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Roxane_Rojo_22_08_12

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Sequências Didáticas 
Objetivos
Discutir com os participantes o papel e a importância do material didático (em especial dos textos didáticos – apostilados, livros e sequências didáticas) em sala de aula e salientar aspectos do uso produtivo destes materiais.
Temas
1ª parte:
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Quais são?
As políticas públicas - programas do livro escolar (PNLD/PNBE)
Níveis e tipos de ensino e materiais impressos disponíveis
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Como costumam ser usados? Um exemplo.
Planejamento de ensino e materiais didáticos: Professor/alunos “donos da voz”
Temas
2ª parte: 
A importância do planejamento no uso/escolha dos materiais
Impressos didáticos flexíveis: isso existe?
Livros didáticos (LD), sequências didáticas (SD), livros digitais interativos (LDI) e protótipos ou REA (recursos educacionais abertos)
O que é uma sequência didática? - exemplos
O que é um protótipo ou REA? – exemplos
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Quais são?
“Livros escolares são todos os livros concebidos com a intenção de servir ao ensino. Sendo assim, dirigem-se a todos os alunos, de todos os anos/séries, de todos os níveis, para todos os exames, certificados e diplomas. Também se dirigem aos professores: indiretamente primeiro por meio do livro do aluno e, em seguida, diretamente por meio do livro do professor.” (CHOPPIN, 1980, p.5)
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Quais são?
Choppin (1992) distingue 04 tipos de livros escolares:
Livros didáticos ou manuais
Livros paradidáticos ou paraescolares
Livros de referência
Edições escolares de clássicos
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Quais são?
Livros didáticos ou manuais: 
“utilitários da sala de aula” (p. 16), obras produzidas com o objetivo de auxiliar no ensino de uma determinada disciplina, por meio da apresentação de um conjunto extenso de conteúdos do currículo, de acordo com uma progressão, sob a forma de unidades ou lições, e por meio de uma organização que favorece tanto usos coletivos (em sala de aula), quanto individuais (em casa ou em sala de aula).
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Quais são?
Livros paradidáticos ou paraescolares: 
obras complementares “que têm por função resumir, intensificar ou aprofundar” (p. 16) conteúdos específicos do currículo de uma disciplina, seja por meio de uma utilização individual, em casa, seja, como ocorre no Brasil, por meio de uma utilização orientada pelo professor, na escola.
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Quais são?
Livros de referência, como dicionários, atlas e gramáticas, destinados a servir de apoio aos aprendizados, ao longo da escolarização.
Edições escolares de clássicos, que reúnem, de modo integral ou sob a forma de excertos, “as edições de obras clássicas (gregas, latinas, estrangeiras ou em língua materna) abundantemente anotadas ou comentadas para o uso em sala de aula)” (p.16) (antologias).
Os Programas do Livro Escolar (PNLD/PNBE)
Programa Nacional do Livro Didático -PNLD – distribui nacionalmente ao Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, para todas as disciplinas do Currículo:
Manuais didáticos (com ou sem complementos digitais)
Livros de referência: Dicionários
Programa Nacional de Biblioteca na Escola - PNBE – distribui nacionalmente às Bibliotecas Escolares:
Livros paradidáticos 
Edições escolares de clássicos
Livros de apoio aos professores (Biblioteca do Professor)
Níveis e tipos de ensino e materiais impressos disponíveis na escola pública
Educação infantil nada
Ensino Fundamental I e II – alfabetização e anos finais (1º ao 9º anos) e Ensino Médio (1º ao 3º anos):
EJA alguns poucos LDs
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Como costumam ser usados? 
Frison et al. (2009) afirmam que:
“a realidade da maioria das escolas mostra que o livro didático tem sido praticamente o único instrumento de apoio do professor e que se constitui em uma importante fonte de estudo e pesquisa para os estudantes” MAS
“o professor deve buscar no livro didático as contribuições que possibilitam a ele mediar a construção do conhecimento científico pelo aluno, para que este se aproprie da linguagem e desenvolva valores éticos, mediante os avanços da ciência, contextualizada e socialmente relevante (PERUZZI et al., 2000)”.
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Como costumam ser usados? 
