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Guia de gestão financeira para pequenas indústrias Índice Os principais termos (e seus significados) do setor financeiro de uma indústria 4 ações fundamentais para o controle financeiro de uma indústria 7 dicas para montar um fluxo de caixa eficaz para sua indústria Gestão financeira industrial: 7 dicas campeãs para uma pequena indústria O que você precisa saber sobre boletos bancários para sua indústria Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 04 15 20 26 32 2 Por que falar sobre gestão financeira? No empreendimento, essa área supre todos os outros setores e caso não tenha uma boa condução, prejudica o andamento de todo o restante da empresa. Esse setor deve exercer as seguintes funções: • Progressão dos resultados financeiros; • Aumento do valor patrimonial; • Possibilidade do gestor detectar os problemas de toda a empresa; • Potencialização processos; • Aperfeiçoamento da distribuição de recursos • Criação de estratégias de curto e longo prazo Muitas empresas, principalmente as de pequeno porte, não possuem conhecimento dos recursos apropriados para uma boa gestão financeira. Pensando nisso, preparei essa coletânea com os melhores artigos que produzi para o Blog Industrial Nomus com diversas dicas que um empreendedor precisa seguir para ter uma visão mais abrangente dos processos gerenciais, e dessa forma conseguir otimizar procedimentos e alavancar seu negócio. Boa leitura! Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 3 Os principais termos (e seus significados) do setor financeiro de uma indústria Artigo 1 O setor financeiro de uma indústria é uma parte complexa na gestão do negócio. Entretanto, este é um setor crucial para o sucesso do empreendimento, já que ele irá impactar diretamente todas as outras áreas da empresa, como você deve ter lido no artigo explicando o que é um contador e o que ele faz em uma indústria. Pensando nisso, seguindo a mesma linha do artigo: 40 termos em inglês para o PCP que você precisa conhecer, listei 90 termos utilizados no setor financeiro de uma fábrica para ampliar o seu conhecimento neste assunto. Confira: Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 5 6 Saiba o que significa os termos: • Adimplência – Manter-se em dia com obrigações financeiras. Geralmente ouvimos falar no seu contrário, inadimplência, mas o bom mesmo é a adimplência, indicativo de uma situação financeira saudável. • Alocação de ativos – Forma como os recursos recebidos pela empresa – que aparecem, em termos contábeis, no seu Passivo – estão sendo utilizados: Estoque, Contas a Receber, Adiantamento a Fornecedores, Ativo Fixo ou Permanente, Caixa, Bancos, Despesas Antecipadas e outros. Se não formos levar em consideração o contexto contábil, a alocação de ativos, pode ser utilizada também para mostrar como a empresa está utilizando seus recursos pelas diferentes áreas da gestão: produção, marketing e vendas, administração, pesquisa e desenvolvimento (inovação), etc. • Amortização – É o gradual abatimento de uma dívida, realizado geralmente por meio de pagamentos periódicos, sendo igual à parcela da dívida menos o juros da parcela, isto é, aquilo que equivale à diminuição do principal da dívida. • Análise econômico-financeira – Análise, comparação e interpretação das demonstrações contábeis. Trata-se da decomposição dos demonstrativos financeiros para uma compreensão mais fácil, para que assim se possa avaliar a situação de risco da empresa. • Análise de crédito – Procedimento, realizado pelo emprestador, para verificar se o potencial tomador do empréstimo atende a todas as exigências e qual o valor máximo que pode ser disponibilizado com segurança. • Análise qualitativa – Avalia fatores importantes, porém não mensuráveis, como experiência dos gestores, idoneidade, qualidade da administração, relacionamento com os funcionários, relações trabalhistas, etc. A despeito de seu caráter muitas vezes subjetivo, dependente da percepção pessoal do analista de crédito (ou do responsável pela concessão), esses fatores são frequentemente considerados decisivos na avaliação do risco de crédito. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 7 • Ano fiscal – Período de 12 meses escolhido pela empresa como seu ano contábil, de apuração de resultados, para efeitos fiscais. No Brasil, o período de janeiro a dezembro é, de longe, o mais utilizado. • Ativos – São os recursos, bens e direitos, que a empresa possui para gerar receitas. • Ativo circulante – É a parte do ativo de liquidez imediata (Disponível), mais aquela que será transformada em dinheiro no exercício seguinte (Realizável de Curto Prazo). Também conhecido como Capital de Giro = Disponível + Realizável CP. • Ativo permanente – Grupo de contas que englobam recursos aplicados em todos os bens ou direitos de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da empresa, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. • Auditoria – Análise dos registros e demonstrações contábeis, feita através do exame de todos os documentos, livros e registros, tendo por objetivo validar a lisura dos procedimentos administrativo- financeiros e de sua adequação às normas. Ao final do processo de auditoria, os auditores emitem um parecer sobre a correção, consistência e conformidade dos registros e documentos aos padrões contábeis e legais vigentes. • Aval – Documento através do qual uma terceira pessoa, que não seja nem o devedor, nem o banco e nem endossante, garante o pagamento de um título na data de seu vencimento. • Bacen/BC/BCB – Siglas utilizadas para se fazer referência ao Banco Central do Brasil. • Balanço – É o documento-resumo, contábil- financeiro, onde são listados todos os ativos e passivos que uma empresa possui num determinado momento (por exemplo, em 31/12/2015). • Banco Central do Brasil – também conhecido como Autoridade Monetária, é a instituição que tem como atribuição maior garantir a estabilidade do valor da moeda, através da execução das políticas monetária e de crédito do governo, além de fiscalizar o sistema financeiro nacional e administrar as reservas internacionais do país. