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Guia de Gestão Financeira para Pequenas Indústrial

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Guia de gestão financeira
para pequenas indústrias
Índice
Os principais termos (e seus significados) do setor financeiro de uma indústria
4 ações fundamentais para o controle financeiro de uma indústria
7 dicas para montar um fluxo de caixa eficaz para sua indústria
Gestão financeira industrial: 7 dicas campeãs para uma pequena indústria
O que você precisa saber sobre boletos bancários para sua indústria
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
04
15
20
26
32
2
Por que falar sobre gestão 
financeira? 
No empreendimento, essa área supre todos os outros setores e caso não 
tenha uma boa condução, prejudica o andamento de todo o restante da 
empresa. Esse setor deve exercer as seguintes funções:
• Progressão dos resultados financeiros;
• Aumento do valor patrimonial;
• Possibilidade do gestor detectar os problemas de toda a empresa;
• Potencialização processos;
• Aperfeiçoamento da distribuição de recursos
• Criação de estratégias de curto e longo prazo
Muitas empresas, principalmente as de pequeno porte, não possuem 
conhecimento dos recursos apropriados para uma boa gestão financeira. 
Pensando nisso, preparei essa coletânea com os melhores artigos que 
produzi para o Blog Industrial Nomus com diversas dicas que um 
empreendedor precisa seguir para ter uma visão mais abrangente dos 
processos gerenciais, e dessa forma conseguir otimizar procedimentos e 
alavancar seu negócio.
Boa leitura!
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 3
Os principais 
termos (e seus 
significados) 
do setor 
financeiro de 
uma indústria
Artigo 1
O setor financeiro de uma indústria é uma parte complexa na gestão do 
negócio. Entretanto, este é um setor crucial para o sucesso do 
empreendimento, já que ele irá impactar diretamente todas as outras áreas 
da empresa, como você deve ter lido no artigo explicando o que é um 
contador e o que ele faz em uma indústria.
Pensando nisso, seguindo a mesma linha do artigo: 40 termos em inglês para 
o PCP que você precisa conhecer, listei 90 termos utilizados no setor 
financeiro de uma fábrica para ampliar o seu conhecimento neste assunto. 
Confira:
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 5
6
Saiba o que significa os 
termos:
• Adimplência – Manter-se em dia com obrigações 
financeiras. Geralmente ouvimos falar no seu 
contrário, inadimplência, mas o bom mesmo é a 
adimplência, indicativo de uma situação financeira 
saudável.
• Alocação de ativos – Forma como os recursos 
recebidos pela empresa – que aparecem, em 
termos contábeis, no seu Passivo – estão sendo 
utilizados: Estoque, Contas a Receber, 
Adiantamento a Fornecedores, Ativo Fixo ou 
Permanente, Caixa, Bancos, Despesas Antecipadas 
e outros. Se não formos levar em consideração o 
contexto contábil, a alocação de ativos, pode ser 
utilizada também para mostrar como a empresa 
está utilizando seus recursos pelas diferentes áreas 
da gestão: produção, marketing e vendas, 
administração, pesquisa e desenvolvimento 
(inovação), etc.
• Amortização – É o gradual abatimento de uma 
dívida, realizado geralmente por meio de 
pagamentos periódicos, sendo igual à parcela da 
dívida menos o juros da parcela, isto é, aquilo que 
equivale à diminuição do principal da dívida.
• Análise econômico-financeira – Análise, 
comparação e interpretação das demonstrações 
contábeis. Trata-se da decomposição dos 
demonstrativos financeiros para uma compreensão 
mais fácil, para que assim se possa avaliar a 
situação de risco da empresa.
• Análise de crédito – Procedimento, realizado pelo 
emprestador, para verificar se o potencial tomador 
do empréstimo atende a todas as exigências e qual 
o valor máximo que pode ser disponibilizado com 
segurança.
• Análise qualitativa – Avalia fatores importantes, 
porém não mensuráveis, como experiência dos 
gestores, idoneidade, qualidade da administração, 
relacionamento com os funcionários, relações 
trabalhistas, etc. A despeito de seu caráter muitas 
vezes subjetivo, dependente da percepção pessoal 
do analista de crédito (ou do responsável pela 
concessão), esses fatores são frequentemente 
considerados decisivos na avaliação do risco de 
crédito.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
7
• Ano fiscal – Período de 12 meses escolhido pela 
empresa como seu ano contábil, de apuração de 
resultados, para efeitos fiscais. No Brasil, o período 
de janeiro a dezembro é, de longe, o mais utilizado.
• Ativos – São os recursos, bens e direitos, que a 
empresa possui para gerar receitas.
• Ativo circulante – É a parte do ativo de liquidez 
imediata (Disponível), mais aquela que será 
transformada em dinheiro no exercício seguinte 
(Realizável de Curto Prazo). Também conhecido 
como Capital de Giro = Disponível + Realizável CP.
• Ativo permanente – Grupo de contas que 
englobam recursos aplicados em todos os bens ou 
direitos de permanência duradoura, destinados ao 
funcionamento normal da empresa, assim como os 
direitos exercidos com essa finalidade.
• Auditoria – Análise dos registros e demonstrações 
contábeis, feita através do exame de todos os 
documentos, livros e registros, tendo por objetivo 
validar a lisura dos procedimentos administrativo-
financeiros e de sua adequação às normas. Ao final 
do processo de auditoria, os auditores emitem um 
parecer sobre a correção, consistência e 
conformidade dos registros e documentos aos 
padrões contábeis e legais vigentes.
