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Fenomenologia: Estudo dos Fenômenos da Consciência

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28/06/2016 FENOMENOLOGIA
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Fenomenologia ­ I
Página escrita por
Rubem Queiroz Cobra
(Site original:
www.cobra.pages.nom.br)
Páginas 1 2 >> próxima                                    
Fenomenololgia  (do  grego  phainesthai,  aquilo  que  se
apresenta  ou  que  se  mostra,  e  logos,  explicação,
estudo)  afirma  a  importância  dos  fenômenos  da
consciência  os  quais  devem  ser  estudados  em  si
mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume­
se  a  esses  fenômenos,  a  esses  objetos  ideais  que
existem na mente, cada um designado por uma palavra
que  representa  a  sua  essência,  sua  "significação".   Os
objetos  da  Fenomenologia  são  dados  absolutos
apreendidos  em  intuição  pura,  com  o  propósito  de
descobrir  estruturas  essenciais  dos  atos  (noesis)  e  as
entidades objetivas que correspondem a elas (noema). A
Fenomenologia  representou  uma  reação  à  pretensão
dos cientistas de eliminar a metafísica.
O  empirismo.  Desde  Aristóteles  até  o  final  da  Idade  Média,  o
caminho para o  conhecimento  foi  o da análise dialética, ou seja, o
raciocínio por dedução lógica, na busca de novos conhecimentos. As
respostas  dadas  por  esse  método  pareciam  tão  satisfatórias  e
convincentes  que  não  havia  muita  preocupação  em  testá­las  no
mundo  real,  mediante  a  observação.  Ciência  era  o  mesmo  que
Filosofia, e o método dedutivo  lógico dominou o ensino e o estudo
da  natureza  a  partir  de  conceitos  teológicos  sobre  Deus  e  o
universo. Por exemplo: se Deus existe, Ele é um Ser perfeito e se é
um  Ser  perfeito,  sua  criação  das  coisas  haveria  de  refletir  a  Sua
perfeição. Consequentemente, a órbita dos planetas não podia  ser
qualquer uma mas devia ser a mais perfeita possível, que é a forma
circular e não a elíptica, porque esta última contem desigualdades.
Logo, as estrelas e os planetas situavam­se em esferas perfeitas ao
redor da Terra.
Galileu  (1564­1642),  com  sua  luneta,  descobre  que  as  esferas
celestes não existiam e porque contrariou essa idéia, tão certa para
todos, por pouco não foi condenado a morrer na fogueira, acusado
de heresia.
A  nova  atitude  naturalista  de  Galileu,  de  dúvida  e  observação,
inspirou Francis Bacon (1561­1626) a criar tábuas para o controle da
experimentação e o estabelecimento de leis científicas, o que levou
rapidamente  o  homem  a  novos  conhecimentos  na  astronomia,  na
química e na física. A mesma atitude de observação e interpretação
natural levada ao estudo da mente e do conhecimento, deu origem à
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Corrente Empirista, que haveria de afetar profundamente a filosofia e
criar o Positivismo, ou seja, o tratamento científico de todos os fatos
e fenômenos, inclusive em Política..
John Locke (1632­1704), tido como o maior dos filósofos empiristas,
procurou,  no  seu Essay Concerning Human Understanding  (1690),
demonstrar  que  todas  as  idéias  são  registros  de  impressões
sensíveis (ou são derivadas de combinações, de associações entre
essas  idéias  de  origem  sensível),  e  criticou  o  pensamento  de
Descartes (1596­1650) de que existiriam algumas idéias que seriam
inatas  ­  que  o  homem  teria  no  espírito  ao  nascer  ­,  como,  por
exemplo,  a  idéia  de  perfeição.  Segundo  Locke,  alguma  coisa  é
enviada pelos objetos e é captada por nossos sentidos e dão causa
à  formação  das  idéias.  Este    pensamento  é  a  base  da  teoria
corpuscular da luz.
Outro  filósofo  dessa  corrente  foi  David  Hume  (1711­1776).  Ainda
mais  contundente  que  seu  predecessor  Locke,  negou  o  valor  do
raciocínio lógico, denunciando que a relação de causa e efeito não é
suficiente  como  verdade,  pois  nada  encontramos  entre  causa  e
efeito senão  que  um  acidente  costumeiramente  se  segue  a  outro.