Por outro lado, Frison et al. (2009) mostram ainda que:
“alguns estudantes salientam que ele está sendo substituído por novas fontes de pesquisa mais rápidas e modernas, como, por exemplo, a Internet”;
“o livro didático é um importante mecanismo na homogeneização dos conceitos, conteúdos e metodologia educacionais (LAJOLO, 1996), mas, por outro lado, este apresenta conteúdos fragmentados para tornar acessível à compreensão do aluno” e
Materiais didáticos impressos em sala de aula: Como costumam ser usados? 
“Desta forma, o professor deve ter competência para superar as limitações próprias dos livros que, por seu caráter genérico, por vezes não podem contextualizar os saberes assim como não podem ter exercícios específicos para atender às problemáticas locais. É tarefa dos professores complementar, adaptar, dar maior sentido aos bons livros recomendados pelo MEC (NUÑEZ; RAMALHO; SILVA; CAMPOS, 2009, p. 03).” (FRISON et al., 2009, p. 4-6)
A importância do planejamento no uso/escolha dos materiais
O planejamento como um processo de “engenharia” didática:
Transposição didática
Modelização didática
O que o professor sabe sobre o objeto de ensino
O que o professor sabe sobre o que o aluno já sabe sobre o objeto de ensino
A necessidade de avaliação diagnóstica para planejar e selecionar materiais didáticos. 
Transposição didática
(Chevallard, 1985)
A transposição didática é o movimento pelo qual passamos do saber teórico (“savoir savant” - aquele que os cientistas e teóricos elaboram) para o saber a ensinar (planejamento e materiais didáticos) e, através deste, ao saber ensinado (aquele que realmente acontece em sala de aula).
Modelização didática
(Escola de Genebra)
A modelização didática é a ferramenta da transposição didática. Ela envolve:
Uma descrição e um conhecimento sobre o objeto de ensino, a partir da teoria e dos saberes práticos;
A avaliação diagnóstica dos saberes dos alunos sobre o objeto de ensino. 
Impressos didáticos flexíveis: isso existe?
O Livro Didático (LD)
As Sequências Didáticas (SD)
Os livros digitais interativos (LDI)
Protótipos didáticos (PD)
Recursos Educacionais Abertos (REA)
O Livro Didático
“Dirigem-se a todos os alunos, de todos os anos/séries, de todos os níveis, para todos os exames, certificados e diplomas. Também se dirigem aos professores: indiretamente primeiro por meio do livro do aluno e, em seguida, diretamente por meio do livro do professor.” (CHOPPIN, 1980, p.5)
Logo, são dificilmente flexíveis ou adaptáveis:
Uso “de-fio-a-pavio”
Colagens de LDs
Uso da coletânea
Uso para exercícios isolados
As Sequências Didáticas
Uma sequência didática é um conjunto de atividades escolares planejadas e organizadas, de maneira sistemática, em torno de um objeto de ensino (gêneros discursivos, no caso de LP):
O procedimento inclui possibilidades de avaliação formativa, isto é, de regulação dos processos de ensino e de aprendizagem.
Ele insere-se num projeto que motiva os alunos a produzir textos ou tomar a palavra.
Ele maximiza, pela diversificação das atividades e dos exercícios, as chances de cada aluno se apropriar dos instrumentos e noções propostos, respondendo, assim, às exigências de diferenciação do ensino.
A estrutura de base de uma Sequência Didática
A estrutura de base de uma SD
A apresentação da situação
A produção inicial
Os Módulos
Como construir um módulo?
A
produção final
A apresentação da situação
Visa a expor aos alunos um projeto de produção que será realizado "verdadeiramente" na produção final. 
Ao mesmo tempo, ela os prepara para a produção inicial, que pode ser considerada como uma primeira tentativa de realização do gênero que será, em seguida, trabalhado nos Módulos. A apresentação da situação é, portanto, o momento em que a turma constrói uma representação da situação de comunicação e da atividade de linguagem a ser executada.
A apresentação da situação
2. Preparar os conteúdos dos textos que serão produzidos:
A segunda dimensão é a dos conteúdos. Na apresentação da situação, é preciso que os alunos percebam, imediatamente, a importância desses conteúdos e saibam com quais vão trabalhar e como buscá-los.
Neste momento, aspectos de conhecimento comum do(s) gênero(s)/esfera(s) também devem ser discutidos.