• Aval – Documento através do qual uma terceira 
pessoa, que não seja nem o devedor, nem o banco e 
nem endossante, garante o pagamento de um 
título na data de seu vencimento.
• Bacen/BC/BCB – Siglas utilizadas para se fazer 
referência ao Banco Central do Brasil.
• Balanço – É o documento-resumo, contábil-
financeiro, onde são listados todos os ativos e 
passivos que uma empresa possui num 
determinado momento (por exemplo, em 
31/12/2015).
• Banco Central do Brasil – também conhecido 
como Autoridade Monetária, é a instituição que 
tem como atribuição maior garantir a estabilidade 
do valor da moeda, através da execução das 
políticas monetária e de crédito do governo, além 
de fiscalizar o sistema financeiro nacional e 
administrar as reservas internacionais do país.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
8
• BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social. É uma empresa pública federal 
que tem por objetivo fornecer financiamentos de 
longo prazo, apoiando os empreendimentos que 
contribuem para o desenvolvimento do país. É uma 
fonte de recursos amplamente utilizada pelas 
indústrias brasileiras e um de seus instrumentos 
para prover o crédito é o Cartão BNDES, que é 
inclusive aceito no investimento em um sistema de 
gestão industrial como o Nomus PCP.
• Break even point – Essa expressão é traduzida 
como “ponto de equilíbrio”, e significa o volume de 
vendas (ou de produção, a um dado preço) em que 
os custos fixos mais os custos variáveis são iguais às 
receitas, ou seja, o ponto em que não há lucro nem 
prejuízo. Eu escrevi um pouco mais sobre este 
assunto no artigo: O que são custos fixos variáveis 
diretos e indiretos.
• Capital de giro – Recursos que correspondem à 
parte do capital relativa ao ativo circulante da 
empresa, tais como: compra de mercadorias, 
reposição de estoques, despesas administrativas 
etc.
• Capital de giro associado ao investimento fixo – É 
uma expressão geralmente utilizada quando se 
financia a compra de algum equipamento ou 
aquisição/construção de novas instalações. Como 
novos equipamentos e/ou instalações geralmente 
são acompanhados de aumento da produção, 
necessário se faz uma ampliação do capital de giro, 
o qual pode ser financiado no mesmo pacote que 
financia o investimento fixo. Por exemplo, caso a 
sua indústria tenha financiadouma máquina, 
provavelmente irá necessitar de mais matéria-
prima para a produção. Neste caso será financiado 
também o capital de giro correspondente.
• Capital de giro próprio – Recursos aplicados no 
giro da empresa e que são originados no próprio 
fluxo do negócio ou, então, do capital próprio dos 
cotistas/acionistas. Em outras palavras, são 
recursos – utilizados no giro do negócio – que a 
empresa obteve sem precisar recorrer ao crédito.
• Cartel – Acordo realizado entre empresas, 
independentes umas das outras, com o objetivo de 
elevar de forma fraudulenta sua rentabilidade, 
através de margens de lucro maiores que aquelas 
obtidas em um cenário de concorrência, em 
prejuízo dos compradores (outras empresas ou os 
consumidores). No Brasil é proibido por lei.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
9
• CDB – Certificado de Depósito Bancário. É uma 
modalidade de aplicação financeira disponibilizada 
pelos bancos
• CMN – Conselho Monetário Nacional. É o principal 
órgão do Sistema Financeiro Nacional. Sua 
finalidade é formular a política da moeda e do 
crédito. É o órgão disciplinador do Mercado de 
Capitais.
• Contas a receber – Valores que serão recebidos 
pela indústria no futuro. Em sistemas de gestão 
informatizados normalmente você vai encontrar 
uma parte do módulo financeiro com esse nome: 
contas a receber.
• Convênio – Instrumento jurídico que permite 
empresas ou organizações trabalharem com um 
objetivo comum em parceria.
• COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco 
Central, é o órgão que decide a política da taxa de 
juros.
• Correção monetária – É o reajuste periódico dos 
valores de títulos financeiros e contratos na 
economia pelo valor da inflação passada, com o 
objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo 
da moeda devido à inflação.
• Custo médio – É a soma dos custos de diversos 
itens da empresa divididos pela quantidade 
respectiva. Normalmente, as indústrias precisam 
controlar os custos médios por produtos. Em um 
sistema de gestão informatizado, como o Nomus
PCP, os custos médios são sempre atualizados nas 
entradas de produtos no estoque, utilizando a 
média ponderada.
• Custos fixos – São os custos básicos fixos que a 
empresa tem para poder produzir e vender. Para 
conhecer mais sobre custos fixos leia o artigo: O 
que são custos fixos variáveis diretos e indiretos.
• Debêntures – Títulos de crédito emitidos por 
empresas de capital aberto, rendendo juros e 
correção monetária. O comprador de uma 
debênture é um credor da empresa. Ë uma forma 
de a empresa conseguir financiamento em 
condições mais favoráveis que as encontradas no 
sistema bancário.
• Demonstrações contábeis – Conjunto de 
documentos, produzidos dentro de uma 
sistemática legal-contábil, que espelham de forma 
sintética e preponderantemente numérica a 
realidade econômico-financeira de uma empresa.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
10
• Demonstrativo de resultados – Demonstrativo 
com as receitas e despesas de uma empresa 
durante um período determinado. A última linha de 
um demonstrativo de resultados é o resultado da 
indústria naquele período, se positivo, lucro, e, se 
negativo, prejuízo.
