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A função ambiental da Arquitetura e do Urbanismo

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A função ambiental da Arquitetura e do Urbanismo 
 
Material composto por: 
Prof. Márcio Santos – Faculdade Tecsoma 
Professormarciosantos7.blogspot.com.br 
 
Todos os dias vivenciamos nas cidades alguns dos mais graves problemas 
ambientais contemporâneos: as questões da água, do lixo, da poluição e do 
alto consumo de energia. É certo que a solução desses problemas depende de 
vontade política, práticas públicas e planejamento urbano, mas depende 
também, e essencialmente, da colaboração ativa de cada um dos cidadãos. 
Como os arquitetos e urbanistas devem se posicionar diante desta calamidade 
contemporânea? De acordo com professores do curso de arquitetura da 
Universidade do Mato Grosso do Sul: 
“A cidade deve constituir uma estrutura de amparo à vida, 
levando em conta suas várias dimensões – habitação, 
comércio, serviços, transporte, lazer e trabalho. A arquitetura, 
modificadora do espaço e da paisagem, deve atender social e 
esteticamente as necessidades humanas (Paulo Mendes da 
Rocha). A função social consiste na prevalência do interesse 
público em relação ao interesse privado na prática de uma 
atividade. A arte, a ciência ou a arquitetura estarão cumprindo 
sua função social quando sua prática gerar resultados que 
contribuam para a construção do bem comum.” 
 
Para o Sindicato dos Arquitetos do Estado do Paraná: 
"Os Arquitetos e Urbanistas exercem papel importante na 
formação das cidades e espaços construídos com 
acessibilidade, beleza, sustentabilidade, economia, segurança 
e conforto. Neste processo de ordenamento de espaços úteis 
aos cidadãos, os arquitetos passam a assumir um papel muito 
importante, pois é preciso esclarecer que a Arquitetura serve 
às pessoas desde o berço ao túmulo, já que elas nascem em 
maternidades, moram em casas, estudam em escolas, se 
divertem em boates, frequentam restaurantes, veem peças no 
teatro, torcem nos estádios e assim, graças à Arquitetura, 
sempre têm os cenários corretos para as várias fases de suas 
vidas." 
 
A função social da Arquitetura e do Urbanismo tem como princípio o conceito 
de sustentabilidade como preocupação com o legado ambiental a ser 
transmitido às futuras gerações, entendido como conjunto de ações que 
considerem a finitude dos recursos naturais ao mesmo tempo em que garanta 
o acesso às condições mínimas de vida para todas as pessoas de forma a 
viabilizar efetivamente a conquista da sustentabilidade; 
Portanto, há indissociabilidade entre o que é social e o que é ambiental. Isto 
afeta diretamente a arquitetura e o urbanismo justamente por ser o campo e a 
prática que trabalha mais diretamente o ambiente e o social, requerendo que o 
referido princípio seja pensado como indissociável à arquitetura e urbanismo e 
aplicado em todas suas ações. 
Ainda de acordo com o Sindicato dos Arquitetos do Estado do Paraná, ao 
formular um projeto, existem questões que o arquiteto e o urbanista terá que 
formular sobre ele: 
• Que papel terá um conjunto arquitetônico para a atividade prevista em 
relação ao contexto do local? 
• Sob o aspecto do interesse público e de uma vivência pública do espaço, 
que transformações-modificações devem ocorrer a partir dessa 
intervenção? 
• Que características urbanas e urbanísticas existentes devem ser 
privilegiadas para potencializar a relação do novo conjunto arquitetônico 
com o local escolhido? 
• Deveriam ser feitas modificações no cenário institucional vigente para 
potencializar e redefinir o atendimento do interesse público no espaço? 
• Como as atividades internas articulam uma vivência do espaço estimulante 
do convívio e interação? E ainda, como essas atividades internas podem se 
relacionar com o espaço público? 
• Qual o papel dessa intervenção na revitalização ou requalificação do local? 
• Considerando-se o conceito de sustentabilidade como de interesse público, 
e que esta se baseia na indissociabilidade entre o social e o ambiental, 
como a intervenção contribuirá para tal relação? 
A Arquitetura não carece de grandes orçamentos ou tecnologias avançadas 
para servir ao ser humano. Em qualquer breve exame de exemplos 
arquitetônicos, é possível observar que a criatividade possibilita o fazer muito 
com pouco. À parcela com mais baixa renda da população, os arquitetos 
dispõem de todas as condições para criar moradias de qualidade, onde as 
famílias possam viver confortavelmente e também contarem com 
equipamentos urbanos que promovam desenvolvimento social e econômico 
tais como as creches, escolas, centros de comércio, praças e ginásios. 
Arquitetos e urbanistas são responsáveis pela produção do espaço 
construído. É papel do arquiteto ser um agente catalisador na transformação 
dos anseios de uma sociedade e em gerador de elementos construídos nos 
espaços habitados. Exige-se do arquiteto e urbanista que se debruce sobre sua 
cidade, compromissado com sua forma, seu conteúdo, encarando suas 
contradições não como defeitos, mas como temas propostos, que encare sua 
tarefa de projetar e reorganizar seus espaços com responsabilidade social, 
mais que individual. 
O arquiteto deve exigir do Estado uma definição de uma política cultural de 
modo compatível com os anseios de participação da sociedade brasileira, 
como única forma de assegurar o atendimento de seus legítimos interesses e 
necessidades. Essa política não se legitimará se não incluir as questões 
atinentes à produção arquitetônica brasileira, em todos os níveis e 
modalidades, da simples concepção de uma moradia popular, passando por 
um complexo edifício de uso coletivo e culminando no planejamento e 
implantação de um projeto urbanístico que satisfaça as exigências culturais, 
tecnológicas e sociais das gerações presente e futuras. 
Arruda (2016), inconformado com o pequeno espaço ocupado pelos arquitetos 
nas diversas instâncias consultivas e decisórias da gestão do espaço urbano 
brasileiro, questiona: 
Afinal, o que está acontecendo de novo que o arquiteto tem 
que correr atrás de tantas e de novas informações? O que 
diferencia o Planejamento Ambiental do nosso Planejamento 
Urbano? Porque mudaram as palavras, mas mantiveram o 
método? Porque na composição das equipes técnicas para 
trabalhos de planejamento ambiental, um biólogo, zootecnista 
ou ecólogo tem, às vezes, mais importância, no conjunto, que 
os arquitetos e urbanistas? Quais os motivos que estão 
levando a sociedade a se preocupar, tanto, com as questões 
ambientais que aparecem sempre meio disfarçadas no bojo da 
discussão urbanística? Será que os arquitetos não estão 
preparados para essa nova onda global? 
Entretanto, o autor acima citado aponta o fato de que, em grande parte, os 
arquitetos não se apossaram da linguagem nova introduzida no cenário 
brasileiro e mundial, a partir das leis, convenções e agendas formuladas a 
partir dos problemas ambientais, que envolvem as administrações públicas, 
ONGs, nações e órgãos internacionais: a LINGUAGEM AMBIENTAL. 
 
