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Direito Penal Parte especial II

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Direito Penal - Parte especial II
Professor Paulo de Tarso Júnior
Destruição, subtração e ocultação de cadáver (art. 211)
Conceito
Três condutas (ocultação - desaparecer para esconder outro crime, destruição, subtração - é o cadáver “furtado”, com exceção do que pertence a instituição de ensino, este seria um bem dessa instituição) relacionadas com cadáver ou parte dele. 
Objetividade Jurídica: sentimento de respeito aos mortos
Bem jurídico protegido, sentimento de respeito aos mortos. Conceito antigo que vem de Roma.
Cremar é respeito ao morto também, não é ocultação desde que legal. Para que haja a cremação não adianta só falar, um familiar direto do morto deve atestar, salvo se escrito. No caso de vítima de morte violenta é feita a perícia e depois se deve pedir autorização para o juiz para poder cremar, porque pode perder provas na cremação.
Sujeitos do crime
Ativo: qualquer pessoa 
É um crime comum, não precisa de qualquer qualidade. Pode até mesmo ser um familiar.
Passivo: coletividade além dos familiares
Crime vago. Coletividade é o sujeito passivo principal e de forma subjetiva a família.
Elementos objetivos:
Condutas
Destruir: pode ser total ou parcial - cadáver ou parte dele
Destruir é sinônimo de eliminar, algo deixar de existir. Pode destruir todo o cadáver ou parte dele (pena é maior na destruição total do que na parcial). Se tem dedo fora do cadáver e destrói essa parte, não entra nesse crime. O membro parcialmente destruído deve fazer parte do corpo (estar junto dele). Ex: mamonas assassinas se destrói fora o corpo não é essa lei. 
Ex: mulher Yoki que corta para fins de ocultação.
Subtrair
Subtração é tirar da esfera de vigilância de alguém (família ou responsável), leva de 1 lugar para outro (retira). Não precisa de um motivo. A subtração do órgão de pessoa viva não entra aqui, possui lei específica, lei nº 9.434/97 (art. 14).
Ocultar
Ocultação ainda que transitória é ESCONDER de forma definitiva ou transitória. Ex: maníaco do parque, cometeu o crime, mesmo mostrando onde as vítimas estavam depois.
Enterrar pessoa viva: homicídio sem ocultação, a ocultação já faz parte do tipo.
A ocultação ocorre antes do enterro, depois que enterrou se leva o cadáver é outra coisa (pode ser subtração).
Cadáver
Conceito
Natimorto e feto
Excluídos: cinzas, múmias, esqueleto e corpo decomposto
5. Elemento Subjetivo
Polo genérico
Tipo subjetivo é o dolo genérico.
6. Consumação e tentativa
Na destruição, com a eliminação 
Se coloca no ácido para destruir corpo e alguém chega sem nada ser destruído e impede há apenas a tentativa. Caso apenas uma parte do cadáver seja destruída tem a destruição parcial. Caso seja destruído por inteiro, destruição total. Ela se consuma com a eliminação (total ou parcial).
Na subtratação com a retirada da vigilância
Retirada da vigilância da família ou de responsável pela guarda do corpo. Quando possui a guarda mansa e tranquila da coisa. Caso não tenha posse mansa e tranquila é tentativa.
Na ocultação com o desaparecimento ainda que temporário
Mesmo que temporário, só com o desaparecimento já é consumado. No caso da tentativa seria por exemplo ser pego cavando cova para esconder o corpo.
Tentativa é possível
Crime material que permite tentativa nas três condutas.
7. Pena e ação penal
Reclusão de 1 a 3 anos e multa.
A.P.P.I - Ação Penal Pública Incondicionada
Observações sobre Ação Penal:
A ação penal é um processo de conhecimento que enseja uma condenação.
Para que ele tenha início pode ser de dois jeitos:
Elaborado pelo MP, ação de iniciativa PÚBLICA. A PI é chamada de Denúncia, proposta pelo MP. A ação penal pública pode ser:
Incondicionada: independe de condições, ele anda do BO até o judicial sozinho.
Condicionada: depende de vontade para que o Estado e a polícia possam atuar.
Representação (autorização) do ofendido
Requisição do Ministro da Justiça: tamb´me é uma autorização, pode autorizar ou não para que o MP atue, se não requisitar atuação o promotor não pode atuar.
Pela vítima ou na sua ausência seus representantes legais (CADI - cônjuge, ascendente, descendente e irmão) - Ação de inciativa PRIVADA. A propositura da ação, PI, se chama Queixa (oferecida em juízo e não na delegacia), feito por advogado devidamente inscrito na OAB.
Racismo é impedir acesso (impedir negro de prestar concurso)
Injúria preconceituosa: é ofender com termos racistas (ex: jogador de futebol chamado de macaco). -> art. 140, § 3º, CP.
Só para o tributário: deve se esperar o processo administrativo para que possa entrar com ação judicial ( se paga encerra o processo), ex caso neymar.
!! Quando não fala nada no código é ação incondicionada !! Cuidado porque as vezes não está no fim do artigo, está no fim do capítulo (ex: estupro) !!
Vilipêndio de cadáver:
Conceito
Vilipêndio é machucar, o fim não é a destruição mais sim a ofensa (dolo específico, não é só atacar cadáver). 
Verbo vilipêndio é conduta vil, ofensiva (ofender a memória), não é sinônimo de destruição. Pode ser cortar, falar (ofendendo a honra - não tem difamação/ injúria de morto). Deve estar junto/sobre/perante o cadáver. 
Não só cadáver como as cinzas são consideradas nesse crime. A jurisprudência considera o esqueleto, corpo decomposto e múmia. Pode ocorrer em qualquer lugar (cemitério, casa …).
Cristiano Araújo e mamonas assassinas não entram aqui.
Necrofilia é vilipêndio.
Dissecação (feito em uma universidade por exemplo) não é vilipêndio, a finalidade é estudo. Se faz por diversão e não estudo é vilipêndio.
Canibalismo se não for por estado de necessidade é vilipêndio.
Caso Yoki é ocultação e não vilipêndio, usou para esconder e não para ofender o morto.
OBS: 
SUO (Serviço de verificação de órgão): verifica a causa da morte (quando não tem um médico para atestar o óbito)
IML (Instituto médico legal): Morte violenta ou suspeita, deve vir aqui. Verifica causa da morte e o que causou ou quem.
Objetividade jurídica, sentimento de respeito aos mortos
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: coletividade e seus familiares (da vítima)
Elemento objetivo
Conduta vilipendiosa, tratar de maneira vil, desprezível, ofender a memória do morto
Meios de execução, verbal, escrito, gestual. ex: necrofilia
Objeto material: cadáver e cinzas
Prática sobre ou junto ao objeto material
Transplante de órgãos (lei específica)
Dissecação de cadáver
6. Elemento subjetivo, dolo específico, desejo consciente de desprezar o corpo ou cinzas
7. Consumação e tentativa
Com o ato ultrajante ou com o ato verbal
Tentativa é possível, exceto na verbal
Consumação tem a ver com a conduta. Material: praticar o ato é conduta consumada, admite tentativa. Ex: necrofilia, cortar morto, urinar, defecar…
Formal: não admite tentativa. É só falar e gesto (ou fala ou não fala, não é possível tentar).
8. Concurso de crimes
Vilipêndio e calúnia - formal
Vilipêndio e difamação e injúria dos familiares - formal
(ex: ele era corno, está ofendendo a mulher dele que está viva).
Vilipêndio e pertubação ou interrupção do enterro - formal e material
	(dar tiro para o alto para atrapalhar - material)
	(vilipêndio e para o enterro ao mesmo tempo - formal)
Vilipêndio e violação de sepultura - material
Vilipêndio e art. 211 - material ou absorve
obs: para haver o vilipêndio o cadáver deve estar junto, se o cadáver já está sepultado, a pessoa sobre no túmulo e fala besteira do morto, não é vilipêndio (pode ser injúria dos familiares por exemplo).
9. Pena e ação penal
Detenção de 1 a 3 anos e multa
A.P.P.I
Dos crimes contra a dignidade sexual
Introdução
Ação Penal
Anterior: APP
Posterior: APPC
Exceção: APPI
Antes eram todos Ação penal privada. A vítima que processa. Apenas no caso da vítima ser pobre era usado a APPC.
Atualmente a vítima deve autorizar e depois disso o MP toca a ação.
Hoje a APPI é usada no caso dos vulneráveis.Estupro (art. 213)
Conceito
É a violência sexual sofrida por Homem ou Mulher.
Objetividade jurídica - salvaguarda da dignidade das pessoas
Pessoa tem o direto de escolher.