• Depreciação – Com exceção de terrenos, a grande 
maioria dos ativos fixos de uma empresa tem uma 
vida útil limitada. Com o uso, imóveis e máquinas 
perdem valor anualmente, sofrendo depreciação. 
Existem diversas formas de se calcular a 
depreciação, conforme explicado por Thiago Leão 
no excelente artigo 6 passos para apurar o custo 
máquina com apoio do PCP
• Desembolso – O desembolso acontece com o 
pagamento de um serviço, um ativo ou um título.
• Dólar comercial – É o valor de mercado do dólar 
norte americano para transações de comércio 
exterior.
• Draw back – Importação feita com o objetivo de 
processar o produto no país e depois exportá-lo. 
Expressão geralmente associada ao regime fiscal 
diferenciado que prevê isenção do imposto de 
importação quando realizada com esse objetivo.
• Dumping – É a prática desleal que visa aumentar a 
participação de uma empresa no mercado, 
reduzindo temporariamente os preços de venda 
abaixo do seu custo, de forma a eliminar empresas 
mais fracas. Muito frequente no comércio 
internacional.
• Entrada de caixa – Qualquer recebimento de uma 
empresa.
• FAMPE – Fundo de Apoio a Micro e Pequenas e 
Empresas do Sebrae.
• Fluxo de caixa – São o registro e as previsões do 
movimento de entradas (recebimentos) e saídas 
(pagamentos) de uma empresa. 
• Fluxo de caixa operacional – É a sobra de caixa da 
empresa que é originada de suas operações 
normais, sem imposto de renda, depreciação, 
despesas e receitas financeiras.
• FMI – Fundo Monetário Internacional. É uma 
instituição criada logo após a 2ª Guerra Mundial 
para corrigir desequilíbrios no balanço de 
pagamentos dos países membros, com o objetivo 
de evitar desequilíbrios do sistema econômico 
internacional.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
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• Indexação – Consiste em ligar o valor de um 
capital, de um rendimento ou mesmo de um bem 
\ou serviço à evolução de uma outra variável de 
referência (preço, produção, produtividade, por 
exemplo). Assim, é comum a indexação de títulos 
de renda indexados à taxa de juros básica da 
economia (Taxa Selic), ou à taxa de câmbio R$/US$, 
etc.
• Índice de débito total – É o total de dívidas da 
empresa tanto a curto quanto a longo prazo.
• Índice de estrutura – Os índices de estrutura 
permitem a visualização de composições do ativo e 
do passivo, permitindo a verificação da participação 
de recursos próprios e de terceiros no 
financiamento das atividades da empresa.
• Índice de rotação de contas a receber – É o 
número de vezes que as contas a receber 
completaram um ciclo (giraram) no período 
contábil.
• Índice de rotação de estoque – É o número de 
vezes que o estoque completou um ciclo, ou 
“girou”, durante o período contábil.
• Índice de Retorno – É a relação entre o retorno 
obtido por uma empresa e os valores nela 
investidos. Este retorno ou lucro é gerado através 
das vendas ou serviços prestados pela empresa, 
podendo ser comparado com diversos parâmetros 
da empresa, como, por exemplo, o Ativo Total ou o 
Patrimônio Líquido. Com isso geram-se os Índices 
de Retorno sobre o Ativo Total, sobre o Patrimônio 
Líquido, etc.
• IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Este 
imposto incide sobre as operações de crédito, 
câmbio, seguro, títulos ou valores mobiliários, 
sendo seu fato gerador a entrega ou colocação à 
disposição do interessado do valor objeto da 
obrigação.
• Leasing – O leasing é um contrato de 
“arrendamento mercantil”. As partes desse 
contrato são denominadas “arrendador” e 
“arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um 
banco ou sociedade de arrendamento mercantil e, 
de outro, o cliente. O objeto do contrato é a 
aquisição, por parte do arrendador, de bem 
escolhido pelo arrendatário para sua utilização. O 
arrendador é, portanto, o proprietário do bem, 
sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência 
do contrato, são do arrendatário. O contrato de 
arrendamento mercantil pode prever ou não a 
opção de compra, pelo arrendatário, do bem de 
propriedade do arrendador.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
12
• Letra de câmbio – Título comercial, em que um 
credor, denominado “emitente”, ordena que o 
devedor, ou sacado, pague no prazo indicado uma 
importância precisa a uma terceira pessoa 
designada.
• Linha de crédito – É utilizado tanto para significar 
os tipos de financiamento que um banco oferece 
(as linhas de crédito de um banco), quanto a 
modalidade e montante de crédito que um 
tomador tem à sua disposição em uma instituição 
financeira.
• Lucro líquido – É o valor de receita de vendasmenos todos os custos para produzir o produto 
vendido, como despesas operacionais e impostos.
• Lucro operacional – É o valor da Receita de Vendas 
Líquida menos todas as despesas, exceto Imposto 
de Renda e outros itens não relacionados ao 
negócio principal da empresa.
• Lucro por ação – É o lucro líquido da empresa após 
o pagamento do Imposto de Renda, dividido pelo 
número de ações.
• Margem bruta – É o lucro que a empresa obtém 
antes de todas as despesas operacionais.
• Margem líquida – É o valor do Lucro após o 
Imposto de Renda dividido pela Receita de Vendas 
Líquida.
• Margem operacional – É o lucro operacional 
dividido pela Receita de Vendas Líquida
• Mercado aberto – Instrumento de intervenção do 
Banco Central no mercado monetário através da 
compra e venda de títulos.
• Mercados emergentes – São os mercados de 
capitais dos países em desenvolvimento e de 
segmentos com elevado potencial de crescimento.
