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Contestação de Pensão Alimentícia

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____________________________________________________________________________ 
AV. Goiás, N° 184, Bairro Carrilho CEP 76.380-000 Goianésia GO, Tel/Fax (62) 3353-3400 
Contato@goncalvesemartins.com.br/ www.goncalvesemartins.com.br 
 
 
 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA 1ª 
VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE GOIANÉSIA, GOIÁS. 
 
 
PROCESSO Nº 20160000319 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAFAEL BUENO DE FREITAS, representado por sua genitora LETÍCIA 
DE FREITAS, já qualificada apud acta, por seu Advogado firmado in fine, 
mandato incluso, com escritório na Avenida Goiás, n° 184, bairro Carrilho, 
cidade de Goianésia – GO, onde recebe intimações, nos autos do processo 
que lhe move CASSIO BUENO, vem à presença de Vossa Excelência oferecer 
Contestação, nos termos a seguir articulados: 
 
I - SÍNTESES DOS FATOS 
 O autor ajuizou o presente feito asseverando que não possui condições 
de continuar arcando com a pensão alimentícia, devida a seu filho, fixada nos 
autos do processo n° 2156815498465, que tramitou perante este douto Juízo. 
 
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Contato@goncalvesemartins.com.br/ www.goncalvesemartins.com.br 
 
 
Sendo que o autor auferia renda de 4.800,00 (quatro mil e oitocentos reais) 
mensais, e alega ter sido demitido sem justa causa 6 meses após a 
homologação da sentença de alimentos. Diz ainda, que atualmente aufere 
renda apenas de R$ 1.090,00 (um mil e noventa reais) mensais como vendedor 
na empresa GOIAS CALÇADOS. 
Destarte, requereu a diminuição do valor da pensão vigente para R$ 327,00 
(trezentos e vinte e sete reais) mensais o que equivale, portanto, a 30% da sua 
suposta renda atual. 
 Recebida a exordial, determinou este douto Juízo fosse apensado os 
autos do processo de alimentos e a citação do menor. 
 Em síntese, o necessário. 
 
II - DAS PRELIMINARES 
2.1. DO VALOR DA CAUSA 
O autor propôs um valor da causa totalmente irrisório, de apenas 
3924,00 (três mil novecentos e vinte e quatro reais), o que equivale a uma 
pensão alimentícia de apenas R$ 327,00 (trezentos e vinte e sete reais) 
mensais, o que nos dias de hoje, não é suficiente para criar e educar uma 
criança adequadamente. 
Ainda, tendo em vista que o autor tem condições financeiras de pagar 
uma pensão melhor ao seu filho, pois possui rendas extras além de seu 
emprego assalariado. 
 Também conta com imóveis resultantes da partilha de bens, é mais que 
possível que o mesmo continue pagando a pensão no valor de R$ 1.440,00 
(um mil quatrocentos e quarenta reais) mensais ao seu filho Rafael Bueno de 
Freitas, visto que é o indispensável para ajudar na criação e na boa educação 
para o mesmo. 
 
 
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2.2. DA INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
É imperioso discorrer especificamente sobre o ardiloso e malicioso pedido de 
benefício da justiça gratuita, na petição inicial da ação contestada. 
Rezam os arts. 4º, §§ 1º e 2º e da Lei 1.060/50, in verbis: 
 
“Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante 
simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de 
pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo 
próprio ou de sua família. 
§ 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição 
nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas 
judiciais. 
§ 2º. A impugnação do direito à assistência judiciária não suspende o curso do 
processo e será feita em autos apartados.” 
De outra banda, os arts. 6º e 7º da referida Lei dispõe acerca da forma 
de processamento da impugnação ao pedido de benefício da justiça gratuita: 
“Art. 6º. O pedido, quando formulado no curso da ação, não a suspenderá, 
podendo o juiz, em face das provas, conceder ou denegar de plano o benefício 
de assistência. A petição, neste caso, será autuada em separado, apensando-
se os respectivos autos aos da causa principal, depois de resolvido o 
incidente.” 
“Art. 7º. A parte contrária poderá, em qualquer fase da lide, requerer a 
revogação dos benefícios de assistência, desde que prove a inexistência ou o 
desaparecimento dos requisitos essenciais à sua concessão. 
Parágrafo único. Tal requerimento não suspenderá o curso da ação e se 
processará pela forma estabelecida no final do artigo 6º desta Lei.” 
Assentadas as premissas básicas da Lei 1.060/50, percebe-se que o 
Autor não é miserável na forma da lei; ao revés, dispõe de dinheiro suficiente 
para pagar as custas processuais e taxa judiciária. 
 