Evolução histórica
Começa no direito romano.
Sujeito ativo: qualquer pessoa (homem ou mulher)
Sujeito passivo: qualquer pessoa (homem ou mulher)
Elemento objetivo
Conduta constranger = obrigar alguém a fazer algo contra a sua vontade
Elementares
Discordância
Praticar …
Permitir que com este se pratique 
 Meios de execução violência física ou grave ameaça dirigida à vítima ou a terceiro.
6.3 Resistência séria e inequívoca: não se exige oposição violenta no agressor, pois ele pode ser muito forte, ou quando o agressor ameaça o filho da vítima. Muitas vezes, quase sempre é só a palavra da vítima, as provas são ? quando não há violência ( prova física). Infelizmente , por causa disso, muitos estupradores são absolvidos. A vítima não pode entrar na contradição por ex. Por isso, a defesa vai alegar que a vítima quis ou pediu. Inicialmente negado e depois consentido, não é estupro. O contrário é estupro. A jurisprudência aceita o estupro do marido com a mulher. Se a mulher volta pra casa, continua estupro. Art. 107, CP
FATO		P queixa			TJ
|_________________|___________________|
Renúncia 			Perdão
Decadência			Perempção
Ação Penal Pública condicionada a representação
6.4 Pode ser por ação ou omissão: omissivo próprio ou impróprio. Co-autor no crime de estupro por omissão: carcereiro que permitiu que o estuprador seja morto (estuprado) na prisão (ele tem dever jurídico). A omissão tem que ser no ato sexual e não após o estupro. Crime omissivo x crime comissivo.
6.5 Prática de mais de um ato libidinoso: estupro + outros atos. Estupro é a conjunção carnal e atos libidinosos, estupro não é só conjunção carnal. Se for vários dias com a mesma vítima não é crime continuado, são vários estupros, só é crime continuado se for com vítimas diferentes (art. 71 CP).
6.6 Atos libidinosos e conjunção carnal: ato libidinoso? sexo oral, anal. É muito subjetivo. O beijo pode ser estupro ou contravenção penal. Art. 61, Lei de contravenção penal. !! Ver slides com as posições dos doutrinadores acerca do ato libidinoso). Art. 383, CPP “”
7. Tipo subjetivo
Dolo genérico ou subjetivo: predomina na doutrina o dolo genérico ( a simples conduta)
Satisfação da luxúria
8. Consumação e tentativa
Com a prática do primeiro ato libidinoso (estupro = constranger + ato sexual)
Tentativa é possível? SIM. O ato libidinoso é crime consumado. Se constranger mais não conseguir praticar nenhum ato libidinoso pois foi impedido, seria tentativa. Porém, pessoa na hipótese da dúvida, quem disse que ele iria estuprar? Se o agressor não teve ereção é tentativa. Por isso, algum doutrinadores consideram o estupro um crime de mera conduta.
9. Qualificado
9.1 Se resulta lesão grave (lesão leve é absorvida pelo próprio crime de estupro.)
9.2 Se a vítima é menor de 18 anos ou maior de 14 anos.
			Reclusão de 8 a 12 anos.
9.3 Se resulta em morte: o estupro é doloso. A morte posterior ao estupro são dois delitos e dois crimes, duas penas concurso material. O maniaco do parque: estupro/homicídio/ ocultação de cadáver.
				Reclusão de 12 a 30 anos
10. Causas de aumento de pena: 
10.1 Concurso de pessoas + ¼ (duas ou mais pessoas que não precisam estar presentes)
10.2 CADI, tutor, curador, preceptor, empregados ou que tenha autoridade + ½
10.3 Se resulta gravidez + ½ (art. 234 A) (obs: se está grávida e é estuprada não é causa de aumento)
10.4 Transmite DST + ⅙ (art. 234 A)
11 Considerações: art. 68 se for várias causas: aplica-se a maior. Se for aumento ao diminuição da Parte Geral, aplicam-se TODAS. Na prova deve identificar todas as causas
11.1 Prova do crime
11.2 Casamento da vítima
11.3 Segredo de justiça
Assédio Sexual 
Assédio moral: direito trabalhista + indenização
Assédio sexual: não é necessário conjunção carnal nem ato libidinoso. Necessário haver hierarquia no trabalho. Pode acontecer no privado como no público.
O ato é mero exaurimento.
Sujeito Ativo: crime próprio hierarquia (aluno e professor não é hierarquia)
Sujeito passivo: necessário esse vinculo empregatício
Tipo objetivo desse delito: constrangimento, ameaça, mas não tão grave como no estupro.
Dolo específico: obter vantagem ou favorecimento sexual (o favorecimento não é necessariamente na própria vítima, pode ser por terceiros: esposa, filho, irmão , marido).
Consumação
Não é possível tentativa
Estupro de vulnerável (art. 213A)
Introdução: estupro era só com violência ou grave ameaça, essas eram presumidas no caso do menor, mentalmente incapaz ou incapaz de se defender, mesmo com consentimento. A jurisprudência admitia a presunção relativa (admite prova em contrário)
Proteção: não é mais presunção é um tipo fechado. Não dá margem a presunção, teve relação existe o crime. No direito penal o sujeito ativo deve saber da condição do sujeito passivo para ter dolo, deve saber da doença (mental ex).
Tratados internacionais
Conceito
Objetividade jurídica: sadio desenvolvimento sexual e liberdade física ou psíquica
Sujeito ativo: qualquer pessoa - pode ser maior de idade ou menor (no caso do menor existe uma infração.
Sujeito passivo: menor de 14 anos, pessoa portadora de enfermidade ou de deficiência mental e pessoa que se encontre impossibilitada de oferecer resistência à prática do ato sexual. (menor de 14 está no “caput”, essa idade foi determinada pelo código de 40, menor de 14 é 13 anos 11 meses e 29 dias. Doença mental deve ser analizada por perícia médica, no caso é portar a deficiência e não ter discernimento. Oligofrenia mede a doença mental, o grau mais baixo é o débil mental, este seria como por exemplo o forest gump, vive uma vida normal, não entraria aqui. Já o imbecil que seria o grau mas forte da deficiência precisa de ajuda para viver, tem a doença e não tem a capacidade, ele entraria aqui). Art. 28, CP: embriaguez completa exclui a culpabilidade (não tem discernimento) deve ser involuntária decorrente de caso fortuito (ex da maconha no quarto de hotel) ou força maior (ex obriga calouro a beber), não pode ter bebido porque quis. Se o homem está bêbado porque quis e tem a relação ele é culpado caso não se enquadre no art. 28 (“actio liberi in causa”). Art. 215, CP estupro mediante fraude, caso do médico realizar um exame não necessário para realizar o ato sexual com a paciente, no caso da promessa do casamento ou “teste do sofá” não é esse artigo. O 215 é resistível e teria como saber. No caso do 217 há a impossibilidade absoluta e completa.
Elemento objetivo
Conduta: ter conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso - tudo que foi falado no estupro entra aqui (sexo anal, toque…)
“Violência ou grave ameaça” - aqui não importa se tem violência ou grave ameaça, o juiz pode considerar como pena maior, mais o crime é o mesmo
Assistir ao ato ou induz o menor a presenciar o ato - se não tem dever jurídico não tem crime em assistir e não participar, mesmo que como voyer. Se houver dever jurídico responde. Se faz menor assistir ao ato sexual é o art. 218.
Elemento subjetivo: dolo, erro de tipo: art. 20, CP - quando o sujeito não sabe da condição da vítima, não tem forma culposa, nesse caso acaba excluindo o crime.
Consumação e tentativa
Com o ato sexual
É possível a tentativa - é um crime plurissubsistente pode dividir os atos, é possível a tentativa.
Pena e ação penal
Reclusão de 8 a 15 anos
A.P.P.I
Segredo de justiça para preservar a identidade da vítima e menor de idade.
Qualificadora 
Resulta lesão grave - reclusão 10 a 20 anos
Resulta morte -reclusão 12 a 30 anos
Causas de aumento - são as mesmas do estupro: 
Concurso + ¼
Pessoas de “autoridade” (pai, mãe…) + ½
Gravidez + ½
Se transmite DST (gradua dependendo da doença e dos resultados) de ⅙ até 1/2
Corrupção de menores (art. 218)
Conceito: induzimento de alguém menor de 14 a satisfazer a lascívia de alguém-é diferente ao induzimento da prostituição (reiterada e indiscriminada, art. 218 B), induzir é pagar, dar uma bala, entre outros, não é a pessoa que realiza ou assiste ao ato, é o intermediador. Possui três pessoas: a vítima, sujeito ativo (partícipe) e destinatário (realiza o ato, se estupro por ex responde pelo 218). Não importa se o menor tem vida sexual ativa ou não. Induzir é instigar. Tem que estar relacionado com a lascívia, se for ensinar a criança a jogar bingo por exemplo não entra aqui. Não se exige a prática do ato sexual.
