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responsabilidade civil Introdu o aula 1

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1 
 
FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
Professor Handerson Bentes (handerson.bentes@hotmail.com) 
 
ESTUDO DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
1 - ENTENDIMENTO JURÍDICO DE RESPONSABILIDADE E A DIFERENÇA ENTRE 
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL 
1.1. Toda ação humana, invade, ou pelo menos se aproxima do campo da responsabilidade; 
1.2. Etimologia latina, respondere, obrigação de assumir as consequências; 
1.3. Dever jurídico, obrigação derivada; 
1.4. Em Roma, esse entendimento nasce com o intuito da vedação da ofensa; 
1.5. Trata-se, portanto, de regras necessárias para a convivência social, tanto pelo dano 
cometido em ação dolosa ou culposa, quanto pelo descumprimento contratual; 
1.6. Portanto, a responsabilidade para o Direito, nada mais é de que uma obrigação 
derivada, um dever jurídico sucessivo de assumir as consequências jurídicas de um fato; 
1.7. No campo da moral, também identificamos a ideia de responsabilidade, porém sem o 
elemento da coercitividade, característica da responsabilidade jurídica; 
1.8. Na responsabilidade Civil, o agente que cometeu o ilícito tem a obrigação de reparar o 
dano patrimonial ou moral causado. buscando restaurar o status quo ante. obrigação 
esta que, se não for mais possível, é convertida no pagamento de uma indenização (na 
possibilidade de avaliação pecuniária do dano) ou de uma compensação (na hipótese de 
não se poder estimar patrimonialmente este dano); 
1.9. Enquanto. pela responsabilidade penal ou criminal. deve o agente sofrer a aplicação de 
uma cominação legal, que pode ser privativa de liberdade, restritiva de direitos ou de 
multa. 
CPB 
Art. 32 - As penas são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - privativas de liberdade; 
(reclusão e detenção) 
II - restritivas de direitos; 
(prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços a 
comunidade, interdição temporária de direitos, limitação de final de semana) 
III - de multa. 
2 
 
Obs. A lei de contravenções prevê a apena de prisão simples e a Lei de Drogas prevê a 
pena de advertência e de comparecimento compulsório em curso. 
 
1.10. Ressalte-se, porém. que um mesmo fato que gerador do dano pode ensejar as duas 
responsabilizações, não havendo bi in idem em tal circunstância, Justamente pelo 
sentido de cada uma delas e das repercussões da violação do bem jurídico tutelado. 
 
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar 
mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões 
se acharem decididas no juízo criminal. 
 
2. RESPONSABILIDADE NO DIREITO PRIVADO 
2.1. A responsabilidade civil deriva da agressão a um interesse eminentemente particular; 
2.2. Para identifica-la, se faz necessário o entendimento dos seguintes elementos: conduta, 
dano, nexo de causalidade. 
 
3. NOTICIA HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
3.1. Ponto de partida no Direito Romano e nas civilizações pré romanas, basilada na ideia de 
justiça privada; 
3.2. A primeira alternativa, porém, dependendo do dano consistia na composição pecuniária; 
(período da composição tarifada); 
3.3. O Código Civil de Napoleão, inovou no sentido de desconsiderar o elemento anímico da 
vontade, ou seja, deu uma nova interpretação a ideia de culpa, prospectando o que seria 
enfatizado posteriormente como culpa objetiva. 
 
4. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
4.1. Responsabilidade civil objetiva e responsabilidade civil subjetiva; 
4.1.2. A responsabilidade Civil subjetiva é a decorrente de dano causado em função de ato 
doloso ou culposo. 
4.1.3. Esta culpa, por ter natureza civil, se caracterizará quando o agente Causador do dano 
atuar com negligência ou imprudência, conforme cediço doutrinariamente, através da 
interpretação da primeira parte do art. 159 do Código Civil de 1916. 
 