• Moratória – Disposição que suspende 
unilateralmente o pagamento de uma obrigação, 
ou de diversas obrigações, num prazo fixado por lei 
ou por força de um contrato.
• Nota promissória – Documento emitido pelo 
devedor, que se obriga a pagar ao seu credor, ou a 
sua ordem, uma determinada quantia, numa data 
de vencimento definida.
• Orçamento – É um planejamento financeiro das 
contas da empresa. Ele deve conter as vendas, 
custos, despesas e receitas projetadas de um 
determinado período.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
13
• P/L – Índice Preço/Lucro. É o quociente da divisão 
do preço da ação pelo lucro (da empresa) por ação. 
Assim, o P/L indica o número de anos que se levaria 
para reaver o capital aplicado na compra de uma 
ação, através do recebimento do lucro gerado pela 
empresa.
• PAR – Valor de uma ação ou título, igual ao oficial 
ou nominal.
• Participação nos lucros – Parte dos lucros de uma 
sociedade que serão distribuídos aos 
administradores e funcionários como remuneração 
complementar.
• Passivo – Recursos, próprios e de terceiros, que 
uma empresa capta para financiar seus Ativos.
• Passivo circulante – É igual a Fornecedores + 
Obrigações Trabalhistas + Obrigações Fiscais + 
Adiantamento de Clientes + Outras Contas CP.
• Patrimônio líquido – É o resultado do total do 
Ativo menos o valor do Passivo de Terceiros 
(Passivo Circulante e Passivo a Longo Prazo).
• Patrimônio líquido – É igual a Capital + Reservas.
• Ponto de equilíbrio (veja break even point) – É o 
ponto financeiro em que as receitas e as despesas 
se igualam. É o volume de vendas necessário para 
manter uma empresa “viva” sem ter lucro nem 
prejuízo.
• Prêmio – Indenização previamente combinada que 
o comprador a prazo de um valor em bolsa paga ao 
vendedor no dia da liquidação, em caso de 
desistência de uma operação já contratada.
• Realizável (CP) – É igual a Duplicatas a Receber + 
Estoques + Adiantamento a Fornecedores + 
Despesas Antecipadas ou Diferidas + Outras Contas 
CP.
• Recebíveis – São títulos de crédito originados do 
faturamento de bens e serviços vendidos e, 
usualmente, entregues. Podem ser duplicatas, 
notas promissórias e etc.
• Receita bruta – É aquela que ocorre no período 
contábil na qual se realiza. Isto é, quando os artigos 
são embarcados ou expedidos para o cliente, e não 
no pedido, no contrato, etc.. A data de registro da 
Receita de Vendas é a da remessa ao cliente ou data 
da fatura.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
14
• Receita líquida – É a receita de vendas descontando os 
impostos de vendas (ICMS), (IPI), as devoluções e os 
descontos.
• Saídas de caixa – Qualquer pagamento efetuado pela 
empresa, tais como: pagamentos de fornecedores, 
salários e benefícios, impostos, aluguéis, parcela à vista 
da compra de equipamentos, honorários, pró-labore dos 
cotistas, prêmios de seguro etc.
• Sazonalidade – Variações no ciclo produtivo ou de 
vendas de um determinado bem, serviço ou setor 
econômico ao longo do ano, devido a fatores externos, 
climáticos, culturais. Exemplo: no verão se vende mais 
sorvete.
• Selic – Sigla do Sistema Especial de Liquidação e 
Custódia. É um sistema do Banco Central onde são 
registradas todas as operações de débitos e créditos 
feitas apenas entre bancos e demais instituições 
financeiras credenciadas.
• Taxa básica de juros – Taxa de juro anual fixada por um 
banco, que serve de referência para o cálculo das 
diferentes condições oferecidas por esse banco. Quando 
o Banco Central a estabelece, ela é chamada de taxa 
básica da economia. No Brasil ela corresponde à Taxa 
Selic.
• Taxa de juros – É o custo do dinheiro cobrada pelo 
emprestador. O Banco Central é o órgão regulador da 
política de juros.
• Taxa SELIC – É a taxa que reflete o custo do dinheiro 
para empréstimos bancários, com base na remuneração 
dos títulos públicos. ,E a taxa que regula diariamente as 
operações interbancárias.
• Títulos do Tesouro Nacional – São papéis emitidos 
pelo Tesouro para financiamento da dívida pública.
• TJLP – Taxa de juros de longo prazo.
• Tribunal de Contas – Órgão ligado ao poder legislativo, 
encarregado do controle das contas do poder executivo 
respectivo (União, Estados ou Municípios).
• Usura – Prática que consiste em cobrar taxas de juros de 
empréstimos superiores às de mercado ou às permitidas 
por lei.
• Valor nominal – É o valor de face da ação ou título.
• Valor patrimonial – É o Ativo menos o Passivo de 
Terceiros, dividido pelos números de cotas ou ações.
• Volatilidade – Intensidade com que variam as cotações 
ou preços de um determinado ativo ou mercadoria.
• Zona Franca – Área, em um país, onde são concedidas, 
pelo governo, reduções alfandegárias e benefícios 
fiscais, geralmente como forma de incentivo à atividade 
industrial.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias
4 ações 
fundamentais 
para o controle 
financeiro de 
uma fábrica 
Artigo 2
1. Faça uma separação clara do 
dinheiro da sua fábrica e o de uso 
pessoal
O primeiro passo, e o mais fundamental, é separar bem o dinheiro da sua 
fábrica daquele de uso pessoal. Só dessa forma você poderá saber 
exatamente como está a real saúde financeira da sua indústria, podendo 
então tomar decisões importantes nas áreas de investimentos, gestão de 
pessoal e gestão do preço de venda de seus produtos.