Objetividade jurídica: dignidade sexual protegendo o menor de 14 anos.
Sujeito ativo: qualquer pessoa, exceto o que praticar o ato sexual (art. 217A ou 218B)
Sujeito passivo: menor de 14 anos
Elemento objetivo
Conduta induzir: aconselhar, instigar
Lascívia: luxuria, sensualidade, libidinagem
Não se exige a prática sexual
O ato do induzimento é anterior
Induzir ou assistir o ato sexual (art. 218A) - o menor que pratica, ele assiste o ato de outra pessoa. No caso dos pais que não possuem parede em casa e o menor acaba vendo algo sem querer não entra aqui, pois não possui dolo.
Tem que ser pessoa determinada se não for (art. 218A) - se for indeterminada é o caso do art. 218B
Elemento subjetivo: dolo - só existe na forma dolosa
Consumação e tentativa: com o resultado de conseguir influenciar a pessoa a praticar o ato. Tentativa é possível se não conseguir influenciar. - consumação é com influência (quando convence), só a criança ter aceito já basta, não precisa praticar o ato lascivo. Tentativa é quando o menor desiste.
Pena e ação penal
Reclusão de 2 a 5 anos
A.P.P.I
Segredo de justiça
Causas de aumento: concurso de pessoas, influência pais, gravidez, DST. O agente deve saber - o indutor - que o agente tem DST por exemplo. Pela gravidez ele responde mesmo sem praticar o ato, se for previsível o ato sexual (de ser realizado) ele responde pela gravidez.
Mediação para satisfazer a lascívia de outrem (art. 227)
Diferença: diferença é a idade, de resto tudo que é aplicável ao 218 é aplicado aqui.
Sujeito passivo MAIOR ou IGUAL a 14 anos
3. Pena:
Reclusão 1 a 3 anos (“caput”)
Reclusão 2 a 5 anos (§ 1º)
Reclusão 2 a 8 anos (§ 2º)
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual (art. 218B)
Conceito
Objetividade jurídica: dignidade e moralidade sexual de menores de 18 anos
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: é o menor de 18 anos ou os maiores de 18 anos que se enquadram no vulnerável se for menor de 14 anos será estupro. Mesmo que se o menor quiser ser prostituito(a)
Elemento objetivo
Conduta submeter (sujeitar), induzir (persuadir), atrair (levar à), facilitar (criar melhores condições), impedir (obstar), ou dificultar (colocar obstáculos). Sujeitar é obrigar a, não faz por livre e espontânea vontade. Colocar obstáculos é impedir que saia. Mesmo que a pessoa seja prostituto conta aqui, é dar a ideia para a pessoa, facilitar...
Não visa ao prazer de pessoa determinada
Prostituição prática de atos sexuais
Exploração sexual ação que visa lucro com o emprego da sensualidade Exploração sexual não é sexo, isso é prostituição é algo com sensibilidade, dança por exemplo.
Pode ser por ação ou omissão
Não se exige habitualidade pode ter sido uma vez só
Não se exige o lucro se tem lucro é pena mais multa
Elemento subjetivo: dolo
Consumação e tentativa
Com a prática das condutas não se exigindo que ocorra o ato sexual
Impedir e dificultar é crime permanente crime permanente: pode ser preso a qualquer tempo, enquanto estiver naquela condição. 
Tentativa não é possível tem ou não a conduta, não precisa do ato sexual.
Pena e ação penal
Reclusão 4 a 10 anos
A.P.P.Incondicionada
Segredo de justiça
Condutas equiparadas Tem relação com menor de 14 anos é estupro de vulnerável, se é maior de 14 e menor de 18 entra aqui no 218B se tem relação (equiparado, responde nas mesmas penas - se estende para os gerentes, proprietários…)
Pratica atos sexuais com pessoa menor de 14 anos e maior que 18 anos na condição de prostituição
Proprietário, gerente ou responsável pelo local
Causas de aumento Art. 226, concurso de pessoas, parentesco (poder). 234A: gravidez, DST.
Qual a diferença entre o 228 e o 218B? Idade (maior de 18 que não é vulnerável é 228), pena (2 a 5 anos, 228), não possui o verbo submeter (maior de 18 não submete) na conduta, não tem conduta equiparada.
Tráfico internacional de pessoa para fim da exploração sexual
Conceito
Objetividade jurídica: evitar a mercância de pessoas para fins sexuais
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa, se for menor de 18 anos ou com enfermidade mental aplica-se a regra do §2º
Elemento objetivo
conduta promover (dar impulso) e facilitar (ajudar, dar apoio moral ou imaterial). Suprimir a conduta: intermediar (saiu da lei mais está subentendido no facilitar) (facilitar: seria por exemplo comprar passagem, cadastrar, ajudar…)
Exige-se que a pessoa seja enviada para o estrangeiro ou o inverso
O escopo é a prostituição ou exploração sexual
O Brasil pode ser rota
Condutas equiparadas Agenciar, aliciar (atrair) ou comprar pessoa traficada; sabendo das condições transportá-la, transferi-la ou alojá-la.
Elemento subjetivo: dolo específico
Consumação e tentativa
Com o ingresso no território nacional ou com sua saída (consuma - saída do território nacional acontece quando passa pelo setor de imigração (fora do território nacional), mesmo que o navio ou o avião não saia, e para a chegada é quando passa na imigração. Não é necessário que lá chegue a se prostituir. (crime acontece porque havia essa intenção)
Pena, ação penal e competência
Reclusão de 3 a 8 anos e multa (se tiver lucro)
A.P.P.Incondicionada
Justiça Federal (competência para julgar)
Causas de aumento ½ : §2º: idade, enfermidade e deficiência mental, parentesco, violência ou fraude ou grave ameaça. O trafego interno entre Estados (fronteiras de estados) NÃO conta entre cidades do mesmo estado (mesmo que longe), para configurar apenas quando passa FRONTEIRA (pena menor).
Falsificação. Corrupção. Adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273)
Conceito
Contexto histórico. Lei 9677/98 e Lei 9.695/98
Objetividade jurídica: saúde pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: a coletividade e a pessoa afetada
Elemento objetivo
Condutas: falsificar (empregar substância diferente), corromper (estragar), adulterar (modificar para pior) e alterar (mudar).
Deve haver nocividade positiva (prejudicial a saúde) ou negativa (reduzir ou eliminar seus efeitos) se não causar dano aplica-se a lei 8.137/90. negativa seria não causar mal mais diminuir efeito do medicamento, não curou.
Recai sobre produto terapêutico ou medicinal
Medicamentos
Insumos farmacêuticos
Matérias primas
Cosméticos
Saneantes (caminhão vendendo cândida por exemplo)
Uso de diagnóstico
Elemento subjetivo: dolo
Consumação e tentativa: com a prática de qualquer conduta, sem a necessidade de ocorrer resultado efetivo. Dano (crime de perigo). Tentativa é possível
Pena e ação penal
Reclusão de 10 a 15 anos e multa
A.P.P.Incondicionada
Figuras equiparadas
sem registro na ANVISA
Em desacordo com a fórmula registrada na ANVISA
Sem as características de identidade e qualidade admitidas para sua comercialização
Com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade
Procedência ignorada
Adquirida de estabelecimento sem licença de autoridade sanitária competente
Culposa - 1 a 3 anos - detenção e multa
Para provar aqui deve ser feito Perícia! 
Falsificar batom por exemplo entra aqui.
Se o medicamento é 39,9 gramas e faz com 39,8 gramas já está errado!
O similar e o genérico NÃO entram aqui (a lei autoriza esses medicamentos), agora se pegar a caixa do original e colocar o similar dentro é crime.
Associação Criminosa
!! cuidado que mudou recentemente, antes era formação de quadrilha !!
Conceito
Objetividade jurídica: paz públicaSujeito ativo: qualquer pessoa. Concurso necessário de 3 pessoas no mínimo
Sujeito passivo: coletividade
Elemento objetivo
Conduta: associar = reunir-se em sociedade, unir-se precisa ter uma estabilidade, não é ir uma vez roubar junto e tchau. É ter uma regularidade, como por exemplo o PCC. Para a prática de crimes e não de crime apenas. Mesmo que ainda não tenham praticado os crimes, desde que haja a intenção de praticar. É um crime autônomo (existe INDEPENDENTEMENTE dos outros delitos).
