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DEFINIÇÕES DE GRUPO (em MAXIMINO, 2001)
-MOSEY (1970/74): Unidade dinâmica, um agregado de pessoas que, além de compartilharem uma proposta que só pode ser atingida através da interação e trabalho conjunto, têm ideias e comportamentos em comum, apresentando um certo grau de afeto e confiança entre si. A dinâmica e o processo dizem respeito as várias facetas dos pequenos grupos que estão em contínua mudança.
-ANZIEU (1993): Um grupo é um envelope eu faz os indivíduos ficarem juntos. Enquanto este envelope não está constituído, ele pode ser considerado somente um agregado humano, não há grupo. Assim, para este autor, o grupo é uma colocação em comum, de diversos fatores: colocação de comum energias, entusiasmos e capacidades; de representações, sentimentos e volições (DURKHEIN); das paixões (FOURIEUR); simpatias e antipatias (MORENO); 
- ... “O grupo é uma colocação em comum das imagens interiores e das angústias dos participantes. O grupo é um lugar de fomentação de imagens.” (ANZIEU, 1993)
-PICHON-RIVIÈRE (1977, 1980) refere-se aos grupos como unidade básica de interação e manutenção da estrutura social e o define como: “Todo conjunto de pessoas ligadas entre si por constantes de espaço e tempo e articulados por mútua representação interna, que se propões explícita ou implicitamente uma tarefa, que constitui sua finalidade. Podemos dizer que estrutura, função, coesão e finalidade, juntamente com um número determinado de integrantes, configuram a situação grupal, que tem seu modelo natural do grupo familiar.” (em SAIDON, 1986)
- Isto é, há uma representação interna dos membros, ou seja, não basta que as pessoas estejam agrupadas compartilhando um mesmo espaço, proposta ou atividade, é necessário que o grupo tenha uma existência interna para cada um dos seus membros. É necessário que o sujeito represente o grupo para si e se represente fazendo parte do grupo (representação interna).
GRUPOS OPERATIVOS DE PICHON-RIVIÈRE: (em MAXIMINO, 2001)
- Considera o indivíduo “como um resultante dinâmico no interjogo estabelecido entre sujeito e os objetivos internos e externos, e sua interação dialética através de uma estrutura dinâmica que Pichon denomina de vínculo.” (FISCMANN, 1997)
- A função básica do Grupo Operativo é aprender a pensar, insto é, desenvolver a capacidade de resolver dialeticamente situações conflitivas. 
 1. Tarefa, Pré-tarefa e Projeto:
- Tarefa, objetivo ou finalidade, tem a função de disparador do processo grupal.
- A Tarefa manifesta é aquela manifestada racionalmente para que os integrantes se encontrem e efetuem algo em conjunto.
- Em um grupo de TO, a realização de atividades é a tarefa manifesta, enquanto que o objetivo mesmo do grupo, a tarefa real, é o tratamento, com tudo o que ele implica.
- A Pré-Tarefa é o momento das resistências, das impossibilidades de dar conta do objetivo com pautas novas. É o momento defensivo e nele ocorre uma série de atividades caracterizadas por um “como se’.
-Na Pré-tarefa há o sentimento de que não há grupo, o que aparece é a angústia, uma mal-estar, o desejo de que acabe logo. Perde-se a proposta.
- O momento da Tarefa é aquele de abordagem e elaboração das ansiedades e emergência da posição depressiva básica, o que se expressa como consciência de finitude e, a partir de onde seria possível estruturar a tarefa em termos de tempo e espaço, elaborar estratégias e táticas e intervir nas situações provocando transformações.
- Já o Projeto aparece no início de todo o grupo como o “propósito” dos diversos participantes, este vai sendo transformado, recriado no transcorrer do próprio trabalho grupal.
- O Projeto poderia ser considerado como a soma dos “insights”. É aquilo que, entrecruzando-se à coordenação, ao grupo e à tarefa, coloca o grupo em movimento. Entrecruzam-se o plano consciente, o plano inconsciente e o plano que é efeito das relações do grupo.
- Momento onde é possível criar estratégias para produzir mudanças (SAIDON, 1986)
 2. Cone Invertido e seus Vetores:
- Esquema que demonstra os diversos vetores que atuam em um grupo.
