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Sistema de Ensino Presencial Conectado EAD MATEMÁTICA - LICENCIATURA THOMAZ QUARTEROLI NETO FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA Rio de Janeiro 2016 THOMAZ QUARTEROLI NETO função social da escola Trabalho de Licenciatura em Matemática apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas: Sociedade Educação e Cultura, Educação Inclusiva, Língua Brasileira de Sinais-Libras, Seminário da Prática I, Educação á Distância. Orientadores: Wilson Sanches, Sandra C ristina Malzinoti Vedoato , Regina Celia Adamuz , Marilzete Cristina Bonafini Steinle , Helenara R. Sampaio , Renata Karoline Fernandes . Rio de Janeiro 2016 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO 3 2 - FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 4 3 - CONCLUSÃO 7 REFERÊNCIAS 8 – INTRODUÇÃO Em termos de avanço, a nossa sociedade tem se desenvolvido em vários aspectos e mais do que nunca a escola deve acompanhar esse desenvolvimento, favorecendo o acesso a cultura e ao conhecimento, que é assunto a ser tratado neste trabalho. É importante refletirmos sobre qual a função da escola, se a escola está desempenhando o seu papel social e se está levando o acesso a todos sem distinção. O trabalho está dividido, além desta introdução, em tópicos que não foram construídos como se eu estivesse respondendo aos tópicos elencados, mas como norteadores para que o trabalho pudesse ser desenvolvido da melhor forma possível. Dentro destes tópicos, menciono assuntos voltados para escola, como a diferença da escola numa concepção crítica e positivista, a importância da escola como um acesso a cultura e de formação cidadã e inclusão, bem como se as escolas do nosso município levam a cultura e o estímulo da cidadania aos alunos. Finalizo com a minha conclusão em relação ao tema, apresentando o que, na minha opinião, é a verdadeira função social da escola. 2 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA Entendo que a concepção crítica atribui à escola o papel social e político da socialização do saber sistematizado e utiliza-se de processos pedagógicos didáticos que auxiliam no conhecimento e na transmissão de conteúdos básicos e métodos de ensino. Já na concepção positivista a escola deve utilizar-se de processos científicos reais, úteis e os mais objetivos possíveis, num conhecimento fragmentado onde o importante é o acesso de todos os alunos à escola, aumentando os turnos e o número de alunos em turmas e onde haja uma progressão de fases sem reprovações. Neste artigo “Função Social da Escola e Organização do Trabalho Pedagógico” o autor aborda a concepção positivista, onde ele cita que “A partir da nova LDB, parece-nos que esse aspecto necessita ser ainda mais estudado, à medida que os processos de progressão continuada por ela determinados com a substituição do ensino seriado por sistema de ciclos, se, em tese, deve ser apoiado, tem sido colocado em prática sem que ofereça mínimas condições às unidades escolares e aos profissionais que ali atuam, para que essa “não-repetência” não continue a reproduzir a formação de “pseudo-escolarizados”, que só têm servido para engrossar as estatísticas oficiais de “ melhoria da qualidade de ensino””. Na escola de hoje o mais importante não é se o aluno aprendeu mesmo ou não e sim que todos os alunos tenham acesso à escola sem passar por processo de seletividade e com métodos de avaliação que facilitam seu progresso escolar em séries avançadas, sem levar em consideração a aprendizagem. De acordo com o artigo “Função Social da Escola e Organização do Trabalho Pedagógico”, a escola foi delegada à função de formadora das novas gerações em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social. Podemos dizer que educação e cultura estão totalmente integradas, pois as duas levam a socialização e são capazes de influenciar na forma de pensar do indivíduo. A cultura está presente na vida de qualquer pessoa, no meio de todas as atividades sociais e é o próprio ser humano quem a produz e a multiplica, por isso a pluralidade e a diversidade. A escola por ser um espaço social de convivência e formadora de cidadãos, deve estar ligada às manifestações culturais como forma de ensinar e socializar os alunos, pois a cultura fornece ideias para um aprendizado mais eficiente. Através do processo de socialização trabalhado na escola, o aluno desenvolve sua identidade e autonomia. A interação com outros alunos amplia os laços afetivos contribuindo para o reconhecimento e a percepção das diferenças entre as outras pessoas, principalmente dos alunos com necessidades educativas especiais, que normalmente são excluídos por falta de conhecimento e condições das escolas em proporcionar a inclusão educacional. Entendo que a inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino regular. Cabe à escola adequar-se a estas crianças, capacitar seus professores e proporcionar um ambiente onde estes alunos possam desenvolver suas competências, tornando assim uma educação igual para todos, em função da cidadania. Neste contexto, a escola pode trabalhar a cultura em diversas disciplinas no currículo escolar no sentido de valorizar a pluralidade e a diversidade cultural. Através da união de conteúdos culturais, discussões sobre vários temas, da busca de conhecimentos em locais, equipamentos e projetos culturais, a aprendizagem terá um impacto positivo permanente. Muitas escolas ainda estão presas a um modelo tradicional de transmitir cultura, restrita ao folclore e as culturas tradicionais, uma cultura distante da realidade das crianças. Cabe ao professor se