Acordo de vontade para cometer crimes
Não se exige que todos sejam imputáveis não precisa identificar, qualificar todas as pessoas que estão participando. O menor de 12 anos não é imputável, ele não entra aqui.
Concurso do crime com outro delito que o concurso de pessoas é causa de aumento ou qualifique não causa bis in iden por ser crime autônomo
Fim é praticar mais de um crime e não contravenção
Elemento subjetivo: dolo específico só com dolo, é para praticar crimes
Consumação e tentativa: no momento da associação de forma estável. Crime permanente. Não é possível a tentativa se consuma com a associação, não precisa chegar a praticar o crime.
Pena e ação penal. 
Reclusão 1 a 3 anos
A.P.P.Incondicionada
Causas de aumento (½)
Se for armada qualquer arma, não apenas arma de fogo, se for arma de fogo pode enquadrar no porte também 
Se for empregado criança ou adolescente
Qualificadora
Se for para a prática de crimes hediondos, tortura ou terrorismo (crimes equiparados a hediondos).
Reclusão de 3 a 6 anos - lei nº 11.343/06
Distinções
Antidrogas (lei 11. 343/06) - art. 35 reclusão de 3 a 10 anos e multa
Lei de segurança nacional (lei 7.170/83) - reclusão de 1 a 5 anos pratica de crimes que estão nessa lei, são julgados pela Justiça Federal (lei é a LSE)
Genocídio (lei 2.889/56) - metade da pena cominada Ex: são 30 anos pelo homicídio e 15 pela associação, no total pega a pena de 45 anos;
Delação premiada deve ser aprovada pelo Poder Judiciário para ter efeito legal. Para fatos novos e que possam ser provados.
Redução de ⅓ a ⅔ - lei 8.072/90
Art. 286 - incitação ao crime, não responde pelo crime que a pessoa praticou, não está junto na hora do crime (ex: CUT). Cuidado porque é diferente do partícipe (tá junto no momento). 
Art. 287 - apologia ao criminoso.
Moeda falsa - art. 289
Introdução - conceito de fé pública - fé pública é a confiança/validade perante todos. Até provar em contrário é verdadeiro. Dinheiro precisa ter credibilidade.
Conceito de moeda falsa - da moeda em curso no país e de outros. Art. 289, §2º: se leva no banco eles retém a moeda. Se a pessoa tenta passar para frente para não tomar prejuízo cai aqui.
Objetividade jurídica: Fé pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa, se for funcionário público incidirá no 3º.
Sujeito passivo: Estado e a pessoa prejudicada
Elemento objetivo
Conduta: Falsificar mediante:
Fabricação: criar uma nova cédula
Alteração: modificar papel ou totalmente
Objeto material: moeda metálica ou papel moeda de curso legal no Brasil ou no estrangeiro Só conta para a moeda em vigor, se for para moeda antiga (colecionador) NÃO entra aqui.
Capacidade de enganar - tem que ser capaz de enganar se for fácil de ver a falsificação é estelionato (segue o conceito do homem médio para saber). 
Princípio da insignificância tem posição aceitando ou não. Aqui não é a questão patrimonial, é crime de fé pública, credibilidade do país e não de patrimônio (posição que não aceita) 
Uso de fragmentos de cédulas verdadeiras (art. 290) - moeda é o que é fabricado por responsabilidade da casa da moeda. Antes tinha bilhete como dinheiro, hoje não exite mais. (art. 290)
Cheques de viagem, cartão de crédito e débito não são objetos desse delito - aqui é falsificação de documento.
Tipo subjetivo: dolo dolo genérico, específico pode ser no caso de colecionador falsificar para por na coleção e não colocar no mercado, e nesse caso não haverá crime - é um tipo de entendimento, diz que não fere o bem jurídico protegido - fé pública.
Consumação e tentativa - No momento em que se concluir a falsificação, mesmo que não seja colocado em circulação. Tentativa é possível. crime plurissistente
Pena, ação penal e competência 
Reclusão de 3 a 12 anos e multa
A.P.P.Incondicionada
Justiça Federal - competência para julgar, pode ser preso em prisão federal ou estadual.
Condutas equiparadas art. 291 se falsificar e colocar em circulação não responde pelos dois (crime material) responde só pela primeira. Se por exemplo não conseguir provar a primeira e só a segunda conduta, ai responde pela segunda conduta. Se faz as duas condutas mas cada uma com uma moeda diferente ai responde pelos dois crimes (ex: falsificar real, exportar euro, ele não fabricou o euro se tivesse responderia apenas por uma conduta no euro e uma no real).
Importar, exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar, guardar ou introduzir em circulação.
Figura privilegiada A boa-fé é uma conduta privilegiada, no primeiro momento é a vítima, recebe a moeda falsa. A má-fé é caracterizada quando coloca em circulação a moeda que sabe ser falsa, e nesse caso responde pelo “caput”. Se coloca a moeda em circulação com boa-fé, sem saber que é falsa não existe o crime - §2º. GCRIM juizado para quando a pena não passa de 2 anos - ele que possui competência.
Boa fé e coloca em circulação (má-fé)
Detenção de 6 meses a 2 anos e multa
Figura qualificada
Sujeito ativo funcionário público, diretor, gerente ou fiscal de banco de emissão de moeda administrativo interno, específico
Conduta Fabricar, emitir ou autorizar a fabricação ou emissão
Objetivo material
Moeda com título ou peso inferior ao determinado por lei
De papel moeda em quantidade superior ao autorizado para não acontecer inflação
Conduta: desviar e fazer circular moeda que ainda não estava autorizada afeta a economia também
Reclusão de 3 a 15 anos e multa. 
A.P.P.Incondicionada
Competência da Justiça Federal.
Crimes assimilados ao de moeda falsa (art. 290)
Conceito tem moeda verdadeira mas ela é modificada para ser reintroduzida no mercado (essa é a diferença entre o art. 290 e 289) não ´é uma mudança para aumentar o valor dessa moeda (valor é o mesmo), muda o dolo. Ela não é falsa, não poderia circular mais só. Quando a moeda é recolhida o banco carimba como inutilizada a moeda, isso entra aqui.
Objetividade jurídica - fé pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa P.U. fala sobre o funcionário público
Sujeito passivo: Estado e a pessoa prejudicada
Condutas é o ressurgimento ou remodelagem de uma moeda que já foi inutilizada
Formação tem três formas de remodelar: 1 - Pega fragmentos de moedas diferentes e monta uma nova, todas as partes são verdadeiras. 2 - Retira a marca de inutilização, moeda “cor de rosa”. 3 - Moeda ia ser destruída e banco (pessoa) pega a moeda e coloca de volta a circulação.
Supressão
Restituição
Objeto material
Cédula em fragmentos
Papel moeda afastado de circulação com sinal
Cédula falsificada; suprimida ou que foi recolhida para inutilização
Elemento subjetivo: dolo específico mais dolo específico que no art 289
Consumação e tentativa se consuma com a formação da moeda, não precisa ser colocada em circulação. Se a formação está em curso é tentativa.
Pena, ação penal e competência 2 a 8 anos, A.P.P.Incondicionada. Competência para julgar da Justiça federal.
Art. 291: petrechos da falsificação: exceção onde o ato preparatório é punido ( é perigoso ter por exemplo explosivos) só portar já qualifica o delito, mesmo sem a intenção de falsificar. Julgado pela Justiça Federal.
11/04/16
Falsificação de documento público (art. 297)
Conceito
Objetividade jurídica: Fé pública
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: Estado e a pessoa prejudicada
Elemento objetivo
Condutas: Falsificar (contratação) e alterar (modificar, adulterar)
Objeto material: documento público. É elaborado de forma prescrita em lei por funcionário público, no exercício de suas funções
Requisitos: Emitidopor funcionário público, Ter competência o subscritor, Obedecer formalidade legal
Documentos equiparados
Emitido por entidade paraestatais
Título ao portador ou transmissível por endosso
Ações de sociedade comercial
Livros mercantis
Testamento particular
Capacidade de enganar
Tipo subjetivo: dolo genérico
Consumação e tentativa
Com a prática de qualquer das condutas, ainda que não seja utilizado
Tentativa é possível
Pena, ação penal e competência
Reclusão de 2 a 6 anos e multa
A.P.P.Incondicionada
Conforme a origem do documento
Condutas equiparadas (art. 297, §3º)
Considerações finais
Falso e estelionato
Falso material e ideológico (falso material - documento falso, falso ideológico é documento original mas com conteúdo falso)
Médico: art. 202
Hospital Público: art. 297
Hop. período: 298
Art. 304: faça uso
Tentativa: documento ainda não está pronto, o uso é dispensável
Documento pode ser público federal ou estadual, cada um julga na sua competência.
