreção fisiológica na gestação. - Toque vaginal: contraindicações se já rompeu a bolsa, pra não contaminar ou se já tem contrações. Se a placenta for prévia, não pode fazer toque pois há risco de descolamento, então em caso de dúvidas so- bre placenta, não tocar! Pode analisar pelo US TV. O toque é sempre bidigital, analisa consistência, posi- ção, espessura, altura, apagamento, dilatação. Exame físico - Examinar gestante TODOS os dias, principalmente a ausculta do BCF. - Se tem alguma suspeita na mama tem q examinar! Não pode supor que seja da gestação. - Pesar a gestante nas consultar, o aumento do peso é em média 10-12kg em uma gestação. OBS: - Parto pélvico em primigesta é indicação de cesárea. Se pct já teve gêmeos previamente, eles trabalharam bem aquele canal e o neném pélvico pd nascer normal Semiologia puerperal - Amamentação ● Pega ideal: tem q olhar a mãe amamentando p ver se bebê pega mamilo do jeito correto. Encostar barri- ga c barriga, queixo na mama da mãe, lábio inferior invertido p pegar toda a auréola. A mãe tem q evitar pressionar o mamilo, pois os ductos estão bem na ponta e pressão prende o leite. Esgotar o leite p evitar mastite, empurra seio com as mãos para esvaziar. ● Fissura: se fissurar, tem vários cremes comerciais, não é pra passar pó de café, casca de mamão ou banana, pois aumenta a proliferação de bactérias e pd formar abscessos. Fazer massagem após cada mama- da para ajudar na cicatrização. - Palpação uterina: observar grau de contratura uteri- na, globo de segurança Pinard (útero bem contraído após o parto). Tem que involuir no puerpério. - Episiotomia: se teve laceração, se os pontos estão certinho, orientar higiene (não esfregar p não arre- bentar os pontos). - Lóquios: sangramento pós parto. Sempre revisamos a placenta, se saíram todos os cotilédones. É normal ter sangramento, pode ser contido c um absorvente pós parto q é quase uma fralda – absorvente normal 7 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 vai vazar! Começa um vermelho bem vivo q se torna uma borra de café, e por último fica amarelado – o q pd ser queixa da pct achando q é alguma patologia. - Ferida operatória: características e cuidados pós op. Pct mto obesa temos que orientar p secar bem, refor- çar cuidados p não aumentar tx de infecção. Algumas têm medo de lavar no banho e acaba infectando. - No HUSM, pós parto vaginal tem alta em 24h e cesá- rea em 48h. - Internação: orientar tester sorológicos p hepatite B/ C, sífilis e HIV. Nenhuma paciente recebe alta hospi- talar sem o resultado da sorologia. AVALIAÇÃO DA SAÚDE FETAL prof Chico Métodos de avaliação da saúde fetal ● Monitoração eletrônica fetal com ou sem esforço ● Estímulo acústico ● Perfil biofísico fetal ● Avaliação do volume de líquido amniótico ● Análise computadorizada da freq. cardiofetal (FCF) ● Dopplerfluxometria e oximetria *Esses meios apresentam sensibilidade mto baixa Movimentos fetais - Ausência ou ↓ pd significar comprometimento fetal. Cardiotocografia - É o registro eletrônico da frequência cardíaca fetal e do tônus uterino. - Técnicas: não existe cardiotoco em decúbito dorsal, tem q inclinar a cama a 45° ou fazer em decúbito lat E, por causa da compressão da veia cava inferior. - Usa-se 2 transdutores a) Cardiotransdutor: vai no dorso do feto. P identificar a posição do cardio tem que fazer as manobras de Leopold. Traça linha do umbigo até crista ilíaca e divi- de em 3 partes, o transdutor vai na parte do meio, q é geralmente onde fica o BCF. Vai ter registro mesmo se não colocar em cima do coração, mas qt + em cima, melhor o registro. b) Tocotransdutor: vai no fundo uterino. Quadrante superior direito. Atividade uterina - N° de contrações em 10min - Duração, intensidade e relaxamento entre elas Normal 5 ou menos Taquissistolia mais de 5 Entendendo o exame - Cada 1 cm horizontal é 1 minuto - Cada 1 cm vertical é 20 batimentos - A linha de cima é a frequência cardíaca fetal e abaixo é o tônus uterino Critérios