Estamos habituados a chamar o primeiro acidente de causa apenas
porque ele  sempre acontece antes do segundo que  chamamos  de
efeito.
Psicologismo  e  Historicismo.  À  influência  da  psicologia
associativa de Locke sobre a filosofia (ou teoria) do conhecimento se
chamou  Psicologismo.  É  a  teoria  de  que  os  problemas  da
epistemologia  (a  validade  do  conhecimento  humano)  e  inclusive  a
questão da consciência, podem ser solucionados por meio do estudo
científico dos processos psicológicos. A Psicologia deve ser tomada
como  base  para  a  Lógica.    Os  psicologistas  entendiam  a  lógica  ­
domínio  da  filosofia  ­  como  ciência.  Seria  apenas  uma  disciplina
definidora,  normativa,  dos  atos  psíquicos,  dos  modos  associativos
do pensamento, e suas matérias apenas regras para pensar bem, e
não  fonte  de  verdade.  A  filosofia  ficou  fora  de moda,  "reduzida"  a
uma psicologia científica vinculada ao Positivismo.
O historicismo representava a mesma tendência empirista para uma
interpretação  científica  da  História.  Os  fatos  históricos  somente
poderiam  ser  compreendidos  e  julgados  se  confrontados  com  a
cultura estética, religiosa, intelectual e moral do período histórico em
que aconteciam, e não em relação a valores morais permanentes.
 Husserl. O  filósofo Edmund Husserl  ( 1859­1938),   matemático  e
lógico, professor em Göttingen e Freiburg im Breisgau, autor de Die
Idee  der  Phänomenologie  (A  ideia  da  Fenomenologia  ­  1906)
enfrenta o Psicologismo e o Historicismo, e funda a Fenomenologia..
Contrariamente a  todas as  tendências no mundo  intelectual de sua
época, Husserl quis que a filosofia tivesse as bases e condições de
uma ciência rigorosa. Porém, como dar  rigor ao raciocínio  filosófico
em relação a coisas tão cambiantes  e variáveis como as coisas do
mundo  real?  O  êxito  do  método  científico  está  em  que  ele  pode
estabelecer uma "verdade provisória" útil, que será verdade até que
um fato novo mostre uma outra realidade. Para evitar que a verdade
filosófica  também  fosse  provisória,  a  solução,  para  Husserl,  é  que
ela deveria referir­se às coisas como se apresentam na experiência
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de consciência, estudadas em suas essências, em seus verdadeiros
significados,  de  um  modo  livre  de  teorias  e  pressuposições,
despidas  de  seus  acidentes  próprios  do  mundo  real,  do  mundo
empírico objeto da ciência. Buscando restaurar a "lógica pura" e dar
rigor à filosofia, argumenta a respeito do principio da contradição na
Lógica.
No  primeiro  volume  do  seu  Logische  Untersuchungen
("Investigações lógicas"­1900­01), sob o título Prolegomena, Husserl
lança sua crítica contra o Psicologismo. Segundo os psicologistas, o
princípio  de  contradição  seria  a  impossibilidade  do  sistema
associativo  estar  a  associar  e  dissociar  ao  mesmo  tempo.
Significaria que o homem não pode pensar que A é "A" e ao mesmo
tempo pensar que A é  "não A". Husserl opõe­se a  isto e diz que o
sentido  do  principio  de  contradição  está  em  que,  se  A  é  "A",  não
pode  ser  "não A".  Segundo  ele,  o  princípio  da  contradição  não  se
refere  à  possibilidade  do  pensar,  mas  à  verdade  daquilo  que  é
pensado.  Insistiu  em  que  o  principio  da  contradição,  e  assim  osdemais princípios  lógicos,  têm validez objetiva,  isto é,  referem­se a
alguma  coisa  como  verdadeira  ou  não  verdadeira,
independentemente  de  como  a  mente  pensa  ou  o  pensamento
funciona.