- Na base do Cone estão representados os conteúdos manifestos, e na parte inferior (ápice) as fantasias do grupo.
- O movimento em espiral vai fazendo o que é implícito tornar-se explícito e vai atuar sobre os medos básicos.
**Os Vetores são:
a) Filiação e Pertenência: Aproximação não fixa com a tarefa, um tatear, quando os participantes ainda não estão totalmente engajados no grupo. Pertenência é o grau de participação efetiva na tarefa e no grupo, o quanto entraram no grupo.
b) Pertinência: Relação do grupo com a Tarefa. Surge como expressão do desejo grupal.
c) Comunicação e Aprendizagem: Se expressam os transtornos e as dificuldades do grupo para enfrentar uma tarefa. Cada transtorno de comunicação se reflete em um transtorno de aprendizagem.
d) Cooperação: é a possibilidade do grupo de perceber sua estratégia geral e manifesta-se pela capacidade de colocar-se no lugar do outro.
e) Tele: Diz respeito ao clima afetivo de diferentes momentos do grupo.
 3. Horizontalidade e Verticalidade:
- Verticalidade refere-se à história pessoal de cada participantes do grupo
- Horizontalidade refere-se ao processo atual que ocorre com o grupo e com a totalidade de seus membros.
- Grupo Operativo se propõe a resolver o as dificuldades no campo grupal e não no campo individual, mas esta abordagem também não estaria centrada exclusivamente no grupo como unidade.
 4. Coordenação e suas Funções:
- A interpretação no Grupo Operativo toma o modelo da interpretação psicanalítica e tem como objetivo tornar explícito o implícito.
- O coordenador deverá sinalizar as dificuldades que impedem o grupo de enfrentar a tarefa, propondo hipóteses para que o grupo possa tomar a si mesmo como objeto de estudo.
 5. Grupo Interno:
- Cada participante tem seus próprios esquemas de referência, que consistem em suas ideologias, suas experiências e formas de pensar, sentir e agir.
- projetam seus esquemas de grupo interno para o grupo, que são confrontados durante o processo grupal, configurando-se em um esquema conceitual referencial de grupo comum, que seria a condição básica para o estabelecimento da comunicação e da aprendizagem.
COESÃO: (em MAXIMINO, 2001)
- Em TO, coesão é descrito como “desenvolvimento de uma sensação de confiança e aceitação pelo grupo,... pertencer e ser aceito pelo grupo”. 
- É o que mais se aproxima dos vetores Filiação e Pertinência.
- Resultante de todas as forças que, agindo nos membros do grupo, os fazem permanecer neste.
- “É um fator positivo no grupo relacionado a um desejo individual de participar e compartilhar experiências com outras pessoas. É também fator importante no comparecimento dos membros e na sua disposição de compartilhar nas decisões do grupo.”
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE GRUPOS (em BALLARIN, 2003)
-Desde seu nascimento o homem participa de diferentes grupos. Os homens nascem, crescem, desenvolvem-se e morrem, inserindo-se em diferentes grupos sociais. Buscam dialeticamente estabelecer uma identidade individual, mas também uma identidade grupal. De fato, o home é, por natureza, um animal essencialmente gregário. (ZIMMERMAN, 1997)
(em BALLARIN, 2007):
- O homem é um ser gregário por natureza e desde o seu nascimento participa de diferentes grupos;
- Um grupo NÃO existe de maneira autônoma e separada da realidade em que se insere;
- Um grupo não é um mero somatório de indivíduos e sim uma nova entidade que se constitui.
T.O e GRUPOS (em BALLARIN, 2003)
- GRINBERG et al. (1976): a diferença essencial entre um grupo social e um grupo terapêutico é marcada fundamentalmente por dois aspectos. O primeiro está relacionado aos objetivos propostos em cada um destes grupos (no terapêutico: o tratamento dos participantes do grupo). O segundo aspecto está relacionado à ideia de que num grupo terapêutico, para se efetivar o tratamento, necessita-se da presença efetiva do terapeuta.