18/04/16 - semana jurídica
26/04/16
Crimes contra a administração pública, do funcionário público contra a administração e do particular contra a administração (particular pode ser também do funcionário público agindo como particular). Hoje estudaremos os crimes praticados por funcionários públicos.
Funcionário Público
1 – Conceito Legal (art. 327) – Cód. De 40, hoje o termo correto é servidor público, para fins penais consideram-se funcionários públicos quem está neste artigo. São classificados por cargo (de forma permanente ou temporária), emprego ou função.
Exemplo: mesário é um funcionário público temporário, jurado também.
§ 1º - Paraestatal atualmente são denominadas empresas de administração indireta.
Concessionárias de rodovias, empresas de ônibus, funcionários do metrô, funcionários da Eletropaulo, qualquer empresa que esteja prestando um serviço contratado pela administração pública. A extensão é bem ampla de quem pode se enquadrar neste artigo.
2 – Exerce de forma permanente ou temporária 
- cargo público - Cargo público é empossado através de um concurso, professor, analista, juiz, delegado e etc. Dá estabilidade, pois o estatuto dos servidores públicos prevê, só pode ser demitido devido um processo administrativo. 
- emprego – pode ser empregado através de um processo seletivo, sujeito a CLT e não a um estatuto. Ele não exerce um cargo, exerce um emprego público. Pode até haver um concurso público, mas é como se fosse um processo seletivo. Não tem estabilidade.
- função pública – funcionários comissionados, exercem uma função pública até o dia de alguém dispensar o serviço dela. Não tem nenhuma estabilidade. Cargos de secretarias, ministérios.
Não confundir crime com improbidade administrativa.
- Improbidade adm é uma lei que estabelece atos que estão sujeitos a sansões civis, políticas e administrativas. Quando o sujeito é condenado de ato de improbidade, ele pode ser demitido, sofrer multa que pode chegar até 100 vezes o seu salário, poderá estar sujeito a uma sansão civil a reparação do dano que causou e está sujeito a perda por até 8 anos dos direitos políticos. A improbidade é imprescritível (ERRADO!!!! - olhar lei de improbidade, crime prescreve em 5 anos após ato ou desligamento do servidor - lei LEI Nº 8.429/92 - Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
 	I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
 	II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.), posso estar aposentada e responder por improbidade, podendo inclusive ter a cassação dos seus direitos como a sua aposentadoria. A ação de improbidade é ajuizada no juiz da comarca da sede em que causou o prejuízo, não tem foro privilegiado, passa pelo juiz de 1ª instância. Existem 3 atos de improbidade:
- Causar prejuízo ao erário – tanto a forma dolosa quanto à forma culposa
(imprudente, negligente ou imperito) Art. 10 da lei de improbidade.
- Enriquecimento ilícito – figura dolosa como a violação de princípios (errado, art 9 da LIA - atos que causam benefício para o autor).
- Descumprir normas da CF (art. 11 LIA outro enquadramento !!!!!)
- A Sansão penal é encontrada no código penal, como o peculato por exemplo. 
Pode haver também um processo de improbidade administrativa ao mesmo tempo, mas são coisas diferentes. (cuidado aqui! O servidor responde cumulativamente penal, adm, civil e pela improbidade… Art. 12 da LIA, descreve as sanções da improbidade)
3 – Funcionário por equiparações
03/05/16
Peculato (Art. 312)
•Introdução: o termo peculato sempre significou furto de coisa do Estado. Pecus = gado, daí pecúnia, pecúlio, especular, reporta-se à época em que o gado era moeda.
A palavra designou a subtração da moeda do Fisco e finalmente passou a significar furtos e apropriações indevidas, realizadas por prestadores de contas, bem como quaisquer fraudes em prejuízo da coisa pública.
•Conceito: é apropriação, desvio ou subtração de coisa móvel pública ou particular, praticado por funcionário público em razão de seu cargo ou valendo dessa qualidade.
Apropriação de bem do estado – bem público ou que esteja sobre a guarda do Estado adquirido pelo servidor público.
•Objetividade Jurídica: Probidade na Administração Pública (admite concurso de pessoas, pode ter gente que não integre a administração pública)
•Sujeito Ativo: Funcionário Público. Admite concurso de pessoas que não integrem a administração pública – direta ou indiretamente.
•Sujeito Passivo: Estado e a entidade pública
Modalidades:
•Peculato-apropriação: art. 312, 1ª parte;
•Peculato-desvio: art. 312, 2ª parte;
•Peculato-furto ou impróprio: art. 312, § 1º;
•Peculato culposo: art. 312, § 2º;
•Peculato estelionato: art. 313.
Elemento objetivo:
•Tipo Objetivo:
Conduta é:
a) caput” – 1ª parte – peculato apropriação – apropriar-se, apossar-se. Ato pelo qual o sujeito ativo inverte a posse ou a detenção da coisa em situação de propriedade.
Deve usar o objeto. Funcionário é pego em flagrante. Funcionário está com a posse lícita do bem e decide pegar o bem para ele. Exemplo leva a televisão do escritório para a casa dele.
b) “caput” – 2 ª parte – peculato desvio – desviar – funcionário dá destinação diferente para o objeto que lhe foi confiado em proveito próprio. Ex: utilizar a verba de representação para fins particulares.
Pressuposto: o funcionário público tem a posse lícita, legítima da coisa móvel pública.
A confiança depositada no funcionário é proveniente de imposição legal em razão do cargo.
Objeto material: dinheiro (moeda metálica ou papel moeda), valor (qualquer título ou papel de crédito, documento negociável representativo de obrigação em dinheiro ou mercadoria) ou bem móvel (aquele que pode ser deslocado de um local para outro sem perdem suas qualidades). Não será peculato se utiliza de serviços de funcionários. Exclui-se imóveis.
c) § 1º - Peculato-furto (peculato impróprio) – subtrai ou concorre (ajuda) para que o bem seja subtraído. Neste caso, o funcionário público não tem a posse. Vale da facilidade em que o cargo lhe proporciona, cujo bem pode ser destinado para si ou para outrem.
Não configura o delito o peculato de uso, desde que devolva o bem nas mesmas condições. Poderá incorrer em ato de improbidade administrativa. É igual a peculato apropriação, com a única diferença que não tem a posse. Há o dolo do funcionário.
Objeto material: dinheiro (moeda metálica ou papel moeda), valor (qualquer título ou papel de crédito, documento negociável representativo de obrigação em dinheiro ou mercadoria) ou bem móvel (aquele que pode ser deslocado de um local para outro sem perdem suas qualidades). Não será peculato se utiliza de serviços de funcionários. Exclui-se imóveis.
d) Peculato-uso– usou qualquer coisa que é da administração para uso próprio.
Exemplo utilizar o telefone do trabalho para uso próprio, ou a impressora por exemplo.
É um crime q não está em alta, é difícil alguém ser responsabilizado por este tipo de crime.
e) § 2º - Peculato culposo: o funcionário concorre para o delito de terceiro, pela inobservância do dever objetivo de cuidado necessário (por imprudência, imperícia ou negligência). Este terceiro pode ser funcionário público ou não. Não existe liame subjetivo entre o autor da subtração e o funcionário que agiu por culpa. Com a reparação do dano antes da sentença, extingue-se a punibilidade. Funcionário ajuda sem perceber um terceiro a furtar um bem público. É igual ao furto porém não há dolo, ocorre de forma culposa. Quanto a sentença já tiver transitado em julgado e a pessoa devolve o bem a pena diminui pela metade.
Tipo subjetivo: Dolo específico (fim de agir em proveito próprio ou de terceiro). No peculato do § 2º, deve ser culposo.
•Consumação e tentativa: com a efetiva apropriação, desvio ou subtração do objeto material, ou seja, quando o funcionário público torna seu o patrimônio do qual detém a posse, ou desvia em proveito próprio ou de terceiro. Deve existir o animus domini.
A tentativa é possível, mas de difícil comprovação.
Peculato próprio (art. 312, caput) e impróprio (art. 312, § 1º)
Pena: Reclusão de 2 a 12 anos e multa - A pena é bem maior que a de apropriação indébita.
•Peculato culposo
Pena: Detenção de 3 meses a 1 ano – doloso
Para haver progressão do regime, uma das condições é se faça a devolução do bem ou ressarcir o valor. Art. 33 § 4º
•Trata-se de ação penal pública incondicionada.
Devolução do bem apropriado:
Se for peculato doloso:
Terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (art. 33, § 4º CP)
•Se for peculato culposo:
a)Antes da sentença irrecorrível, extingue-se a punibilidade
b)Após a sentença irrecorrível, reduz a pena pela metade
Peculato-estelionato (Art. 313)
•Conceito: é apropriação de coisa havida por erro de outrem (art. 169 CP). É um peculato impróprio pois o bem não estava originariamente de posse do funcionário.