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Assim, mesmo compulsando rapidamente o caderno processual, mais 
especificamente a petição inicial, e analisando-se tão somente os imóveis em 
nome do autor e o valor de seus depósitos mensais, constata-se que ele não 
merece ser beneficiário da gratuidade da justiça. 
Apenas por ardil e malícia o Demandante requereu os benefícios da 
justiça gratuita, eis que toda a documentação carreada na inicial dá conta de 
que ele tem plenas condições de pagar o valor das custas processuais e da 
taxa judiciária conforme a lei estadual ordena. 
Encobertos pela “singela declaração de miserabilidade”, o autor 
contradiz-se, pois está empregado e possui renda suficiente, como provam os 
documentos juntados à esta, para pagar um imóvel, aliás, 02 imóveis. 
Tais fatos são suficientes para provar o desacerto do Impugnado quanto 
ao pedido de assistência judiciária gratuita, eis que possui renda suficiente para 
adquirir os imóveis. 
Há, no mínimo, séria contradição – senão descarada má-fé típica de 
litigantes aventureiros e inescrupulosos – entre as alegações do contestado e 
as provas carreadas. 
Não se faz necessário maior esforço argumentativo para derrubar a 
falaciosa historieta de “pobres na forma da lei” perpetrada pelo autor, ora 
contestado. Ademais, a declaração de gratuidade somente tem presunção 
relativa, consoante disposto na lei federal de n.º 1.060/50. 
Neste sentido, já decidiram os Tribunais pátrios, sobretudo o Superior 
Tribunal de Justiça, a quem cabe unificar o entendimento jurídico sobre 
matérias de ordem infraconstitucional. 
Neste diapasão, traz-se à colação, também, o presente escólio 
jurisprudencial: 
 
 
 
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“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. JUSTIÇA 
GRATUITA. MERA DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA. 
PRESUNÇÃO RELATIVA. SÚMULA 07/STJ. RECURSO 
IMPROVIDO. 
1. Não se convencendo o magistrado da situação de 
miserabilidade da parte quando solicitada a sua demonstração, 
poderão ser indeferidos os benefícios da justiça gratuita, 
porquanto a declaração de hipossuficiência não ostenta 
presunção absoluta de veracidade. 
2. Rever as conclusões do acórdão acerca do indeferimento de 
assistência judiciária demandaria incursão indevida no acervo 
fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula07/STJ. 
3. Recurso improvido.” 
(AgRg no Ag 881.512/RJ, Rel. Ministro CARLOS 
FERNANDO MATHIAS (JUIZ FEDERAL CONVOCADO DO 
TRF 1ª REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 02/12/2008, 
DJe 18/12/2008) 
 
“JUSTIÇA GRATUITA. LEI 1.060/50. ALEGAÇÃO DE 
CONDIÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO "JURIS TANTUM". 
INDEFERIMENTO DO PEDIDO COM BASE NAS PROVAS 
DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO NESTA 
CORTE. SÚMULA 07/STJ. 
I - O benefício da justiça gratuita é concedido mediante a 
simples afirmação da parte de que não está em condição de 
arcar com as custas do processo. Entretanto, tal afirmação 
possui presunção juris tantum, podendo ser confrontada por 
outras provas lançadas aos autos, nos termos do § 1º do art. 4º 
da Lei 1.060/50. 
 