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 8 • BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. É uma empresa pública federal que tem por objetivo fornecer financiamentos de longo prazo, apoiando os empreendimentos que contribuem para o desenvolvimento do país. É uma fonte de recursos amplamente utilizada pelas indústrias brasileiras e um de seus instrumentos para prover o crédito é o Cartão BNDES, que é inclusive aceito no investimento em um sistema de gestão industrial como o Nomus PCP. • Break even point – Essa expressão é traduzida como “ponto de equilíbrio”, e significa o volume de vendas (ou de produção, a um dado preço) em que os custos fixos mais os custos variáveis são iguais às receitas, ou seja, o ponto em que não há lucro nem prejuízo. Eu escrevi um pouco mais sobre este assunto no artigo: O que são custos fixos variáveis diretos e indiretos. • Capital de giro – Recursos que correspondem à parte do capital relativa ao ativo circulante da empresa, tais como: compra de mercadorias, reposição de estoques, despesas administrativas etc. • Capital de giro associado ao investimento fixo – É uma expressão geralmente utilizada quando se financia a compra de algum equipamento ou aquisição/construção de novas instalações. Como novos equipamentos e/ou instalações geralmente são acompanhados de aumento da produção, necessário se faz uma ampliação do capital de giro, o qual pode ser financiado no mesmo pacote que financia o investimento fixo. Por exemplo, caso a sua indústria tenha financiadouma máquina, provavelmente irá necessitar de mais matéria- prima para a produção. Neste caso será financiado também o capital de giro correspondente. • Capital de giro próprio – Recursos aplicados no giro da empresa e que são originados no próprio fluxo do negócio ou, então, do capital próprio dos cotistas/acionistas. Em outras palavras, são recursos – utilizados no giro do negócio – que a empresa obteve sem precisar recorrer ao crédito. • Cartel – Acordo realizado entre empresas, independentes umas das outras, com o objetivo de elevar de forma fraudulenta sua rentabilidade, através de margens de lucro maiores que aquelas obtidas em um cenário de concorrência, em prejuízo dos compradores (outras empresas ou os consumidores). No Brasil é proibido por lei. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 9 • CDB – Certificado de Depósito Bancário. É uma modalidade de aplicação financeira disponibilizada pelos bancos • CMN – Conselho Monetário Nacional. É o principal órgão do Sistema Financeiro Nacional. Sua finalidade é formular a política da moeda e do crédito. É o órgão disciplinador do Mercado de Capitais. • Contas a receber – Valores que serão recebidos pela indústria no futuro. Em sistemas de gestão informatizados normalmente você vai encontrar uma parte do módulo financeiro com esse nome: contas a receber. • Convênio – Instrumento jurídico que permite empresas ou organizações trabalharem com um objetivo comum em parceria. • COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central, é o órgão que decide a política da taxa de juros. • Correção monetária – É o reajuste periódico dos valores de títulos financeiros e contratos na economia pelo valor da inflação passada, com o objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo da moeda devido à inflação. • Custo médio – É a soma dos custos de diversos itens da empresa divididos pela quantidade respectiva. Normalmente, as indústrias precisam controlar os custos médios por produtos. Em um sistema de gestão informatizado, como o Nomus PCP, os custos médios são sempre atualizados nas entradas de produtos no estoque, utilizando a média ponderada. • Custos fixos – São os custos básicos fixos que a empresa tem para poder produzir e vender. Para conhecer mais sobre custos fixos leia o artigo: O que são custos fixos variáveis diretos e indiretos. • Debêntures – Títulos de crédito emitidos por empresas de capital aberto, rendendo juros e correção monetária. O comprador de uma debênture é um credor da empresa. Ë uma forma de a empresa conseguir financiamento em condições mais favoráveis que as encontradas no sistema bancário. • Demonstrações contábeis – Conjunto de documentos, produzidos dentro de uma sistemática legal-contábil, que espelham de forma sintética e preponderantemente numérica a realidade econômico-financeira de uma empresa. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 10 • Demonstrativo de resultados – Demonstrativo com as receitas e despesas de uma empresa durante um período determinado. A última linha de um demonstrativo de resultados é o resultado da indústria naquele período, se positivo, lucro, e, se negativo, prejuízo. • Depreciação – Com exceção de terrenos, a grande maioria dos ativos fixos de uma empresa tem uma vida útil limitada. Com o uso, imóveis e máquinas perdem valor anualmente, sofrendo depreciação. Existem diversas formas de se calcular a depreciação, conforme explicado por Thiago Leão no excelente artigo 6 passos para apurar o custo máquina com apoio do PCP • Desembolso – O desembolso acontece com o pagamento de um serviço, um ativo ou um título. • Dólar comercial – É o valor de mercado do dólar norte americano para transações de comércio exterior. • Draw back – Importação feita com o objetivo de processar o produto no país e depois exportá-lo. Expressão geralmente associada ao regime fiscal diferenciado que prevê isenção do imposto de importação quando realizada com esse objetivo. • Dumping – É a prática desleal que visa aumentar a participação de uma empresa no mercado, reduzindo temporariamente os preços de venda abaixo do seu custo, de forma a eliminar empresas mais fracas. Muito frequente no comércio internacional. • Entrada de caixa – Qualquer recebimento de uma empresa. • FAMPE – Fundo de Apoio a Micro e Pequenas e Empresas do Sebrae. • Fluxo de caixa – São o registro e as previsões do movimento de entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de uma empresa. • Fluxo de caixa operacional – É a sobra de caixa da empresa que é originada de suas operações normais, sem imposto de renda, depreciação, despesas e receitas financeiras. • FMI – Fundo Monetário Internacional. É uma instituição criada logo após a 2ª Guerra Mundial para corrigir desequilíbrios no balanço de pagamentos dos países membros, com o objetivo de evitar desequilíbrios do sistema econômico internacional. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 11 • Indexação – Consiste em ligar o valor de um capital, de um rendimento ou mesmo de um bem \ou serviço à evolução de uma outra variável de referência (preço, produção, produtividade, por exemplo). Assim, é comum a indexação de títulos de renda indexados à taxa de juros básica da economia (Taxa Selic), ou à taxa de câmbio R$/US$, etc. • Índice de débito total – É o total de dívidas da empresa tanto a curto quanto a longo prazo. • Índice de estrutura – Os índices de estrutura permitem a visualização de composições do ativo e do passivo, permitindo a verificação da participação de recursos próprios e de terceiros no financiamento das atividades da empresa. • Índice de rotação de contas a receber – É o número de vezes que as contas a receber completaram um ciclo (giraram) no período contábil. • Índice de rotação de estoque – É o número de vezes que o estoque completou um ciclo, ou “girou”, durante o período contábil. • Índice de Retorno – É a relação entre o retorno obtido por uma empresa e os valores nela investidos. Este retorno ou lucro é gerado através das vendas ou serviços prestados pela empresa, podendo ser comparado com diversos parâmetros da empresa, como, por exemplo, o Ativo Total ou o Patrimônio Líquido. Com isso geram-se os Índices de Retorno sobre o Ativo Total, sobre o Patrimônio Líquido, etc. • IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Este imposto incide sobre as operações de crédito, câmbio, seguro, títulos ou valores mobiliários, sendo seu fato gerador a entrega ou colocação à disposição do interessado do valor objeto da obrigação. • Leasing – O leasing é um contrato de “arrendamento mercantil”. As partes desse contrato são denominadas “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um banco ou sociedade de arrendamento mercantil e, de outro, o cliente. O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do contrato, são do arrendatário. O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 12 • Letra de câmbio – Título comercial, em que um credor, denominado “emitente”, ordena que o devedor, ou sacado, pague no prazo indicado uma importância precisa a uma terceira pessoa designada. • Linha de crédito – É utilizado tanto para significar os tipos de financiamento que um banco oferece (as linhas de crédito de um banco), quanto a modalidade e montante de crédito que um tomador tem à sua disposição em uma instituição financeira. • Lucro líquido – É o valor de receita de vendasmenos todos os custos para produzir o produto vendido, como despesas operacionais e impostos. • Lucro operacional – É o valor da Receita de Vendas Líquida menos todas as despesas, exceto Imposto de Renda e outros itens não relacionados ao negócio principal da empresa. • Lucro por ação – É o lucro líquido da empresa após o pagamento do Imposto de Renda, dividido pelo número de ações. • Margem bruta – É o lucro que a empresa obtém antes de todas as despesas operacionais. • Margem líquida – É o valor do Lucro após o Imposto de Renda dividido pela Receita de Vendas Líquida. • Margem operacional – É o lucro operacional dividido pela Receita de Vendas Líquida • Mercado aberto – Instrumento de intervenção do Banco Central no mercado monetário através da compra e venda de títulos. • Mercados emergentes – São os mercados de capitais dos países em desenvolvimento e de segmentos com elevado potencial de crescimento. • Moratória – Disposição que suspende unilateralmente o pagamento de uma obrigação, ou de diversas obrigações, num prazo fixado por lei ou por força de um contrato. • Nota promissória – Documento emitido pelo devedor, que se obriga a pagar ao seu credor, ou a sua ordem, uma determinada quantia, numa data de vencimento definida. • Orçamento – É um planejamento financeiro das contas da empresa. Ele deve conter as vendas, custos, despesas e receitas projetadas de um determinado período. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 13 • P/L – Índice Preço/Lucro. É o quociente da divisão do preço da ação pelo lucro (da empresa) por ação. Assim, o P/L indica o número de anos que se levaria para reaver o capital aplicado na compra de uma ação, através do recebimento do lucro gerado pela empresa. • PAR – Valor de uma ação ou título, igual ao oficial ou nominal. • Participação nos lucros – Parte dos lucros de uma sociedade que serão distribuídos aos administradores e funcionários como remuneração complementar. • Passivo – Recursos, próprios e de terceiros, que uma empresa capta para financiar seus Ativos. • Passivo circulante – É igual a Fornecedores + Obrigações Trabalhistas + Obrigações Fiscais + Adiantamento de Clientes + Outras Contas CP. • Patrimônio líquido – É o resultado do total do Ativo menos o valor do Passivo de Terceiros (Passivo Circulante e Passivo a Longo Prazo). • Patrimônio líquido – É igual a Capital + Reservas. • Ponto de equilíbrio (veja break even point) – É o ponto financeiro em que as receitas e as despesas se igualam. É o volume de vendas necessário para manter uma empresa “viva” sem ter lucro nem prejuízo. • Prêmio – Indenização previamente combinada que o comprador a prazo de um valor em bolsa paga ao vendedor no dia da liquidação, em caso de desistência de uma operação já contratada. • Realizável (CP) – É igual a Duplicatas a Receber + Estoques + Adiantamento a Fornecedores + Despesas Antecipadas ou Diferidas + Outras Contas CP. • Recebíveis – São títulos de crédito originados do faturamento de bens e serviços vendidos e, usualmente, entregues. Podem ser duplicatas, notas promissórias e etc. • Receita bruta – É aquela que ocorre no período contábil na qual se realiza. Isto é, quando os artigos são embarcados ou expedidos para o cliente, e não no pedido, no contrato, etc.. A data de registro da Receita de Vendas é a da remessa ao cliente ou data da fatura. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 14 • Receita líquida – É a receita de vendas descontando os impostos de vendas (ICMS), (IPI), as devoluções e os descontos. • Saídas de caixa – Qualquer pagamento efetuado pela empresa, tais como: pagamentos de fornecedores, salários e benefícios, impostos, aluguéis, parcela à vista da compra de equipamentos, honorários, pró-labore dos cotistas, prêmios de seguro etc. • Sazonalidade – Variações no ciclo produtivo ou de vendas de um determinado bem, serviço ou setor econômico ao longo do ano, devido a fatores externos, climáticos, culturais. Exemplo: no verão se vende mais sorvete. • Selic – Sigla do Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É um sistema do Banco Central onde são registradas todas as operações de débitos e créditos feitas apenas entre bancos e demais instituições financeiras credenciadas. • Taxa básica de juros – Taxa de juro anual fixada por um banco, que serve de referência para o cálculo das diferentes condições oferecidas por esse banco. Quando o Banco Central a estabelece, ela é chamada de taxa básica da economia. No Brasil ela corresponde à Taxa Selic. • Taxa de juros – É o custo do dinheiro cobrada pelo emprestador. O Banco Central é o órgão regulador da política de juros. • Taxa SELIC – É a taxa que reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneração dos títulos públicos. ,E a taxa que regula diariamente as operações interbancárias. • Títulos do Tesouro Nacional – São papéis emitidos pelo Tesouro para financiamento da dívida pública. • TJLP – Taxa de juros de longo prazo. • Tribunal de Contas – Órgão ligado ao poder legislativo, encarregado do controle das contas do poder executivo respectivo (União, Estados ou Municípios). • Usura – Prática que consiste em cobrar taxas de juros de empréstimos superiores às de mercado ou às permitidas por lei. • Valor nominal – É o valor de face da ação ou título. • Valor patrimonial – É o Ativo menos o Passivo de Terceiros, dividido pelos números de cotas ou ações. • Volatilidade – Intensidade com que variam as cotações ou preços de um determinado ativo ou mercadoria. • Zona Franca – Área, em um país, onde são concedidas, pelo governo, reduções alfandegárias e benefícios fiscais, geralmente como forma de incentivo à atividade industrial. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 4 ações fundamentais para o controle financeiro de uma fábrica Artigo 2 1. Faça uma separação clara do dinheiro da sua fábrica e o de uso pessoal O primeiro passo, e o mais fundamental, é separar bem o dinheiro da sua fábrica daquele de uso pessoal. Só dessa forma você poderá saber exatamente como está a real saúde financeira da sua indústria, podendo então tomar decisões importantes nas áreas de investimentos, gestão de pessoal e gestão do preço de venda de seus produtos. Sem isso, é impossível ter um controle financeiro de qualidade, e a tendência é que a situação piore conforme sua produção, gastos e faturamento aumentam em volume e complexidade. Portanto, o ideal é desde o início manter esta separação clara e controlada, o que pode ser conseguido facilmente por um software de gestão. Se você é dono de uma indústria e costuma confundir as finanças pessoais e a da empresa, a forma mais fácil e recomendada de fazer a separação é estabelecer um valor mensal fixo para sua retirada, como se fosse o seu salário. Com isso, sua retirada vai passar a ser uma despesa fixa da empresa, que é mais fácil de ser gerenciada. Caso você precise de uma retirada maior em um determinado mês ou a empresa precise do seu dinheiro para algum investimento extraordinário, registre essas movimentações como empréstimos ou investimentos e depois faça os acertos. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 16 2. Mantenha um controle efetivo de pequenos gastos Muitas vezes pequenos gastos podem ser verdadeiros vilões da saúde financeira da sua fábrica, pois geralmente passam despercebidos e podem formar uma bola de neve. Fique de olho em gastos como documentos e relatórios impressos constantemente, gastos em excesso devido a uma falta de controle do estoque ou perdas de matéria prima, e procure contabilizar quanto você poderia economizar. Hoje em dia boa parte dos relatórios podem ser acessados digitalmente, diminuindoo número de impressões. Já o controle de estoque e matéria prima pode ser feito com um sistema de gestão como o do Nomus PCP, que com avançados conceitos de engenharia de produção, como o MRP II, irá ajudar sua indústria a prever quando o material vai faltar, antecipando as compras e produções nas quantidades certas. Além desses exemplos, se você tiver um controle rígido de todas as saídas de caixa da sua indústria, certamente irá descobrir outros pequenos gastos, ou saídas de caixa que podem ser evitados ou eliminados. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 17 3. Levante os gastos e ganhos da sua fábrica Depois de separar as receitas e despesas da sua fábrica daquelas de caráter pessoal, é hora de saber exatamente quanto sua indústria está gastando e quanto está ganhando. Ao primeiro olhar, isso parece uma tarefa simples, porém, na prática, é bem diferente. Além de fazer o cálculo mais básico e geral para identificar se a sua indústria como um todo está no vermelho, é preciso – para verificar realmente seus gastos e ganhos – fazer cálculos um pouco mais complexos, como já foram citados aqui no blog, confira: • Como formar o preço de venda de um produto e maximizar o lucro da sua fábrica • 6 passos para apurar o custo máquina com apoio do PCP • Você sabe o que são custos fixos, variáveis, diretos e indiretos? • Pague menos impostos investindo em PCP e gestão industrial Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 18 4. Não conte com dinheiro que ainda não foi recebido Contar com dinheiro ainda não recebido pode ser um erro fatal. Se você negocia produtos ou serviços com pagamento posterior à venda, deve ter um cuidado especial ao fazer o planejamento financeiro da sua fábrica. No atual período de crise, infelizmente seus clientes podem acabar não conseguindo realizar pagamentos no prazo determinado. Portanto, o ideal é manter relatórios realistas que discriminem de forma clara o dinheiro recebido das contas a receber ou em atraso. Desta forma você e sua equipe terão mais facilidade para controlar o fluxo de caixa, evitarão riscos em investimentos desnecessários e pensarão em formas para facilitar o pagamento de seus clientes. Apesar de não contar com este dinheiro no fechamento do fluxo de caixa da sua empresa, não deixe de mencioná-lo em seus relatórios de desempenho, já que estes são valores que não podem ser esquecidos e sua equipe deve tentar faturá-los. Quatro dicas simples que podem fazer uma grande diferença! Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 19 7 dicas para montar um fluxo de caixa eficaz para sua indústria Artigo 3 7 dicas para montar um fluxo de caixa eficaz para sua indústria Um dos principais pilares da gestão financeira de uma indústria é o fluxo de caixa, ou seja, controlar a entrada e saída de dinheiro no empreendimento. Ter um fluxo positivo é muito importante para seu negócio estar preparado para emergências e ter saúde financeira para crescer e investir ainda mais. Para ter um fluxo de caixa eficaz, que realmente mantenha entradas e saídas sobe controle, sua indústria precisa ir além da visão do curto prazo e deve pensar nos médio e longo prazos, alinhando seu fluxo de caixa com o seu plano de negócios e o orçamento real do seu negócio. Confira agora algumas dicas chave para montar e organizar o fluxo de caixa da sua indústria: Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 21 1. Levante as movimentações financeiras da sua indústria Para trabalhar no seu fluxo de caixa, o primeiro passo é conhecer as informações da sua indústria. Prepare um levantamento com todas as receitas e despesas, sendo atuais ou futuras, assim como qualquer plano de investimento e expansão que possuir. O ideal é que estas informações estejam alinhadas com o seu plano de negócios para o seu planejamento ter um objetivo claro. Após levantar estas informações, organize-as pelas suas categorias: • Operacional • Não operacional • Investimentos Dessa forma você terá uma ideia melhor e mais organizada da operação e investimentos do seu negócio para assim realizar seu planejamento de fluxo de caixa. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 22 23 2. Planeje as ações do fluxo de caixa Com os informações organizadas, o segundo passo para criar seu fluxo de caixa eficaz é planejar as ações que irá tomar no próximo ciclo operacional da sua fábrica. Este ciclo operacional normalmente contempla um período de um ano, porém, há empresas que possuem um ciclo maior ou menor. Por exemplo, se a sua indústria trabalha com itens em que a sazonalidade influencia a demanda e a produção, o período da sazonalidade deverá ser considerado no ciclo operacional. 