Sem isso, é impossível ter um controle financeiro de qualidade, e a tendência 
é que a situação piore conforme sua produção, gastos e faturamento 
aumentam em volume e complexidade. Portanto, o ideal é desde o início 
manter esta separação clara e controlada, o que pode ser conseguido 
facilmente por um software de gestão.
Se você é dono de uma indústria e costuma confundir as finanças pessoais e 
a da empresa, a forma mais fácil e recomendada de fazer a separação é 
estabelecer um valor mensal fixo para sua retirada, como se fosse o seu 
salário. Com isso, sua retirada vai passar a ser uma despesa fixa da empresa, 
que é mais fácil de ser gerenciada. Caso você precise de uma retirada maior 
em um determinado mês ou a empresa precise do seu dinheiro para algum 
investimento extraordinário, registre essas movimentações como 
empréstimos ou investimentos e depois faça os acertos.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 16
2. Mantenha um controle efetivo 
de pequenos gastos
Muitas vezes pequenos gastos podem ser verdadeiros vilões da saúde 
financeira da sua fábrica, pois geralmente passam despercebidos e podem 
formar uma bola de neve. Fique de olho em gastos como documentos e 
relatórios impressos constantemente, gastos em excesso devido a uma falta 
de controle do estoque ou perdas de matéria prima, e procure contabilizar 
quanto você poderia economizar.
Hoje em dia boa parte dos relatórios podem ser acessados digitalmente, 
diminuindoo número de impressões. Já o controle de estoque e matéria 
prima pode ser feito com um sistema de gestão como o do Nomus PCP, que 
com avançados conceitos de engenharia de produção, como o MRP II, irá 
ajudar sua indústria a prever quando o material vai faltar, antecipando as 
compras e produções nas quantidades certas.
Além desses exemplos, se você tiver um controle rígido de todas as saídas de 
caixa da sua indústria, certamente irá descobrir outros pequenos gastos, ou 
saídas de caixa que podem ser evitados ou eliminados.
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 17
3. Levante os gastos e ganhos da 
sua fábrica
Depois de separar as receitas e despesas da sua fábrica daquelas de caráter 
pessoal, é hora de saber exatamente quanto sua indústria está gastando e 
quanto está ganhando. Ao primeiro olhar, isso parece uma tarefa simples, 
porém, na prática, é bem diferente.
Além de fazer o cálculo mais básico e geral para identificar se a sua indústria 
como um todo está no vermelho, é preciso – para verificar realmente seus 
gastos e ganhos – fazer cálculos um pouco mais complexos, como já foram 
citados aqui no blog, confira:
• Como formar o preço de venda de um produto e maximizar o lucro da sua 
fábrica
• 6 passos para apurar o custo máquina com apoio do PCP
• Você sabe o que são custos fixos, variáveis, diretos e indiretos?
• Pague menos impostos investindo em PCP e gestão industrial
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 18
4. Não conte com dinheiro que 
ainda não foi recebido
Contar com dinheiro ainda não recebido pode ser um erro fatal. Se você 
negocia produtos ou serviços com pagamento posterior à venda, deve ter um 
cuidado especial ao fazer o planejamento financeiro da sua fábrica. No atual 
período de crise, infelizmente seus clientes podem acabar não conseguindo 
realizar pagamentos no prazo determinado.
Portanto, o ideal é manter relatórios realistas que discriminem de forma clara 
o dinheiro recebido das contas a receber ou em atraso. Desta forma você e 
sua equipe terão mais facilidade para controlar o fluxo de caixa, evitarão 
riscos em investimentos desnecessários e pensarão em formas para facilitar 
o pagamento de seus clientes.
Apesar de não contar com este dinheiro no fechamento do fluxo de caixa da 
sua empresa, não deixe de mencioná-lo em seus relatórios de desempenho, 
já que estes são valores que não podem ser esquecidos e sua equipe deve 
tentar faturá-los.
Quatro dicas simples que podem fazer uma grande diferença!
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 19
7 dicas para 
montar um 
fluxo de caixa 
eficaz para sua 
indústria
Artigo 3
7 dicas para montar um fluxo de 
caixa eficaz para sua indústria
Um dos principais pilares da gestão financeira de uma indústria é o fluxo de 
caixa, ou seja, controlar a entrada e saída de dinheiro no empreendimento. 
Ter um fluxo positivo é muito importante para seu negócio estar preparado 
para emergências e ter saúde financeira para crescer e investir ainda mais.
Para ter um fluxo de caixa eficaz, que realmente mantenha entradas e saídas 
sobe controle, sua indústria precisa ir além da visão do curto prazo e deve 
pensar nos médio e longo prazos, alinhando seu fluxo de caixa com o seu 
plano de negócios e o orçamento real do seu negócio.
Confira agora algumas dicas chave para montar e organizar o fluxo de caixa 
da sua indústria:
Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 21
1. Levante as movimentações 
financeiras da sua indústria
Para trabalhar no seu fluxo de caixa, o primeiro passo é conhecer as 
informações da sua indústria. Prepare um levantamento com todas as 
receitas e despesas, sendo atuais ou futuras, assim como qualquer plano de 
investimento e expansão que possuir. O ideal é que estas informações 
estejam alinhadas com o seu plano de negócios para o seu planejamento ter 
um objetivo claro.