Em seu artigo Philosophie als strenge Wissenschaft ("Filosofia como
ciência  rigorosa"  ­1910­11)  Husserl  ataca  o  naturalismo  e  o
historicismo. Objetou que o Historicismo implicava relativismo, e por
esse  motivo  era  incapaz  de  alcançar  o  rigor  requerido  por  uma
ciência genuína.
A  redução  fenomenológica.  A  fenomenologia  é  o  estudo  da
consciência  e  dos  objetos  da  consciência.  A  redução
fenomenológica  (ou  "epoche"  no  jargão  fenomenológico),  é  o
processo pelo qual  tudo que é  informado pelos sentidos é mudado
em uma experiência de consciência, em um fenômeno que consiste
em  se  estar  consciente  de  algo.  Coisas,  imagens,  fantasias,  atos,
relações,  pensamentos  eventos,  memórias,  sentimentos,  etc.
constituem nossas experiências de consciência.
  Husserl  propôs  então  que,  no  estudo  das  nossas  vivências,  dos
nossos estados de consciência, dos objetos ideais, desse fenômeno
que é estar consciente de algo, não devemos nos preocupar se ele
corresponde ou não a objetos do mundo externo à nossa mente. O
interesses  para  a  Fenomenologia  não  é  o mundo  que  existe, mas
sim o modo  como o  conhecimento do mundo  se dá,  tem  lugar,  se
realiza  para  cada  pessoa.  A  redução  fenomenológica  requer  a
suspensão das atitudes, crenças,  teorias, e colocar em suspenso o
conhecimento das coisas do mundo exterior a fim de concentrar­se a
pessoa  exclusivamente  na  experiência  em  foco,  porque  esta  é  a
realidade para ela.
Na  redução  fenomenológica,  a noesis  é  o  ato  de  perceber.  Aquilo
que é percebido, o objeto da percepção, é o noema. A coisa como
fenômeno de consciência (noema) é a coisa que importa, e refere­se
a ela a conclamação "às coisas em si mesmas" que fizera Husserl.
"Redução  fenomenológica"  significa,  portanto,  restringir  o
conhecimento  ao  fenômeno  da  experiência  de  consciência,
desconsiderar o mundo real, colocá­lo "entre parênteses", ­ o que no
jargão fenomenológico não quer dizer que o filósofo deva duvidar da
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existência do mundo –  como os  idealistas  radicais  duvidam – mas
sim que a  questão para  a  fenomenologia  é  antes  o modo  como  o
conhecimento  do  mundo  acontece,  a  visão  do  mundo  que  o
indivíduo tem.
Consciência  e  intencionalidade.  Vivência  (Erlebnis)  é  todo  o  ato
psíquico;  a  Fenomenologia,  ao  envolver  o  estudo  de  todas  as
vivências,  tem  que  englobar  o  estudo  dos  objetos  das  vivências,
porque as vivências são intencionais e é nelas essencial a referência
a  um  objeto.  A  consciência  é  caracterizada  pela  intencionalidade,
porque  ela  é  sempre  a  consciência  de  alguma  coisa.  Essa
intencionalidade é a essência da consciência, e é representada pelo
significado, o nome pelo qual a consciência se dirige a cada objeto.
Em seu Psychologie vom empirischen Standpunkte ("A Psicologia de
um  ponto    de  vista  empírico"­  1874),  Franz  Brentano  afirma:
"Podemos  assim  definir  os  fenômenos  psíquicos  dizendo  que  eles
são  aqueles  fenômenos  os  quais,    precisamente  por  serem 
intencionais,  contem  neles  próprios  um  objeto".  Isto  equivale  a
firmar,  como  Husserl,  que  os  objetos  dos  fenômenos  psíquicos
independem  da  existência  de  sua  réplica  exata  no  mundo  real
porque contêm o próprio objeto. A descrição de atos mentais, assim,
envolve  a  descrição    de  seus  objetos,  mas  somente  como
fenômenos  e  sem  assumir  ou  afirmar  sua  existência  no  mundo
empírico. O objeto não precisa de  fato existir. Foi um uso novo do
termo  "intencionalidade"  que  antes  se  aplicava  apenas  ao
direcionamento da vontade.