- Um dos princípios que norteiam a prática clínica do T.O está relacionadoà ideia de que o fazer tem efeito terapêutico. De acordo com MAXIMINO (1997), o fazer em grupo pode facilitar e até mesmo transformar o fazer, podendo ter características terapêuticas.
CONSTITUIÇÃO DO GRUPO:
-Para que um grupo de atividades se constitua, é de fundamental importância o papel desenvolvido pelo coordenador T.O, na etapa de preparação e planejamento do grupo.
-As características do grupo – número de participantes, encaminhamentos, critérios de seleção, estabelecimento do contrato terapêutico, preparação do ambiente e dos materiais – devem ser criteriosamente avaliados pelo TO.
**Diagnóstico Situacional (BENETTON, 1994): perspectiva de compreensão do sujeito em sua totalidade e, sobretudo, a compreensão e o diagnóstico da situação e das condições (formas de se relacionar, estado geral, pragmatismo) apresentados pelo paciente no momento de encaminhá-lo/selecioná-lo para um grupo.
ESTRUTURA DO GRUPO:
a) FOLKES e ANTHONY (1967): Grupos heterogênios, intermediários e homogêneos.
- Heterogêneos: Compostos por participantes que apresentam diferentes diagnósticos e distúrbios. A composição 
- Intermediários: São aqueles grupos e que se busca combinar as personalidades dos participantes.
- Homogêneos: São aqueles em que os participantes apresentam distúrbios comuns.
b) Também podemos nos referir à grupos abertos, fechados ou pouco aberto.
- Aberto: os participantes podem ser substituídos por outros integrantes, quando há abandono. O contexto varia sistematicamente (GRINBERG et al, 1976)
- Fechado: Não há ingresso de novos participantes após o início do processo terapêutico, não havendo substituição dos integrantes que saem do grupo. (GRINBERG et al, 1976)
- ‘Pouco Aberto’: aquele que estabelece um compromisso entre os grupos fechado e aberto, permitindo que um novo participante possa ser inserido no grupo para completar a saída de outro. Possibilita adaptação a diferentes exigências. (FOLKES e ANTHONY, 1967)
(em BALLARIN, 2007):
- DUNCOMBE e HOWE ((1985) descreveram 10 tipos de grupos utilizados em TO: 
1) Exercícios; 2) Tarefas; 3) Atividades de culinária; 4) Atividades de Vida Diária; 5) Arte e Destreza; 6)Integração sensorial; 7) Integração motora; 8)Discussão orientada pela realidade; 9) Discussão orientada por sentimento; e 10) Atividade educacional.
SETTING TERAPÊUTICO: (em BALLARIN, 2003)
Elementos que constituem o Setting de T.O:
-- O Contrato que o coordenador T.O estabelece com o grupo, que incluem aspectos como: o local, horário, frequência de atendimento, a ideia de que os participantes se reúnem em grupo para vivenciar experiências relacionadas ao fazer (objetivos do grupo);
-- A organização do espaço físico que inclui os materiais e equipamentos;
-- A figura do terapeuta ocupacional.
Segundo BENETTON (1994) o setting em T.O é constituído por um local que deve possibilitar o desenvolvimento de diversas atividades. Além disso, é um espaço que recebe as influências das característica do profissional que o coordena, expressando suas preferências pessoais. Essas escolhas estão associadas à escolha e utilização dos materiais, às habilidades e às abordagens teóricas do profissional.
DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO: (em BALLARIN, 2003)
 MOSEY identifica 5 tipos de grupos:
a) Grupo Paralelo: agrupamento de pacientes envolvidos em atividades individuais com uma mínima necessidade de interação. Os membros do grupo podem agir como fonte de estímulo uns para os outros ou ainda no teste de como seu comportamento pode afetá-lo. 
- TO é o líder, e as necessidades de segurança, amor e aceitação são supridas pelo terapeuta, que auxilia na atividade
b) Grupo de Projeto: Participantes envolvidos em uma atividade comum e de curta duração que requer alguma interação: definidas por cooperação e competição.
-Objetivo principal: realização da atividade, e relacionamentos que não digam respeito a esta são desconsiderados.
-TO auxilia na seleção de atividades com este nível de interação e provê assistência individual.
c) Grupo egocêntrico-cooperativo: Os membros selecionam, implementam e executam atividades de longa duração.