Após levantar estas informações, organize-as pelas suas categorias:
• Operacional
• Não operacional
• Investimentos
Dessa forma você terá uma ideia melhor e mais organizada da operação e 
investimentos do seu negócio para assim realizar seu planejamento de fluxo 
de caixa.
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2. Planeje as ações do 
fluxo de caixa
Com os informações organizadas, o segundo passo 
para criar seu fluxo de caixa eficaz é planejar as ações 
que irá tomar no próximo ciclo operacional da sua 
fábrica. Este ciclo operacional normalmente 
contempla um período de um ano, porém, há 
empresas que possuem um ciclo maior ou menor. Por 
exemplo, se a sua indústria trabalha com itens em que 
a sazonalidade influencia a demanda e a produção, o 
período da sazonalidade deverá ser considerado no 
ciclo operacional.
3. Detalhe as ações 
tomadas
É fundamental detalhar bem as ações tomadas no 
fluxo de caixa durante o primeiro ciclo operacional, ou 
seja, abrindo bem as informações de receitas, 
despesas e investimentos. Dessa forma você poderá 
entender seus ganhos, gastos e investimentos e 
preparar sua indústria melhor para o segundo ciclo 
operacional.
A partir do segundo ciclo você poderá reduzir o nível 
de detalhes para atender as demandas do seu plano 
de negócios e estruturar o fluxo de caixa da sua 
indústria. Entretanto, é importante manter um 
registro de todas as movimentações, categorizadas, 
para possibilitar a criação de painéis de desempenho e 
identificar desperdícios de dinheiro.
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4. Mantenha o 
planejamento do fluxo 
de caixa atualizado
O fluxo de caixa deve ser considerado no 
planejamento de gestão da sua indústria e assim 
como outras áreas da gestão, precisa ser atualizado 
periodicamente. Mantenha o planejamento e 
horizonte do fluxo de caixa alinhado a realidade do 
orçamento e as expectativas do plano de negócios, 
assim que sofrerem alterações.
Dessa forma você poderá se preparar para mudanças 
de mercado, superar adversidades e até mesmo 
conseguir escalar seu negócio no caso de um aumento 
repentino da demanda.
5. Segure o otimismo 
na previsão de 
entradas
Sei que para algo dar certo, você precisa acreditar no 
seu sonho e investir bastante nele. Porém, na hora de 
planejar seu fluxo de caixa, o ideal é ser o mais “pé no 
chão” possível, tendo uma visão bem realista e não 
muito otimista para a previsão de entradas de caixa e 
geração de receitas da sua indústria. Um fluxo de caixa 
eficaz deve considerar fatos não ideais, tais como 
atrasos no pagamento, falta completa de pagamento 
e outras saídas de caixa não esperadas.
Para converter essa situação, o ideal é já planejar um 
percentual de perdas e atrasos na sua previsão de 
entrada de caixa. Dessa forma sua indústria estará 
preparado para situações menos ideais e estará muito 
mais solida para enfrentar as adversidades 
apresentadas pelo mercado.
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6. Acompanhe e 
monitore o fluxo de 
perto
Acompanhe de perto o dia a dia do seu fluxo de caixa, 
registrando todas as movimentações da indústria e 
antecipe-se para eventos que possam impactar seu 
fluxo de caixa. Este acompanhamento é muito bom 
pois você poderá fazer alterações e preparar seus 
pagamentos de acordo com a entrada de caixa.
Por exemplo, você poderá negociar com fornecedores 
seus prazos de pagamento, avaliar pedidos de 
empréstimos com juros melhores e assim evitar uma 
situação de conta vermelha na sua fábrica.
7. Utilize um sistema 
para agilizar o trabalho 
e evitar erros
Você pode seguir os passos acima com uma planilha 
no Excel, inclusive isso é normalmente intuitivo para 
boa parte dos gestores. O problema é que planilhas 
podem ser passíveis de erro, seu preenchimento 
normalmente é trabalhoso e não facilita uma análise 
de relatórioscom o desempenho da fábrica. Portanto, 
a planilha acaba sempre sendo um “quebra-galho” 
que pode se tornar uma bola de neve conforme a 
empresa ganha escala.
O ideal para ter uma gestão eficaz no fluxo de caixa é 
utilizar um sistema onde você possa registrar as 
movimentações de forma segura, salvas em um 
servidor, sem riscos de cálculo errado e então possa 
analisar os dados e estatísticas da sua indústria e 
tomar melhores decisões.
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Gestão 
financeira 
industrial: 7 
dicas campeãs 
para uma 
pequena 
indústria
Artigo 4
Gestão financeira industrial: 7 
dicas campeãs para uma 
pequena indústria
Uma das áreas mais importantes de uma indústria, é a gestão financeira. 
Nela são tomadas decisões que afetam todos os setores do seu negócio. 
Orçamentos, pagamentos, compra e venda de materiais, tudo isso passa 
pelo setor financeiro. Por isso, é vital que o gestor desse departamento 
possua uma grande capacidade de conduzir e entender os processos 
gerenciais, habilidade para avaliar as demandas e alocar os recursos de 
acordo com a necessidade dos setores, mantendo-os organizados e 
atendendo as demandas. Separei oito dicas incríveis que irão lhe mostrar o 
caminho das pedras para melhorar a sua gestão industrial. Confira:
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1. Busque sempre conhecimento 
em gestão de negócios
A maioria das sacadas do mercado financeiro são aprendidas apenas com o 
tempo, com a experiência de passar por certas situações. Outras, podemos 
aprender a partir de um case, um livro lido ou uma conversa entre amigos. 