 
 
 
Assim, se você não se apossar da nova linguagem - a linguagem ambiental -, 
ficará não apenas fora das discussões e decisões, mas ficará fora do mercado. 
Um dos desafios da arquitetura contemporânea é o de conseguir desmistificar 
esse assunto e desenvolver projetos residenciais no interior das cidades, em 
lotes comuns, valendo-se dos conceitos de arquitetura sustentável e de “casa 
ecológica” adaptados ao ambiente urbano e às condições locais de 
disponibilidade de materiais e mão-de-obra. 
Segundo Rozestraten (2016), 
Já é possível construir no Brasil casas e edifícios “ecológicos” 
com projetos personalizados, valendo-se de sistemas e 
materiais alternativos disponíveis no mercado da construção 
civil. Não se trata de alta tecnologia, sofisticada e cara, mas 
sim de soluções técnicas simples e acessíveis articuladas em 
projetosde arquitetura que têm como premissa conceitos de 
ecologia urbana e de planejamento ambiental. 
A arquitetura residencial projetada com princípios ecológicos também significa 
economia para a municipalidade, afinal é possível (ROZESTRATEN, 2016): 
• reduzir em até 60% o volume de entulho retirado da obra, 
• reduzir o volume de águas pluviais destinado ao sistema público em pelo 
menos 80%; 
• reduzir o volume de esgoto despejado no sistema coletivo em pelo menos 
50%, 
• economizar água em até 50%, 
• economizar energia elétrica em, pelo menos, 40%, 
• e contribuir com até 80% da área do terreno em área verde para a cidade, 
considerando soluções paisagísticas como tetos-jardim. 
 
Gomes e Soares (2004) ressaltam a importância da consulta pública à 
comunidade local que o pesquisador e o planejador devem assumir ao 
executar um trabalho, pesquisa ou empreendimento que carreguem no seu 
bojo uma preocupação com a qualidade ambiental. Somente com atitudes 
nesse âmbito é que qualquer ação será concretizada com êxito. 
 
Material extraído e modificado de: 
- Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia da Universidade 
Federal do Mato Grosso do Sul.A função social da profissão da arquitetura e do 
urbanismo. Obtido em: http://faeng.sites.ufms.br/graduacao/bacharelado/arquitetura-e-
urbanismo/conceituacao-a-funcao-social-da-profissao-e-da-arquitetura-e-urbanismo/. 
Acesso em: 18/9/2016. 
- Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado do Paraná. A função social do 
arquiteto e do urbanista. Obtido em: http://www.sindarqpr.org.br/a-funcao-social-do-
arquiteto-e-do-urbanista/. Acesso em: 18/9/2016. 
- ARRUDA, A. Marcos. O arquiteto e o planejamento ambiental e os riscos da falta 
de discussão. Obtido em 
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/02.015/860, acesso em: 
18/9/2016. 
- ROZESTRATEN, Artur. A arquitetura e a questão ambiental nas cidades. Obtido 
em: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/urbano/artigos_urbano/a_arquitetura_e_a_
questao_ambiental_nas_cidades.html. Acesso em: 18/9/2016. 
- GOMES, Marcos A. e SOARES, Beatriz R; Reflexões sobre qualidade ambiental 
urbana. Estudos Geográficos, Rio Claro, 2(2): 21-30 , jul-dez, 2004.Obtido em: 
http://www.cchla.ufrn.br/geoesp/arquivos/artigos/ArtigoAmbienteQualidadeAmbientalUr
bana.pdf 
 
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