-Atividades são centrais, mas encoraja-se a busca de satisfação das necessidades emocionais através da interação recíproca. TO ainda responde elas necessidades e coordena a tarefa, mas exerce menor papel de liderança.
d) Grupo Cooperativo: os participantes são encorajados a expressar emoções, compartilhar ideia e sentimento, e identificar e gratificar as necessidades sócio-emocionais uns dos outros juntamente com a realização da atividade.
- TO atua mais como conselheiro, é quase um participante do grupo, expressando suas ideias e sentimentos.
e) Grupo Maduro: Caracteriza-se pela realização de atividades e desempenho de papéis adequados a um funcionamento grupal. Objetivo: combinação da produtividade com satisfação das necessidades pessoais.
- TO interage como um membro do grupo.
BENETTON (1991) descreve dois tipos de dinâmica relacionados diretamente ao uso de atividades:
--- Grupo de atividades: cada participante faz sua atividade e mantém com o TO uma relação individual.
--- Atividade Grupal: Todos fazem uma atividade em conjunto, e o TO mantém o grupo nessa relação de trabalho.
 MAXIMINO (1997) e FERRARI (1991): a atividade pode ser entendida como estímulo, como elemento central do processo terapêutico ocupacional, como mediadora da relação terapêutica, como forma de comunicação e expressão dos conteúdos internos dos pacientes.
 (em BALLARIN, 2007):
- FERRARI (1991): Importância dos grupos não-verbais, cujas atividades são utilizadas enquanto mediadoras da relação terapeuta-paciente-grupo, com o objetivo de ampliar a expressão e experimentação de outras formas de comunicação.
- MAXIMINO (1997): Grupos como espaço potencial e como caixa de ressonância. No Potencial, o grupo de atividades deve propiciar um ambiente confiável para que o paciente arrisque estabelecer relações e usar objetos, sendo estimulado à experimentação. Enquanto Caixa de Ressonância, o grupo pode funcionar ampliando as possibilidades de intervenção, pois as intervenções dirigidas à um paciente podem atingir o grupo como um todo.
MANEJO DOS GRUPOS (em BALLARIN, 2007):
- O manejo grupal compreende todos os movimentos do coordenador dirigidos ao grupo na direção dos objetivos.
- As intervenções do TO propriamente ditas, expressas à partir do comunicar-se, colocar-se entre, mostrar-se atento, compreendendo a importância do estar e do fazer, buscando o significado da ação.
- Atenção às manifestações psíquicas exclusivas do acontecimento grupal.
- Dirigir-se ao grupo estando presente nas ações do grupo e sempre considerando os movimentos e os fenômenos transferênciais e contratransferênciais diversas vezes presentes nas situações de grupo.
-Buscar favorecer aos participantes a construção da representação interna do grupo.
- A construção do setting terapêutico ideal para o grupo, considerando a formação deste, o contrato com este e a preparação do ambiente de atividade/reunião grupal.
ABORDAGENS PSICODINÂMICAS: (em MAXIMINO, 2001)
- Os grupos de autoexpressão (atividade grupal) e grupo verbal têm seu foco na expressão verbal de questões relativas aos próprios grupos, aos sentimentos, conflitos, e etc. (SCHWARTZBERG, HOWE e MCDERMONTT)
- A participação neste grupo, para as autoras, pode ser uma boa preparação para o trabalho e situações sociais que envolvem necessidade de interação com grupos.
- o grupo de atividade grupal apresenta um formato altamente estruturado para a interação social, na qual todos os membros do grupo são sistematicamente incluídos, a despeito de suas possíveis dificuldades, o que pode ser uma boa forma de envolver os pacientes no treino de falar do grupo como um todo.
(em BALLARIN, 2003)
-Considerando-se uma abordagem psicodinâmica, um grupo de atividades pode ser definido como aqueles em que os participantes se reúnem na presença do T.O., para vivenciar experiências relacionadas ao fazer, como, por exemplo: passear, pintar, desenhar, modelar,dançar, fazer compras, relaxar, jogar, costurar, etc. 
-Também podemos considerar que o objetivo de um grupo de atividades em T.O é o tratamento e TUDO o que ele implica.

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