Por isso, é mais do que necessário se manter atualizado, seja em relação às 
novas tecnologias, conceitos ou ferramentas. Uma das causas que, muitas 
vezes, acabam atrapalhando o aprendizado, é a falta de tempo, principal 
motivo pelo qual é vital planejar e organizar a sua agenda. Desta forma, você 
tem tempo para aprender e colocar em prática os conceitos aprendidos, seja 
através de workshops, cursos de gestão financeira e de gestão de negócios. 
Existem algumas organizações que fomentam o aprendizado nestas áreas de 
gestão, negócios e de empreendedorismo. As que recomendo para você 
começar buscar conhecimento são:
• Endeavor
• Fundação Nacional da Qualidade
• SEBRAE
• Senac
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2. Planeje efetivamente 
a gestão financeira 
industrial
A melhor maneira de conseguir realizar todas as 
tarefas que você precisa, é planejando-as 
corretamente. O planejamento vai permitir que você 
tenha uma visão mais clara de suas atividades, além 
de lhe apontar a melhor forma de realizar as 
atividades e antever prazos. Porém, planejamento é 
baseado em estimativas e métricas, então, saiba 
escolher e medir adequadamente os indicadores para 
um bom resultado do seu planejamento. O Business 
Model Canvas, ou Modelo de Negócios Canvas é um 
dos mais utilizados atualmente, e o SEBRAE 
disponibiliza esta ferramenta gratuitamente para 
você, o Sebrae Canvas. Este modelo de planejamento 
irá te ajudar no desenvolvimento das ideias do seu 
negócio ou repensar e ajustar um modelo já existente 
na sua gestão industrial
3. Organize e 
acompanhe a gestão do 
orçamento da sua 
indústria
No planejamento que será desenvolvido, haverá o 
orçamento anual. Nele estarão inclusos as projeções 
de receitas, de gastos, e o balanço da sua indústria. 
Outro item que vale a pena constar no orçamento são 
os objetivos financeiros, acompanhado de um plano 
de metas, estudo de mercado e estratégia de preços 
do seu produto. A melhor forma de organizar estes 
dados é através de um sistema de gestão financeira, 
que irá, entre várias funções, mapear todo o percurso 
do dinheiro que circula na empresa. Desta forma, você 
elimina o uso de planilhas, minimizando a 
possibilidade de erros e apresentando uma visão mais 
fiel do setor financeiro da sua indústria, abrindo a 
possibilidade inclusive de criar um fluxo de caixa 
durante a sua gestão financeira industrial.
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4. Saiba administrar o 
fluxo de caixa
Como disse anteriormente, um bom software de 
gestão financeira está diretamente relacionado a um 
bom fluxo de caixa. Erros no calculo de lucros, 
aumento de gastos sem retorno e outras ações 
incorretas prejudicam o seu fluxo de caixa e podem 
deixar a sua indústria em dificuldades e consomem 
tempo, esforço e dinheiro que poderiam ser 
empregados em tarefas que trazem bons resultados.
Uma vez por mês, ou mais regularmente, acompanhe 
o andamento dos números da sua empresa para 
verificar se o Planejamento Estratégico está sendo 
seguido e cumprido. É neste momento que alguns 
ajustes podem ser feitos para corrigir desvios que 
atrapalharão a saúde financeira da sua indústria no 
futuro.
5. Organize seus 
documentos
Nem todo tipo de informação fica salva em um 
arquivo dentro do seu computador(ou na nuvem). Já 
que você precisa ter alguns documentos no papel, 
organize-os de uma forma simples e eficaz. Esta 
tarefa vai agilizar e diminuir o tempo dos seus 
processos gerenciais, além de evitar a perda daquele 
documento tão importante.
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6. Não comprometa o orçamento 
com excessos nas folhas de 
pagamento
Como diriam os especialistas do 3G em custos, eles é como as unhas, temos 
que cortar sempre. No caso do custo com pessoal, recomendo um cuidado 
especial, contratando em primeiro lugar a pessoa adequada para o cargo ou 
função, pois muitas vezes você pode precisar de duas pessoas para fazer um 
trabalho pior do que uma. Este gasto pode ser controlado planejando e 
avaliando a quantidade de funcionários em determinadas funções e 
gerenciando níveis de ociosidade, pois como diz o ditado, “tempo é 
dinheiro”.
Dentro dos custos com pessoal, é fundamental planejar desde o início do ano 
as saídas de caixa esporádicas, que se não tiverem uma verba reservada, 
poderão demandar empréstimos com taxas de juros abusivas e 
comprometer suas margens. Abaixo listo alguns exemplos dessas saídas:
• 13º salário
• Férias
• FGTS
• Demissões
• Contratações excepcionais
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7. Planeje, planeje e planeje
O bom planejamento sempre leva em consideração os próximos passos. Por 
isso, a cada etapa concluída, dever ser feita uma avaliação para propor novos 
planos estratégicos e atualizar os que estão em andamento. Desta forma, 
sabemos por onde passamos, onde estamos e qual será o próximo passo. Se 
tiver alguma dificuldade com esta etapa, veja o documento que o SEBRAE 
elaborou com algumas orientações para ajudar você na elaboração do seu 
planejamento.