•Objetividade Jurídica: Probidade na Administração Pública.
•Sujeito Ativo: Funcionário Público. Admite concurso.
•Sujeito Passivo: Estado, a entidade pública e o particular.
Elemento objetivo:
•Tipo Objetivo:
Conduta é: apropriar (não receber). O simples recebimento não caracteriza o delito. É preciso receber a coisa por erro de outrem e, depois de constatado o equívoco, inverter a posse em propriedade.
Funcionário público recebe um bem de forma equivocada. “Quem paga mal paga duas vezes”. O funcionário público não tem nenhuma ação anterior, alguém entrega algo para ele (entregador por exemplo), age de boa fé recebendo, porém não entregou para a pessoa devida, não devolveu porque não sabia se quem era, simplesmente se apropriou do bem que não é seu, pega o bem para ele.
Art. 313 a – alterar registro no computador – Ex: apagar multa de sistema para ele ou para terceiro. A lei não exige que haja remuneração.
Pressuposto: o funcionário público não tem a posse das res, mas esta vem para suas mãos por erro de alguém. Deve ter ocorrido esse recebimento em razão do cargo.
Objeto material: dinheiro (moeda metálica ou papel moeda) ou qualquer utilidades (bem móvel com valor econômico).
Erro é a falsa representação ou avaliação equivocada da realidade. O erro pode recair sobre a coisa, sobre a obrigação ou sobre a quantidade da coisa devida e sobre quem deva recebê-la.
O erro deve ser voluntário ou espontâneo.
Se o funcionário induziu o terceiro, não caracteriza esta figura típica. O funcionário não concorreu para o erro da vítima. Pode ocorrer o art. 171, § 3º (estelionato) ou se for por exigência do funcionário, ocorrerá a concussão (art. 316)
Elementos:
a)Apropriação de dinheiro ou qualquer utilidade
b)Que se origine essa apropriação de erro de outrem
c)Praticada por funcionário no exercício do cargo.
•Tipo subjetivo: Dolo superveniente, ou seja, após o recebimento do objeto material por erro da vítima e tem a intenção de apropiar-se.
•Consumação e tentativa: com a efetiva apropriação, ou seja, quando o funcionário público passa agir como se fosse dono da coisa que chegou a sua posse por erro.
Deve existir o animus domini.
A tentativa é possível, mas de difícil comprovação.
•Pena: Reclusão de 1 a 4 anos e multa
•Trata-se de ação penal pública incondicionada.
Concussão (Art. 316)
•Conceito: é a extorsão praticada pelo funcionário público que abusa de sua função.
•Objetividade Jurídica: Probidade na Administração Pública.
•Sujeito Ativo: Funcionário Público, mesmo fora de sua função. Admite concurso.
•Sujeito Passivo: Estado e o particular.
Elemento Objetivo:
•Tipo Objetivo: Conduta é exigir, que significa impor, ordenar, reclamar. Não é solicitar, pedir. Pode ser explícita ou implícita. A exigência pode ser feita pelo funcionário ou pelo particular a seu mando. A exigência não precisa ser feita durante a atividade do funcionário, pode estar de férias, licença, suspenso etc.
A natureza da vantagem pode ser econômica ou qualquer outra vantagem, pois não é um crime contra o patrimônio.
A vantagem exigida pelo funcionário é indevida, pois se for legal, o fato pode configurar abuso de autoridade. A exigência deve ser anterior ao pagamento. O particular que teve a “ordem” do funcionário público é considerado como vítima.
Consiste:
a) Na exigência da vantagem indevida
b) Para o próprio funcionário ou para terceiro
c) Mediante um ato de imposição (exigir)
- Pode ser explícita ou implícita: não posso utilizar o termo que o particular não tem vantagem. Exemplo: Policial fala para traficante, se você não me der R$ 1.000,00 agora eu te prendo, se o traficante paga os R$ 1.000,00 não será preso, então apesar de ter passado por uma concussão pode obter vantagem da mesma.
. Forma implícita: Eu não exijo de forma explícita que é para pagar, posso falar para um comerciante, “olha quem não paga por aqui geralmente não dá certo o negócio, não sei porque”, foi feita a concussão de forma implícita.
. Forma explícita: Exige no ato o que quer.
- Pode ser feita pelo funcionário público ou particular.
• A exigência se faz pelo temor da autoridade exercida pelo funcionário público. Se ocorrer a violência ou grave ameaça será extorsão (art. 158 CP).
• A exigência da vantagem deve ser para o próprio funcionário ou terceiro. Se for a própria administração pública, poderá ocorrer o excesso de exação (cobrar aquilo que não deve ser cobrado, ou aquilo que é devido de forma indevida). Existem posições contrárias.
- A vantagem é indevida, se for legal é abuso de autoridade.
• Tipo subjetivo: Dolo específico. Exige-se a vantagem para si ou para terceiros.
• Consumação e tentativa: com a exigência da vantagem. A entrega da vantagem é o exaurimento, sendo portanto dispensável. Não precisa que a vantagem seja paga.
Muitas vezes para provar que o funcionário exigiu, apenas entregando o dinheiro, a polícia pega no ato entregando o valor. ATENÇÃO: não é flagrante, é flagrante em 4 hipóteses: Cometendo o delito (no caso exigindo o valor) seria o flagrante. Por isso a pessoa fica em prisão preventiva ou prisão temporária.
A tentativa é possível quando for feita por escrito e é interceptada antes de chegar ao seu destinatário.
•Pena: Reclusão de 2 a 8 anos e multa
•Trata-se de ação penal pública incondicionada.
Excesso de exação – art. 316 §1º.
•O funcionário exige tributo ou contribuição que sabe ser indevido (§ 1º).
•Cobra tributo ou contribuição devida, mas de forma vexatória (vergonhosa, humilhante) ou de forma gravosa (que implica maiores despesas para o contribuinte), que a lei não autoriza (§ 1º).
•Desvia em proveitopróprio ou alheio, total ou parcialmente, o valor recebido O beneficiário é o Estado. Exação é a cobrança correta de tributos. Visa coibir a cobrança de forma excessiva.
Sujeito Ativo: funcionário Público. Admite concurso.
Sujeito Passivo: o particular prejudicado.
Tipos objetivo e subjetivo
•Objeto material: Cobrança de tributo (impostos, taxas e contribuições de melhoria) ou contribuição social (contribuições parafiscais – art. 149 e 195 da CF).
Não estão incluídos os emolumentos (devidas à notários e registradores), tarifas (preço público) ou custas (devidas aos escrivães e oficiais de justiça).
•Tipo subjetivo: dolo: exigir um tributo que sabe ou devia saber que é indevido, ou desviar em seu proveito.
•Consumação: com a exigência, não sendo necessário receber o valor cobrado, ou com o emprego do meio vexatório ou gravoso. Ou quando desvia o valor recebido.
A tentativa não é possível.
•Excesso de exação (§ 1º):
Pena: 3 a 8 anos e multa
•Excesso de exação (§ 2º):
Pena: 2 a 12 anos
•Ação Penal Pública incondicionada
Corrupção passiva (Art. 317)
•Conceito: é a mercancia de atos de ofício que devem ser realizados pelo funcionário. O Estado recebe uma remuneração (justa ou não, mas recebe). Seria o nosso conhecido suborno.
•Objetividade Jurídica: Probidade na Administração Pública.
•Sujeito Ativo: Funcionário Público, mesmo fora de sua função. Admite concurso mediante induzimento, instigação ou auxílio secundário.
Se o agente for perito, testemunha, tradutor ou intérprete judicial, será o art. 342, § 1 e
§2º .
•Sujeito Passivo: Estado e o particular. Se aceitar suborno
Elemento objetivo
•Tipo Objetivo: Conduta é solicitar (pedir) ou receber (aceitar) vantagem indevida ou aceitar promessa de recebê-la.
Pode ser direta (o próprio agente) ou indireta (por intermédio de terceiro)
A conduta deve ser feita em razão do exercício da função, ainda que fora dela ou antes de seu início.
Ela pode ser própria quando o ato praticado pelo funcionário é ilegal e imprópria quando lícito o ato funcional.
Deve haver nexo entre a conduta do funcionário e a realização do ato funcional.
Corrupção ativa do funcionário: Pede o dinheiro
Corrupção passiva do funcionário: Recebe o dinheiro que foi oferecido para ele.
•Objeto material é a vantagem que pode ser patrimonial ou moral. Deve ser indevida.
