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Aula Acessibilidade

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AVALIAÇÃO DO AMBIENTE 
•COMO É O DESLOCAMENTO ATÉ ESSE AMBIENTE? 
•COMO É O ACESSO AO AMBIENTE? 
“a cidade deve estar preparada para que estas pessoas tenham condições para se localizarem dentro dela, bem como facilidade de locomover-se naturalmente de um lado para outro.” 
(LEITE, 2007, p. 182).
• OBJETIVO 
Maior participação e independência nas atividades cotidianas
O QUE É ACESSIBILIDADE? ACESSIBILIDADE ≠ ACESSO
ACESSIBILIDADE DECRETO 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 
- Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
BARREIRAS DECRETO 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004: 
- Qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à informação, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas; 
b) barreiras nas edificações; 
c) barreiras nos transportes; 
d) barreiras nas comunicações e informações.
Classificação de Dischinger et al. (2007) 
•DISCHINGER, M.; ELY, V. H. M. B.; MACHADO, R.; SILVA, R. M. de S.; PADARATZ, R.; ANTONINI, C.; DAUFENBACH, K.; SOUZA, T. R. M. de. Desenho universal nas escolas: acessibilidade na rede municipal de ensino de Florianópolis. Florianópolis: Grupo PET Arquitetura e Urbanismo, UFSC: Prefeitura Municipal de Florianópolis, 2004. 
BARREIRAS 
ATITUDINAIS - FÍSICAS – INFORMAÇÃO
A preocupação com a diminuição das barreiras arquitetônicas iniciou-se em 1976 com o Programa Mundial das Pessoas com Deficiência. 
NBR
1985: “Adequação das edificações e mobiliário urbano à pessoa deficiente” 
–termo acessibilidade era usado como sinônimo de simples remoção ou ausência de barreiras 
1994: 1º revisão da norma: “Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaços, mobiliário e equipamentos urbanos 
–ampliação da garantia de acessibilidade de locais somente públicos, para locais públicos e privados, o uso dos conceitos do Desenho Universal e uma maior preocupação com a sinalização. 
2004: “Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”
NBR 9050:2004 A NBR 9050 estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos com relação à acessibilidade, sendo consideradas as diversas condições de mobilidade e percepção do ambiente, visando proporcionar o uso do ambiente e equipamentos de maneira autônoma e segura, independente de qualquer condição ou limitação do sujeito. 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004)
DESENHO UNIVERSAL DECRETO 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004: 
- Espaços, artefatos e produtos que visam atender as diferentes necessidades sensoriais e antropométricas de todas as pessoas, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se em um dos elementos e soluções da acessibilidade.
PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS
ÁREA DE CIRCULAÇÃO
ALCANCE MANUAL
TRANSPORTE “Às vezes tem o ônibus, às vezes a rampa está estragada. O ponto de ônibus também não está adequado. Muitas vezes o motorista passa e deixa a pessoa no ponto. Às vezes está no horário que tem o ônibus, mas o ônibus não está na linha.” (DEPOIMENTO DE CADEIRANTE )
Transporte reconhecido nacionalmente 
88% ônibus adaptados 
Intervalos longos sem ônibus adaptados 
Falta de manutenção dos elevadores dos ônibus e tubos 
Pontos de ônibus sem adaptação 
ESTACIONAMENTO 
•Deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção. 
ACESSOS 
Construções Edificadas
6.2.1 TODAS as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício. 
Adaptação de Edificação
6.2.2 Na adaptação de edificações e equipamentos urbanos existentes deve ser previsto no mínimo um acesso, vinculado através de rota acessível à circulação principal e às circulações de emergência,.
SINALIZAÇÃO VISUAL 
•Informações visuais devem seguir premissas de textura, dimensionamento e contraste de cor dos textos e das figuras para que sejam perceptíveis por pessoas com baixa visão. 
• As informações visuais podem estar associadas aos caracteres em relevo. 
TEXTOS DE ORIENTAÇÃO As informações dirigidas às pessoas com baixa visão devem utilizar texto: 
-impresso em fonte tamanho 16, 
-com traços simples e uniformes e algarismos arábicos, 
-em cor preta sobre fundo branco. 
SINALIZAÇÃO DAS PORTAS 
• A sinalização tátil deve ser instalada nos batentes no lado onde estiver a maçaneta. 
•Nas portas deve haver informação visual (número da sala, função etc.) localizada no centro da porta ou na parede adjacente. 
CIRCULAÇÃO INTERNA 
6.9.1 Corredores 
• Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos. 
a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; 
b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; 
c) 1,50 m para corredores de uso público; 
d) maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas. (fórmula)
6.9.2 Portas 
•As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. 
• As portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. 
PISOS 
Devem apresentar superfície: 
•regular, 
•firme, 
•estável, 
•antiderrapante, 
•de forma a não provocar trepidação em dispositivos com rodas. 