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O que você 
precisa saber 
sobre boletos 
bancários para 
sua indústria 
Artigo 5
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O que você precisa saber sobre 
boletos bancários para sua 
indústria 
O Boleto bancário é um título de cobrança que pode ser pago em qualquer 
instituição ou estabelecimento conveniado até a data indicada. É um 
documento existente apenas no Brasil, e em compras pela internet é a 
segunda ferramenta mais utilizada, tendo caído no gosto dos brasileiros. Por 
isso, no artigo de hoje, eu te mostro alguns pontos importantes sobre o 
boleto bancário e o que ele pode agregar para a sua indústria.
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O que é necessário 
para fazer cobranças 
através do boleto 
bancário
Para conseguir fazer a cobrança do boleto, basta ter 
uma conta bancária e contratar uma carteira de 
cobrança junto ao banco. Com isso qualquer pessoa 
física estará apta a cobrar a partir de boletos. 
Lembrando que o setor financeiro deve fazer a 
emissãodos boletos.
O que vem indicado no 
boleto
No Boleto existem alguns elementos fundamentais 
para identificar os dados necessários para a 
compensação certa do valor como débito. As 
principais informações que constam no boleto são:
• Indicação do banco que receberá o pagamento
• Quem emite a cobrança
• Quem deve efetuar o pagamento
• Valor a ser quitado
• Data limite
• Código de barras para captação automática
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O que é necessário 
para fazer cobranças 
através do boleto 
bancário
Para conseguir fazer a cobrança do boleto, basta ter 
uma conta bancária e contratar uma carteira de 
cobrança junto ao banco. Com isso qualquer pessoa 
física estará apta a cobrar a partir de boletos. 
Lembrando que o setor financeiro deve fazer a 
emissão dos boletos.
O que vem indicado no 
boleto
No Boleto existem alguns elementos fundamentais 
para identificar os dados necessários para a 
compensação certa do valor como débito. As 
principais informações que constam no boleto são:
• Indicação do banco que receberá o pagamento
• Quem emite a cobrança
• Quem deve efetuar o pagamento
• Valor a ser quitado
• Data limite
• Código de barras para captação automática
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Nosso número
O nosso número é o número que identifica um boleto para uma conta. O seu 
tamanho máximo depende da carteira e do banco ao qual é conveniado. Com 
o uso de carteiras registradas, o banco lhe dará uma série de números para 
utilizar no seu boleto, que deve ser requisitado novamente, perto do fim da 
série. Com o nosso número podemos identificar quais boletos foram pagos, 
no momento em que é recebido o arquivo de retorno do banco
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Tipos de cobranças a 
partir de boletos
Até a metade de 2015, existiam dois tipos de 
cobranças: com registro e sem registro
• Sem Registro: podemos emitir um boleto e enviar 
diretamente para o cliente. Após o pagamento, o 
emissor recebe 2 dias após, e a única taxa que é 
cobrada acontece no momento do pagamento, que 
gira em torno de 3 reais por boleto.
Na carteira sem registro, o boleto não precisa ser 
registrado, é enviado diretamente para o cliente, e 
após o cliente pagar, o emissor recebe o pagamento 2 
dias depois, e o banco só cobra a taxa no momento do 
pagamento, em torno de 3 reais.
Em junho de 2015, a Febraban aboliu a cobrança sem 
registro: 
http://www.febraban.org.br/Acervo1.asp?id_texto=26
60&id_pagina=85&palavra=
• Com Registro: O boleto é emitido, respeitando 
algumas regras próprias de cada banco, o boleto 
então é registrado no banco, feito através de um 
arquivo de remessa, com um layout padrão 
estabelecido pela Febraban(Federação Brasileira de 
Bancos)
Na carteira com registro, você precisa notificar os 
bancos sobre todos os boletos gerados, esta 
notificação é feita enviando um arquivo para o banco, 
o chamado arquivo de remessa.
Neste caso os bancos cobram uma taxa por boleto 
gerado, independente de ele ser pago. Nesta carteira 
também são encaixados os serviços bancários 
adicionais, como protesto em caso de não 
pagamento.
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O que significa a obrigatoriedade 
de registrar o boleto
A partir de Janeiro de 2017, todos os boletos serão obrigatoriamente 
registrados no banco pelo emissor. Em outras palavras significa que nenhum 
boleto poderá ser emitido sem discriminar o CPF para pessoas físicas ou o 
CNPJ para pessoas jurídicas, nem valor ou data de vencimento. Atualmente 
os boletos gerados sem registro bancário são mais vantajosos 
financeiramente, por esta modalidade ter um custo 50% menor, 
principalmente pelas taxas serem cobradas apenas quando os boletos são 
pagos. Confira o cronograma com as novas regras:
• Junho de 2015 – Fim da oferta da cobrança sem registros para novos 
clientes
• Agosto de 2015 – Início da operação da base centralizadora de benefícios
• Dezembro de 2016 – Término da migração das carteiras de cobrança sem 
registro para a modalidade registrada
• Janeiro de 2017 – Início da operação da base centralizadora de títulos
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Vantagens de vender no boleto
Uma das vantagens de vender pelo boleto bancário é o fato de muitos 
clientes considerarem uma forma mais segura fazer o processo fisicamente. 
Com a possibilidade do boleto bancário, destinar um desconto para este 
pagamento é algo que algumas empresas costumam oferecer, já que 
cobranças por cartões consomem até 6% do valor de cada venda e pode 
demorar até 30 dias para repassar o lucro. O boleto também é uma maneira 
de atrair clientes que possuem um certo receio de usar o cartão de crédito 
em alguns momentos. Recentemente até o Facebook incorporou a opção de 
pagamentos por boletos em seus negócios. Isso mostra a importância que 
esta funcionalidade possui para o mercado brasileiro.
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Gestão financeira
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