Pode ser dirigida ao próprio funcionário ou ao terceiro.
•Pode ser antecedente (a vantagem é entregue antes da realização do ato funcional) ou subsequente (a vantagem é entregue após a realização do ato).
•Qualquer presente ou recompensa não configura o delito.
•Tipo subjetivo: Dolo específico. Exige-se a vantagem para si ou para terceiros.
•Consumação e tentativa: É um crime formal. Ocorre quando a solicitação chega ao conhecimento de terceiro, ou quando recebe a vantagem ou aceita a promessa de vantagem. A entrega da vantagem é o exaurimento, sendo portanto dispensável.
A tentativa é possível quando for feita por escrito e é interceptada antes de chegar ao seu destinatário no caso da solicitação. Nas demais condutas, não é admissível.
•Pena: Reclusão de 2 a 12 anos e multa
•Trata-se de ação penal pública incondicionada.
Causas de aumento de pena:
•A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício (corrupção imprópria) ou o pratica infringindo dever funcional (corrupção própria). (art. 317, § 1º)
•A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (art. 327, § 2º)
Corrupção própria privilegiada:
•Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem.
O que diferencia das demais condutas é o motivo do agente. Ele não vende o ato funcional, mas transige seu dever funcional para atender a um pedido de terceiro influente ou não. É a deferência do sujeito ativo. “Você sabe com quem você está falando?”
•Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Outras espécies de corrupção:
•Corrupção passiva tributária (art. 3°, II, da Lei 8.137/90)
Inclui Corrupção e Concussão
Pena: Reclusão de 3 a 8 anos e multa)
•Corrupção passiva de testemunha, perito, tradutor ou intérprete judicial (art.
342, § 1º, CP)
Pena: reclusão de 1 a 3 anos e multa
•Corrupção passiva do militar (art. 308 CPM)
Pena: reclusão de 2 a 8 anos.
•Corrupção eleitoral (art. 299 Lei nº 4.737/65)
Pena: reclusão até 4 anos e multa
•Corrupção desportiva (arts. 41C e 41D da Lei 10.671/03)
•Pena: reclusão de 2 a 6 anos e multa
Distinção da corrupção e corrupção passiva:
(olhar se tem mais alguma coisa para passar aqui)
10/05/16 (ver se tem mais alguma coisa)
Facilitação do Contrabando e descaminho (art. 318)
Objetividade jurídica: probidade na Administração pública
Sujeito Ativo: funcionário público que tenha o dever funcional na área de importações
Sujeito passivo: Estado
Elemento objetivo
Condutas: facilitar (tornar propício, fácil)
Remoção de obstáculos que possam dificultar a ação criminosa
Pressuposto: violação do dever funcional
Contrabando mercadorias proibidas
Descaminho de mercadorias permitidas sem o pagamento devido
Pode ser por ação ou omissão
Tipo subjetivo: dolo
Consumação e tentativa
Com a simples facilitação ainda que não efetive o contrabando ou descaminho
Tentativa é possível
Pena: Ação penal e Competência
Reclusão de 3 a 8 anos e multa
APPI
Justiça federal
Prevaricação (art. 319)
Conceito
Objetividade jurídica
Sujeito ativo: funcionário público no exercício das suas funções
Sujeito passivo: Estado
Tipo objetivo
Condutas: retardar (atrasar), deixar de praticar ou praticar contra disposição expressa em lei
Condutas comissivas e omissivas
Para satisfazer interesse (moral ou material) ou sentimento (amor, ódio, paixão ou emoção) pessoal
Não pode haver acordo com erário
Deve ser indevido
Violação de uma lei
Relacionada com ato de ofício
Tipo subjetivo: dolo específico
Consumação e tentativa
Com o retardamento a não prática do ato ou a prática em desacordo com a lei
Tentativa é possível
Pena e ação penal
Detenção de 3 meses a 1 ano e multa
APPI
Justiça federal
17/05/16
Arts. 329, 330, 331 CP
Resistência - art. 329, CP
Opor-se: ser contra ato LEGAL (deve ser legal o ato)
Praticado mediante violência (agressão física) ou ameaça (prometer malefício para a pessoa).
Crime de menor potencial ofensivo - pena máxima de 2 anos (lei 9.999).
§1º - É uma qualificadora do crime - em razão de algo a mais no crime, faz com que a pena mude
Causas de aumento de pena, vem escrito: "aumenta-se a pena..."
§1º - exaurimento do crime: coisas a mais que não precisava para acontecer o crime (nem precisava colocar tudo isso para funcionar - aqui tem isso porque é contra a Adm. Pública).
Se a violência deixar "marca" aplica a lesão também, em concurso material de crimes.
Considerações preliminares:
No direito antigo, romano e medieval, já era reprimida a atual resistência. Os Cód. Penais Franceses de 1791 e 1810 puniam a resistência com o nome de rebelião, a todo ataque praticado com violência ou vias de fato a determinados funcionários no cumprimento das leis, ordens ou mandamentos de autoridade pública.
Bem jurídico Tutelado:
É a adm. pública, especialmente sua moralidade e probidade administrativa.
Sujeitos do crime: 
Ativo: pode ser qualquer pessoa que, mediante violência ou ameaça, obstaculize a prática de ato legal, inclusive pessoa diversa daquela que o funcionário público que executava o ato legal.
Passivo: é o Estado, paralelamente o funcionário competente ou quem lhe esteja prestando auxílio para a execução do ato legal.Tipo objetivo:
A conduta típica consiste em OPOR-SE a execução de ATO LEGAL, a legalidade exigida é tanto a formal quanto a substancial, MEDIANTE VIOLÊNCIA (emprego de força física), ou AMEAÇA (prenunciando a prática de um mal grave a vítima, a funcionário competente). Portanto, é composto dos seguintes elementos:
Oposição ativa, mediante violência ou ameaça.
A qualidade ou condição de funcionário competente.
Legalidade do ato a ser executado.
Qualificação doutrinária: 
Trata-se de crime comum, formal, de forma livre, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsisente. 
Plurissubistente: vários jeitos de praticar.
Ação penal: É pública, incondicionada.
Consumação e tentativa:
Consuma-se com a efetiva oposição à prática de ato legal, no momento e no lugar em que pratica a violência ou ameaça. A tentativa é admissível.
Tipo qualificado:
(SLIDE - grupo - não consegui ler)
Como o crime é formal, o efetivo ? da prática do ato legal apresentado ? simples exaurimento do crime, sem qualquer alteração na sua definição legal, podendo apenas se considerado as ??? do crime. Art. ? CPL Comentado, em razão da ? do bem jurídico protegido, o legislador considerou que o ? da ação e do ? é ? que, a não ? da ato resistido, configurando-os ? a ? ? ?.
Desobediência (art. 330)
Esse pode praticar por omissão.
Conceito: a criminalização desta conduta consta na legislação brasileira desde o Código Criminal de 1830: "desobedecer ao empregado público em ato de exercício de suas funções, ou não cumprir as suas ordens legais"
Bem jurídico Tutelado: 
O bem jurídico protegido é a Administração pública, especialmente sua moralidade e probidade administrativa.
Sujeitos do crime:
Ativo: Já que se trata de crime comum, pode ser qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
Passivo: é o Estado como o verdadeiro titular do interesse atingido pela ação delituosa; secundariamente, pode ser considerado o funcionário Autor da ordem desobedecida.
Só ordem do juiz para prender e delegado não prende, não costuma acontecer entre instituições, um não pode intervir na outra.
Diferença do crime anterior: violência e grave ameaça.
Elementos do tipo:
A conduta incriminadora consiste em desobedecer ordem legal de funcionário público, que significa descumprir, desobedecer, desatender dita ordem. É necessário que se trate de ordem, e não de mero pedido ou solicitação, e que essa ordem dirija-se expressamente a quem tenha o dever jurídico de obedecê-la; devendo a ordem ser revestida de legalidade formal e substancial.
Ação ou omissão:
A desobediência denota uma forma passiva de resistência criminosa, distinguindo-se desta pela ausência de emprego da violência ou ameaça. O delito em exame pode ser perpetrado mediante omissão, quando a ordem desobedecida impõe uma ação, e também por ação, quando a ordem emanada dita uma abstenção de agir.
Qualificação doutrinária:
Trata-se de crime comum, formal, de forma livre, instantâneo, unissubjetivo e plussubsistente.
Ação Penal:
É publica Incondicionada.
Consumação e tentativa:
Consuma-se com a efetiva ação ou omissão do sujeito ativo, isto é, no momento e no lugar em que se concretiza o descumprimento da ordem legal. A tentativa somente é possível na forma comissiva.