3. Detalhe as ações tomadas É fundamental detalhar bem as ações tomadas no fluxo de caixa durante o primeiro ciclo operacional, ou seja, abrindo bem as informações de receitas, despesas e investimentos. Dessa forma você poderá entender seus ganhos, gastos e investimentos e preparar sua indústria melhor para o segundo ciclo operacional. A partir do segundo ciclo você poderá reduzir o nível de detalhes para atender as demandas do seu plano de negócios e estruturar o fluxo de caixa da sua indústria. Entretanto, é importante manter um registro de todas as movimentações, categorizadas, para possibilitar a criação de painéis de desempenho e identificar desperdícios de dinheiro. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 24 4. Mantenha o planejamento do fluxo de caixa atualizado O fluxo de caixa deve ser considerado no planejamento de gestão da sua indústria e assim como outras áreas da gestão, precisa ser atualizado periodicamente. Mantenha o planejamento e horizonte do fluxo de caixa alinhado a realidade do orçamento e as expectativas do plano de negócios, assim que sofrerem alterações. Dessa forma você poderá se preparar para mudanças de mercado, superar adversidades e até mesmo conseguir escalar seu negócio no caso de um aumento repentino da demanda. 5. Segure o otimismo na previsão de entradas Sei que para algo dar certo, você precisa acreditar no seu sonho e investir bastante nele. Porém, na hora de planejar seu fluxo de caixa, o ideal é ser o mais “pé no chão” possível, tendo uma visão bem realista e não muito otimista para a previsão de entradas de caixa e geração de receitas da sua indústria. Um fluxo de caixa eficaz deve considerar fatos não ideais, tais como atrasos no pagamento, falta completa de pagamento e outras saídas de caixa não esperadas. Para converter essa situação, o ideal é já planejar um percentual de perdas e atrasos na sua previsão de entrada de caixa. Dessa forma sua indústria estará preparado para situações menos ideais e estará muito mais solida para enfrentar as adversidades apresentadas pelo mercado. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 25 6. Acompanhe e monitore o fluxo de perto Acompanhe de perto o dia a dia do seu fluxo de caixa, registrando todas as movimentações da indústria e antecipe-se para eventos que possam impactar seu fluxo de caixa. Este acompanhamento é muito bom pois você poderá fazer alterações e preparar seus pagamentos de acordo com a entrada de caixa. Por exemplo, você poderá negociar com fornecedores seus prazos de pagamento, avaliar pedidos de empréstimos com juros melhores e assim evitar uma situação de conta vermelha na sua fábrica. 7. Utilize um sistema para agilizar o trabalho e evitar erros Você pode seguir os passos acima com uma planilha no Excel, inclusive isso é normalmente intuitivo para boa parte dos gestores. O problema é que planilhas podem ser passíveis de erro, seu preenchimento normalmente é trabalhoso e não facilita uma análise de relatórioscom o desempenho da fábrica. Portanto, a planilha acaba sempre sendo um “quebra-galho” que pode se tornar uma bola de neve conforme a empresa ganha escala. O ideal para ter uma gestão eficaz no fluxo de caixa é utilizar um sistema onde você possa registrar as movimentações de forma segura, salvas em um servidor, sem riscos de cálculo errado e então possa analisar os dados e estatísticas da sua indústria e tomar melhores decisões. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias Gestão financeira industrial: 7 dicas campeãs para uma pequena indústria Artigo 4 Gestão financeira industrial: 7 dicas campeãs para uma pequena indústria Uma das áreas mais importantes de uma indústria, é a gestão financeira. Nela são tomadas decisões que afetam todos os setores do seu negócio. Orçamentos, pagamentos, compra e venda de materiais, tudo isso passa pelo setor financeiro. Por isso, é vital que o gestor desse departamento possua uma grande capacidade de conduzir e entender os processos gerenciais, habilidade para avaliar as demandas e alocar os recursos de acordo com a necessidade dos setores, mantendo-os organizados e atendendo as demandas. Separei oito dicas incríveis que irão lhe mostrar o caminho das pedras para melhorar a sua gestão industrial. Confira: Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 27 1. Busque sempre conhecimento em gestão de negócios A maioria das sacadas do mercado financeiro são aprendidas apenas com o tempo, com a experiência de passar por certas situações. Outras, podemos aprender a partir de um case, um livro lido ou uma conversa entre amigos. Por isso, é mais do que necessário se manter atualizado, seja em relação às novas tecnologias, conceitos ou ferramentas. Uma das causas que, muitas vezes, acabam atrapalhando o aprendizado, é a falta de tempo, principal motivo pelo qual é vital planejar e organizar a sua agenda. Desta forma, você tem tempo para aprender e colocar em prática os conceitos aprendidos, seja através de workshops, cursos de gestão financeira e de gestão de negócios. Existem algumas organizações que fomentam o aprendizado nestas áreas de gestão, negócios e de empreendedorismo. As que recomendo para você começar buscar conhecimento são: • Endeavor • Fundação Nacional da Qualidade • SEBRAE • Senac Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 28 29 2. Planeje efetivamente a gestão financeira industrial A melhor maneira de conseguir realizar todas as tarefas que você precisa, é planejando-as corretamente. O planejamento vai permitir que você tenha uma visão mais clara de suas atividades, além de lhe apontar a melhor forma de realizar