A fase inicial de apresentação da situação permite, portanto, fornecer aos alunos todas informações necessárias para que conheçam o projeto comunicativo visado e a aprendizagem de linguagem a que está relacionado.
A produção inicial
No momento da produção inicial, os alunos elaboram um primeiro texto e, assim, revelam para si mesmos e para o professor as representações que têm desta atividade.
Realização prática de uma avaliação formativa e primeiras aprendizagens:
Para o professor, estas primeiras produções – que não receberão, evidentemente, uma nota – constituem momentos privilegiados de observação, que permitem refinar a SD, modulá-la e adaptá-la de maneira mais precisa às capacidades reais dos alunos de uma dada turma. 
Os Módulos
Nos módulos, trata-se de trabalhar os problemas que apareceram na primeira produção e de dar aos alunos os instrumentos necessários para superá-los. O objeto de ensino (no caso, produção de textos no gênero) é, de uma certa maneira, decomposto, para abordar, um a um e separadamente, seus diversos elementos.
1) Que aspectos do(s) gêneros e de sua produção abordar? 
2) Como construir um módulo para trabalhar um aspecto particular?
3) Como capitalizar o que é adquirido nos Módulos?
Como construir um módulo?
Variar as atividades e exercícios.
Para registrar e capitalizar o conhecimento adquirido, cada sequência é finalizada com um registro dos aprendizados sobre o gênero durante o trabalho nos módulos, sob forma sintética de lista de constatações, ou de lembrete, ou de glossário.
A produção final
A SD é finalizada com uma produção/projeto final que dá aos alunos a possibilidade de colocarem em prática as noções e instrumentos elaborados separadamente nos Módulos. Esta produção permite, também, ao professor realizar uma avaliação somativa.
Baseado em: DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY (2004[2001])
Os Livros Didáticos Interativos
Mike Matas e o 1º livro didático digital interativo: 
All Gore, Our Choice (Nossa Escolha)
Protótipos didáticos (PD)
REA (recursos educacionais abertos)
“Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos Educacionais Abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.”
(Unesco/Commonwealth of Learning com colaboração da Comunidade REA-Brasil (2011))
Bibliografia e Webgrafia
CHEVALLARD, Y. La transposition didactique. Du savoir savant au savoir enseigné. Grenoble: La Pensée Sauvage, 1985.
CHOPPIN, A. A história dos livros e das edições didáticas: Sobre o estado da arte. Educação e Pesquisa, v.30, n.3, p. 549-566. São Paulo, set./dez. 2004. Edição original de 1980. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n3/a12v30n3.pdf, acesso em 15/07/2012.
_____. Les manuels scolaires: Histoire et actualité. Paris: Hachette Education, 1992. 
Bibliografia e Webgrafia
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: Apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004[2001]. p. 95-128. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro.
FRISON, M. D.; VIANNA, J.; CHAVES, J. M.; BERNARDI, F. N. Livro didático como instrumento de apoio para construção de propostas de ensino de Ciências Naturais. Anais do VII Enpec - Encontro Nacional de Pesquisadores em Educação em Ciências. Florianópolis: UFSC, 2009.
Bibliografia e Webgrafia
LAJOLO, M. Livro didático: Um (quase) manual de usuário. Em Aberto, n. 69, v. 16. Brasília, Jan./mar. 1996.
MATAS, M. Mike Matas: A next-generation digital book. TED, http://www.ted.com/talks/mike_matas.html, acesso em 15/07/2012. Prezi
REA. Recursos Educacionais Abertos. Disponível em: http://rea.net.br/site/, acesso em 15/07/2012.
Debates
Imagemhttp://www.folharibeiraopires.com.br/portal/exibeMateria.php?materia=7389,%20acesso%20em%2010/07/2012
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http://www.livralivro.com.br/books/show/417186, acesso em 10/07/2012.
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Vídeo: Mike Matas no TED - http://www.youtube.com/watch?v=LV-RvzXGH2Y, acesso em 10/07/2012. (4:34’)
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Fonte: http://rea.net.br/site/o-que-e-rea/, acesso em 10/07/2012. Repositórios REA/Portais (de editoras, de conglomerados de mídia, do MEC)
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Fonte: http://toinhoffilho.blogspot.com.br/2011/01/apodi-e-seus-debates.html, acesso em 10/07/2012.
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