de normalidade Frequência cardíaca - A taqui é pior que bradi, pois significa que o feto está sofrendo, pois falta O2 e glicose → ↑FC p compensar. - O feto guarda glicose no fígado sob forma conjugada de glicogênio, ele não tem aparato enzimático p que- brar gordura. O feto tem 30% de defasagem de glicose em relação à mãe. 60% do sg com glicose vai p o cora- ção e os outros 40% vão p o fígado. Qd falta oxigênio, o fígado rapidamente diminui de tamanho, pois esto- ca menos glicose..como consequência disso, diminui a circunf abdominal, por isso usa-se a medida da circunf p cálculo de peso. - Causa taqui: hipertermia ou ansiedade materna, in- fecção intrauterina, hipoxemia fetal, alt metabólica materna, drogas, estimulação fetal. - Causas bradi: hipóxia, medicamentos. Linha de base - Modulada por mecanismos intrínsecos do miocárdio, pelo sistema nervoso autônomo e fatores humorais. - Tem que definir a linha de base p saber o q é desace- leração e aceleração. Variabilidade - Flutuações da linha de base, ou seja, de qto até qto varia o batimento. 8 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 a) Ausente: quando variação é 0. Linha de base. Tende a associar c sofrimento fetal, mas o baby pode só es- tar dormindo. b) Mínima ou silente: < 5bpm c) Diminuída: 6 – 10bpm d) Normal: 11 – 25bpm e) Aumentada ou saltatória: >25bpm. Significa mov fe- tal intensa ou circular do cordão. *Documentamos ou não a circular do cordão no US? Não, pois além de não poderfazer nada, não muda prognóstico. 30% dos bebês tem circular, mas só 10% desses 30% vão ter algum problema em decorrência dessa circular. Se eu tiver 2/3 circulares, eu documento, pois está associada a maior prevalência de morte. Alterações periódicas da frequência cardiofetal ACELERAÇÃO TRANSITÓRIA - Sua presença indica bem estar, sua ausência pode representar depressão do SNC, sono ou uso de barbi- túricos. - Critério reatividade acima de 30s: 2 acelerações tran- sitórias >15bpm em >15s. Se tiver só 1 aceleração, é não reativo, não existe “hiporreativo”. - Critério reatividade abaixo 30s: 10bpm em 10s - Não precisa fazer 20min de exame, se em 5min já alcançou a reatividade, já pode parar. - Para os não reativos: a) Prolongar tempo de registo: o período sono vigília do neném dura 30-40min. b) Glicose: mãe come ou usa 50g de glicose hi- pertônica. Não faz cardiotoco em jejum!!!! c) Estímulo manual: pouco valor. d) Estímulo vibroacústico: no polo cefálico. Categorias - Cat I: é um padrão tranquilizador. Variabilidade 6-25, freq. normal, acelerações presentes. - Cat II: não-tranquilizador. Tudo o que não se encaixa na I ou na III. É indeterminada, não é normal mas não dá p dizer que é sofrimento. - Cat III: não-tranquilizador. Francamente patológica. Taqui >160bpm, variabilidade 0, acelerações ausentes, DIP II – associada a insuf placentária. Bradicardia tbm pd, mas tem q ser +tolerante, às vzs bebê só tá vagotônico. Algumas medidas podem reverter as alt: adm O2 materno, mudanças de decúbito, retirada da ocitocina, tto da hipo- tensão materna e tto da taquissistolia. Se essas medidas não resolverem, o parto deve ser imediato. GESTAÇÃO PÓS TERMO prof Carol Definição Gestação pós termo: depois de 41s Gestação pós data: dps da data provável do parto. - O q nos dá alteração de conduta é quando a geração chega no pós termo, e não no pós data. - Pós data associa-se a maior morbimortalidade. - Determinar o tempo correto do início do trab de parto p poder diferenciar se tenho um trabalho de parto pré-termo, no tempo certo ou pós-termo. Prevalência - Cerca de 8,5% dos partos acontecem perto das 41s. Esse número varia de acordo c a assistência pré natal. - Fatores que podem auxiliar na idade gestacional: US 1º tri, regra de Nagele, altura uterina, parto pós te- rmo, primiparidade, complicações gestacionais (pct diabética pd ser feito indução de parto na 39ªs) - A partir das 42s a mortalidade aumenta muito. Etiologia Pq a gestação vai muito adiante? - A maioria é de causa desconhecida. - Gestação de mal formados geralmente é mais longa, principalmente de anencéfalos. - Deficiência de sulfatase placentária. - Alt genéticas maternas – tendência a prolongar. 