 A redução eidética. Reconhecido o objeto ideal, o noema, o objeto
da percepção, o passo seguinte é sua “redução eidética”, redução à
idéia (do grego eidos, que significa idéia ou essência) ). Consiste na
sua análise para encontrar o seu verdadeiro significado. Isto porque
não podemos nos livrar da subjetividade e ver as coisas "como são"
– o que é o real, uma vez que em toda experiência de consciência
está envolvido o que é informado pelos sentidos e também o modo
como a mente enfoca, trata, aquilo que é informado.  Portanto, dar­
se  conta  dos  objetos  ideais,  uma  realidade  criada  na  consciência,
não  é  suficiente  ­  ao  contrário:  os  varios  atos  da  consciência 
precisam  ser  conhecidos  nas  suas  essências,  aquelas  essências
que  a  experiência  de  consciência  de  um  indivíduo  deverá  ter  em
comum com experiências semelhantes nos outros.  
Por  exemplo,  "um  triângulo".  Posso  observar  um  triângulo  maior,
outro menor, outro de lados iguais, ou desiguais. Esses detalhes da
observação ­ elementos empíricos ­ precisam ser deixados de lado a
fim de encontrar  a  essência  da  idéia  de  triângulo  ­  do objeto  ideal
que é o  triângulo  ­, que é  tratar­se de uma  figura de  três  lados no
mesmo  plano.  Essa  redução  à  essência,  ao  triângulo  como  um
objeto ideal, é a redução eidética
A  redução  eidética  é  necessária  para  que  a  filosofia  preencha  os
requisitos de uma ciência genuinamente rigorosa,  requisitos já antes
mencionadas  por  Descartes,  de  claridade    apodítica,  a  certeza
absolutamente transparente, e de distinção unívoca, que quer dizer
sem  ambigüidade.  Os  objetos  da  ciência  rigorosa  têm  que  ser
essências  atemporais,  cuja  atemporalidade  é  garantida  por  sua
idealidade,  fora  do  mundo  cambiável  e  transiente  da  ciência
empírica.
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A Intuição do Invariante.  Não importa para a Fenomenologia como
o mundo real afeta os sentidos. Husserl distingue entre percepção e
intuição. Alguém pode perceber e estar  consciente de algo, porem
sem  intuir  o  seu  significado. A  intuição eidética é essencial  para a
redução eidética. Ela é o dar­se conta da essência, do significado do
que foi percebido.O modo de apreender a essência é, no jargão dos
fenomenólogos,  o  Wesensschau,  a  intuição  das  essências  e  das
estruturas  essenciais.  De  comum,  o  homem  forma  uma
multiplicidade  de  variações  do  que  é  dado.  Porém,  enquanto
mantendo  a  multiplicidade,  o  homem  pode  focalizar  sua  atenção
naquilo  que  permanece  imutável    na  multiplicidade,  isto  é,  a
essência, esse algo idêntico que continuamente se mantém durante
o processo de variação, e que Husserl chamou "o Invariante".
No  exemplo  dado  do  triângulo,  o  "Invariante"  do  triângulo  é  aquilo
que estará em todos os triângulos, e não vai variar de um triângulo
para outro. A figura que tiver unicamente três  lados em um mesmo
plano, não será outra coisa, será um triângulo.
Não  podemos  acreditar  cegamente  naquilo  que  o  mundo  nos
oferece.  No  mundo,  as  essências  estão  acrescidas  de  acidentes
enganosos.  Por  isso,  é  preciso  fazer  variar  imaginariamente  os
pontos de vista sobre a essência para fazer aparecer o invariante.
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Rubem Queiroz Cobra            
Doutor em Geologia e
bacharel em Filosofia
Lançada em 4/03/2001,
 revisada em 20­04­2005. 
=======
Direitos reservados. Para citar esse texto: Cobra, Rubem Q. ­ Fenomenologia. Temas de Filosofia, Site www.cobra.pages.nom.br,
Internet, Brasília, 2001, rev. 2005.
("www.geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br)
  
Atualizado em 11­11­2015
O CÃO DE  S IEGFRIED.
–

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