Art. 159. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar 
direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano . (Vide Decreto do 
Poder Legislativo nº 3.725, de 1919). (LEI Nº 3.071, DE 1º DE JANEIRO DE 1916.) 
 
4.1.4. Regra geral mantida, com aperfeiçoamentos, pelo art. 186 do Código Civil de 2002: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (LEI 
No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.) 
 
4.1.5. A noção básica da responsabilidade civil, dentro da doutrina subjetiva, é o princípio 
segundo o qual cada um responde pela própria culpa, em regra caberá ao autor o ônus 
da prova; 
 
5. Responsabilidade civil indireta: 
3 
 
5.1. Dano que não foi causado diretamente pelo agente, mas sim por um terceiro 
com quem mantém algum tipo de relação jurídica. 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas 
condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no 
exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por 
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente 
quantia. 
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não 
haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 
 
6. Responsabilidade Civil Obejetiva 
6.1. Entretanto, hipóteses há em que não e necessário sequer ser caracterizada a culpa. 
Nesses casos, estaremos diante do que se convencionou chamar de "responsabilidade 
Civil Objetiva”. 
6.2. As teorias objetivistas da responsabilidade civil procuram encará-la como mera questão 
de reparação de danos. fundada diretamente no risco da atividade exercida pelo agente. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado 
a repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor 
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
7. Responsabilidade civil contratual x Responsabilidade civil extracontratual ou 
Aquiliana 
7.1. É inegável, que tanto na responsabilidade civil subjetiva(regra), quanto a subjetiva 
(exceção), há uma imensa dificuldade para a comprovação da culpa ou pelo menos do 
risco de dano. 
7.2. Tal dificuldade é minorada, quando estamos diante do descumprimento de um dever 
contratualmente ajustado; 
7.3. Subtipificando-se a responsabilidade civil em: contratual e extracontratual ou aquiliana; 
7.4. Contratual: O inadimplemento da obrigação prevista no contrato (Violação de norma 
contratual anteriormente fixada pelas partes); 
4 
 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros 
e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado. 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, 
atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, 
e honorários de advogado. 
Extracontratual ou Aquiliana: violação direta de uma norma legal. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, cometeato ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou 
pelos bons costumes. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado 
a repará-lo. 
 
7.5. Como já visto. quem infringe dever Jurídico lato sensu fica obrigado a reparar o dano 
causado. Esse dever passível de Violação. Porém, pode ter como fonte tanto urna 
obrigação imposta por um dever geral do Direito ou peta própria lei quanto uma relação 
negocial preexistente, isto é, um dever oriundo de um contrato. O primeiro caso é 
conhecido como responsabilidade Civil AquiIiana , enquanto o segundo é a 
responsabilidade Civil contratual. 
7.6. Na responsabilidade civil contratual eis uma ação, pois viola-se o dever de adimplir; Na 
aquiliana viola-se o dever causando um dano. Na contratual já havia uma relação; Na 
aquiliana a relação danosa é inédita; 
7.7. Na aquiliana a culpa deve ser sempre provada pela vítima; Na contratual a culpa é 
presumida é o ônus da prova é investido; 
 
8. Natureza Jurídica da Responsabilidade Civil 
8.1. Ora, a consequência lógico-normativa de qualquer ato ilícito é uma sanção, podendo 
esta ser definida. portanto, como "a consequência Jurídica que o não cumprimento de 
um dever produz em relação ao obrigado", (EDUARDO GARCIA MAYNEZ) 
9. Função da Reparação Civil: Compensatória do dano a vítima, punitiva do ofensor, 
desmotivação social da conduta lesiva. 
 
 
Sugestão de Referências 
CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 20ª. ed. São Paulo: 
Malheíros, fev. 2016. 
DINIZ. Mana Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 26. ed. São Paulo: Saraiva, 
2012. 
SEBASTIÃO. Turandir. Responsabilidade Médica Civil. Criminal e Ética. 8ª. ed. Belo 
Honzonte: Del Rey, 2010.

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