Capachos, forrações, carpetes e tapetes 
• Os capachos devem ser embutidos no piso e nivelados de maneira que eventual desnível não exceda 5 mm. 
• Os carpetes e forrações devem ter as bordas firmemente fixadas ao piso. 
•A altura da felpa do carpete em rota acessível não deve ser superior a 6 mm. 
•Tapetes devem ser evitados em rotas acessíveis. 
DESNÍVEIS 
•Desníveis de qualquer natureza devem ser evitados em rotas acessíveis. Eventuais desníveis no piso de até 5 mm não demandam tratamento especial. 
•Desníveis superiores a 5 mm até 15 mm devem ser tratados em forma de rampa. 
• Desníveis superiores a 15mm devem ser considerados como degraus e ser sinalizados 
RAMPAS 
•As rotas acessíveis não podem apresentar degrau de qualquer natureza. Pequenos degraus de até 5mm não demandam tratamento especial. 
• Degraus superiores a 5mm devem ser tratados em forma de rampa. 
ESCADAS 
•Degraus e escadas fixas em rotas acessíveis devem estar associados a rampas ou equipamento de transporte vertical. 
•Mesmo assim, as escadas devem garantir condições mínimas de segurança e conforto: 
SANITÁRIOS –áreas de transferência
BARRAS DE APOIO
“Para o desempenho das atividades cotidianas e para o exercício do direito e dever de participação social, as pessoas se defrontam tanto com facilitadores bem como com barreiras.” 
“Cabe observar que aquilo que se constitui em umabarreira para uma determinada pessoa, pode não o ser para outra, podendo inclusive constituir- se em um facilitador para uma terceira pessoa.” 
(TORRES, MAZZONI ; MELLO, 2007)
ADAPTAÇÃO DO AMBIENTE 
•Remover algo; 
•Adicionar algo; 
•Alterar algo; 
•Posicionar algo; ou 
•Melhorar algo. 
ADAPTAÇÃO AMBIENTAL Atender a critérios de: 
• Mobilidade 
(Desempenho do indivíduo no contexto físico) 
•Orientabilidade 
(Informações necessárias para uso e acesso do ambiente) 
•Usabilidade 
(Relação do indivíduo com equipamento ou mobiliário)
ADAPTAÇÃO AMBIENTAL Def. Visual 
•Iluminação brilhante e regulável 
•Cores contrastantes 
•Indicadores táteis, alto relevo, saída de voz 
•Eliminação de padrõesconfusos em superfícies 
•Remoção de barreiras / organização do mobiliário 
ADAPTAÇÃO AMBIENTAL Def. Auditivo 
•Telefone adaptado 
•Acesso a papel e caneta 
•Aparelhos com sinal vibratório ou de luz 
•Tv com legendas 
•Aparelhos de amplificação 
•Organização do mobiliário 
ADAPTAÇÃO AMBIENTAL Def. de mobilidade 
•Acesso sem degraus 
•Organização do mobiliário 
•Banheiro adaptado 
•Interruptores acessíveis 
•Maçaneta tipo alavanca 
•Molas para fechamento de portas 
•“Tornar um ambiente acessível significa permitir todas as possibilidades de alcance, percepção e o entendimento de ajudas técnicas para utilização do espaço com segurança e autonomia das pessoas.” 
(CAVALCANTI; GALVÃO; MIRANDA, 2007)
A CONTRIBUIÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NA ANÁLISE DE ACESSIBILIDADE 
•Profissional capacitado para atuar com a funcionalidade do indivíduo em todas as fases da vida; 
•Atua diretamente nas condições de acessibilidade, objetivando desempenho, funcionalidade e independência; 
•Planeja e executa a remoção de barreiras arquitetônicas: 
- substituição de escadas por rampas, adequação de pisos, mobiliários, adaptação de banheiros, sinalização, entre outras. 
(MARINS E EMMEL, 2011)
EXEMPLO: ANÁLISE DE ACESSIBILIDADE
Sanitário: 
-Vaso sanitário 
-Barra de apoio 
-Papeleira 
-Lavatório 
•Remoção de barreiras arquitetônicas: não é apenas um conjunto de rampas e medidas, mas uma filosofia de acolhimento, conforto e facilidades. 
•O terapeuta ocupacional, atuando em conjunto com outros profissionais, participa do planejamento e execução da remoção de barreiras arquitetônicas. 
•Dificuldades: ambientes em uso ou fechados durante a análise; surgimento de novas informações; prédio antigo, construído antes da NBR 9050/2004. 
•A percepção do Terapeuta Ocupacional vai além de medidas e dimensões, ampliando a compreensão da análise de acessibilidade junto de outros profissionais, buscando compreender as dificuldades do sujeito em cada ambiente visando funcionalidade e desempenho, com autonomia e segurança.

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