as atividades e antever prazos. Porém, planejamento é baseado em estimativas e métricas, então, saiba escolher e medir adequadamente os indicadores para um bom resultado do seu planejamento. O Business Model Canvas, ou Modelo de Negócios Canvas é um dos mais utilizados atualmente, e o SEBRAE disponibiliza esta ferramenta gratuitamente para você, o Sebrae Canvas. Este modelo de planejamento irá te ajudar no desenvolvimento das ideias do seu negócio ou repensar e ajustar um modelo já existente na sua gestão industrial 3. Organize e acompanhe a gestão do orçamento da sua indústria No planejamento que será desenvolvido, haverá o orçamento anual. Nele estarão inclusos as projeções de receitas, de gastos, e o balanço da sua indústria. Outro item que vale a pena constar no orçamento são os objetivos financeiros, acompanhado de um plano de metas, estudo de mercado e estratégia de preços do seu produto. A melhor forma de organizar estes dados é através de um sistema de gestão financeira, que irá, entre várias funções, mapear todo o percurso do dinheiro que circula na empresa. Desta forma, você elimina o uso de planilhas, minimizando a possibilidade de erros e apresentando uma visão mais fiel do setor financeiro da sua indústria, abrindo a possibilidade inclusive de criar um fluxo de caixa durante a sua gestão financeira industrial. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 30 4. Saiba administrar o fluxo de caixa Como disse anteriormente, um bom software de gestão financeira está diretamente relacionado a um bom fluxo de caixa. Erros no calculo de lucros, aumento de gastos sem retorno e outras ações incorretas prejudicam o seu fluxo de caixa e podem deixar a sua indústria em dificuldades e consomem tempo, esforço e dinheiro que poderiam ser empregados em tarefas que trazem bons resultados. Uma vez por mês, ou mais regularmente, acompanhe o andamento dos números da sua empresa para verificar se o Planejamento Estratégico está sendo seguido e cumprido. É neste momento que alguns ajustes podem ser feitos para corrigir desvios que atrapalharão a saúde financeira da sua indústria no futuro. 5. Organize seus documentos Nem todo tipo de informação fica salva em um arquivo dentro do seu computador(ou na nuvem). Já que você precisa ter alguns documentos no papel, organize-os de uma forma simples e eficaz. Esta tarefa vai agilizar e diminuir o tempo dos seus processos gerenciais, além de evitar a perda daquele documento tão importante. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 31 6. Não comprometa o orçamento com excessos nas folhas de pagamento Como diriam os especialistas do 3G em custos, eles é como as unhas, temos que cortar sempre. No caso do custo com pessoal, recomendo um cuidado especial, contratando em primeiro lugar a pessoa adequada para o cargo ou função, pois muitas vezes você pode precisar de duas pessoas para fazer um trabalho pior do que uma. Este gasto pode ser controlado planejando e avaliando a quantidade de funcionários em determinadas funções e gerenciando níveis de ociosidade, pois como diz o ditado, “tempo é dinheiro”. Dentro dos custos com pessoal, é fundamental planejar desde o início do ano as saídas de caixa esporádicas, que se não tiverem uma verba reservada, poderão demandar empréstimos com taxas de juros abusivas e comprometer suas margens. Abaixo listo alguns exemplos dessas saídas: • 13º salário • Férias • FGTS • Demissões • Contratações excepcionais Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 32 7. Planeje, planeje e planeje O bom planejamento sempre leva em consideração os próximos passos. Por isso, a cada etapa concluída, dever ser feita uma avaliação para propor novos planos estratégicos e atualizar os que estão em andamento. Desta forma, sabemos por onde passamos, onde estamos e qual será o próximo passo. Se tiver alguma dificuldade com esta etapa, veja o documento que o SEBRAE elaborou com algumas orientações para ajudar você na elaboração do seu planejamento. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias O que você precisa saber sobre boletos bancários para sua indústria Artigo 5 34 O que você precisa saber sobre boletos bancários para sua indústria O Boleto bancário é um título de cobrança que pode ser pago em qualquer instituição ou estabelecimento conveniado até a data indicada. É um documento existente apenas no Brasil, e em compras pela internet é a segunda ferramenta mais utilizada, tendo caído no gosto dos brasileiros. Por isso, no artigo de hoje, eu te mostro alguns pontos importantes sobre o boleto bancário e o que ele pode agregar para a sua indústria. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 35 O que é necessário para fazer cobranças através do boleto bancário Para conseguir fazer a cobrança do boleto, basta ter uma conta bancária e contratar uma carteira de cobrança junto ao banco. Com isso qualquer pessoa física estará apta a cobrar a partir de boletos. Lembrando que o setor financeiro deve fazer a emissãodos boletos. O que vem indicado no boleto No Boleto existem alguns elementos fundamentais para identificar os dados necessários para a compensação certa do valor como débito. As principais informações que constam no boleto são: • Indicação do banco que receberá o pagamento • Quem emite a cobrança • Quem deve efetuar o pagamento • Valor a ser quitado • Data limite • Código de barras para captação automática Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 36 O que é necessário para fazer cobranças