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II - A decisão do Tribunal a quo que indefere pedido de justiça 
gratuita com base nas provas dos autos não pode ser revista 
nesta Corte ante o óbice previsto na súmula 7/STJ. 
III - Recurso especial a que se nega provimento.” 
 
 
Cediço e firme nos escólios jurisprudenciais trazidos à colação e somado 
ao fato de o contestado ter imóveis com preço total de venda acima de R$ 
440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais) e recebe alugueis mensais dos 
referidos imóveis, deve, então, ser revogado e indeferido o benefício da justiça 
gratuita, sendo que este tem condições custear o processo. 
Por tudo que dos autos consta, e após colhidos os entendimentos legais 
e jurisprudências sobre a matéria, requer-se que este MM. Juízo, sob 
provocação, determine que o Autor emende a inicial e recolha as custas 
processuais e taxa judiciária – em razão desta contestação -, e seja condenado 
nas penas previstas no art. 4º, § 1º da Lei 1.060/50. 
 
III - DO MÉRITO 
 Douto Magistrado, não merece acolhida o pedido do autor. De fato, ao 
contrário do que procurou fazer crer, o alimentante encontra-se muito bem 
financeiramente. Não só possui ótimo emprego junto à Empresa GOIAS 
CALÇADOS, como possui outros proventos não declarados, não justifica desse 
modo, redução da pensão alimentícia ao alimentado. 
Tais fatos, não demonstrou o Requerente o declínio de seu poder 
aquisitivo, ressaltando que a atual companheira tem recursos próprios, não 
sendo dependente economicamente do referido Requerente. Possuindo ainda 
veículo e casa própria, além de ter contratado um ótimo Advogado particular 
para ajuizar o presente feito. 
De outro lado, a genitora encontra-se em um momento muito difícil na 
sua vida financeira, estando pressionada por compromissos vencidos e a 
 
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vencer comprometendo a restrição de seu nome aos órgãos de proteção ao 
credito SPC/SERASA. Ademais, não se pode deixar de considerar que as 
despesas com o alimentando não compreendem apenas o sustento alimentar, 
mas também o vestuário, habitação, assistência médica em caso de doença, 
uma boa educação, entre outros recursos. Tendo o requerente o dever de 
contribuir de maneira digna para o sustento de seus filhos, pois, conforme 
disposição constitucional expressa no artigo 229 é dever de ambos os pais, 
assistir, criar e educar os filhos menores. 
De qualquer forma, mesmo que fosse o caso de se revisar o valor da 
pensão alimentícia, o que se aceita apenas para contra argumentar, não seria 
o caso de fixar-se o novo valor da pensão com base no salário-mínimo, uma 
vez que o alimentante encontra-se regularmente empregado e com outras 
rendas, devendo-se observar o critério de porcentagem sobre os rendimentos 
líquidos. 
 
IV – DOS PEDIDOS 
 
Antes o exposto, considerando que não houve mudança no status 
econômico do alimentante e que as necessidades do alimentado cresceram e 
tende-se aumentar requer se a improcedência do pedido, mantendo-se a 
obrigação alimentícia do autor conforme acordo firmado no processo n° 
2156815498465, deste Juízo. 
EX POSITIS, requer a Vossa Excelência, seja julgado totalmente 
improcedente o presente feito, condenando o Autor ao pagamento das custas 
processual e honorário advocatício, por ser medida de direito e da mais límpida 
JUSTIÇA. 
Requer pela produção de todas as provas admitidas em direito, em 
especial, depoimento pessoal do Requerente, documental, pericial, se 
necessário for, apresentação dos últimos movimentos bancários em sua conta, 
e oitiva de testemunhas. 
 
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Reitera, ademais, o pedido de justiça gratuita, vez que se declara pobre 
no sentido jurídico do termo. 
Termos em que 
p. deferimento. 
 
Goianésia-Go, 29 de janeiro de 2015. 
 
 
 
 
Wayster Gonçalves de Oliveira 
OAB/GO 8.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Larissa Martins 
OAB/GO 2.238

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