Falta final da aula - sai mais cedo- Art. 331
24/05/16 
Corrupção Ativa (art. 333)
Conceito
Objetividade jurídica: probidade na administração
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: Estado
Tipo objetivo
Condutas: oferecer, prometer
Objeto material: vantagem indevida
Finalidade de proposta para que o funcionário pratique, omite ou recorde ato de ofício
Não se exige a bilateralidade
Tipo subjetivo: dolo específico (porque é fim)
Consumação e tentativa: com o efetivo conhecimento do oferecimento ou promessa. Não se exige a aceitação pelo funcionário. Tentativa é possível.
Pena e ação penal
Reclusão de 2 a 12 anos
APPIncondicionada
Causa de aumento ⅓ se ocorrer o ato pelo funcionário
Bilateralidade: a corrupção existe ainda que o funcionário recuse o valor do particular.
Se dá a consumação no momento que o funcionário aceita (corrupção ativa) ou que o particular faça a proposta e entrega o dinheiro (corrupção passiva)
Admite tentativa se for por escrito. Na forma verbal é consumação.
Erário público é redundância.
Contrabando e descaminho (art. 334)
Objetividade jurídica: proteção ao erário
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: Estado
Tipo objetivo
Condutas: importar, exportar, iludir
Objeto material
Mercadoria proibida
Absoluta
Relativa
Não pagamentos dos direitos ou tributos devidos
Não se exige habitualidade
Não se exige procedimento administrativo, exato, descaminho
O pagamento dos direitos de tributos extingue a punibilidade (súmula 560 STF). Suas posições.
Exige-se a perícia
Tipo subjetivo: dolo genérico
Consumação e tentativa
Na alfândega, entrada ou saída.
É possível a tentativa
Pena, ação penal e competência
Recl. 1 a 4 anos e multa
APPIncondicionada
Justiça Federal
Figuras equiparadas
Causa de aumento: se for para transporte aéreo.
Iludir é o intermediador, aquele que facilita = funcionário. (Iludir: age para enganar)
Objeto material: contrabando.
Descaminho é objeto lícito, mais tramites legais - não pagamento de tributos e direitos.
Lei 9.249/95: prevê extinção da punibilidade em contrabando, descaminho não.
Consumação se dá na alfândega.
Tentativa: não chega a entrar ou sair do nosso território.
A pena de quem contrabandeia é igual de quem vende a mercadoria.
Denunciação caluniosa (art. 339)
Conceito
Objetividade jurídica: prob. adm. justiça
Sujeito ativo: qualquer pessoa - nos crimes de APP e APPC somente o titular da ação penal
Sujeito passivo: Estado e a pessoa lesada.
Tipo subjetivo
Conduta: dar causa
A imputação deve ser clara, inequívoca, provocando a ação da autoridade
Objeto material: IP, processo judicial, investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade.
Deve estar ligada à inexistência do crime ou à inocência
Se a imputação for relativa à contravenção (§2º), se for imoral (difamação)
Fato atípico, causa excludente ou causa extintiva
Tipo subjetivo: dolo genérico
Consumação e tentativa
Com a instauração do procedimento
Tentativa é possível
Pena e ação penal
Recl. 2 a 8 anos e multa. APPI.
Ação de improbidade administrativa.
Não existiu = arquivamento
Crime ou contravenção penal
Comunicação falsa de crime (art. 340)
Conceito
Objetividade jurídica: probidade de adm. justiça
Sujeito ativo: qualquer pessoa. post facto impunível. Feito inexistente para receber seguro.
Sujeito passivo: Estado e a pessoa lesada.
Tipo objetivo
Conduta: provocar
Qualquer autoridade
Imputação em relação a pessoa indeterminada
Fato atípico, causas excludentes e extintivas de punibilidade
Tipo subjetivo: dolo específico. Não admite dolo eventual.
Consumação e tentativa.
Quando inicia as diligências
Tentativa é possível
Pena e ação penal
Detenção de 1 a 6 meses ou multa. APPI.
Falso B.O para fins de ressarcimento de seguro = também estelionato. São duas correntes, concurso de crime ou o mais pesado.
Não admite o dolo eventual, tem que ter certeza.
31/06/16
Auto-acusação falsa (art. 341)
Conceito
Objetividade jurídica
Sujeito ativo: qualquer pessoa, não se admite co-autoria
Sujeito passivo: Estado
Tipo objetivo
Conduta: acusar-se
Deve ser feito perante a autoridade
Ser relativo a contravenção (é fato atípico)
Se atribuir a prática do crime a terceira, haverá denunciação caluniosa.
Retratação não é admissível
Tipo subjetivo: dolo genérico
Consumação e tentativa
Quando a autoridade toma conhecimento. Tentativa é possível.
Pena e ação penal. 
detenção 3 meses a 2 anos ou multa.
Testemunha não pode ser vítima nem autor. Qualquer pessoa menos menor de 14 anos e doente mental. "Família" pode mentir que não entra aqui. Não pode quebrar segredo profissional, se quebrar éprova ilícita.
Não é obrigado a depor contra você mesmo. 
É obrigado a falar em qualquer fase.
Decreto-lei 3.688/41 - lei da contravenção penal - crimes de menor potencial (cuidado com menor potencial ofensivo que ai é quando o crime tem pena menor que dois anos). Não tem flagrante nesse caso, o policial leva a pessoa para a delegacia e ela se compromete a comparecer na audiência.
Falso testemunho ou falsa perícia (art. 342)
Objetividade jurídica
Sujeito ativo: crime próprio - testemunhas, peritos, intérpretes, tradutores e contadores.
Sujeito passivo: Estado e o terceiro prejudicado.
Tipo subjetivo:
Conduta: afirmar falsamente, negar a verdade ou calar a verdade.
Subjetiva: falso não corresponde ao que o sujeito ativo percebeu.
Falso testemunho reside na diferença entre o que é dito e o que sabe.
Local onde ocorre processo judicial, juízo arbitral, processo administrativo, inquérito civil, CPI.
Tipo subjetivo: dolo
Consumação e tentativa
Quando proferida a inverdade com a assinatura do termo no caso da perícia quando entregue o laudo.
Somente é possível a tentativa no caso da perícia ou o cálculo
Pena e ação penal
Reclusão 1 a 3 anos e multa.
APPI
Causas de aumento
Mediante suborno
Obter prova em outro processo
Causa extintiva de punibilidade
Ocorrer a retratação até a sentença no processo em que se deu o falso
Questões relevantes:
Em processo anulado
Em processo prescrito
Influência no julgamento
Propositura da ação
Responde pelo induzimento se pede para a pessoa assumir o crime (exemplo: direção embriagado e diz que outra pessoa que estava dirigindo), não responde por co-autoria.
Ele tem que saber que não foi autor do crime. (caso do bêbado por exemplo, se ele não lembra não entra aqui).
FALSO TESTEMUNHO – 342
É crime próprio em que certas pessoas por trabalharem em funções que tem obrigação de falar a verdade.
TESTEMUNHA- é um 3º estranho ao fato, qualquer pessoa que não seja a vítima e nem o autor.Qualquer pessoa capaz ( exclui menores de 14 anos e doentes mentais).
VITIMA – não é testemunha , se ela mentir não será crime de falso testemunho , será denunciação caluniosa ou falso conhecimento de crime.
-Pessoas que tem relacionamento com a vítima ou com o autor não é obrigado a testemunhar .Elas não prestam o compromisso de dizer a verdade.
- O advogado , o médico,o psicólogo, não são obrigados a testemunhar salvo se a pessoa o autorizar.
-Os peritos são os especialistas que vão analisar a prova material
-interprete – tem conhecimento da língua em que será colhido o depoimento.
-tradutor- é o que traduz texto escrito
-contadores- fazem os cálculos judiciários
-é crime próprio
Conduta – 3 : afirmar falsamente
Negar a verdade
Calar a verdade
-Objetivo – o falso não corresponde á realidade
-Subjetivo- o falso não corresponde que o sujeito não perceber ( se ele realmente não viu por não ser inteligente)
CORRUPÇÃO ATIVA Á TESTEMUNHA : Perito,Contador, Intérprete e Tradutor
1- conceito
2- objetividade jurídica
3- sujeito – qualquer pessoa
4- sujeito passivo- Estado e a pessoa lesada
5- tipo objetivo
conduta – dar, oferecer ou prometer
objetivo material- vantagem indevida pode ser por palavra, gesto,ou escrito finalidade obter falsidade sobre fato juridicamente relevante se for funcionário publico (art 333)
6- tipo subjetivo – dolo especifico
7- consumação e tentativa com o efetivo conhecimento – tentativa é possível
8- pena- reclusão de 3 a 4 anos,APPI

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