através do boleto bancário Para conseguir fazer a cobrança do boleto, basta ter uma conta bancária e contratar uma carteira de cobrança junto ao banco. Com isso qualquer pessoa física estará apta a cobrar a partir de boletos. Lembrando que o setor financeiro deve fazer a emissão dos boletos. O que vem indicado no boleto No Boleto existem alguns elementos fundamentais para identificar os dados necessários para a compensação certa do valor como débito. As principais informações que constam no boleto são: • Indicação do banco que receberá o pagamento • Quem emite a cobrança • Quem deve efetuar o pagamento • Valor a ser quitado • Data limite • Código de barras para captação automática Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 37 Nosso número O nosso número é o número que identifica um boleto para uma conta. O seu tamanho máximo depende da carteira e do banco ao qual é conveniado. Com o uso de carteiras registradas, o banco lhe dará uma série de números para utilizar no seu boleto, que deve ser requisitado novamente, perto do fim da série. Com o nosso número podemos identificar quais boletos foram pagos, no momento em que é recebido o arquivo de retorno do banco Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 38 Tipos de cobranças a partir de boletos Até a metade de 2015, existiam dois tipos de cobranças: com registro e sem registro • Sem Registro: podemos emitir um boleto e enviar diretamente para o cliente. Após o pagamento, o emissor recebe 2 dias após, e a única taxa que é cobrada acontece no momento do pagamento, que gira em torno de 3 reais por boleto. Na carteira sem registro, o boleto não precisa ser registrado, é enviado diretamente para o cliente, e após o cliente pagar, o emissor recebe o pagamento 2 dias depois, e o banco só cobra a taxa no momento do pagamento, em torno de 3 reais. Em junho de 2015, a Febraban aboliu a cobrança sem registro: http://www.febraban.org.br/Acervo1.asp?id_texto=26 60&id_pagina=85&palavra= • Com Registro: O boleto é emitido, respeitando algumas regras próprias de cada banco, o boleto então é registrado no banco, feito através de um arquivo de remessa, com um layout padrão estabelecido pela Febraban(Federação Brasileira de Bancos) Na carteira com registro, você precisa notificar os bancos sobre todos os boletos gerados, esta notificação é feita enviando um arquivo para o banco, o chamado arquivo de remessa. Neste caso os bancos cobram uma taxa por boleto gerado, independente de ele ser pago. Nesta carteira também são encaixados os serviços bancários adicionais, como protesto em caso de não pagamento. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 39 O que significa a obrigatoriedade de registrar o boleto A partir de Janeiro de 2017, todos os boletos serão obrigatoriamente registrados no banco pelo emissor. Em outras palavras significa que nenhum boleto poderá ser emitido sem discriminar o CPF para pessoas físicas ou o CNPJ para pessoas jurídicas, nem valor ou data de vencimento. Atualmente os boletos gerados sem registro bancário são mais vantajosos financeiramente, por esta modalidade ter um custo 50% menor, principalmente pelas taxas serem cobradas apenas quando os boletos são pagos. Confira o cronograma com as novas regras: • Junho de 2015 – Fim da oferta da cobrança sem registros para novos clientes • Agosto de 2015 – Início da operação da base centralizadora de benefícios • Dezembro de 2016 – Término da migração das carteiras de cobrança sem registro para a modalidade registrada • Janeiro de 2017 – Início da operação da base centralizadora de títulos Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 40 Vantagens de vender no boleto Uma das vantagens de vender pelo boleto bancário é o fato de muitos clientes considerarem uma forma mais segura fazer o processo fisicamente. Com a possibilidade do boleto bancário, destinar um desconto para este pagamento é algo que algumas empresas costumam oferecer, já que cobranças por cartões consomem até 6% do valor de cada venda e pode demorar até 30 dias para repassar o lucro. O boleto também é uma maneira de atrair clientes que possuem um certo receio de usar o cartão de crédito em alguns momentos. Recentemente até o Facebook incorporou a opção de pagamentos por boletos em seus negócios. Isso mostra a importância que esta funcionalidade possui para o mercado brasileiro. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 41 Gestão financeira Nesse Ebook foram apresentados os melhores artigos do Blog Industrial Nomus sobre Gestão Financeira para indústrias. Você ainda ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Deseja ler mais conteúdos sobre processos que otimizam a produção e aumentam o lucro da sua empresa? Inscreva-se no Blog Industeial Nomus e acompanhe-nos em nossas redes sociais: Facebook, LinkedIn e Twitter. Guia de gestão financeira para pequenas indústrias Entre em contato e coloque o que aprendeu em prática. Chegou a hora de colocar em prática A Nomus desenvolve softwares completos para indústrias e possui um método de implantação, idealizado e aplicado por engenheiros, que irá ajudar sua indústria alcançar o sucesso de gestão, superando seus desafios e utilizando todo o potencial que a sua fábrica tem a oferecer. Veja como extrair toda a capacidade da sua indústria, acesse: nomus.com.br nomus.com.br/blog-industrial Encontre a Nomus também na sua rede social favoria: Guia de gestão financeira para pequenas indústrias 43
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