9 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 Fatores de risco - Gestação anterior com nascimento pós termo: qto maior o nº de gestações pós termo a pct tiver, maior a chance de ter uma próxima. - Nuliparidade - Feto masculino - Obesidade - Hx materna ou paterna de nasc pós termo Diagnóstico - DUM + US 1º tri - Em US bem precoce, pode ter um erro de 3-5d. Nos US mais tardios pode errar até 3 semanas. *O mecônio indica sofrimento fetal crônico do bebê e durante o trabalho de parto ele não é indicação de cesárea se o bebê tiver bem, então nem sempre o mecônio está asso-ciado a pós termo. *Qto tempo pode levar um trabalho de parto? Na primigesta pode durar de 12 a 18h, a dilatação máxima é 10cm e progride 1cm de dilatação por hora. Na multípara pode durar menos, pq colo já está preparado p receber neném. O que é o trabalho de parto? Dilatação + contrações regulares e contínuas com 1 ou 2 min entre uma e outra contração até não dar mais folga entre contrações. Sem contração o colo uterino não dilata. Riscos fetais pós termo - Macrossomia (é o maior problema): neném >4kg. O feto ganha 200g por semana, em média. Qt + pós ter- mo, + peso o feto adquire. - Alterações neurológicas - Sd da pós maturidade: ● Má nutrição intrauterina crônica ● Oligodrâmnio ● Pele seca e descamativa ● Cabelo volumoso ● Unhas compridas ● Corpo longo e fino ● Morbidade associada ao CIUR *Essa Sd se associa a 20-40% das gestações >42s Tem oligodramnia, pois há vasoconstrição periférica (inclui o rim) e para de produzir o xixi que vai p o LA. Então qqr movimento q o neném faz pode comprimir o cordão, o q protegeria essa compressão é a presen- ça de LA. - Redução do cresc fetal, passagem de mecônio, risco de aspiração, morte. Impacto de morte 40-41s: 1 óbito a cada 1000 gestações 42-43s: vai ser 1,9/1000 >43s: 6,3/1000 Riscos maternos pós termo - ↑frequência de alterações do trabalho de parto - Trabalho de parto mais prolongado - Falha na indução do trabalho de parto - Complicações relacionadas à macrossomia: lace- rações perineais de 3º e 4º graus, distocia de ombro – sai a cabeça e o ombro não sai, quando isso ocorre eu tenho 7 minutos p tirar o resto, senão é hipóxia em 100% dos casos. Nesse caso ❶eleva as pernas da mãe p ↑diâmetro maior da pelve; ❷fazer pressão supra- púbica p tentar baixar ombro do bebê ❸episiotomia, p poder colocar a mão lá dentro e rodar o ombro do bebê ❹coloca bebê intraútero, faz pressão p quebrar a clavícula ou quebra a sínfise pubiana da mãe – não se tem mais o costume de quebra a sínfise. - Infecção - Hemorragia pós parto *Mais de 4kg e não é diabética = cesárea *Mais de 4,5kg e é diabética = cesárea Manejo Situação → pct hígida, gestação única, feto cefálico q atinge 41s. 1) Internação 2) Indução - 41s resultou na redução de 70% da mort perinatal. - Induzir não reduz taxa de cesariana - A maioria chega a 41s e 74% sentiram mais seguras em induzir o parto do q esperar mais um pouco. - Descolamento de membranas reduz em 40% a chance de gestação ir além de 42s. - Dps da indução o neném pode levar até 3d p nascer. - No manejo expectante, o Doppler não fornece dados adicionais, portanto não se pede já q não modifica o desfecho neonatal. PBF e CTG não melhoram. 10 Obstetrícia – Paula Escobar ATM 2018/02 Até quando podemos levar essa gestação? - Poucas gestações atingem 43s, mas não há evidência sobre a idade máx em q uma gravidez não complicada deve ser mantida. - É um desfecho muito negativo p ficarmos esperando. - ACOG diz que é p induzir em torno de 42s. Recorrência - Um parto pós termo na 1ª gravidez – risco de 2-4% - Após 2 gestações pós termo *Não é pq teve uma gestação pós termo e ocorreu td bem q vai dar tudo certo em uma próxima pós termo.
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