atualizar, se especializar para que os conteúdos aplicados em sala de aula sejam o mais próximo possível da realidade dos alunos, para que os conhecimentos adquiridos sejam utilizados na prática da vida social de cada um deles. A diversidade cultural é, sem sombra de dúvida, um desafio a ser enfrentado pelos professores, porém se mantivermos a cultura como uma aliada no processo de ensino-aprendizagem, permitiremos que cada indivíduo que frequente o ambiente escolar se sinta participante do processo de educação. A escola precisa avaliar que tipo de cidadãos quer formar, para que mundo quer formar cidadãos e encontrar lugar na formação de cidadãos éticos para um mundo sustentável. Portanto, avalia-se como necessário a construção de normas, limites, horários, distribuição de tarefas de forma coletiva, de modo que todos os envolvidos possam desenvolver o sentimento de pertencimento ao grupo e de responsabilidade pelas decisões tomadas. Investir no fortalecimento família-escola é importante, pois, embora se saiba que nem todas as famílias participem da vida escolar das crianças, sabe-se também que incluí-las no planejamento escolar, partindo de seus modos de funcionamento, de seus gostos, histórias e profissões se estará também valorizando a história de vida das crianças que são entregues às escolas para que sejam formadas, educadas e instruídas. Após executar algumas pesquisas sobre o assunto proposto, percebi que o ensino na minha localidade não é diferente dos outros com relação ao acesso a cultura. Ainda se trabalha com uma cultura restrita e tradicional no ambiente escolar, apesar do município fornecer o acesso. Os alunos vivem no mundinho criado dentro das escolas e os professores não os motivam para ingressar no que o município dispõe lá fora. Fora do ambiente escolar o município disponibiliza, em aspectos culturais, projetos e atividades sociais, cursos de capacitação para professores e alunos, bem como locais de acesso a cultura, tais como o Teatro Municipal, aberto ao público com diversas apresentações, o Centro de Formação Artística, que disponibiliza cursos de teatro, dança e músicapara alunos, professores e população, a Biblioteca Municipal, onde os alunos podem fazer suas pesquisas escolares, o Projeto de Inclusão Social, que cria oportunidades para pessoas com deficiência, os Centros de Inclusão Digital que proporcionam cursos de informática para toda a população, a Casa da Educação, que disponibiliza cursos para os professores da rede, bem como projetos sociais voltados a todos os cidadãos. Acredito que toda e qualquer escola tem como objetivo principal a formação da cidadania e esse objetivo não é diferente nas escolas do meu município. Os professores se esforçam para dar a melhor educação aos alunos mesmo com toda deficiência existente. - CONCLUSÃO Concluo que, na minha opinião, infelizmente a escola de hoje está perdendo suas raízes, esquecendo seu papel social e se transformando numa escola na qual o que interessa é o crescimento em números de alunos e não no crescimento intelectual desses. Essa nova visão escolar está levando o ensino escolar ao fracasso. A escola, para desempenhar essa função com qualidade, precisa garantir a realização dos processos de aprendizagem de forma que os alunos desenvolvam habilidades necessárias para viverem em sociedade, e mesmo que com salas superlotadas não pode perder o foco de sua responsabilidade social. Por ser um elemento de grande importância na formação do cidadão e por ser um espaço de promoção da socialização, precisa estar em harmonia com o mundo e seus avanços para favorecer o acesso ao conhecimento e a cultura. Por outro lado, sozinha a escola não pode cumprir seu papel social, até porque ela não existe isolada do contexto. O poder público elabora a política educacional através de leis para que o atendimento escolar seja de boa qualidade. Cabe à sociedade acompanhar e fiscalizar essas medidas para que sejam cumpridas, garantindo uma educação de qualidade e não de quantidade. O paradigma da educação inclusiva vem ao longo dos anos, adaptando-se a não exclusão do indivíduo com deficiência, e oferecendo ações que garantam o acesso e permanência deste no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação ainda encontra-se enraizado nas escolas. Para que a inclusão aconteça deve ser garantida a aprendizagem de todos os alunos. É preciso que os professores, colaboradores e gestores escolares se especializem, devendo criar uma boa rede de apoio entre alunos, familiares e profissionais de saúde, que atendam as crianças com necessidades educacionais especiais. Desta forma, acredito que a educação inclusiva, se devidamente executada, beneficie a todos com uma educação de qualidade. REFERÊNCIAS BUENO, José Geraldo Silveira. Artigo: Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. BATTINI, Okçana., ALBIAZZETTI, Giane e SILVA, Fábio Luiz da. Sociedade, educação e cultura. UNOPAR São Paulo, 2013. http://www.brasil.gov.br/educacao/2013/05/alunos-da-rede-publica-terao-mais-acesso-a-cultura CANDAU, Vera Maria Ferrão. Educação escola e Cultura(s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, 2003. http://www.participa.br/escola-na-cultura-digital http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-importancia-cultura-no-processo-aprendizagem.htm Montoam, Maria Tereza Eglér e colaboradores. Integração de Pessoas com Deficiência - editora Memnon edições científicas Itda, 1997. PACHECO, José. Caminhos para a inclusão: um guia para o aprimoramento da equipe escolar. Porto Alegre: Artmed, 2007
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